CONECTANDO E INTERDISCIPLINARIZANDO COM AS NOVAS TECNOLOGIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL Fernanda Soares Godoi Yano do Canto PROBLEMATIZAÇÃO Como utilizar as novas tecnologias e webtecnologias na promoção do ensino-aprendizagem nos Anos Iniciais? INTRODUÇÃO A maneira acelerada como as informações e o conhecimento se espalham e chegam até as pessoas nos tempos atuais, é um fenômeno surpreendente a todos. Nesse sentido a educação também passa por essas mudanças de reestruturação e de novas propostas pedagógicas, para que acompanhe o ritmo frenético da evolução. Portanto, é necessário evoluir para progredir. Por isso, a inclusão das novas tecnologias no projeto pedagógico, como forma de garantir que se tornem ferramentas a serviço da aprendizagem dos conteúdos curriculares no cotidiano de um ambiente escolar, vem sendo cada vez mais utilizada pois, valoriza e integra os educandos nesse mundo globalizado, tornando-os sujeitos ativos e autônomos, capaz de aprender, levantar e testar ideias de situações-problema relacionados aos conteúdos. Dessa forma, este projeto está concentrado na utilização das novas tecnologias como ferramenta facilitadora do processo de ensino-aprendizagem nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, buscando compreender as potencialidades dessas novas tecnologias na educação, por meio de aprofundamentos teóricos e práticos de como estas tecnologias podem facilitar e promover o processo de ensino-aprendizagem nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. JUSTIFICATIVA O referido projeto surgiu com intuito de integrar diferentes tecnologias e webtecnologias à prática pedagógica voltada à aprendizagem significativa do aluno, tornando-o sujeito ativo e autônomo, capaz de aprender, levantar e testar ideias de situações-problema relacionados aos conteúdos. Para isso, é fundamental que o professor crie situações que provoque e estimule os alunos a interagirem entre si, trabalhando coletivamente, buscando informações e novos conhecimentos, despertando a curiosidade e o desejo pelo aprender. Sendo assim, é de extrema necessidade que o professor conheça e compreenda as potencialidades dos seus alunos como sujeitos ativos da aprendizagem, propondo estratégias e reflexões que considerem a autoria dos alunos, preservando assim a principal função da escola, que é desenvolver a autonomia no ser humano, produzindo conhecimentos para a construção da cidadania além de inseri-lo no mundo virtual. OBJETIVOS Objetivo Geral Propiciar aos alunos uma aprendizagem significativa, utilizando diferentes tecnologias e webtecnologias integradas ao trabalho pedagógico no processo de ensino-aprendizagem, compreendendo assim, o papel que as mesmas exercem na educação, efetivando uma prática pedagógica inovadora. Objetivos Específicos Despertar a curiosidade dos educandos, por meio do desenvolvimento de produções com o uso de diferentes tecnologias. Proporcionar dinâmicas que permitem estabelecer o diálogo e o trabalho coletivo, melhorando a comunicação entre aluno/aluno e aluno/professor permitindo troca de experiências e reflexões, através das mais variadas formas de linguagem das mídias. Incentivar e desenvolver a implementação do blog como recurso pedagógico, exercitando a leitura, a escrita, o senso crítico e a familiaridade com a informática e outras tecnologias. METODOLOGIA Para o desenvolvimento deste projeto será elaborado uma pesquisa de cunho bibliográfico, pesquisas na internet e executado na sala do 5º Ano do Ensino Fundamental na Escola de Ensino Fundamental e Médio da FINAN, realizando diversas atividades na sala de tecnologia. Verificando assim, a utilização das novas tecnologias e webtecnologias como recurso didático para a promoção do ensinoaprendizagem nos Anos Iniciais. REVISÃO LITERÁRIA Parece impossível imaginar a vida sem as tecnologias. A expressão ‘Tecnologia na Educação’ abrange a informática na educação, mas não se restringe somente a ela. Inclui, também, o uso da televisão, do vídeo, do rádio, entre outras ferramentas na promoção do ensino-aprendizagem, em busca de uma prática pedagógica inovadora. Rojas (2008, p. 5) afirma dizendo que: Não é de hoje que livros, cadernos, giz e quadro-negro deixaram de ser as últimas novidades tecnológicas na sala de aula. Computador, internet e uma enorme variedade de recursos digitais não são mais ficção