Slide 1 - Grupos.com.br

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ANÁLISE DE
INVESTIMENTOS
ADM FINANCEIRA
• Introdução:
Quando uma empresa faz um investimento,
ela incorre em saídas correntes de caixa na
"expectativa" de ganhos futuros. Portanto,
sabemos que devemos analisar uma
proposta de acordo com seu retorno
esperado e tendo em mente os riscos
específicos a tais iniciativas.
Neste aspecto, pode-se argumentar que uma
taxa de desconto ajustada ao risco de cada
projeto deva se impor.
ADM FINANCEIRA
• Destacamos o desamparo em que se processa
a ação executiva, onde a ocorrência de fluxos
de caixa certos no tempo não passam de uma
quimera, geralmente presentes nos textos
introdutórios de finanças e de matemática
financeira.
• Sendo assim, nos preocuparemos
basicamente com os seguintes itens:
• estimativa de FC para as propostas;
• avaliação dos fluxos;
• seleção das propostas.
• No que se refere às motivações para a
geração de propostas, citamos:
• novos produtos ou expansão dos
atuais;
• reposição de equipamentos;
• pesquisa e desenvolvimento;
• exploração, etc.
• Estimativa de fluxos de caixa:
• Veja que caixa, e não lucro, é o ponto
central para todas as decisões da firma e,
por isto, expressamos os benefícios futuros
em termos de fluxo de caixa líquido, ou seja,
entradas menos saídas a cada período.
• Para cada proposta de investimento,
devemos prover informações sobre fluxos
de caixa numa base não apenas pós
imposto de renda mas, ainda, em termos
incrementais.
• Outra consideração de grande importância
se refere aos custos de oportunidade (CO)
sobre recursos alocados a projetos
• Exemplo :
Terreno próprio  Seu valor de venda
deveria ser tratado exatamente como
uma saída de caixa, embora não envolva
desembolso efetivo.
• Problemas associados à constituição de fluxos
de caixa de projetos:
• Qual a dimensão temporal do projeto?
• “Timing” dos fluxos de caixa
• Depreciação na análise de investimento
• Movimento de "preços relativos"
• Constância dos custos de produção ao
longo do tempo
• Juros entram na análise de
investimentos?
• Capital de giro
• Exemplo de montagem de fluxo de caixa:
Dados:
(-)Preço da nova máquina:
R$ 18.500,00
(-)Custo da instalação:
R$ 1.000,00
(-)Custo de desmontagem:
R$
(+)Venda da máquina antiga:
R$ 2.000,00
Investimento Inicial
R$ 18.000,00
Aumento de vendas/ano:
R$ 8.100,00
Imposto de renda
500,00
40%
Tempo de depreciação:
- Máquina antiga:
10 anos
- Máquina nova :
5 anos
OBS: Troca das máquinas no 5º ano
• À par destes dados, os fluxos de caixa se
determinam como a seguir:
Val. Cont. (R$)
Aumento de vendas
8.100,00
(-)Depreciação s/ máquina nova
4.000,00
(+)Depreciação s/ máquina antiga
2.000,00
Lucro tributável
6.100,00
(-)Imposto de renda (40%)
2.440,00
Lucro adicional 
3.660,00
Fluxo de Caixa Anual 
FC (R$)
8.100,00
2.440,00
5.660,00
Obs: Valor residual da máquina nova (ao final dos 5 anos) é de
R$ 1.000,00 e a máquina antiga já tem 5 anos de vida, tendo
sido adquirida por R$ 20.000,00.
• Assim é que o fluxo de caixa se determina
numa base incremental e após consideração
do imposto de renda.
• Por agora, temos que análises de
investimentos se fariam sobre os fluxos
abaixo:
Saída inicial (Ano 0)
: R$18.000,00
Fluxo de caixa (Ano 1 ao 4) : R$ 5.660,00
Fluxo de caixa (Ano 5)* : R$ 6.660,00
*  deve-se considerar o Valor Residual
• Representação gráfica:
ANO
0
(18.000)
1
2
3
4
5
5.660
5.660
5.660
5.660
6.660
Uma vez determinado o fluxo de caixa
esperado para o projeto, partimos para
o detalhamento dos métodos de avaliação
de rentabilidade dos mesmos.
• Neste aspecto, nos deteremos sobre as
seguintes metodologias:
• Payback (PB)
• Valor Atual Líquido (VAL), ou Valor
Presente Líquido (VPL)
• Taxa Interna de Retorno (TIR)
• Taxa Interna de Retorno
Modificada (TIR-M)
• Payback (Tempo de retorno):
Este método nos diz o número de períodos
requeridos para se recuperar a saída inicial
de caixa, sendo resultado apenas da relação
entre o investimento inicial sobre o fluxo de
caixa por período. Por exemplo, no exemplo
teríamos:
Payback = R$ 18.000 = 3,18 anos
R$ 5.660
• Problemas do Payback:
• Se o fluxo de caixa não fosse uniforme
(fórmula só contempla fluxos de caixa
uniformes)
• Desconsideração que é feita sobre os
fluxos de caixa que ocorreriam após o
período do Payback
• Desconsideração da máxima de que o
dinheiro tem valor no tempo
• Taxa Interna de Retorno (TIR):
TIR é a taxa de desconto que zera a
diferença entre os valores presentes
dos fluxos de entradas e de saídas
de caixa de projetos sob análise. Em
outras palavras, TIR é a taxa na qual
teremos o VPL = 0
• Com o fim de levantarmos a taxa interna de
retorno do projeto, teremos:
- 18.000 + 5.660 + 5.660 + 5.660 + 5.660 + 6.660 = 0
(1+i)¹ (1+i)² (1+i)³ (1+i)⁴ (1+i)⁵
• Perfazendo os cálculos por interpolação
(exatamente como o faria uma planilha
eletrônica em computador), encontraríamos
a taxa de 18,33% a.a. Com isto, se diz que o
projeto corresponderia a um investimento
que rendesse exatos 18,33% ao ano.
