EEG, Sono e Sonhos Eletroencefalograma (EEG) Hans Berger (1873-1941) – psiquiatra austríaco Primeiro EEG registrado, aproximadamente em 1928 EEG Eletroencefalograma • Reflete a atividade elétrica espontânea do cérebro • Ondas são geradas pela atividade sináptica • Classificado pela freqüência das ondas existentes Figura 1 (Quadro 16.2). O EEG é o registro amplificado (neste caso em um formulário contínuo em movimento) das ondas produzidas pelas minúsculas variações de voltagem que ocorrem no cérebro de uma pessoa, captadas por pares de eletródios colocados em locais padronizados do couro cabeludo. Figura 2 (Quadro 16.2). O que o eletródio capta na superfície da cabeça é a soma algébrica, a cada momento, dos potenciais elétricos produzidos pela atividade sináptica no córtex cerebral. Esses fenômenos elétricos são conduzidos através do meio iônico que compõe os vários tecidos da cabeça, mas chegam muito atenuados ao eletródio, e por isso devem ser amplificados para visualização. Modificado de M.F. Bear e colaboradores. Neuroscience: Exploring the Brain, 1996, Williams & Wilkins, EUA. EEG mostra padrões diferentes de atividade elétrica do cérebro SONO Definido comportamentalmente por 4 critérios: 1)Atividade motora reduzida 2)Resposta diminuída à estimulação 3)Posturas estereotipadas 4)Reversibilidade relativamente fácil - Declínio da atividade simpática - Aumento da atividade parassimpática - Tônus muscular e reflexos inalterados Não REM REM - Baixa atividade neuronal - Baixa temperatura e taxa metabólica Fases do sono EEG Baixa voltagem 10 a 30 µV e 16-25 Hz EEG Relaxamento Onda α 20 a 40 µV e 10 Hz Surtos sinusoidais – Fusos de Sono – (12-14 Hz) Ondas Bifásicas de alta voltagem – Complexo K – Ondas Delta lentas de alta amplitude ( 0,5 – 2Hz ) Aumenta atividade de ondas lentas EEG F variadas e de baixa voltagem Semelhante a vigília Espículas de alta voltagem -Espículas ponto-geniculo-occipitais Fases do sono EM RATOS Ontogenia do sono Infância • recém nascidos podem dormir de 16 a 20h por dia • Alterna estados de sono e vigília em ciclos de 3 a 4h • Sono polifásico • EEG menos organizado • 50% do tempo total de sono = REM • 3 a 4 anos: 3 horas por noite em sono profundo NREM, 3 a 4h em sono REM e menos de 5h em sono leve NREM • 10 anos: 2h de REM por noite (semelhante ao adulto) Ontogenia do sono Adolescência • Diminuição de sono NREM entre os 11 e 17 anos • Necessidade de sono total aumenta • Diminuição da latência para o primeiro REM Ontogenia do sono Vida adulta • De 20 a 30 anos padrões estáveis • 25% nos estágios 3 e 4 do sono NREM • Tempo total médio de 7h30min/noite • Padrões começam mudar entre os 40 e 45 anos – homens e 50-55 nas mulheres Ontogenia do sono Senescência • Redução gradual de sono NREM • Indivíduos acima de 70 anos dormem menos de 7h por noite • A maior parte do sono é leve e frequentemente interrompido As consequencias da privação do sono Regulação do sono O sono é um processo ativo Distúrbios do sono • Insônia: dificuldade de início ou manutenção do sono – Apnéia obstrutiva do sono – Excessiva atonia muscular (diafragma, faringe) durante sono de ondas lentas – Indivíduo não chega a acordar, permanece em estágio 1 – Obesos – causas mecânicas • Hipersônias: sonolência exagerada e crises de sono durante a vigília – – – – Narcolepsia Distúrbio de sono paradoxal Perda de neurônios do hipotálamo Genética? • Parassônias: distúrbios de acordar – Terror noturno infantil, sono paradoxal sem atonia, sonabulismo – Atingem mecanismos de transição entre sono paradoxal e vigília