A PROPAGANDA COMO FATOR DE RECONHECIMENTO DE UMA EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS Acadêmica: Nathalia Carniel Sena Rosa Orientador: Francisco Xavier da Costa Aguiar Júnior - Graduado em Administração e Especialista em Gestão de Projetos Unespar – Universidade Estadual Do Paraná – Campus FAFIPA – Paranavaí. Administração de Empresas - Ciências Sociais Aplicadas. RESUMO O presente estudo apresenta a importância da propaganda para atratividade de clientes numa empresa prestadora de serviços na cidade de Paranavaí. A propaganda é uma das formas mais visíveis de comunicação integrada de marketing. Além disso, a empresa necessita divulgar seus produtos e serviços e fazer com que os clientes tenham o devido conhecimento a respeito deles. Sendo assim, buscou-se avaliar quais são os serviços ofertados e a forma de propaganda que é feita pela empresa para fazer com que os clientes busquem os serviços por ela oferecidos. Palavras-chave: Propaganda; Comunicação; Marketing; Produtos; Serviços. ABSTRACT Summary this recent study shows the importance of advertising to the attractiveness of customer to a provider of services company in this town Paranavaí. Advertising is one of the most visible forms of integrated marketing communication. Moreover the company needs to advertise their products and services and make your customers have adequate knowledge about them. Therefore sought to assess what are the services offered and the form of advertising that is made by the company to make clients seek the services offered by the company. Keywords: Advertising, communication, product, marketing services. 1. INTRODUÇÃO – TEMA E JUSTIFICATIVA Antes a maior preocupação das empresas era em gerar valor econômico, a maior visão era a obtenção de lucros. Com a competitividade entre empresas de segmento parecido, passou-se a pensar em atender as necessidades dos clientes. Diante disto, é preciso maior atenção em relação aos serviços ofertados e a gestão de comunicação. Para Urdan e Urdan (2009), que apresenta o conceito de tarefa da gestão de comunicação de marketing, a comunicação deve ser feita de forma eficaz, clara e concisa a fim de atingir o objetivo direto da comunicação, sem que haja falhas nesse processo. A comunicação é muito importante para a empresa se inserir e permanecer no mercado. Uma empresa que tenha boa comunicação consegue aumentar e manter um número de clientes por meio da segmentação de mercado escolhida, ou seja, pela oferta de produtos e serviços. Com as rápidas mudanças no mercado atual, os clientes se tornaram mais exigentes, e para as empresas se torna cada vez mais importante entender as atitudes do consumidor. Partindo do exposto, e também procurando entender os 4 (quatro) P’s do marketing e a propaganda da empresa, o presente estudo procura responder porque dos clientes só conhecerem a organização pelo sistema de Plotagem. 1.1 OBJETIVOS Tendo conhecimento da importância da propaganda para o reconhecimento da empresa, bem como da influência desta para a procura dos clientes, tem-se os objetivos abaixo especificados . 1.1.1 Objetivo geral Identificar a imagem da empresa e os serviços e produtos que ela oferta junto ao público em geral. 1.1.2 Objetivos específicos • Avaliar os produtos/serviços ofertados pela empresa; • Identificar conhecimento e opinião sobre a empresa e seus produtos/serviços; • Identificar aspectos da propaganda da empresa. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. Markerting Segundo Pinheiro (1987) o marketing é um processo que trata da criação dos produtos, distribuição e comunicação dos mesmos de maneira efetiva e eficiente, o marketing tem que levar em consideração a capacidade limitada de poder aquisitivo do consumidor, bem como a necessidade da remuneração do investimento do produtor. Ele tem como origem a identificação das necessidades dos consumidores e como fim a maximização dos lucros através da satisfação dessas necessidades. Ao buscar este entendimento a organização fica mais próxima de tornar seus clientes mais fieis, e esse é o maior desafio do marketing. O papel do marketing é procurar satisfazer a necessidade dos clientes para que se possa obter sucesso. Para Kotler (1974) o marketing é a análise, o planejamento, a implementação e o controle de programas cuidadosamente formulados e projetados para propiciar trocas voluntárias de valores com mercados-alvo, no