I Encontro Paranaense de Controle de Infecção em Serviços de Saúde e II Jornada de Controle de Infecção Hospitalar de Foz do Iguaçu Investigação e controle de bactérias multirresistentes Adão R. L. Machado Investigação de bactérias multirresistentes • Qual é o conceito de multirresistência? • Quando valorizar um resultado de cultura? • Como investigar o significado epidemiológico? Conceito de multirresistência • Pode variar de acordo com a epidemiologia local Por exemplo, resistência à gentamicina em gram-negativos Varia de acordo com o gênero ou a espécie de bactéria Resistência à ampicilina em E. faecalis x K. pneumoniae Resistência à vancomicina em Leuconostoc sp Resistência a carbapenêmicos em Stenotrophomonas x enterobactérias Resistência à ceftriaxona em Pseudomonas aeruginosa x E.coli Quando valorizar um resultado? • Comunitário x hospitalar: MRSA • Uso prévio de antibióticos • Tipo de material • Infecção versus colonização Significado epidemiológico • O resultado da cultura é confiável? – Coleta – Encaminhamento ao laboratório – Processamento do material – Isolamento do germe – Método de testar a suscetibilidade – Qualidade dos materiais – Treinamento dos profissionais Significado epidemiológico • Origem comunitária, de outro hospital ou hospitalar? • Infecção ou colonização? • Quantos casos? Em quanto tempo? • Onde? • Como? • Por quê? Significado epidemiológico • Bactéria comunitária? Preocupante, mas ao mesmo tempo tranqüilizante se puder ser evitada a transmissão intra-hospitalar; comunicar autoridades • Bactéria de outro hospital? Evitar transmissão e avisar CCIH do hospital de origem • Bactéria hospitalar? Vamos à luta! Significado epidemiológico • Infecção ou colonização? De uma forma geral, colonização é menos preocupante, mas depende do germe e do sítio: VISA/VRSA, gram-negativos pan-resistentes, enterococos resistentes a glicopeptídeos: sempre significativos • Colonizações em materiais estéreis (ponta de cateter, por exemplo) Número de casos e distribuição temporal/ espacial • Revisar dados coletados pela vigilância rotineira • Contato com laboratório de microbiologia • Obter informações com o corpo clínico • Local de origem na instituição Como? • De que forma esse germe chegou ao paciente? • Surtos x pseudo-surtos x casos isolados • Microbiota endógena? • Transmissão por seres humanos? • Transmissão por objetos? • Transmissão pelo ar? Em todos os casos o tipo de germe, as condições do paciente, quem cuida dele e onde está internado trazem informações essenciais e podem esclarecer o quadro Pseudo-surtos Contaminação de materiais: • Frascos de múltiplas doses de heparina: bacilos gram-negativos (Acinetobacter, Pseudomonas) • Anticoagulantes para hemossedimentação: bacilos gram-negativos não-fermentadores (Agrobacterium radiobacter, Stenotrophomonas maltophilia, Ochrobactrum anthropi, Ralstonia picketti) • Equipamentos de gasometria,bioquímica e microbiologia: enterococos, estafilococos variados, bacilos gram-negativos, micobactérias e fungos Contaminação de materiais • Luvas: Acinetobacter e outros gram-negativos, Bacillus sp • Endoscópios respiratórios: gram-negativos, micobactérias e fungos • Desinfetantes e anti-sépticos: Pseudomonas, Burkholderia, Stenotrophomonas, outros gram-negativos • Água e torneiras: Pseudomonas, micobactérias, Legionella • Gel para ecografia: Estafilococos, Serratia • Teclados de computador: Staphylococcus aureus, enterococos, gram-negativos Microbiota endógena • Imunodeprimidos em geral • Usuários crônicos de antibióticos • Pacientes institucionalizados • Doentes crônicos em geral, especialmente os que internam freqüentemente Microbiota endógena Tratamento prolongado com antimicrobianos de amplo espectro? Fator de risco para Stenotrophomonas maltophilia: carbapenêmicos Fator de risco para gram-negativos produtores de beta-lactamase de espectro estendido: antimicrobianos em geral, especialmente cefalosporinas de terceira geração Fatores de risco para enterococos resistentes a glicopeptídeos: cefalosporinas e vancomicina Transmissão pelos seres humanos Unhas postiças, mãos com dermatite, narizes e dobras colonizadas, animais de estimação, estetoscópios, esfigmomanômetros, jalecos, cabelos: tudo isso já foi descrito como transmissor ou potencial transmissor de microorganismos do profissional de saúde para pacientes E o ambiente?? “... As camas dos pacientes eram sujas. Era muito comum colocar um doente sobre o lençol que havia sido usado pelo paciente anterior, e os colchões em geral eram de estopa, viviam encharcados e quase nunca eram lavados...” Florence Nightingale , 1845, numa visita a um hospital da Europa “... no Hospital de Scutari havia 6 quilômetros de corredores sujos, que se transformaram em 6 quilômetros de camas apinhadas. Havia ratos, moscas, vazamentos e nenhuma água