19/02/17 ENZIMAS ENZIMAS DEFINIÇÃO Enzimas são proteínas que atuam como catalisadores biológicos o Aceleram a velocidade das reações químicas o Não alteram os produtos finais das reações o “Zimogênio” (inativas) / Enzima (ativas) Composto B (produto) Reação catalisada pela enzima ENZIMAS Composto A (substrato) Centro ativo (ou sítio catalítico) de uma enzima é a região da molécula onde ocorre a atividade catalítica ENZIMAS ENZIMAS CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL a. Simples (formada apenas por aminoácidos) b. Conjugadas (formada por uma parte proteica e outra não protéica) o Parte protéica = apoenzima o Parte não protéica = coenzima/cofator o = Holoenzima = Apoenzima + Coenzima (ativa) (Inativa) metal Grupo prostético cofator coenzima (Inativa) Enzima holoenzima Apoenzima Distinção entre cofator e coenzima depende da força de ligação com a apoenzima. Ex: o NAD+ pode ser cofator de uma enzima (ligação fraca) e ser coenzima de outra (ligação forte). parte proteica ativa inativa 1 19/02/17 ENZIMAS PROPRIEDADES - TEORIA DA CATÁLISE A + B v1 v-1 C ENZIMAS PROPRIEDADES - TEORIA DA CATÁLISE Estado de transição EQUILÍBRIO - as velocidades das reações se igualam ( v1 = v-1) CATALISADOR ACELERA as velocidades nos dois lados da reação - o ponto do equilíbrio é atingido mais rápido - o equilíbrio não se altera, pois a [reagentes] e [produtos] ao final se iguala à inicial - termodinâmica da reação não se altera Os catalisadores não são consumidos podem atuar em [ ] baixas. Energia - as concentrações de todos os reagentes não se alteram mais - nesse momento pode se dizer que a reação terminou Energia de ativação Reação não catalisada Energia de ativação (barreira energética) Quantidade de energia necessária para a reação ocorrer. Estado de transição (complexo ativado) Substrato (S) Reação catalisada Produto (P) Forma molecular intermediária entre reagente e produto. Existe somente no alto da barreira energética. É altamente instável. Progresso da reação Um catalisador diminui a barreira energética criando percursos alternativos da reação para formação do estado de transição. ENZIMAS COMO ATUAM AS ENZIMAS 1. Promovem aumento da concentração dos reagentes na superfície da enzima Os reagentes são atraídos para próximos à enzima. 2. Orientam corretamente os reagentes (substratos) Parte da energia de ativação representa o posicionamento adequado dos reagentes para que haja contato entre os átomos corretos. ENZIMAS MODELOS DE AÇÃO ENZIMÁTICA Modelo Chave-Fechadura Formas rígidas 3. Aumentam a reatividade dos reagentes As cadeias laterais (R) dos aminoácidos da enzima podem interagir diretamente com os substratos, dando-lhes carga elétrica ou polarizando-os. 4. Induzem deformações físicas no substrato O contato com as cadeias laterais (R) dos aminoácidos das enzimas desestabiliza a molécula do substrato e facilita o rompimento de ligações covalentes. Modelo de Encaixe induzido E e S deformam-se, para otimizar o encaixe Emil Fisher (1950) MODELO CHAVE-FECHADURA O sítio ativo da enzima é préformado e tem a forma complementar à molécula do substrato, de modo que outras moléculas não teriam acesso a ela. No entanto, o modelo chavefechadura não explica a interação das enzimas com inibidores e análogos dos substratos. Daniel Kosland (1970) MODELO DE ENCAIXE INDUZIDO O contato com a molécula do substrato induz mudanças conformacionais na enzima, que otimizam as interações com os resíduos do sítio ativo. 