científica e impuseram sua presença na escola. Sancho (2008, p. 19-20) ressalta que: A principal dificuldade para transformar os contextos de ensino com incorporação de tecnologias diversificadas de informação e comunicação parece se encontrar no fato de que a tipologia de ensino dominante na escola é a centrada no professor. Em uma sociedade cada dia mais complexa, as tentativas de situar a aprendizagem dos alunos e suas necessidades educativas na escola da ação pedagógica ainda são minoritárias. [...] As formas alternativas de avaliação e o papel da comunidade nos processos de ensino aprendizagem advertem sobre a importância de educar os alunos para a Sociedade do Conhecimento, para que possam pensar de forma crítica e autônoma, saibam resolver problemas, comunicar-se com facilidade, reconhecer e respeitar os demais, trabalhar em colaboração e utilizar, intensiva e extensivamente, as TIC. Uma educação orientada a formar este tipo de indivíduo requeria professores convenientemente formados, com grande autonomia e critério profissional. Mas também escolas com bons equipamentos, currículos atualizados, flexíveis e capazes de se ligar às necessidades dos alunos. A tecnologia deve ser utilizada para apresentar e aprofundar conteúdos curriculares. Usar o computador somente para ensinar programas de informática é desperdício. “Incluir a tecnologia no projeto pedagógico é a única forma de garantir que as máquinas se tornem, de fato, ferramentas a serviço da aprendizagem dos conteúdos curriculares, e não um fim em si mesmas”. (DINIZ, 2009) Quem considera que a aprendizagem se baseia na troca e na cooperação, no enfrentamento de riscos, na elaboração de hipóteses, no contraste, na argumentação, no reconhecimento do outro e na aceitação da diversidade vê nos sistemas informáticos, na navegação pela informação e na ampliação da comunicação com pessoas e instituições geograficamente distantes a resposta às limitações do espaço escolar. (SANCHO, 2008, p. 21) Para Valente (2008, p. 13), o termo “informática na educação refere-se à inserção do computador no processo de aprendizagem dos conteúdos curriculares de todos os níveis e modalidades de educação”. Logo, o planejamento e um sistema de avaliação fidedigno, são fundamentais para indicar o que os alunos tenham realmente aprendido. Definir as ações que serão feitas com o uso das tecnologias é tão importante quanto ser criativo na hora de elaborar uma aula. Moran (2008, p. 85) destaca que para o professor que quer ser um excelente profissional é necessário “[...] crescer profissionalmente, atento a mudanças e aberto à atualizações, utilizando diferentes estratégias de avaliação de aprendizagem, pois os resultados são a base para elaborar novas propostas pedagógicas.” E garante que “[...] não há mais espaço para quem só sabe avaliar com provas.” Expondo assim a necessidade de: [...] pessoas para mudar o enfoque fundamental das práticas educacionais, para vivenciar práticas mais ricas, abertas e significativas de comunicação pedagógica inovadora, profunda, criativa, progressista. [...] E a universidade pode oferecer subsídios teóricos e pedagógicos para essa mudança. (MORAN, 2008, p. 87) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUCKINGHAM, David. Aprendizagem e Cultura Digital. Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, RS, ano XI, 44, p. 8-11, Nov/jan 2008. LINARD, Fred; LIMA, Eduardo. O X da questão. Nova Escola, São Paulo, SP, n° 18, p. 7-9, abr 2008. MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. Campinas: Papirus, 2008, 174 p. MORAN, José Manuel. Interferências dos Meios de Comunicação no nosso conhecimento. INTERCOM – Revista Brasileira de Comunicação. São Paulo, SP, ano XVII, p. 38-49, jul/dez 1994. POLATO, Amanda. Tecnologia + Conteúdos = Oportunidades de ensino. Nova Escola, São Paulo, SP, n° 223, p. 50-58, jun/jul 2009. ROJAS, Adriane K. Conectados, mas nem tanto. Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, RS, ano XI, 44, p. 5, Nov/jan 2008. SANCHO, J. M; HERNÁNDEZ, F. [et.al.] Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2008, 200 p. SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. Educação e Sociedade, Campinas, SP, vol. 23, n° 81, p. 143-160, dez 2002. VALENTE, José M. As tecnologias digitais e os diferentes letramentos. Pátio Revista Pedagógica, Porto Alegre, RS, ano XI, 44, p. 12-15, Nov/jan 2008.