corrente. Os banheiros estavam entupidos...” Florence Nightingale , 1854, no Hospital de Scutari, durante a guerra da Criméia Fontes ambientais de microrganismos potencialmente patogênicos em hospitais • • • • • • • • ar condicionado reservatórios de água carpetes roupa suja lixo plantas construções fezes de pássaros CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL • Acinetobacter spp.: colchões, travesseiros, rodas de camas, chão, mesas, fórmica. • Pseudomonas spp.: sabão, anti-sépticos, desinfetantes, água, torneiras, pias • Enterococcus sp: chão, paredes, camas e roupas de cama, fórmica, maçanetas, bombas de infusão, manguitos de pressão, monitores, comadres, vasos sanitários • Staphylococcus aureus: colchões, travesseiros, mesa, cadeira, rodas da cama, grades da cama, berços, campainha, luz de cabeceira, controle remoto de TV, brinquedos, teclados de computador, pastas dos pacientes. Morfologia colonial de uma cepa de Staphylococcus aureus VISA CONTAMINAÇÃO AMBIENTAL • Clostridium difficile: assentos de vasos sanitários, pias, chão, roupas de cama • Legionella spp.: reservatórios de aquecimento de água • Vírus Sincicial Respiratório: superfícies e fômites em geral • Aspergillus spp.: sistema de ar condicionado, poeira, construções Microorganismos no ambiente Gram-positivos, linhas pretas Gram-negativos, linhas brancas J Hosp Infect 2004; 56: 191-7 Medidas Gerais para diminuir o risco de transmissão de microorganismos através da contaminação de superfícies: • limpeza rigorosa e sistemática do ambiente c/ água e sabão • limpeza e desinfecção das superfícies e equipamentos que entram em contato ou ficam próximos ao paciente • limpeza e descontaminação imediata quando houver derramamento de matéria orgânica em superfícies • monitoramento das soluções desinfetantes, anti-sépticos, detergentes • limpeza e desinfecção sistemática dos reservatórios de água • monitoramento e troca de filtros de condicionadores de ar • limpeza das torneiras • controle microbiológico da água • definição de situações de utilização de água de torneira ou água estéril CDC. Guidelines for Environmental Infection Control in Health-care Facilities. MMWR 2003, 52:1-43. Medidas Gerais para diminuir o risco de transmissão de infecções através da contaminação de materiais não críticos: • individualização de materiais ou desinfecção entre o uso em diferentes pacientes estetoscópios, esfigmomanômetros, termômetros, aparelhos de verificação da glicemia, brinquedos • lavagem adequada e troca frequente de aventais e uniformes CDC. Guidelines for Environmental Infection Control in Health-care Facilities. MMWR 2003, 52:1-43. USO de DESINFETANTES no AMBIENTE X INFECÇÕES HOSPITALARES Não existem diferenças entre o uso de desinfetantes e de água e sabão para a ocorrência de infecções hospitalares Vesley & Michaelsen. Health Lab Sci 1964; 1 (2): 107-13. Finegold et al. Antimicrob Agents Chemother 1963; 250-8. Maki et al. N Engl J Med 1982; 307: 1562-6. Danforth et al. J Hosp Infect 1987; 10 (3): 229-35. CULTURAS de AMBIENTE: • não devem ser realizadas na maioria das situações • podem ser indicadas em situações de surto, para identificar possível fonte ambiental • indicadas para vigilância e controle de alguns microrganismos multirresistentes o investigador deve ir ao local e observar tudo: germes podem até colonizar ambiente e objetos, mas não têm pernas ou asas Investigação • Programas estatísticos podem auxiliar na identificação e acompanhamento do surto • Uma curva epidêmica pode ajudar a entender a situação: • número de casos (y) / tempo (x) Ajuda a identificar o início do surto Diferencia tipos de transmissão Investigação Curva epidêmica diferencia: • Transmissão pessoa-a-pessoa: o número de casos aumenta lentamente e, então, diminui lentamente; • Fonte comum: Número de casos aumenta e diminui rapidamente • Fonte comum com disseminação pessoa-apessoa: número aumenta rapidamente e segue se disseminando mais lentamente • Fonte comum contínua: Número de casos aumenta e se mantém elevado ou, então, aumenta esporadicamente Investigação Além de todo o trabalho de Sherlock para identificar fatores de risco e fontes, podem ser extremamente úteis os métodos de tipagem molecular (PCR, eletroforese pulsada em gel) das bactérias: é possível separar casos por fonte comum de casos por múltiplas fontes. Exemplo: Pseudomonas aeruginosa pan-resistente na CTI do HCPA, surto de B. cepacia Outbreak of Burkholderia cepacia infections associated with contaminated mouthwash Adão Machado; Loriane Konkewicz; Afonso Barth; Ricardo Kuchenbecker; Thalita Jacoby; Nadia Kuplich; Marcia Pires; Beatriz Seligman Hospital Infection Control Committee Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Brazil The outbreak • Observational study. • In December 2001 five B. cepacia nosocomial infections