Texto de apoio ao curso de Especialização

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Fraturas Diáfise Umeral
As fraturas diafisárias do úmero, ocorrem na sua maioria das vezes por trauma
direto sobre o úmero, essas fraturas normalmente são do tipo transversa ou oblíqua. As
transversas ocorrem quando o osso sofre uma forte angulação, e as oblíquas quando de
forças de cisalhamento sobre a diáfise umeral.
Essas fraturas costumam consolidar bem, porém algumas podem vir a desenvolver
pseudoartrose, e neste s casos existe a necessidade de um tratamento cirúrgico.
As fraturas diafisárias do úmero são tratadas da forma conservadora por gesso tipo
pinça de confeiteiro, ou nos casos cirúrgicos por uso de fixação externa ou interna. As
fixações internas podem ser feitas por colocação de placas e parafusos ou hastes
intramedulares.
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IMOBILIZAÇÃO POR PINÇA DE CONFEITEIRO
Fratura bi segmentar, tratada com haste intramedular flexível de Rusch
Algumas fraturas diafisárias do úmero podem vir a complicar com lesão do nervo
radial, pois o mesmo pode ser comprimido pelo desvio do foco de fratura, como pelo calo
ósseo exuberante que pode vir a se formar posteriormente a consolidação, nestes casos
o paciente irá relatar sintomatologia característica das lesões do nervo radial, como
parestesias ou alterações de sensibilidade no dorso da mão e dedos, como também o
desenvolvimento da mão em garra, com deficiência na realização dos movimentos
extensores de punho e dedos.
Lesão do nervo radial
Mão em Gota
Tratamento Fisioterapêutico
O tratamento para a recuperação funcional deste paciente, será direcionado
principalmente para os movimentos do ombro, pois é o que fica mais limitado.
O músculo deltóide desenvolve uma forte influência na movimentação e na
recuperação desta fratura, visto que o mesmo se insere no terço médio do úmero, e
promove uma grande alavanca na região para a realização dos movimentos de flexão e
abdução.
Nosso tratamento deve se iniciar com o uso de recursos analgésicos locais para
facilitar a cinesioterapia, e os movimentos passivos suaves as técnicas de mobilização
articular, os alongamentos e os movimentos ativos, precisam ser estimulados sempre,
isso em todo o membro superior, porém principalmente o ombro.
Mobilização da articulação do ombro
Exercícios de Movimentação Ativa para o Ombro
Rotação Lateral
Mobilização ativa para o ombro feita com toalha ou faixa.
Fortalecimento de deltóide fibras laterais
Programa de exercícios para recuperação funcional do ombro
Padrão de fortalecimento do ombro em diagonal
Fraturas do Colo Umeral
As fraturas do colo do úmero são freqüentes em pessoas idosas, principalmente as
mulheres devido à diminuição da densidade óssea (osteoporose).
As fraturas na maioria dos casos, ocorre por queda da própria altura, realizando-se
apoio com a mão espalmada, promovendo assim uma fratura impactada, de forma
indireta do colo umeral. Podem ocorrer fraturas por trauma direto com queda sobre o
ombro, o que produz uma fratura por contusão-fratura.
Essas fraturas podem ser simples ou complexas, ou seja, podem vir associadas com
outra fratura ou ser por adução impactada e abdução impactada.
Muitas dessas fraturas podem complicar, ocorrendo um giro da cabeça do úmero, ou
seja, existe uma força de rotação medial nas fraturas em adução e rotação lateral nas
fraturas em abdução. Este tipo de mecanismo rotacional leva a deformidade localizada na
cabeça umeral, que irá promover uma redução na angulação de movimento da gleno
umeral.
As fraturas do colo umeral em pessoas idosas, pode determinar um bloqueio
funcional grande, principalmente se ocorrer o desenvolvimento de “capsulite adesiva”, o
que é comum nos idosos.
A movimentação funcional do ombro deste paciente, ficará bem comprometida,
sendo que nos pacientes idosos, o nosso principal objetivo é a recuperação funcional, ou
seja, mesmo que não se consiga grandes recuperações em relação ao arco de
movimento devemos deixar esse paciente com uma amplitude que seja funcional para o
seu dia a dia, como a flexão de ombro à 90o.
Tratamento Clínico
O tratamento clínico é basicamente todo conservador, só se realiza cirurgia quando
existe uma fratura muito instável e com grande deslocamento da cabeça umeral, mesmo
assim é um caso a se estudar, pois as cirurgias nos idosos são consideradas de risco,
tanto pelo fato do risco cirúrgico em si, como pelo fato desses pacientes desenvolverem
uma rigidez de ombro muito grande.
O tratamento se resume na colocação de uma tipóia americana, por no mínimo
(dependendo do deslocamento da fratura), 30 dias, podendo chegar a 45, 60 dias, porém
o médico não vai esperar a fratura consolidar totalmente para mandar esse paciente para
a fisioterapia, pôs o perigo da capsulite adesiva é grande. Na realidade esse paciente fica
em repouso articular por aproximadamente 3 semanas, até que desapareça o quadro
agudo pelo trauma ocorrido, logo após é encaminhado a fisioterapia para melhora da
recuperação funcional do ombro, e até ajudar na melhor consolidação da fratura.
Tratamento Fisioterapeutico
O paciente que sofreu fratura do colo umeral muita das vezes chega à você ainda
usando a tipóia, com muito medo e receio de movimentar o ombro.
Devemos sempre estimular esse paciente a movimentar ao máximo esse ombro, e
utilizar o segmento acometido na realização de suas atividades.
Em conseqüência da dor devemos usar inicialmente recursos analgésicos, tipo:
crioterapia, ultra-som, infra vermelho, etc., No casos de pessoas idosas, devemos sempre
lembrar que a fratura não está consolidada, portanto devemos tomar cuidado.
Sem dúvida a cinesioterapia, é o mais importante em se tratando de recuperação
funcional, portanto devemos iniciar os exercícios assim que o paciente tiver condições
satisfatórias. Nos idosos como já foi dito é importante estimular o movimento ativo, porém
podemos trabalhar com mobilizações passivas suaves da cabeça umeral e da escápula. A
utilização dos exercícios de Codman, também dão resultados excelentes, além dos
alongamentos suaves que devem sempre ser feitos respeitando o limiar de dor do
paciente. Só devemos tomar cuidado com relação ao trabalho das rotações laterais e
mediais do ombro para as mesmas não serem muito forçadas, de acordo com o tipo de
fratura ocorrida se foi em adução ou abdução. Nos casos do tratamento de pessoas não
tão idosas, além de tudo o que foi falado os alongamentos dos músculos do ombro e as
mobilizações de estruturas locais como a cápsula devem ser feitos para liberar a
articulação. Essas pessoas com menos idade tendem a recuperar bem os movimentos da
sua articulação, desde que não seja uma fratura complicada, porém os idosos sempre
irão ficar com limitação de amplitude no ombro, mais o mesmo sempre deve ser funcional.
Alongamento de cápsula posterior e abdutores.
Alongamento de Cápsula Inferior, Grande Dorsal e Tríceps Braquial.
Exercícios de alongamento e fortalecimento do ombro
Exercícios funcionais pendulares realizados para os movimentos do ombro
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