2 19/02/17 ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS 1. Condições do meio que afetam estabilidade protéica a) Temperatura b) pH ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS 1.a Temperatura A velocidade das reações químicas tende a aumentar com o aumento da temperatura até atingir uma velocidade máxima (X) em uma temperatura ótima (Y). 2. Concentração dos reagentes enzima, substrato ou co-fatore(s) Velocidade da reação Paraseestudaroefeitoisoladodeumdosfatoresacima,énecessárioquetodosos outrosfatoressejammantidosfixos. ENZIMAS x Acima da temperatura (Y) ocorre a desnaturação da enzima e a diminuição da velocidade da reação química. y Temperatura em (o C) ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS 1.b pH (Potencial Hidrogeniônico) As enzimas exigem um pH ótimo (Y) no qual a velocidade da reação seja máxima (X). Acima ou abaixo deste ponto elas diminuem sua atividade até que a reação química não mais ocorra. Velocidade da reação x Acima ou abaixo do pH (Y) ocorre redução da atividade enzimática, e consequentemente diminuição da velocidade da reação química. y pH Pepsina: pH 2,0 Ptialina: pH 7,0 Tripsina: pH 8,5 3 19/02/17 ENZIMAS FATORES QUE INTERFEREM NAS REAÇÕES ENZIMÁTICAS O gráfico abaixo ilustra como as concentrações de E, S e P variam ao longo do tempo da reação. 2.Concentração do Reagentes (enzima, substrato ou co-fator) A [substrato] cai na mesma razão em que a [produto] aumenta em função do tempo. A enzima existe sob duas formas: enzima livre E e complexo enzima-substrato ES. No início da reação, a [E] livre cai e a do complexo [ES] aumenta e atinge um máximo, em que não há mais [E] livre no meio. Nessa situação (indicada no retângulo cinza), diz-se que a enzima está saturada (só existe no complexo ES). A velocidade da reação é a máxima. ENZIMAS MECANISMOS DE REGULAÇÃO ENZIMÁTICA A atividade enzimática pode ser regulada por diferentes mecanismos, que muitas vezes atuam em conjunto na mesma enzima. 1. Regulação por Inibição a) irreversível b) reversível competitiva c) reversível não competitiva 2. Regulação por Alosteria • ativadores e inibidores • cooperatividade ENZIMAS MECANISMOS DE REGULAÇÃO ENZIMÁTICA MECANISMOS DE REGULAÇÃO ENZIMÁTICA 1.a) Inibidores IRREVERSÍVEIS NÃO PROTÉICOS 1.b) Inibidores REVERSÍVEIS COMPETITIVOS Algumas substâncias se ligam covalentemente às enzimas deixando-as inativas. Na maioria dos casos a substância reage com o grupo funcional no sítio ativo bloqueando o local de encaixe do substrato, deixando a enzima cataliticamente inativa. Inseticidas organofosforados dose letal: 3-13 mg/Kg, oral Acetilcolinesterase pode ser complexada com o sarin ou “gás dos nervos” (dose letal 0,01 mg/kg, oral), um organofosforado altamente tóxico e volátil, reagindo com o resíduo de Serina ativo da enzima. ENZIMAS • O inibidor é análogo estrutural do substrato e compete com ele pela ligação ao sítio ativo. • Com aumento da [substrato], ocorre redução da inibição caracterizando uma competição entre S e I. • Não há alteração da Vmáx I S S IS E S S S S P SS I S meia vida – 23 anos 4 19/02/17 ENZIMAS MECANISMOS DE REGULAÇÃO ENZIMÁTICA MECANISMOS DE REGULAÇÃO ENZIMÁTICA 1.c) Inibidores REVERSÍVEIS NÃO COMPETITIVOS Aumento da [substrato] não diminue a inibição pois não há competição • I S Redução da Vmáx diminui I S S E S P S I EE S S I • Possuem uma região diferente do sítio ativo que se liga a um receptor alostérico. A mudança conformacional decorrente da ligação do efetor alostérico se propaga pela molécula e afeta o sítio ativo, ativando-o ou inibindo-o. Observe nas figuras. S S I Inibidor se liga à E e ao ES I • I Inibidor não é análogo estutural do substrato (não se liga ao sítio ativo) 2. Reguladores Alostéricos I • ENZIMAS Ativador alostérico Inibidor alostérico 5