propósito de atingir os objetivos organizacionais. Depende intensamente do projeto da oferta da organização, em termos das necessidades e desejos dos mercados-alvo, e no uso eficaz da determinação de preço, da propaganda e da distribuição, a fim de informar, motivar e servir os mercados. Para Urdan e Urdan (2009) o marketing tem sido ampliado por duas visões complementares: como filosofia organizacional - princípio básico da empresa que enfatiza o foco nas necessidades dos clientes - , e como processo gerencial com o objetivo de atender as necessidades e desejos das pessoas. As empresas desenvolvem produtos e serviços para satisfazer as necessidades e desejos dos clientes, cuida da distribuição, levando os produtos até perto dos compradores, e define as condições de preço. Ao mesmo tempo, ela promove o que faz, comunicando os atributos do produto, falando da distribuição, dos preços e de tudo mais que pode valorizar seu produto no mercado. 2.2 Satisfação Segundo Kotler (2000) a satisfação de um comprador depende do desempenho da oferta em relação as expectativas que ele tem. Quando o cliente atinge um alto grau de satisfação ele é mais fiel ao produto e também à empresas. Para Vavra (1993) a satisfação do cliente está altamente ligada a qualidade que ele atribui ao produto ou serviço, que devem atender plenamente as necessidades e expectativas do cliente. É muito importante uma análise de satisfação para o desempenho da empresa, através dela é possível conhecer as forças e fraquezas da unidade e assim então tomar medidas para que se possa manter ou melhorar o desempenho, seja no atendimento, na qualidade dos produtos, na fixação de preços, na forma de distribuição e até mesmo na comunicação empresarial voltada para o cliente. 2.3 4 P's As empresas podem fazer uso do marketing para influenciar e modificar as respostas dos consumidores, dentro do marketing temos um conjunto de variáveis controláveis que são representadas pelos 4Ps o famoso mix de marketing. Para Cobra (1997) o composto de marketing é apresentado em quatro funções básicas: produto, preço, praça e promoção. Nesse mix todos os elementos foram criados e estabelecidos para atender ao mercado alvo, ou seja, o consumidor. 2.3.1 Produto Uma das variáveis encontrada no Composto de marketing ou Mix de marketing é o produto. Segundo Urdan e Urdan (2009) um produto deve atender as necessidades e desejos do mercado, deve ser bem planejado e buscar mercados promissores, deve ter bons atributos para aumentar os benefícios e reduzir os custos para o consumidor. Para os autores ‘’produto’’ está na base do composto de marketing. Sem um bom produto não há comunicação, distribuição e preço que impulsionem as vendas. Para Braga (1992) produto esta ligado a idéia de vendas, pode se dizer que não se vende um produto e sim um beneficio. As qualidades e vantagens de um produto depende de muitas variáveis que são possíveis de serem controladas pela empresa. O produto tem também atributos extrínsecos ao bem físico e ligados a satisfação do consumidor como assistência ao cliente, garantia etc. Para Braga a formula do produto pode ser equacionada da seguinte maneira: PRODUTO = BEM FISICO E/OU SERVIÇO + SERVIÇOS AOS CLIENTES Analisando as afirmações dos autores acima, é possível entender que é importante conhecer seus produtos oferecidos pela empresa são compatíveis com o que os clientes podem ou esperam pagar e se ele atende as exigências feita por ele, que no caso pode variar de um cliente para o outro. É necessário que um cliente atribua valor ao produto em termos de custo e beneficio para que ele tome a decisão de compra. 2.3.2 Preço Um outro fator importante dos 4Ps é o preço. Segundo Urdan e Urdan (2009) preço representa a quantia cobrada aos consumidores por aquilo que a empresa oferece a eles. Toda tomada de decisão no processo de marketing requer um custo financeiro, o valor agregado nos produtos deve gerar uma boa expectativa de retorno para a empresa, não é mais adequado definir preços com base no custos pois deve levar em relação os aspectos externos como concorrência e economia. Para Urdan e Urdan (2009) é impossível administrar preços sem manter os olhos voltados para o perfil e as ações dos concorrentes. Na decisão de compra o consumidor compara as alternativas dos diferentes fornecedores, se uma empresa oferece produto que na análise do consumidor oferece maios beneficio e custos menores, seu interesse pela concorrência diminui. É indispensável essa analise da concorrência na decisão dos preços. Analisando essa visão, pode-se perceber o quanto é importante prestar atenção a esses aspectos na hora de estipular o preço do produto, é necessário uma ótima analise da concorrência, uma ótima atenção ao comportamento dos consumidores e uma cuidadosa administração dos custos para sair na frente. 