MARKETING EDUCACIONAL Dayane Elizabety Sion - [email protected] Nathalia Fernanda da costa Mercurio - [email protected] Irso Tofoli - [email protected] Máris de Cássia Ribeiro Vendrame - [email protected] RESUMO O presente artigo retrata a evolução da sociedade, dos clientes e público relacionados em geral, tornando-se necessário à busca de diferenciais que possam atender e surpreender os clientes. O marketing Educacional proporciona ferramentas para a valorização da marca e captação de alunos, oferecendo aos mesmos valores benefícios e vantagens. Atualmente, a definição de marketing não se refere somente à propaganda, mas sim à satisfação das necessidades do cliente. Uma instituição constrói sua imagem no mercado ao longo de um período de bons serviços e fica impossível posicioná-la competitiva em um mercado onde instituições de ensino estão cada vez mais presentes sem conhecer o que o publico consumidor realmente valoriza em uma instituição de ensino. Para que o marketing Educacional seja praticado com qualidade as ações devem estar harmoniosamente elaboradas, não perdendo o foco da organização. Palavras-chave: Marketing Educacional, Estratégias, IES (Instituições de Ensino Superior). INTRODUÇÃO Marketing é a análise, planejamento, implementação e controle de programas cuidadosamente formulados para causar trocas voluntárias de valores com mercados alvo e alcançar os objetivos institucionais. O marketing envolve e programa as ofertas da instituição para atender as necessidades e os desejos de mercado alvo, usando preço, comunicação e distribuição, eficaz para informar, monitorar e atender a esses mercados, afirmam Kotler e Fox (1994). De acordo com Kotler e Armstrong (2003), a estratégia de marketing preocupa-se em encontrar caminhos sustentáveis para que as organizações possam competir em um mundo em permanente mudança. O marketing educacional é a área que utiliza estratégias e táticas mercadológicas para atrair cada vez mais clientes (alunos), determina que a instituição decida sobre as necessidades e os desejos de mercados-alvos, satisfazendo através de projetos, comunicação, serviços apropriados e prováveis. (COBRA; 2004) O objetivo desse artigo é falar sobre quais meios influenciam a escolha de uma instituição de ensino e porque usar esses meios influenciadores a favor da instituição. Entre tais meios ressaltamos a família, parceiros (marido/esposa, namorado(a) e professores do aluno. Assim as instituições de ensino poderão atingir cada vez mais alunos e poderão desenvolver estratégias de marketing cada vez mais destacadas. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 218 Para a instituição educacional é importante mensurar a familiaridade de sua imagem e como os grupos avaliam suas qualidades, para decidir se o resultado está de acordo com a imagem que deseja passar. Caso contrario, deve se readequar e comunicar essas mudanças para seu público.(COBRA; 2004) Kotler e Fox (1994), definem imagem como “soma de crenças, idéias e impressões que uma pessoa tem de um objeto”. Para os autores a definição possibilita distinguir este de outros conceitos semelhantes como crenças, atitudes e estereótipos. As empresas tem forte interesse em saber como são vistas pela sociedade, uma vez que querem assegurar-se que sua percepção de imagem mostre favoravelmente sua realidade. A longo prazo, a instituição deve assegurar as necessidades dos clientes, pois o aluno não está interessado somente em um diploma, mas também no domínio real de informações e habilidades que justifiquem essa conquista, além da necessidades da sociedade que esperam pessoas preparadas para o mercado de trabalho que possam ser produtivas e que assumam responsabilidades. No fundo, o ponto principal é a busca da formação e isso é visto pelo aluno principalmente como possibilidade de abertura de portas no mercado de trabalho. “Eu estudo para melhorar meu posicionamento no mercado”. (KOTLER; FOX; 1994) O artigo foi elaborado através do método de revisão bibliográfica abordando os seguintes autores: Kotler e Fox (1994); Kotler e Armstrong (2003); Cobra e Braga (2004); Colombo (2004). 