• Como critério de aceitação de propostas com
base neste método, sua "regra de ouro" seria
verificar se: TIR > Taxa Requerida de Retorno
• Digamos que a empresa em apreço coloque
uma taxa de 12% a.a. como o mínimo aceitável
para aprovação de projetos. Sendo assim, a
aludida troca de equipamentos se processaria
sem problemas.
• Entretanto, se tal exigência fosse de 20%,
haveria de se rejeitar tal iniciativa.
• Valor Atual Líquido (VAL):
Da mesma forma que o método da TIR,
este se constitui em método baseado
em fluxos de caixa descontados, sendo
que tal desconto se dá pela inserção
de uma taxa requerida de retorno (TRR)
• Atendo-nos novamente ao nosso exemplo
e impondo-se uma taxa mínima de retorno
da ordem de 12% a.a., teremos que o
cálculo de Val é:
-18.000 + 5.660 + 5.660 + 5.660 + 5.660 + 6.660
(1,12)¹ (1,12)² (1,12)³ (1,12)⁴ (1,12)⁵
• Logo, VAL = R$ 2.970,00 o que nos capacita
à aceitação do projeto.
• A TIR versus o VAL
Pontos de divergência - situamos tais
pontos nos aspectos de:
• taxa de reinvestimento dos fluxos
intermediários
• escala do investimento
• taxas múltiplas de retorno
• Tal divergência na sinalização para
aceitação ou rejeição de propostas de
investimentos ocorre quando da
comparação de projetos mutuamente
excludentes, onde somente um será
selecionado. Vejamos o exemplo a seguir:
ANO
0
1
2
3
4
Proposta A - R$ 23.616 R$ 10.000 R$ 10.000 R$ 10.000 R$ 10.000
Proposta B - R$ 23.616 R$ 0
R$ 500
R$ 10.000 R$ 32.675
• Procedendo aos cálculos do VAL e da TIR,
a uma taxa requerida de retorno de 10%,
teremos:
Projeto A
Projeto B
VAL
R$ 8.083
R$ 10.347
TIR
25%
22%
• Com isto, vemos um evidente conflito
gerado da consideração simultânea dos
dois métodos, onde, pelo uso da TIR
preferimos o Projeto A, enquanto pelo
método do VAL, escolhemos o Projeto B.
• Qual, então, a decisão mais sensata?
Tal será o Projeto B, visto que ele tomou
em conta o custo de oportunidade da
empresa, representado por aplicações
alternativas que poderiam lhe render
até 10% a.a.
• E quanto à TIR?
• Qual a razão de seu preterimento?
• Tal se deve à suposição "heróica" do
reinvestimento dos fluxos intermediários
(1 e 2) à própria TIR, o que se constitui
em equívoco evidente, já que colocamos
que o custo de oportunidade da empresa
seria de 10% a.a.
• Um novo problema que decorre do uso
do método da TIR refere-se à escala do
investimento inicial. Assim, desde que
este método se expressa como uma
porcentagem, a escala do investimento
pode gerar problemas sérios na seleção
de projetos.
• Exemplo:
ANO
0
1
TIR
VAL
Proposta X - R$ 100
R$ 150
50%
R$ 36,36
Proposta Y - R$ 500
R$ 625
25%
R$ 68,18
Em utilizando o método da TIR, recusaríamos
um maior ganho (R$ 68,18 no Y) em troca de
um menor (R$ 36,36 no X) apenas porque este
nos daria mais "porcentagem". Nada mais
absurdo.
• Outro problema surge quando da ocorrência
de taxas de retorno múltiplas
• É também utilíssimo mostrar outra limitação
do método ao possibilitar a ocorrência de
taxa de retorno inexistente na análise de
propostas.
• Descrevemos um outro empecilho à
aceitação deste método, e que se refere à
não aditividade das taxas quando da
consideração conjunta de projetos nãoexcludentes.
• Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM)
Se os problemas aludidos se constituem
de fato em sérias restrições ao uso do
método da TIR, a solução estaria num
método que tomasse em conta o custo
de oportunidade sobre os recursos da
empresa nos cálculos para levantamento
de uma taxa de retorno para iniciativas
empresariais.
• Vejamos como, através do nosso primeiro
exemplo:
0
- 18.000
1
5.660
2
5.660
3
5.660
4
5.660
5
6.660
Taxa de desconto: 12% ao ano
Taxa de juros do mercado financeiro: 14% ao ano
TIRM = ((V.F. / I.I.) ¹/n) – 1) x 100
• Já a operacionalização dos cálculos da TIRM
no problema anterior se daria como abaixo:
Ano 1: 5.660 x (1,14)4 =
Ano 2: 5.660 x (1,14)3 =
Ano 3: 5.660 x (1,14)2 =
Ano 4: 5.660 x (1,14)1 =
Ano 5: 6.660 x (1,14)0 =
9.559,51
8.385,54
7.355,74
6.452,40
6.660,00
VF  38.413,19
TIRM = [(38.413,19/18000)1/5 - 1] x 100
TIRM = 16,37% aa
Neste caso, são dois os passos para aferição
da viabilidade de projetos de investimentos:
a) TIRM > TRR; se isto ocorrer, o projeto é
viável por superar a taxa requerida de
retorno, a qual é julgada suficiente para
os propósitos de crescimento e
sustentação da empresa no longo prazo.
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