in the medical-surgical Intensive Care Unit and one additional case in a surgical ward were identified. None of these patients had cystic fibrosis or immunodepression. • Infection control measures and epidemiological investigation were implemented. Table. Description of patients with B. cepacia infections Patients data Description of infections Cultures MAAR - 71 years Ventilator-associated pneumonia Blood culture (05/12/2001) = B. cepacia Intensive Care Unit (ICU) bed 1314 Sepsis GAB - 80 years Ventilator-associated pneumonia Culture of endotracheal aspirate (16/12/2001) = B. cepacia Ventilator-associated pneumonia Culture of endotracheal aspirate (18/12/2001) = B. cepacia Abdominal sepsis Blood culture (17/12/2001) = B. cepacia ICU - bed 1300H Death 25/01/2002 GVA - 61 years ICU - bed 1300G Death 26/12/01 JCS - 63 years Ascitis culture (17/12/2001)= B. cepacia ICU - bed 1300 M Death 18/12/01 JFS - 61 years Ventilator-associated pneumonia ICU - bed 1300 D E.coli Death 23/12/01 TSS - 67 years ICU - bed 1300 I Death 19/01/02 Culture of endotracheal aspirate (21/12/2001) = B.cepacia + S. aureus + Sepsis Blood culture (30/12/2001)= B. cepacia Investigation • Environmental sources were investigated from water taps, chlorexidine handwash recipients, moisturizing hand cream, X-ray plates, alcoholic handscrub recipients, and in-house produced mouthwashes. • Epidemiological investigation was performed in patients too. RESULTS • The only common risk factor was geographical proximity between ICU patients. • B. cepacia was found in several mouthwash solutions, and its use was immediately interrupted. • Many problems were identified in the process of production, not only of the mouthwash, but of other in-house solutions; the problems were corrected. • After extensive investigation we concluded that the most probable contamination source was the water distiller used to prepare the solution; cultures of the output tip of the distiller growed diverse gram-negative bacilli, including B. cepacia. Phenotype and genotype analysis • Isolates of B. cepacia from patients were compared with isolates from the solution according to their response to antibiotics in vitro and by pulsed-field gel electrophoresis (PFGE). • Isolates from the solution and from patients displayed a similar response to antibiotics in vitro. • Auto-digestion of DNA occurred with isolates from patients and from mouthwash samples, precluding the interpretation of the PFGE analysis. This phenomenon did not occur with isolates from cystic fibrosis patients that were used as controls. • Five strains isolated from patients were analyzed by ribotyping, and two of them were considered as belonging to the same ribogroup as the strains isolated from mouthwash. Ribotyping JCS MWM A1 TSS MPM JFS MWM:: molecular weight marker A1 and A2: Mouthwashes 1 and 2 A2 MPM End of the outbreak • During the study, two other patients were colonized by B. cepacia, but no new infections occurred. • We decided to discontinue the mouthwash production and recommended the use of water as a substitute. CONCLUSION “... however secure and well-regulated life may become, bacteria, Protozoa, viruses, infected fleas, ticks, mosquitoes, and bedbugs will always lurk in the shadows ready to pounce when neglect, poverty, famine, or war lets down the defenses. And even in normal times they prey on the weak, the very young and the very old, living along with us in mysterious obscurity waiting their opportunities. About the unique genuine sporting proposition that remains unimpaired by the relentless domestication of a once freeliving human species is the war against these ferocious little fellow creatures, wich lurk in the dark corners and stalk us in the bodies of rats, mice and all kinds of domestic animals; wich fly and crawl with the insects, and waylay us in our food and drink and even in our love.” Hans Zinsser. Rats, Lice and History. Tipagem molecular Germes iguais: fonte comum • Enfatizar medidas de bloqueio; buscar a fonte Germes diferentes, policlonais: pressão ambiental (antimicrobianos) • Enfatizar racionalização do uso de antibióticos Investigação e controle Todos os profissionais devem ser envolvidos: enfermagem, médicos, fisioterapeutas, psicólogos, recreacionistas, áreas de apoio em geral e administração; os pacientes e familiares também são muito importantes! O exemplo dos enterococos resistentes a glicopeptídeos Evolução em três fases: – Casos esporádicos – Surto clonal: aumenta rapidamente o número de casos, e os germes são molecularmente iguais – Estabelecimento de endemicidade policlonal Como agir em cada fase • Nenhum caso: observar, manter atividades de rotina, controle de antimicrobianos, vigilância dos pacientes de alto risco que internarem • Um caso ou raros casos: isolamento dos