1 REVISÃO BIBLIOGRAFICA 1.1 Decisão na escolha no ensino superior Segundo Hoyer e Brown (1990), uma decisão de maior envolvimento de recursos ou maior valor de aquisição, como é o caso da educação, gera um processo que tende a ser o mais ponderado e completo possível. É essencial à universidade que almeja desenvolver uma compreensível estratégia de marketing, o conhecimento dos fatores determinantes do comportamento de escolha dos estudantes. Ainda Hoyer e Brown (1990), alguns estudantes quando concluem o segundo grau vão para o mercado de trabalho. Ao decidirem cursar uma graduação pode ter sido transcorrido um período significativo. Entre o aluno que ingressa imediatamente no curso superior e aquele que esteve certo período no mercado de trabalho poderá haver algumas diferenças entre suas escolhas. Essa variável deve fornecer subsídios para verificar a diferença de escolha entre os mais jovens e os mais adultos. O grau de informação do aluno diante de prováveis fontes: família/amigos, escolas, instituição de ensino superior, jornais, revistas destinados aos vestibulandos, livros, revistas ou jornais especializados na área, os profissionais habilitados na área ou no curso, os meios de comunicação em massa ou até, cada vez mais importantes e indispensáveis, sistemas de busca da Internet. (HOYER; BROWN; 1990). Para Cobra e Braga (2004), escolhas podem estar relacionadas a diferentes fatores como: a) facilidade para ingresso no curso, seja ela geográfica ou de acesso; b) imagem da profissão; Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 219 c) d) e) f) possibilidade de ascensão financeira; oportunidades no mercado de trabalho; gratuidade ou baixo custo das mensalidades; influências de amigos, familiares, professores ou profissionais de ensino da instituição onde estudou; g) aptidão e vocação para o curso ou profissão. 1.2 Marketing educacional “O foco do marketing não é mais a satisfação do cliente, mas o sucesso do cliente” (COBRA; BRAGA; 2004). Informações podem ser produzidas e comercializadas como um produto. É essencialmente isso que escolas e universidades produzem e distribuem, mediante um preço, aos pais, aos alunos e às comunidades (KOTLER; KELLER; 2006). Para Cobra e Braga (2004), investir em propaganda deve ter dois objetivos: fixar a imagem da marca e crescer as vendas de cursos. Uma escola que não usa a comunicação e o marketing não existe na prática. Estar em um meio de comunicação é obrigatório. Não é preciso utilizar-se das grandes mídias como televisão, rádio, jornal e revista para dizer “eu existo”. Expor a marca ao público em patrocínio a uma causa importante em que muitos acreditem, como: cuidados com a alimentação, necessidades de fazer exercícios físicos, programas de vacinação, campanha do agasalho, não às drogas, implica em uma maneira de dizer “eu existo”. Assim, tende a melhorar a reputação corporativa, aumentando o conhecimento da marca, ampliando a fidelidade do aluno e até atraindo cobertura favorável da imprensa (COLOMBO, 2004). A identidade da marca deve ser nítida e eficaz, que promova a compreensão e adesão de toda a organização, deve estar vinculada à visão da empresa e à sua cultura e aos valores organizacionais. (JOACHIMSTHALER; AAKER; 2000). Contudo, o que se pode afirmar com segurança é que o aluno quer receber um serviço educacional sério e de qualidade, oferecido por um corpo docente qualificado e capacitado, assessorado por funcionários treinados e motivados, com instalações adequadas e, obviamente, ver o nome da sua escola projetado entre as melhores. (COLOMBO, 2004). 1.3 Estratégias de marketing para serviços educacionais Como as necessidades dos consumidores não são estáticas, bem ao contrario, são dinâmicas, e a ação do meio ambiente (governo, economia, inovações tecnológicas e sobretudo a ação da concorrência, entre outros fatores) pode tornar o produto ou serviço de uma empresa obsoleto, o jeito é a empresa adaptar-se para fazer frente às condições que se alteram (COBRA, 1991). Segundo Cobra e Braga (2004), as escolas precisam estabelecer estratégias consistentes de marketing, para se tornarem diferenciadas no mercado, necessitam conquistar um posicionamento claro. Ou seja, serem vistas como únicas em ao menos alguns atributos. Posicionar a IES na mente do aluno significa trabalhar a imagem, juntamente com os diversos públicos com quais ela interage, direta ou indiretamente: a) influenciador (parentes e amigos do aluno). b) usuário e comprador (aluno e pais). c) comprador / pagador (pais). Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 220 Para atingir a cada um desses públicos, é importante fixar uma imagem íntegra da escola, em termos da qualidade dos serviços educacionais e de forma diferenciada. (COBRA; BRAGA; 2004). Ainda de acordo com Cobra e Braga (2004), outra estratégia importante para o posicionamento é identificar e selecionar os segmentos em que se pretende atuar com destaque. Para Dias (2005), sabe-se que os consumidores não são idênticos e tampouco suas preferências são para o mesmo tipo de produto. Há uma complexidade enorme de realidade que devem ser estudadas, selecionadas e executadas. Sexo, idade renda, escolaridade, tipo de localização de domicílio, profissão, grau de utilização do produto, personalidade, entre outras, são algumas das variáveis analisadas. Kotler e Fox (1994), definem a segmentação em três padrões possíveis, que são; a) preferências homogêneas: descreve o caso onde todos os alunos têm quase a mesma preferência. O mercado não mostra nenhum segmento natural, pelo menos em relação aos dois atributos que estão sendo considerados. Poder-se-ia prever que os alunos, em geral, têm a mesma preferência, as faculdades seriam muito semelhantes porque teriam que agradar o mesmo tipo de estudante; b) preferências difusas: em outro extremo, as preferências individuais do alunos podem ser tão diferentes que ficariam espalhadas no espaço sem nenhuma área de concentração. Pode-se prever que seriam necessários muitos tipos diferentes de faculdades para satisfazer o mercado diversificado; c) preferências aglomeradas: uma possibilidade intermediaria é o surgimento de aglomerado de preferências, chamados segmentos de mercados naturais. De acordo com Cobra e Braga (2004), planejar uma formulação de estratégias decorre do processo de planejamento das instituições Ensino Superior, que dependendo da metodologia utilizada, começa com a finalidade socioeconômica fundamental da instituição em termos da sua missão e termina com a definição de programas e projetos. Com base numa verificação do ambiente constituído de concorrentes atuais e potenciais, a idéia do planejamento é defender os negócios da instituição de ensino orientando o seu posicionamento estratégico, que, por sua vez orienta a estrutura organizacional e o funcionamento da escola. De acordo com Kotler e Fox (1994), uma instituição que já responde totalmente ao seu mercado deve, além de fazer levantamentos para medir a satisfação dos consumidores, deve pesquisar suas necessidades/preferências ocultas, para encontrar um modo de melhorar seus serviços. Uma instituição de Ensino, para responder ao seu mercado, deve se esforçar para sentir, atender e satisfazer as necessidades e aos desejos de seus consumidores e públicos. Segundo Barbosa (2011), os jovens de hoje são grandes influenciadores em seus meios, seja através das redes sociais das quais participam ou na comunicação interpessoal. Promover a comunicação com o aluno é muito importante, não apenas no período de vestibular e da matrícula, mas tratá-lo bem até o final. Barbosa (2011), recomenda conhecer muito bem as comunidades e perfis das redes sociais relacionados à instituição, para fazer uso de tal recursos em favor da interação com esse público. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 221 De acordo com Villas Boas (2008), existem algumas tendências para o marketing educacional, algumas delas chamam atenção pela ousadia das propostas para o mercado extremamente tradicionalista. Neste contexto, o uso das novas tecnologias surgem com um grande apoio para as áreas de comunicação e marketing. Para Villas Boas (2011), utilização das redes sociais para relacionamento com o clientes e a criação de uma divulgação espontânea, o que gera credibilidade para o discurso institucional, desta forma a utilização de comunidades virtuais, sites de relacionamento e blogs geram uma grande repercussão e um grande impacto para os resultados da instituição. A melhor propaganda continua sendo a boca-a-boca, e em tempos de Internet, as emissões de conceitos sobre as instituições se espalham rapidamente e