Receptores opióides

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FACULDADE DE SÁUDE, CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLÓGICAS
DO PIAUÍ-NOVAFAPI
CURSO: ENFERMAGEM
DISCIPLINA:FARMACOLOGIA
PROFESSORA:MÁRCIA RAULINO
COMPONENTES:
CLÁUDIA
ROBERTA
CYNTHIA LEE
FERNANDO JOSÉ
KAYRA ESTELLITA
LILIAN RAFAELA
MÁRCIA VÍRGINIA
MARIA DA
CONCEIÇÃO
PAULO CESAR
OPIÓIDES/ OPIÁCEOS
• Opióides – São todas as drogas, naturais e
sintéticas, com propriedades semelhantes à
morfina, incluindo peptídeos endógenos.
• Opiáceos – São substâncias (alcalóides)
derivadas do ópio, como a morfina
e
algumas semi-sintéticas como a codeína.
ÓPIO
•
ÓPIO – Obtido da planta
denominada
Papaver
somniferum, por incisão
da bolsa de sementes
após as pétalas terem
caído.
- O ópio vem sendo utilizado
com finalidades sociais e
medicinais,devido a sua
propriedade de produzir
euforia, analgesia e sono,
além de prevenir a diarréia.
Classificação dos opióides
• Agonista parcial: Possui baixa eficácia, ou seja, sua
curva dose-resposta produz um efeito teto menor que o
máximo obtido com agonista puro.
• Agonista- antagonista: Produz um efeito antagonista em
um tipo de receptor e uma ação antagonista em outro tipo
de receptor.
• Antagonista: Não possui atividade farmacológica
intrínseca, mas pode interferir na ação de um agonista. Os
antagonistas podem ser competitivos (agem no receptor
para opióides) e não-competitivos (através de outro
mecanismo de ação).
Farmacocinética
• Principais locais de absorção: via subcutânea,
transdérmica, intramuscular, mucosa do nariz, boca e
TGI.
-A dose utilizada pela via oral deve ser maior que a por
via parenteral para que se atinja uma concentração
terapêutica eficaz.
-A biodisponibilidade dos opióides utilizados por via oral
Absorção
Liberação imediata
•
Absorção rápida;
•
Picos plasmáticos elevados;
•
Riscos de toxicidade;
•
Maior incidência de efeitos colaterais.
Liberação lenta
•
Concentração de equilíbrio entre sangue e tecido-alvo nas
primeiras 24 h;
•
Dupla matriz;
•
Concentração analgésicas eficazes por mais tempo (8 -12 h);
•
Sem picos plasmáticos de toxicidade.
Distribuição
• Ligação a proteínas plasmáticas  albumina e alfa-1
glicoproteína ácida ou aos eritrócitos;
• Distribuição inicial em tecidos altamente vascularizados
 pulmões, fígado, baço e rim;
• Especialmente em músculo e gordura os opióides
podem acumular-se provocar um novo pico plasmático
horas após a administração da ultima dose ou
suspensão da infusão do medicamento.
• A barreira hematoencefálica dificulta a passagem de
opioides com alto grau de ionização como a morfina, e
facilita a entrada no SNC, de drogas com radical hidroxil
no anel aromático.
Metabolismo
• Conjugação com ácido glicurônico (morfina);
• Os opióides possuem extração hepática elevada, e o
metabolismo depende do fluxo sanguíneo.
• Durante a terapia crônica com morfina oral, a
concentração de morfina-6-glicuronídio pode estar
bem maior que a da morfina e ser responsável pela
gravidade dos efeitos colaterais. Assim deve-se tomar
cuidado com o emprego dessas drogas em pacientes
idosos ou naqueles com insuficiência renal ou
hepática.
Excreção
• Podem ser excretados em forma inalterada ou em
compostos polares pela urina.
• Os conjugados com glicuronídio são excretados na
bile, mas a circulação êntero-hepática representa apenas
uma pequena porção do processo de eliminação dessas
drogas.
Vias de administração
• Via oral – não são indicados em pacientes que apresentam
vômitos ou impossibilidade de deglutir;
• Via intramuscular – além de ser dolorosa
concentrações plasmáticas obtidas são imprevisíveis;
as
•Via transdérmica – utilizada na prática clínica com uso de
adesivos contendo fentanil;
• Via retal – possui superfície de absorção de 200 a 400
cm², aproximadamente 500 a 1000 vezes menor que o intestino
