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CONTROLE DE INFECÇÇÃO EM ASSISTENCIA DOMICILIAR DE PACIENTES SOB CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS DO HOSPITAL DO CÂNCER IV:
AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE CONTROLE DE MRSA
Santos PRN, Barbosa LA, Azevedo EF
INTRODUÇÃO
O Hospital do Câncer IV (HC IV) é a Unidade do Instituto Nacional de Câncer (INCA) que presta atendimento exclusivo
em cuidados paliativos oncológicos. Dentre outros serviços, possui o de Assistência Domiciliar (AD), que acompanha
em média 200 pacientes que não tem condições de deslocar-se para atendimento ambulatorial. Nesse contexto, o
controle de infecções, particularmente aquelas provocadas por germes multi-resistentes, principalmente o S.aureus
MRSA, é uma grande preocupação, já que muitos destes pacientes têm histórico de internações hospitalares
recentes.
OBJETIVO
Determinar a incidência de colonização ou infecção por S. aureus MRSA nos pacientes acompanhados em AD.
METODOLOGIA
Estudo descritivo prospectivo com análise de resultados das culturas de swabs nasais obtidos dos pacientes recém
admitidos para acompanhamento na AD. Foram analisados também os resultados de culturas dos processos
infecciosos em quaisquer sítios sugestivos de etiologia estafilocócica nestes pacientes no período de abril a setembro
de 2008.
RESULTADOS
A amostra obtida contou com n=61 culturas: 54 (88,6%) flora normal; 1 (1,6%) S. aureus MRSA; 1 (1,6%) Escherichia
coli; 2 (3,3%) Klebsiella pneumoniae; 2 (3,3%) Pseudomonas aeruginosa e 1 (1,6%) Enterobacter aglomerans.
Perfil Microbiológico de Culturas de
Swab nasal de pacientes em Assistência
Domiciliar (n=61)
88%
Flora Normal
MRSA
E.coli
K. pneumoniae
P. aeruginosa
2%
3%
3%
2% 2%
E. aglomerans
CONCLUSÃO
A análise dos dados demonstrou uma baixa incidência de colonização ou infecção por Staphylococcus aureus MRSA
na população avaliada (1 caso detectado em 6 meses de vigilância), de tal forma que não houve justificativa para a
adoção de rotinas de bloqueio na disseminação destes germes. Sendo assim, a adoção das medidas de precauções
padrão para todos os casos e a adoção de medida de precaução específica (precaução de contato) apenas para os
casos em que já houve diagnóstico de Staphylococcus aureus MRSA confere barreira satisfatória. Reavaliações
periódicas são indispensáveis e serão feitas a fim de detectar possíveis mudanças no perfil microbiológico das
culturas de pacientes atendidos na AD.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Medicine. v. 19, p. 188 – 196, 2005.
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. O Hospital do Câncer IV (HC IV). Disponível em www.inca.gov.br, acesso em
06/11/2008.
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8, p. 487 – 492, 2000.
Pimenta CAM, Mota DDCF, Cruz DALM. Dor e Cuidados Paliativos: Enfermagem, Medicina e Psicologia. São Paulo: Editora Manole, 2006.
Vitetta L, Kenner D, Sali A. Bacterial infections in terminally III Hospice Patients. Journal of pain and Symptom Management. v. 20, n. 5,
november 2000.
Projeto Gráfico: Seção de Multimeios / DDC / CEDC / INCA
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