intensamente. Nos dias de hoje, tais redes sociais merecem uma consideração toda especial. Ao passo que o poder de influência de um indivíduo antes se dava dentro de um grupo restrito, com raras exceções, hoje, uma única pessoa, em geral o próprio cliente de um produto (no caso um aluno ou professor) pode ter sua área de influência levada a dezenas, centenas ou mesmo milhares de pessoas por meio das redes sociais e demais canais virais, como Orkut, Facebook, Twitter, Linkedin, Flicker, Youtube. (OFICINA DA NET; 2009) Pilleggi e Fuzaro (2011), comentam a pesquisa realizada pelo Altimer Group e Wetpaint, com as 100 empresas mais valiosas ao redor do globo mostraram que os empreendimentos que investem em mídias sociais apresentam melhores resultados e receitas finais mais recheadas. Em média, empresas que investiram em mídias sociais cresceram 18% em um ano, enquanto aquelas que investiram pouco nas redes tiveram queda de 6%, em média, em suas receitas no mesmo período. Ainda Pilleggi e Fuzaro (2011), cita que é preciso alertar as empresas, de quaisquer portes, para a eficiência e relevância das redes sociais, por ser de grande beneficio e agilizar os processos de negócios. As redes sociais, desde que utilizadas adequadamente, evitam duplicidade de informação, aumentam o trabalho colaborativo e melhoram os repositórios para criar um conhecimento coletivo da empresa. Melhorar o conhecimento coletivo é essencial para criar potencial e diferencial competitivo. A empresa consegue melhorar os custos e a agilidade de processos de negócios, afirma Fuzaro. Segundo Bem (2010), as empresas devem ter um cuidado especial com a comunicação nas rededes sócias. Esse trabalho passa obrigatoriamente por: a) conhecer: saber as particularidades de cada rede, seus protocolos e modus operandi, seu público. b) monitorar: monitorar para atuação em resposta ao que está se passando na rede, assim perceber como a instituição está sendo vista e o que se fala dela. Ou seja, fazer a gestão e monitoramento da reputação. c) atuar de modo ativo: ter um canal direto de comunicação com o cliente. Sempre com respostas transparentes e rápidas. Gerar notícias e informações positivas sobre as atividades e novidades da instituição. A maioria das instituições de ensino adota métodos pedagógicos baseados apenas em aulas expositivas. E parte das universidades leva em média cinco anos para adotar a literatura de referência que é produzida no exterior. Muitas vezes quando são discutidos em sala de aula, os livros já estão desatualizados (COBRA; BRAGA; 2004). Oliveira (2011), salienta que até mesmo as mais renomadas escolas de Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 222 negócio do mundo, como Havard Business School, Wharton e Haas School of Business, sob forte críticas, estão sendo obrigadas a alterar seus currículos de MBAs. Isso se deve ao fato de que o mercado e o cliente, após a crise econômica mundial de 2008, teve a forte percepção de que o ensino até então ministrado nessas instituições era um dos responsáveis pela crise. Ainda Oliveira (2011), cita como a percepção da marca pelo cliente exige uma constante e muitas vezes ágil mudança de conteúdos nos cursos. É mais que certo que com o rápido acesso as informações, característica de nossos dias, o novo cliente das instituições vai buscar apenas àquelas cuja marca esteja ligada não apenas a uma boa reputação de resultados, mas a uma imagem de uso de novas tecnologias. Algumas instituições fazem uso de recursos com lousas eletrônicas, uso de laptops e tablets por todos os alunos e outros recursos semelhantes. O Portal Investe São Paulo (2011), aponta: Outra forte aposta da Anhanguera é a tecnologia - área em que a empresa tem planos ambiciosos. Voltado para o público popular, o grupo educacional quer que seu conteúdo acadêmico chegue aos alunos não apenas pelos livros, mas também por meio de computadores, celulares, tablets e outros apetrechos tecnológicos. Não à toa, a empresa contratou em setembro para o novo cargo de CEO o ex-presidente do Google no Brasil, Alexandre Dias. Ele tem a missão de fazer com que a Anhanguera se diferencie das concorrentes pela sua plataforma tecnológica. Também não é à toa que a mesma instituição de ensino alardeia em sua estratégia