2.3.3 Praça Segundo Urdan e Urdan (2009) praça são os arranjos que disponibilizam os produtos da empresa aos consumidores, mesmo que um produto seja de forte necessidade para o consumidor, de nada será útil se não estiver no lugar, ocasião ou maneira certa. Uma forma de se destacar é tendo uma variedade de itens e pontos de venda (atacadistas e varejistas) ou uma forma de distribuição eficiente. Ainda com os autores acima o composto de marketing na distribuição serve para realizar trocas com o mercado, mas essa troca só é realizada com sucesso quando o consumidor consegue encontrar o produto no momento e na forma que ele espera, e atender a isto não é simples pois, os consumidores podem estar espalhados em vários lugares por isso é preciso transportar armazenar e entregar os produtos aos clientes. É necessário encontrar maneiras eficientes de distribuir os produtos aos clientes ou facilitar o acesso deles aos mesmos, mesmo quando existem barreiras, seja elas pela distancia, pelo meio de se locomover, de transportar etc. De acordo com Las Casas (1992) o item distribuição do composto de marketing envolve basicamente duas áreas de decisões: distribuição física e canais de distribuição. A distribuição física engloba as decisões de transporte, armazenagem e distribuição, ou seja toda a parte logística, já o canal de distribuição consideram-se as decisões referentes aos caminhos que os produtos devem seguir até chegar ao consumidor. Ainda com Las Casas (1992) um outro fator importante na distribuição dos produtos é a entrega, em alguns casos eles são altamente necessários, como no caso da venda por telefone ou mala direta. Mas no varejo ela também é muito importante. As entregas podem ocorrer de variar formas, alguns preferem comprar seus próprios recursos como caminhões ou peruas, pode-se também utilizar serviços de terceiro, correios entre outros. De acordo com Zober (1971) a dois aspectos importantes na administração da distribuição física: o controle das matérias primas e dos produtos acabados, este exige decisões especificando onde, quando e em que quantidade devem se disponibilizar os produtos, para isso é necessário pesquisas e um ótimo programa de estoque para coordenar corretamente esse setor com os menores custos e maximização dos lucros. 2.3.4 Promoção A ultima variável dos 4Ps a ser analisada é a promoção, que segundo Urdan e Urdan (2009) é a parte da comunicação das empresas com seus públicos incluindo o mercado alvo, comunidades e intermediários no canal com o objetivo de informar persuadir e influenciar. Para os autores comunicação é uma atividade que liga duas ou mais pessoas com a finalidade de compartilhar informações e significados, ela é indispensável na relação pessoal e organizacional. As ferramentas usadas na comunicação são: propaganda, marketing direto, venda pessoal, promoção de venda e relações publica diretos. Urdan e Urdan (2009), exemplificam cada tipo dessas ferramentas: a propaganda para os autores é uma forma de comunicação paga impessoal e transmitida por mídia como televisão, jornal, outdoor e internet. Se tratando do marketing direto Urdan e Urdan (2009), explica que este procura atingir receptores identificados e obter deles uma resposta imediata, pode-se utilizar mala direta, catálogos ou telemarketing para atingir o receptor onde quer que ele esteja. É possível impulsionar o marketing direto através do banco de dados com informações dos clientes atuais e potenciais selecionando assim os melhores nomes para determinadas campanhas. Ainda com os mesmos autores a venda pessoal é a atuação no qual o vendedor interage face a face com o consumidor para persuadir a compra e fornecer informações, mediante consultorias, apoio e relacionamento. Uma outra ferramenta muito utilizada segundo os autores é a promoção de vendas, que para eles são as atividades que acrescentam valor para o comprador e incentivam a compra, liquidações e degustações ilustram a dinâmica da promoção de vendas e