PRT.ORTO.002 Protocolo de Fratura de Clavícula Última Revisão: Março/2013 Versão: 04 Elaboração: Dr. Lucas Guerra Verificação: Dr. Claudio Guerra Aprovação: Dr. José Guerra PRT.ORTO.002 Siglas • AINE: Antiinflamatório não-esteirodal; • AC: Acromioclavicular; • AP: Antero-posterior; • TC: Tomografia computadorizada. Material Necessário • Tenoxicam, Paracetamol, Tylex; • Tipóias, malha tubular, álcool 70%, gazinha. Atividades Essenciais Diagnóstico Clínico: Dor local importante, edema, crepitação, deformidade e a cabeça do paciente desviada para o lado contralateral à lesão. Representa 4 a 16% de todas as fraturas do esqueleto e 35 a 44% das fraturas da cintura escapular; 87% são causadas por trauma direto, como queda sobre o ombro, e 8% são por trauma indireto. As lesões associadas que podem ocorrer são as lesões esqueléticas (luxação AC e esterno-clavicular, fratura da escápula), lesões pulmonares (hemotórax e pneumotórax) e lesões vásculo-nervosas (plexo braquial, artéria e veia subclávia e veia jugular interna). Mecanismo de Trauma • Traumático; • Fraturas do parto; • Outras fraturas em crianças; Queda sobre a ponta do ombro ou sobre a mão estendida; Trauma direto sobre a clavícula; • Grupo I – queda sobre a mão estendida; • Grupo II – queda sobre a lateral do ombro; • Grupo III- trauma direto aplicado na lateral; • Atraumático; Tumor; Infecção. Lesões associadadas • Pneumotórax (3%); PRT.ORTO.002 • Lesões do plexo braquial (Nervo ulnar); • Lesões vasculares (Artéria e veias sub-clavia). Diagnósticos Diferenciais • Adultos: difícil, LAC; • Crianças: - Pseudoartrose congênita, Disostose Cleidocraniana, luxação esternoclavicular, pseudoparalisia, paralisia obstétrica. Propedêutica radiográfica: Radiografias devem ser solicitadas em 3 incidências: • AP neutro; • AP com inclinação cefálica de 45°; • AP tipo Zanca (clavícula lateral). TC útil na suspeita de fraturas intraraticulares (lateral ou medial). Classificação: Allman (1967) classificou as fraturas da clavícula de acordo com sua localização: • Grupo I: terço médio (diáfise) – 76%; • IA: sem desvio (criança); • IB: com desvio (adulto); • IC: cominutiva (alta energia); • Grupo II: lateral – 21%; • I: desvio mínimo; • IIA: traço de fratura medial aos ligamentos coracoclaviculares; • IIB: traço de fratura entre os ligamentos trapezóide e conóide, este último rompido; • III: fratura intra-articular; • IV: típica da criança, o fragmento proximal se desvia superiormente e os ligamentos coracoclaviculares ficam inseridos no periósteo; • V: cominutivas; • Grupo III: medial – 3%; • I: sem desvio; • II: ligamentos rompidos; • III: intraarticular; • IV: fraturas tipo epifisiólise; • V cominutivas. PRT.ORTO.002 Tratamento: A maioria das fraturas da clavícula é de fácil e rápida consolidação quando se utilizado um dentre vários métodos de tratamento conservador. Crianças – excelente potencial de consolidação – conservador – imobilização por até 04 semanas. Recém-nascido manter alfinete de suporte da manga da camiseta até o tórax por 02 semanas. Adultos: • Enfaixamento tipo Velpeau: fraturas com desvio mínimo, +- 06 semanas, deve ser refeito a cada 10 dias (afrouxamento). • Imobilização e “8” para fraturas com desvios maiores e encurtamento, =- 06 semanas, controle a cada três dias para ajuste (primeiras semanas). Vantagem que libera o cotovelo. Indicações para tratamento cirúrgico: • Lesão neurovascular progressiva; • Fratura exposta; • Politraumatismos; • Ombro flutuante; • Fraturas laterais Tipo II com desvio; • Incapacidade de tolerar a imobilização (Parkinson, convulsões incontroláveis); • Pseudartrose sintomática. Opções de tratamento cirúrgico: • Fixação interna com placa e parafuso; • Fixação intramedular. Referências Bibliográficas • ROCWOOD CA, GREEN DP, BUCHOLZ RW - Fraturas em adultos. Ed. Manole - 3ª Edição – pg. 1989 - 92. • Clinical challenges in orthopaedics: the shoulder; Timoty D. Bunterz and Peter J. Schranz.