KUHN, FEYERABEND E A REVOLUÇÃO COPERNICANA: “IRRACIONALIDADES” NA ATIVIDADE CIENTÍFICA? Autor: Stênio Gonçalves de Oliveira Banca Examinadora: Prof. Dr. Juan Bernardino Marques Barrio/orientador Prof. Dr. Cássio Costa Laranjeiras/UnB Prof. Dr. Rogério Ferreira/UFG Ano de defesa: 2011 RESUMO A importância e o uso da história e filosofia das Ciências no ensino têm sido defendidos, de maneira enfática, por diferentes autores visando uma educação científica de qualidade. Da mesma forma, evidentemente com diferentes argumentos, outros autores são contrários ao seu uso. Colocando-me do lado dos defensores deste uso, neste trabalho defende-se que o ensino das Ciências e sua aprendizagem precisam ser acompanhados pelo estudo sobre a natureza da Ciência, haja vista que tanto a história como a filosofia das Ciências são importantes para pesquisadores e para professores. O presente estudo busca analisar as visões de dois filósofos da Ciência, Thomas Kuhn e Paul Feyerabend, que apontam importantes perspectivas para a discussão sobre o desenvolvimento científico. Ambos estudam a Revolução Copernicana, e verificam que o desenvolvimento científico nem sempre está condicionado a fatores racionais, ou metodológicos, entendidos como um conjunto de regras a ser seguido ou um conjunto de passos que norteiam a atividade científica. O método utilizado nesta dissertação foi de uma pesquisa bibliográfica, com foco principal na leitura dos livros destes dois autores. Isto é feito em duas partes: a primeira através de uma revisão de suas visões de Ciência e a segunda é uma tentativa pessoal de recortar suas descrições e análises sobre a Revolução Copernicana. Estes recortes têm a intenção de ressaltar, tendo por base os trabalhos de astrônomos como Copérnico e outros posteriores a ele, características, passagens ou influências subjetivas dentro da atividade científica. Subjetividade para Kuhn, irracionalidade para Feyerabend. O que se busca neste trabalho é oferecer subsídios para a discussão clássica de nossa visão de Ciência como sendo sempre ‘racional’, metodologicamente rígida, e evidenciar elementos de subjetividades/irracionalidades(?) na atividade científica que devem ser trabalhados e discutidos no ensino de Ciências. Palavras chave: Revolução Copernicana, Kuhn, Feyerabend, Popper, irracionalidade científica, ensino de Ciências.