esta costuma gerar um forte impacto nos clientes. A última ferramenta que Urdan e Urdan (2009) relacionam é a relações publicas, ela consiste em monitoras as perspectivas dos públicos da empresa, identificar possíveis questões de interesse e desenvolver programas para manter relações positivas com esses públicos, a empresa deve manter seu publico informado sobre as iniciativas que podem afeta-los e deve também manter uma boa imagem, pois ela pode melhorar ou piorar a percepção das pessoal sobre os resultados empresariais. Com base nas informações acima pode-se dizer que o profissional de marketing deve tirar proveito de todas essas ferramentas, para atingir os objetivos organizacionais, conquistar, reter e persuadir os clientes. De acordo Pinheiro (1987) mesmo que um produto seja ótimo ele não se vende por si só, é necessário que os compradores o conheçam e conheçam também seus benefícios e qualidades para que tenha a necessidade de compra. 2.4 Propaganda Para Leduc (1977) propaganda é todo esforço de comunicação tendente a beneficiar uma empresa, um produto ou um serviço, sob o patrocínio ostensivo de alguém. Também representa a principal força de promoção e de desenvolvimento da venda de um produto e o meio mais econômico, mais eficaz e mais prático para se estabelecer o contato com o todo dos consumidores. Segundo Berardi (2008) a propaganda tem por missão integrar o esforço promocional, operando no sentido de atingir o subconsciente do consumidor com a penetração do apelo, influenciando sua decisão de compra. O objetivo da propaganda é apresentar um produto ou serviço para os clientes, atentá-los para os benefícios que estes produtos e serviços podem lhe proporcionar caso estes sejam de sua escolha preferencial. Leduc (1977) afirma que a propaganda tem por objetivo criar um elo entre o produtor e o consumir que, sem ela, fundamentalmente a comunicação de uma mensagem. É preciso insistir sobre esse aspecto, pois o erro mais freqüente é de se crer que a propaganda é a venda. A função essencial da propaganda é fazer conhecer um produto para que ele seja procurado. 3. METODOLOGIA Este trabalho se trata de um artigo com caráter exploratório-descritivo. Segundo Andrade (2007) a pesquisa de tipo exploratória possui a finalidade de proporcionar maior conhecimento sobre o tema escolhido, auxiliando a delimitação do assunto a ser estudado e deixando os fatos que serão analisados e interpretados sem interferência do pesquisador, sendo assim uma pesquisa de cunho quantitativo e qualitativo é caracterizada como estudo de caso. De acordo com Schramm (1971 apud YIN, 2005) a essência do estudo de caso é tentar esclarecer uma decisão ou um conjunto de decisões. Especificando assim o motivo por qual foi ou foram tomadas, como foram implantadas e quais resultados. Outra definição do estudo exploratório-descritivo é: Estudos exploratórios têm por objetivo descrever completamente determinado fenômeno, como, por exemplo, o estudo de um caso para o qual são realizadas análises empíricas e teóricas. Podem ser encontradas tanto descrições quantitativas e/ou qualitativas quanto a acumulação de informações detalhadas como as obtidas por intermédio da observação participante. Dá-se precedência ao caráter representativo sistemático e, em consequência, os procedimentos de amostragem são flexíveis. (MARCONI ; LAKATOS, 2003, p.187) A técnica de pesquisa utilizada foi a entrevista. Marconi e Lakatos (2003) definem entrevista como um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto. Segundo Best (1972, p.120 apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p.195) “a entrevista é muitas vezes superior a outros sistemas de obtenção de dados”. Ainda, para Marconi e Lakatos (2003), existem três tipos de entrevista: padronizadas, despadronizada e painel. Nesta pesquisa será utilizada a entrevista padronizada, na qual, segundo as autoras, o entrevistador pode coletar dados uniformes entre os entrevistados, permitindo assim uma comparação imediata a partir das informações obtidas. A análise dos dados coletados será de modo qualitativo e quantitativo, tendo em vista uma maior compreensão das informações coletadas dos entrevistados. “A análise dos dados consiste em examinar, categorizar, classificar em tabelas, testar, ou do contrário, recombinar as evidências quantitativas e qualitativas para tratar as proposições iniciais de um estudo” (YIN, 