Seja X uma v.a. definida sobre o modelo (Ω, F , P ), e g(X) uma função da variável aleatória X. A quantidade obtida pelo mapeamento da v.a. X por uma função Y = g ( X ) é ainda uma variável aleatória. Então qual é a PDF e a p.d.f. de Y, FY ( y ) e fY ( y ) ? P (Y ∈ B ) = P ( X ∈ g −1 ( B )). Se y < 0 , então o evento {X Se y > 0 , da figura, o evento ) aX + b sin X X Y = g( X ) |X | e X fY ( y ) = | X | U ( x) Exemplo 5.1: Seja X uma v.a. com FDP FX (x ) e f.d.p. f X (x ) ( 1 e − y / 2U ( y ). 2π y Y = X2 y X − c, Y = g ( X ) = 0, X + c, se Y = aX + b X x1 x2 ) y > 0, outros valores . 2 1 e − x / 2 , Então 2π (v.a. Chi-square com n = 1) Exemplo 5.3: seja Se a > 0 . X > c, 3 g( X ) − c < X ≤ c, X ≤ − c. −c X c Neste caso tem-se y −b y −b FY ( y) = P(Y ≤ y) = P(aX + b ≤ y ) = P X ≤ = FX . a a 1 y −b fY ( y) = f X . a a Se é equivalente a y > 0. 1 Determine a FY ( y ) e fY ( y ) ≤ y} Se X é uma v.a. gaussiana com f.d.p. f X ( x ) = X log X 2 1 f ( y ) + f X (− y ) , fY ( y) = 2 y X 0, 2 ) ≤ y . e portanto FY ( y ) = 0, y < 0. {Y ≤ y } = { X = F X ( y ) − F X ( − y ), Diferenciando, obtém-se 1 X } ≤ y = φ, FY ( y ) = P (x1 < X ≤ x 2 ) = F X ( x 2 ) − F X ( x1 ) FY ( y ) = P (Y ≤ y ) = P (g ( X ) ≤ y ) = P X ≤ g −1 (−∞, y ] . y 2 2 { x1 < X (ξ ) ≤ x 2 }. então ( ( FY ( y ) = P (Y ≤ y ) = P X Y = X 2. Exemplo 5.2: 5. Função de uma Variável Aleatória Para y > 0 , tem-se x > c, e Para y < 0 , tem-se x < − c , e y −b FY ( y) = P(Y (ξ ) ≤ y ) = P(aX (ξ ) + b ≤ y ) = P X (ξ ) > a y −b 1 y −b = 1 − FX , fY ( y) = − f X . a a a 1 y −b fX . |a| a y=0 Y = X −c então FY ( y ) = P (Y ≤ y ) = P ( X − c ≤ y ) = P ( X ≤ y + c ) = F X ( y + c ), a < 0, fY ( y) = P (Y = 0) = P ( −c < X ≤ c ) = FX (c ) − FX ( − c ). Para Y (ξ ) = X + c y > 0. então FY ( y ) = P (Y ≤ y ) = P ( X + c ≤ y ) = P ( X ≤ y − c ) = F X ( y − c ), y < 0. Diferenciando: f ( y + c ), fY ( y ) = X f X ( y − c ), 2 y ≥ 0, y < 0. FX (x ) FY ( x ) x (b) y (c) 4 Exemplo 5.4: Retificador de meia onda Y = g ( X ); Para y = 0, x, g ( x) = 0, x > 0, x ≤ 0. X P (Y = 0) = P ( X ≤ 0) = FX (0). Se y > 0 , então Assim Y {x1 < X ≤ x1 + ∆x1}, {x2 + ∆x2 < X ≤ x2} or {x3 < X ≤ x3 + ∆x3}. Y = X, Então a probabilidade do evento {y < Y ≤ y + ∆ y }, é igual a: FY ( y) = P(Y ≤ y ) = P( X ≤ y ) = FX ( y ). Diferenciando: y > 0, f ( y ), fY ( y ) = X 0, y ≤ 0, P {y < Y ≤ y + ∆ y } = P { x1 < X ≤ x1 + ∆ x1 } + P{ x 2 + ∆ x 2 < X ≤ x 2 } + P{ x 3 < X ≤ x 3 + ∆ x 3 } . = f X ( y )U ( y ). Procedimento geral: Dado Y = g ( X ), esboça-se o gráfico de y=g(x) e determina-se os intervalos de variação de y, por exemplo a < y < b . Calcula-se então a FDP e a f.d.p. da v.a. X para os intervalos. y < a, a < y < b, y > b, FY ( y) = 0 fY ( y ) = FY ( y) = 1, dF Y ( y ) , dy f Y ( y )∆y = f X ( x1 )∆x1 + f X ( x2 )(−∆x2 ) + f X ( x3 )∆x3 , fY ( y ) = ∑ f X ( xi ) − a < y < b. fY ( y ) = ∑ 5 i Se Y = g(X ) é uma função contínua é fácil estabelecer um procedimento direto para obter fY (y), visto que, se g′(x) é diferente de zero para um número finito de pontos, então g(x) apresenta um número finito de máximos e mínimos, e eventualmente torna-se monotônica quando | x |→ ∞. Considere um ponto genérico y sobre o eixo y e um incremento ∆ y como mostrado na figura. g (x ) y + ∆y x 1 x1 + ∆x1 x2 + ∆x2 x 2 | ∆xi | 1 f X ( xi ) =∑ ∆y i ∆y / ∆xi 1 f X ( xi ) = dy / dx x i ∆y → 0, 1 ∑ g ′( x ) i ∆x1 > 0, ∆x2 < 0, ∆x3 > 0, f X ( xi ). 