de marketing duas grandes novidades: ser a primeira a dar aos alunos o uso dos aplicativos da Google Apps, bem como reforçar a atuação no ensino à distância. O pilar do plano de crescimento também está relacionado à tecnologia, com foco no ensino à distância. A meta é aumentar a fatia dos cursos de pós-graduação, livres e profissionalizantes na receita, que hoje é de 20%. Atualmente, a principal fonte de faturamento, que nos últimos nove meses somou R$ 1,1 bilhão (US$ 647,1 milhões), é a graduação. A meta é que em cinco anos essa fatia salte para 50%. (PORTAL INVESTE SÃO PAULO; 2011). Barbosa (2011), recomenda criar programas de empregabilidade dentro da própria instituição. Ensinar a fazer currículos e capacitar para entrevistas de emprego e dinâmicas em grupo são ações simples que agradam o aluno, por serem inusitadas, demonstrando que a instituição não só oferece a formação teórica para o ingresso no mercado, mas trabalha de forma concreta nesse sentido. Outra ideia aventada é aproximar as instituições de ensino superior às de ensino médio, estimulando a experimentação. A implantação de uma estratégia pode exigir não apenas mudanças na estrutura organizacional, mas também, retreinamento ou recolocação de funcionários em posições-chaves. Estratégias não são simplesmente inspirações ou ideias brilhantes. Não é a mesma coisa que formular metas. As estratégias surgem do ambiente e refletem a análise ambiental, de recursos e as etapas de formulação de metas. A menos que a instituição tenha metas que deseja realizar, não há necessidade de formulação de estratégia. Conforme um antigo adágio: “Se você não sabe onde está indo, qualquer caminho o levará”. (KOTLER; FOX ; 1994, p. 103). 1.4 Desafios do crescimento do mercado e das novas demandas Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 223 Paduan (2011), comenta o desafio que a Petrobras tem à frente em sua Universidade interna para treinar cerca de 9.000 novos contratados até 2014, além de oferecer cursos de atualização para seus outros 80.000 funcionários. Os funcionários desta empresa nacional chegam a ficar um ano em cursos internos antes de começarem a trabalhar. Isso mostra que não existem funcionários devidamente formados para as necessidades da empresa. Esse fato faz parte do crescente desafio que o país enfrenta diante de novas tecnologias, de seu crescimento e do advento do pré-sal e de profissões do futuro. As instituições de ensino tem assim um enorme desafio de formar para o futuro e se posicionar como marcas que participam da construção deste futuro. Para Kotler e Fox (1994), as instituições educacionais devem entender e adaptar-se às mudanças ambientais, uma vez que poucas delas são tão insensíveis ao ponto de ignorar os tempos mutantes. O desempenho de uma instituição depende do grau de alinhamento entre suas oportunidades ambientais, objetivos, estratégias de marketing, estrutura organizacional e sistemas administrativos. Numa situação ideal: ambiente objetivos estratégias estrutura sistemas Isso significa que a instituição estuda, primeiro, o ambiente em que opera e, especificamente, suas oportunidades e ameaças. Depois, desenvolve um conjunto de objetivos descrevendo o que deseja realizar nesse ambiente. Após, desenvolve uma estrutura organizacional capaz de cumprir a estratégia. Finalmente, planeja vários sistemas de análise, planejamento e controle para apoiar a implementação eficaz da estratégia. Segundo Kotler e Keller (2006), o processo de planejamento de marketing consiste em analisar oportunidades de marketing, selecionar mercados-alvos, projetar estratégias de marketing, desenvolver programas de marketing e gerenciar o esforço de marketing. CONCLUSÃO Dentro de uma dinâmica de trabalho cada vez mais veloz, com um mercado mais e mais exigente, com o potencial de crescimento do país em ritmo acelerado e com a comunicação via internet ampla, imediata e democrática, inovação e a ousadia são palavras chaves para as instituições de ensino se destacarem entre suas concorrentes e garantir resultados superiores. O marketing educacional é a área que utiliza estratégias e táticas mercadológicas para atrair cada vez mais clientes (alunos). Ele determina que a instituição decida sobre as necessidades e os desejos