2005, p.137). Assim, torna-se a parte mais trabalhosa da pesquisa. Triviños (1987) cita que na pesquisa com abordagem qualitativa, as interações que o pesquisador possui com o meio a ser estudado são fundamentais para obter os resultados esperados. Compreendendo a abordagem qualitativa do trabalho, optou-se pela análise de conteúdo como tratamento de dados, que segundo Bardin (2004), configura a análise de conteúdo como um conjunto de técnicas para análise das comunicações, que utilizam procedimentos objetivos de descrição das mensagens e seus respectivos conteúdos, visando assim obter indicadores que permitam o confronto de conhecimentos correspondentes aos conteúdos das mensagens. A pesquisa quantitativa permite estabelecer relação entre variáveis (Chizzotti, 1995). Seu objetivo é mensurar e permitir o teste de hipóteses, já que os resultados são mais concretos e, consequentemente, menos passíveis de erros de interpretação. Segundo Richardson (1989), o método quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas. A pesquisa quantitativa portanto possui como diferencial a finalidade de garantir a precisão dos trabalhos realizados, levando a um resultando com poucas chances de distorções. Para Marconi e Lakatos (1982) a pesquisa quantitativa também é apresentada como “semântica quantitativa e análise de conteúdo”, trabalhando e mensurando dados de uma base textual. Neste caso, foi realizada uma entrevista semi estruturada com os clientes (associados e não associados) da empresa. 4. CARACTERIZAÇÃO DO CASO A APEAP – Associação Profissional dos Engenheiros e Arquitetos de Paranavaí – é uma empresa de direito privado. Foi criada em 1983, com objetivo de fortalecer as classes que representam Paranavaí na Região Noroeste do Paraná. Conta hoje com aproximadamente 100 profissionais (entre profissionais e acadêmicos) e é presidida pelo Engenheiro Civil João Artur Casado. Tem sua sede localizada na Rua João Batista Machado, nº 960, Jardim Ibirapuera, visa a interação entre profissionais, despertando na sociedade a percepção da importância de sua classe nos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Abriga ainda a sede regional do CREA-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná). Neste estudo, buscou-se levantar os motivos pelos quais os profissionais sócios e não sócios da APEAP – Associação Profissional dos Engenheiros e Arquitetos de Paranavaí – enxergam a empresa como uma prestadora de serviços somente de plotagens (cópias de projetos) ofuscando assim, sua real missão. Visto que a empresa tem como missão “Promover a valorização profissional, integração entre a classe e a sociedade através do aperfeiçoamento contínuo” procurou-se identificar e verificar por que os outros serviços da entidade não são tão utilizados. No estudo foi necessário realizar uma pesquisa com os associados e clientes da associação. Esta pesquisa teve orientação de um professor da Universidade Estadual do Paraná, do campus de Paranavaí. As ferramentas utilizadas para o controle das atividades e elaboração das entrevistas do estudo foram Excel e Word. A pesquisa foi compreendida no período de 08 a 30 de setembro. Durante o estudo, a equipe do escritório da APEAP pedia aos clientes que chegavam à empresa para responder a pesquisa. A mesma foi enviada via e-mail para todos os associados da entidade. Os serviços identificados oferecidos pela APEAP são: - Plotagens (cópias impressas de projetos); - Cursos de aperfeiçoamento profissional (Excel, AutoCad 2D, AutoCad 3D, Revit, Promob); - Convênio Casa Fácil (realizado entre Prefeituras Municipais, o CREA-PR e a Associação; - Sala do Engenheiro (o profissional tem um espaço onde pode acessar a internet, fazer consultas, etc.) - Palestras de temas diversos, maioria das vezes acontecidas em sextas-feiras, no próprio salão da Associação. - Aluguel do salão com preço diferenciado para associados; - Happy Hours e encontros quinzenais; - Descontos diferenciados em viagens técnicas. A entrevista consistiu nas seguintes perguntas: Coletados os dados, observaram-se as seguintes respostas: Na questão 1 (um), 42% dos entrevistados buscam se relacionar com demais associados; 44% dizem ser associados pois a APEAP oferece vantagens aos profissionais e apenas 6% dizem ser associado pelos descontos obtidos. Na questão 2 (dois), 34% apontaram conhecer a empresa por propaganda boca-boca; 48% conheceram a empresa pelas