7 i Exemplo: Se Y = X 2 , então para todo y > 0, x1 = − y e x2 = + y representam as duas soluções para cada y. Note que a solução é somente função de y . Solução. Observando a figura: 2 y > 0, x1 = − y , dy = 2 x então dx Y=X y x2 = + y . dy dx =2 y x1 x = xi Fig. 5.5 X x2 fY ( y ) = 0 1 f ( y ) + f X (− y ) , y > 0, fY ( y) = 2 y X 0, outros valores. y < 0, ( y fY (y) Dado que ∆y e ∆xi , são pequenos pode-se fazer a aproximação: i FY ( y ) = P ( g ( X ) ≤ y ), Como determinar Calcula-se, então Mas o evento {y < Y ≤ y + ∆ y } pode ser expresso em termos de X. Para isso deve observar que a equação y=g(x) tem 3 soluções: x1 , x2 , x3 Dessa forma quando {y < Y ≤ y + ∆ y }, a variável aleatória X poderia assumir qualquer um dos três eventos mutuamente exclusivos. x 3 x3 + ∆x3 x ) para Y = g(X ), se g (⋅) é contínua ? P {y < Y ≤ y + ∆ y } = ∫ y + ∆y y f Y ( u ) du ≈ f Y ( y ) ⋅ ∆ y . 6 8 Agora para o caso em que f X ( x ) = 2 x / π 2 , 0 < x < π , apenas duas soluções interessam, como pode ser visto na figura anterior. Então exceto para f X ( x1 ) e f X ( x 2 ) f ( y) Exemplo 5.5: Dado que Y = 1 , e que X é uma v.a. com f.d.p f X (x), X Encontre fY (y). Solução: Para qualquer y, x1 = 1 / y é solução única e, dy 1 =− 2 dx x então, dy dx = x = x1 Y f X ( x−1 ) = f X ( x3 ) = f X ( x4 ) = L = 0 1 1 f Y ( y ) = 2 f X . y y 1 = y2, 2 1/ y fY ( y ) = ( f X ( x1 ) + 2 x1 2 x 2 2 + 2 π 1− y π 1 f X ( x2 ) ) = 2 2 π otherwise. y 1 0 < y < 1, Exemplo 5.7: Seja Y = tan X onde X é uma v.a. uniformemente distribuída em (− π / 2,−π1 / 2 ) . . Determine fY ( y ). Solução: x1 = tan y A a f.d.p da v.a.Y = 1 / X , pode ser escrita como: α /π 1 (1 / α ) / π = , y 2 α 2 + (1 / y ) 2 (1 / α ) 2 + y 2 1− y 2 2 , 2 ( x1 + π − x1 ) = = π 1 − y 2 π 2 1 − y2 0, Em particular, se X é uma v.a. com distribuição de Cauchy com parâmetro α , isto é: α /π f X ( x) = 2 , − ∞ < x < +∞. α + x2 fY ( y ) = 1 y = tanx −π / 2 y x1 π /2 x f X (x) x dy d tan x = = sec 2 x = 1 + tan 2 x = 1 + y 2 dx dx 1 1/π − ∞ < y < +∞ . fY ( y ) = Que representa uma v.a. de Cauchy com parâmetro 1 / α . | dy / dx |x = x1 f X ( x1 ) = 1 + y2 , −π /2 π /2 fY ( y ) = 1 1 + y2 − ∞ < y < +∞ , y 11 9 Exemplo 5.6: Suponha que f X ( x ) = 2 x / π 2 , 0 < x < π , e que Y = sen X . Determine fY ( y ). Funções de variáveis aleatórias discretas Solução: Como X tem probabilidade zero de estar fora do intervalo Suponha que X é uma v.a. discreta, com P( X = xi ) = pi , x = x1, x2 ,L, xi ,L Y = g ( X ). Y é ainda uma v.a. do tipo discreta, de modo que se (0,π ), y = sin x tem, também, probabilidade zero ser ser encontrado fora do intervalo ( 0,1). Certamente fY ( y ) = 0 fora deste intervalo. e Para qualquer 0 < y < 1, a equação y = sin x tem um número infinito de soluções L , x1 , x2 , x3 ,L , onde x1 = sin −1 y é a solução principal. Usando a simetria x2 = π − x1 f (x) Exemple 5.8: Suponha que tem uma distribuição de Poisson, então yi x = xi , yi = g ( xi ), e P( X = k ) = e −λ X Portanto para 0 < y < 1, fY ( y ) = +∞ ∑ i = −∞ 1 1 − y2 (a) y = sin x x3 π x y , k = 0,1,2,L j = k2 +1 P(Y = k 2 + 1) = P( X = k ) x x −1 x1 x2 π x3 ( P(Y = j ) = P X = (b) f X ( x i ). k! Se Y = X + 1. Determine a f.d.p. da v.a. Y. Solução: X toma valores 0 ,1, 2 , L , k , L , tal que Y assume somente os valores 1, 3 , L , k 2 + 1, L então 2 dy = cos x = 1 − sin 2 x = 1 − y 2 dx dy = 1 − y2 . dx x = xi λk P(Y = yi ) = P ( X = xi ) = pi , y = y1 , y2 ,L, yi ,L 10 ) j − 1 = e −λ λ j −1 ( j − 1)! , j = 1,3,L, k 2 + 1,L. 12