de mercados-alvos, satisfazendo-os por meio de projetos, comunicação, serviços apropriados. Para a instituição educacional é importante mensurar a familiaridade de sua imagem e como os grupos avaliam suas qualidades, para decidir se o resultado está de acordo com a imagem que deseja passar. Caso contrário, deve se readequar e comunicar essas mudanças para seu público. A longo prazo, a instituição deve assegurar as necessidades dos clientes, pois o aluno não está interessado somente em um diploma, mas também no domínio real de informações e habilidades que justifiquem essa conquista, além da Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 224 necessidades da sociedade que esperam pessoas preparadas para o mercado de trabalho que possam ser produtivas e que assumam responsabilidades. No fundo, o ponto principal é a busca da formação e isso é visto pelo aluno principalmente como possibilidade de abertura de portas no mercado de trabalho. “Eu estudo para melhorar meu posicionamento no mercado”. Uma ampla gama de ferramentas, como os meios de comunicação tradicionais e mais recentemente as redes sociais, precisam ser utilizadas para o posicionamento da marca das instituições de ensino. Este artigo tem como objetivo demonstrar que o marketing é uma ferramenta indispensável para qualquer tipo de organização, inclusive para instituições de ensino, pois as estratégias utilizadas farão com que mesma tenha um diferencial no mercado competitivo. Pode se afirmar que um marketing bem planejado fortalece a imagem da instituição, criando credibilidade e solidez no mercado. O trabalho de posicionamento da marca deve levar em conta todos fatores de escolha da instituição, como facilidade para ingresso no curso, imagem da profissão, possibilidade de ascensão financeira, oportunidades no mercado de trabalho, gratuidade ou baixo custo das mensalidades, influências de amigos, familiares, professores ou profissionais de ensino da instituição onde estudou, aptidão e vocação para o curso ou profissão. Uma escola que não usa a comunicação e o marketing não existe na prática. Estar em um meio de comunicação é obrigatório. (COLOMBO, 2004). A identidade da marca deve ser nítida e eficaz, que promova a compreensão e adesão de toda a organização, deve estar vinculada à visão da empresa e à sua cultura e aos valores organizacionais. (JOACHIMSTHALER; AAKER; 2000). Posicionar a IES na mente do aluno significa trabalhar a imagem, juntamente com os diversos públicos com quais ela interage, direta ou indiretamente: influenciador (parentes e amigos do aluno), usuário e comprador (aluno e pais) e comprador / pagador (pais). Para atingir a cada um desses públicos, é importante fixar uma imagem integra da escola, em termos da qualidade dos serviços educacionais e de forma diferenciada. (COBRA; BRAGA; 2004). O uso das novas tecnologias surgem com um grande apoio para as áreas de comunicação e marketing. E finalmente, está se criando uma imagem de desafio ligada ao futuro do país. É cada vez mais anunciado que o país passará por uma década de forte transformação e nenhuma instituição de ensino pode se dar ao luxo de passar ao largo disso. É preciso se colocar no papel de um importante ator, que se move no sentido de auxiliar a construção do futuro. As instituições de ensino tem assim um enorme desafio de formar para o futuro e se posicionar como marcas que participam da construção deste futuro. REFERÊNCIAS BARBOSA, T.; Olhai os alunos no campus. Revista ensino superior; O desafio da expansão. Ano 13 nº 152; 2011. COBRA, M.; BRAGA, R.; Marketing educacional: Ferramentas de Gestão para Instituições de Ensino. São Paulo: Cobra, 2004. Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 2, n.5, Edição Especial, outubro 2011 225 COBRA, M.; Plano estratégico de marketing: Série estratégia de negócios 3.ed. São Paulo: Atlas, 1991. COLOMBO, S. S.; Gestão Educacional: uma nova visão. Porto Alegre: Artmed, 2004. DIAS S. R.; Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2005 HOYER, W. D.; BROWN, S. P.; Effects of brand awareness on choice for a commom; repeat- purchase product. Journal of Consumer Research, Chicago, v. 17, n. 3, 1990. JOACHIMSTHALER, H. B.; AAKER D. 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