redes sociais sendo a maioria Facebook e 18% por indicação de outros profissionais/empresas. Na questão 3 (três), 4% utilizam mais os serviços de cursos e palestras; nenhum dos entrevistados escolheu a opção do serviço de convênio casa fácil; 8% fazem uso da sala do engenheiro; 74% utilizam o serviço de plotagens; 2% utilizam o serviço de aluguel do salão; 10% o happy hour e 2% utilizam mais as viagens técnicas. Já na questão 4 (quatro), 54% dos entrevistados demonstra utilizar o serviço para se desenvolver profissionalmente; 34% pela empresa realizar o serviço em tempo hábil e 12% dizem utilizar pois os preços são mais acessíveis. Na questão 5 (cinco), 94% dos entrevistados dizem que sim, que os produtos da APEAP são suficientes. Na questão 6 (seis), 8% dos entrevistados dizem que a APEAP tem fácil acesso; 42% diz que a empresa é a melhor opção para o serviço que necessita e 50% diz que não são encontradas empresas do mesmo segmento na região. Na entrevista, os clientes da APEAP demonstraram ter conhecimento dos serviços ofertados pela empresa e na análise das respostas, percebeu-se que a maioria dos associados não busca a empresa por outro serviço que não seja a plotagem. Na análise também foi verificado que esta procura maior por parte deles se dá pela falta de concorrência de empresa na cidade de Paranavaí que preste o mesmo serviço que a APEAP presta. A empresa tem um contrato anual com a empresa H1 Comunicação, que é responsável por toda a divulgação da empresa. Na análise dos dados, a propaganda da APEAP é mais visualizada e mais acessível pela rede social Facebook, muito embora a empresa tenha um contrato anual com a Revista Laranja Café, onde a cada bimestre, a APEAP tem duas páginas de divulgação na mesma. O site da empresa também é um meio de propaganda, porém não tão acessível quanto a rede social acima citada. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após ter-se identificado as respostas de todos os clientes e associados, pode-se notar que a grande maioria das pessoas que freqüentam a associação é buscando o serviço de plotagem. Embora saibam dos outros serviços que a empresa oferece, é possível verificar que o serviço de plotagem é o mais utilizado pelos clientes pelo fato de ter maior demanda e não ter mais empresas do mesmo segmento na cidade e na região. O fato de existir grande número de obras na cidade e esses projetos plotados serem obrigados para apresentação e aprovação na prefeitura, apresentação ao cliente, aos trabalhadores responsáveis pela execução da obra, geram maior demanda ao tipo de serviço ofertado. No que diz respeito à propaganda da empresa, pode-se observar que o Facebook atrai bastantes visitas e o público fica ciente dos acontecimentos da APEAP por ele, na maioria das vezes. Consegue-se notar que não é por falta de propagada e comunicação que há menor interesse nos outros serviços. É sabido que todos os entrevistados têm conhecimento – e até procuram – os outros serviços que a empresa oferece. Pode-se concluir que a melhor forma para atração de público para participação dos demais serviços da empresa, seja criando mais vantagens para atrair mais associados e também realizando novas pesquisas, para buscar trazer assuntos para palestras e cursos de maior interesse que gere maior participação. Portanto os clientes associados e não associados da APEAP conhecem os produtos e serviços oferecidos pela empresa, têm consciência da variedade, porém a plotagem é o produto/serviço mais utilizado da empresa por uma questão de maior demanda vinda do ambiente externo. Referências URDAN, F. T.; URDAN, A. T, Gestão do composto de marketing. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009. PINHEIRO, Antonio P. Marketing. Marketing Racional.1. ed. São Paulo: Ebras, 1987. KOTLER, Philip. Marketing para organizações que não visam o lucro. São Paulo: Editora Atlas S.A, 1974. KOTLER, Philip. Satisfação, valor e retenção de cliente. Administração de Marketing. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. VAVRA, Terry G. Marketing de relacionamento.1. ed. São Paulo: Atlas, 1993. COBRA, Marcos. A conceituação do sistema de marketing. Marketing básico. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1997. BRAGA, Roberto Silveira. Marketing de produtos industriais: um enfoque para o mercado de fundição. São Paulo: Atlas, 1992. 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