delgado;
Vias de administração
• Via oral transmucosa – a drenagem é direta na
circulação sistêmica, o que evita a degradação
gastrointestinal e metabolismo de primeira
passagem no fígado;
•
Via intranasal – pode ser eficaz com drogas
lipossolúveis e de baixo peso molecular, como o
fentanil;
Vias de administração
• Via transpulmonar – a inalação de medicamento
produz oferta rápida e efetiva da droga devido a
estreita espessura da barreira alvéolo-sangue,
perfusão tissular elevada e enorme área de
superfície do pulmão;
• Via perineural – a ativação dos receptores opióides
após a injeção perineural poderia impedir a
propagação do potencial de ação por bloqueio de
canais iônicos
Vias de administração
• Via regional intravenosa – modelos experimentais
explica que ação periferica dos opióides é mais
evidente quando se aplica o farmaco diretamente no
local da inflamação, em contato intimo com
terminações nervosas;
•
Via intra-articular – pode ser melhor que a
perineural, devido a menor vascularização da
articulação. Isso favorece a absorção mais lenta
destas drogas e seus metabólitos, intensificando o
efeito inflamatório no local;
Vias de administração
•
-
-
Via epidural:
Aplicação da droga pode ser próxima da área de
maior estimulo nociceptivo;
A dura-máter age como uma barreira contra infecção
e lesão química;
Opióide pode ser utilizado com outros agentes;
Efeitos colaterais menos intensos;
As distribuições do cateter epidural são menos
comuns do que com cateter intratecal.
Vias de administração
• Via intratecal:
- Não há risco de fibrose do cateter ou migração;
- Analgesia potente e de maior duração;
- A dose do opióide é de 10% menor que a da via
epidural;
- Efeitos colaterais mais graves: náuseas, vômitos,
retenção urinária e depressão respiratória;
- A solução utilizada para injeção é de pequeno
volume.
Farmacodinâmica
• Receptores
opióides
(delta),(sigma) e ε (epsilon)
-
(mu),
(kappa),
-Quando
acionados
provocam,
respectivamente,
analgesia ao nível supra-espinhal e espinhal. A
estimulação de receptores sigma ocasiona alterações
comportamentais,como euforia,alucinações,delírios e
efeitos cardíacos.
Receptores Opióides
• 
(mu)
analgesia
supra-espinhal,
depressão respiratória,
euforia e dependência
física;
•  (kappa)  analgesia
espinhal,
miose,
sedação e disforia;
•  (delta)  alterações no
comportamento afetivo;
•  (sigma)  disforia,
alucinações, estimulação
vasomotora.
Distribuição dos receptores
• Uma elevada concentração de receptores está
localizada no corno dorsal da medula espinhal,núcleo
trigêmeo
medular,tálamo,hipotálamo,substância
cinzenta,núcleos da rafe,região ventral superior do bulbo
e da ponte e loccus coeruleus.
Efeitos no SNC
• Analgesia – os opióides diminuem a percepção da dor
e as respostas fisiopatológicas decorrentes do estímulo
agressivo;
• Euforia – sensação de contentamento e bem-estar.A
ansiedade e agitação associadas a qualquer doênça ou
lesão dolorosa são reduzidas;
Efeitos no SNC
•
Depressão respiratória - inibição dos mecanismos
do tronco cerebral;
•
Sistema Imune – há relatos de supressão da
resposta imune primária, que pode ser revertida com
naloxona.
Efeitos no SNC
• Náuseas e vômitos – ativação da zona desencadeante
quimiorreceptora do tronco cerebral.
• Supressão da tosse – o efeito antitussígeno é
decorrente da ação direta dos opióides no centro da
tosse no tronco cerebral ou em receptores μ(mu) e
К(kappa) localizados na via aérea. A codeína suprime a
tosse em doses subanalgésicas;
Efeitos no SNC
• Miose – diâmetro diferente entre as espécies,
causado pela estimulação do núcleo oculomotor
mediada pelos receptores μ(mu) e К(kappa);
•
Rigidez no tronco – a rigidez muscular interfere
com
a
complacência
e
a
ventilação
pulmonar,resultando em hipoventilação, retenção de
CO2, acidose respiratória e aumento da pressão