portadores, investigação dos contatos, vigilância admissional, controle de antimicrobianos • Surto clonal: isolamento, investigação de contatos, controle de antimicrobianos, vigilância admissional • Endemicidade policlonal: luvas, isolamento (considerar coorte), diminuir pressão dos antimicrobianos • Em todos os casos: EDUCAR Por quê ? • Invasividade excessiva em indicação e duração • Uso extenso e/ou inadequado de antimicrobianos • Falhas de técnica • Falha de adesão às precauções padronizadas • Não-identificação e/ou falta de atenção para pacientes que precisam ser colocados em isolamento • Prioridades equivocadas (p. exemplo, isolar neutropênicos em detrimento de potenciais transmissores de germes resistentes) Prevenção de transmissão de Gram-positivos Multirresistentes SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrug-resistant strains of Staphylococcus aureus and Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362-86. Recomendações: II. Higiene das Mãos • Uso de anti-sépticos antes e após contato com pacientes • lavagem com água e sabão quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas • fricção com álcool quando as mãos não estiverem sujas • uso de loções • motivação para adesão SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrug-resistant strains of Staphylococcus aureus and Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362-86. O Controle da infecção nas suas mãos. Álcool Gel Mais rápido Mais acessível Mais Efetivo Menor Custo Menos Irritante Recomendações: III. Precauções de barreira para pacientes colonizados ou infectados (suspeitos ou confirmados) • luvas para entrar no quarto e contato direto com o paciente • avental para contato direto com o paciente • máscaras, para diminuir colonização nasal dos profissionais SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrug-resistant strains of Staphylococcus aureus and Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362-86. Recomendações: IV. Antibióticos • evitar inapropriada ou excessiva antibioticoprofilaxia • assegurar adequadas doses e duração do tratamento • restringir uso de vancomicina • restringir o uso de agentes com pouca atividade contra enterococos (ex: cefalosporinas) • restringir o uso de agentes anti-anaeróbicos em pacientes colonizados com VRE • restringir o uso de quinolonas quando MRSA é endêmico • evitar tratar colonização SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrug-resistant strains of Staphylococcus aureus and Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362-86. Recomendações: V. Descolonização • avaliar necessidade de terapia de descolonização de pacientes e profissionais • incorporar testes rotineiros de suscetibilidade em programas de descolonização • evitar terapia de descolonização prolongada ou em larga escala SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrug-resistant strains of Staphylococcus aureus and Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362-86. Recomendações: VI. Outros • programas educacionais: conscientização dos profissionais sobre a importância das medidas de controle • adequados métodos de desinfecção de superfícies contaminadas • individualizar uso de equipamentos não críticos ou realizar adequada desinfecção entre o uso em diferentes pacientes • auxílio da informatização SHEA Guideline for preventing nosocomial transmission of multidrug-resistant strains of Staphylococcus aureus and Enterococcus. Infect Control Hosp Epidemiol 2003; 24: 362-86. Informática: muito cuidado com a alimentação, a análise e a interpretação dos dados… Controle de surtos de MRSA Através de rigorosas medidas de barreira e precauções A transmissão é o fator que mais contribui para o aumento da prevalência de MRSA Haley et al. J Infect Dis 1995; 171: 614,24. Jernigan et al. Am J Epidemiol 1996; 143: 496-504. Salmenlinna et al. Eur J Clin Microbiol Infect Dis 2000; 19: 101-7. Chaix et al. JAMA 1999; 282: 1745-51. Jans et al. Infect Control Hosp Epidemiol 2000; 21: 419. Controle de MRSA Endêmico Unidade específica para internação de pacientes colonizados e infectados por MRSA Talon et al. Modelling the usefulness of a dedicated cohort facility to prevent the dissemination of MRSA. J Hosp Infect 2003; 54: 57-62. Controle de MRSA Endêmico • medidas rigorosas de precaução e barreira • higiene rigorosa das mãos • uso do álcool gel (acessível, fácil, rápido) • adesão dos profissionais Pittet et al. Effectiveness of a hospital-wide programme to improve compliance with hand hygiene. Lancet 2000; 356: 1307-12. Lembremos: Esses microorganismos multirresistentes não existiriam na natureza se não interviéssemos com nossos antimicrobianos: superbactérias, superfungos, supervírus e superparasitas são a resposta da natureza em busca da sobrevivência. são crias nossas Obrigado pela atenção! [email protected]