venosa central;
Efeitos Periféricos
•Trato Gastrointestinal
- Motilidade gastrointestinal,diminuição da secreção gástrica.
-Aumento do tônus do intestino delgado e grosso com
espasmos periódicos;
• Retardo do peristaltismo, redução da absorção de água,
constipação.
• Cardiovascular
-Pode ocorrer vasodilatação arterial e venosa com hipotensão
arterial.
Efeitos Periféricos
•Trato Genitourinário
- diminuição do fluxo plasmático renal e aumento da secreção
do hormônio antidiurético.
- elevação do tônus muscular uretral,do esfíncter uretral e da
bexiga, ocasionando retenção urinária.
• Liberação da Histamina
-maior incidência de instabilidade hemodinâmica,aumento da
resistência, vascular pulmonar e edema pulmonar.
Efeitos Periféricos
•Trato Biliar
•Constrição do esfíncter de Oddi, refluxo das secreções
biliares e pancreáticas e elevação de lipases e amilases.
•Reações da Pele
- dilatação dos vasos sanguíneos da pele e manifesta
rubor na face, pescoço, porção superior
do
tronco,sudorese e urticária.
Uso dos opióides
• Edema agudo de pulmão
- o mecanismo provável é redução na percepção de falta de
ar ...
-  da pré-carga (redução do tônus venoso)
- da pós-carga (diminuição da resistência periférica)
Uso dos opióides
• Tosse
- atualmente seu uso está bastante  pelo desenvolvimento
de antitussígenos sintéticos que não causam dependência.
- Codeína, dextrometorfano, levopropoxifeno
• Diarréia
-elixir paregórico
Uso dos opióides
• Anestesia
- medicação pré anestésica - propriedades sedativas,
ansiolíticas e analgésicas
- podem ser usados com drogas anestésicas primárias
(fentanil)
-analgésicos regionais ( ação direta sobre a medula
espinhal) quando administrados nos espaços epidural ou
subaracnóide da medula espinhal  reversão com naloxona
Efeitos tóxicos dos opióides
• Comportamento agitado, tremor, reações disfóricas;
• Depressão respiratória;
• Confusão mental;
• Sonolência;
• Náuseas e vômitos;
• ↑ pressão intracraniana;
• Constipação;
• Retenção urinária;
• Urticária (mais freqüente com adm parenteral)
Interações das drogas opióides
• Sedativos-hipnóticos: maior depressão do SNC,
particularmente depressão respiratória.
• Tranqüilizantes
antipsicóticos:Sedação
maior;
efeitos variáveis sobre a depressão respiratória;
acentuação dos efeitos cardiovasculares (ações
muscarínicas e alfa-bloqueadoras).
• Inibidores da MAO: Contra - indicação relativa a
todos os analgésicos opióides pela elevada incidência
de coma hiperpirético e hipertensão.
Efeitos indesejados
• Tolerância – necessidade de doses cada vez maiores
para produzir analgesia;
• Dependência – é freqüente no uso prolongado e pode ser
resolvida com retirada lenta ao longo de dois ou três dias
na maioria dos casos;
• Síndrome de abstinência – são os sintomas que
ocorrem após a retirada abrupta do opióide ou
administração de um antagonista. Pode ser caracterizada
por rinorréia, lacrimejamento, diaforese, bocejos, calafrios,
contrações abdominais, vômitos e náuseas, aumento da
temperatura, dor generalizada, rigidez dos membros,
ansiedade, irritabilidade, insônia e agressividade.
REFERÊNCIAS

HARDMAN, Joel G.. Goodman e Gilman: as bases farmacaologicas da
terapeutica. 10ed. Rio de Janeiro: McGrow - Hill, 2003. 1647.

PEDROSO, Enio Roberto Pietro; OLIVEIRA, Reynaldo Gomes de.
Blackbook - Clínica médica. Belo Horizonte:Blackbook editora, 2007.

RANG, H. P.; RITTER, J. M.; DALE, M. M.. Farmacologia. 5ed. Rio de
Janeiro: Guanabara, 2006.

RIBEIRO, Sady; SCHMIDT, André Prato e SCHMIDT, Sérgio Renato
Guimarães. O uso de opióides no tratamento da dor crônica não
oncológica: o papel da metadona. Rev. Bras. Anestesiol. [online]. 2002,
vol.52,
n.5,
pp.
644-651.

SILVA, Penildon. Farmacologia. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2006. 1369.
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