Rev. Brasil. Biol., 50(~:417-423 Maio, 1990 -Rio de Janeiro, RJ BIOLOGIA E msTáRIA NATURAL DE EUPHALEURUS OSTREOIDES (HOMOPTERA: PSYLLmAE) cECmáGENO DE WNCHOCARPUS GUILLEMINIANUS (LEGUMINOSAE) SORAIA A. FERREIRA1, G. WILSON FERNANDES1,2 e ÚSIA G. CARV ALHO1 1Departamentode Biologia Geral, Caixa Posta12486,Instituto de CiênciasBiol6gicas, UniversidadeFederalde Minas Gerais,30161 -Belo Horizonte -MO, Brasil 2Departmentof Biological Sciences,Box 5640, Northem Arizona University, Flagstff, AZ 86011,USA (Com 5 figuras) RESUMO Euphaleurus ostreoides (Homoptera: Psyllidae) induz galhas foliares em Lonchocarpus guilleminiaus (Leguminosae). O psilfdeo galhador possui cinco estágios ninfais e é multivoltino. O ciclo de vida desde ovo até adulto é de 46 a 52 dias. A maior taxa de mortalidade ocorreu no primeiro instar ninfal onde dessecação e resistência da planta hospedeira podem ser importantes. Larvas de uma espécie de Lepidoptera e Cecidomyiidae também são responsáveis pela morte do galhador. Palavras-chave: Euphaleurus ostreoides, Galhas entom6genas,Herbivoria, Hist6ria natural, Lonchocarpus guilleminianus. . ABSTRACT Biology and Natural History of Euphaleurus ostreoides (Homoptera: PsyUidae) a Gall Former on Lonchocarpus guilleminiaus (Leguminosae) Euphaleurus ostreoides (Homoptera: Psyllidae) induces leaf galls on Lonchocarpus guilleminianus (Leguminosae). The galling psyllid has five nimphal instars and is multivoltine. The life cycle from egg to adult lasts from 46 to 52 days. High mortality rates occurred during the first larval instar where dissecation and host resistance may have played an important role. A lepidopteran and a cecidomyiid larvae were also responsible for death of the galling psyllid. Key words: Euphaleurus ostreoides, Insect gàlls, Herbivorya, Natural History , Lonchocarpus guilleminianus . INTRODUÇÃO Estudos sobre hom6pteros cecid6genos têm sido realizados, principalrnente, sobre os Recebido em 13 de julho de 1989 Aceito em 1 de dezembro de 1989 J"\; ;h..(,jnA~ ~f ,],. ",~;n ,jA fQQ() pertencentes a superfamília Aphidoidea (e.g. Whitharn 1978, 1980; Wool 1977, 1984, Wool e Manheim 1983) e mais raramente sobre cecid6genos da superfamfiia Psylloidea, especialmente sobre os psilídeos neotropicais (e.g. Houard 1933). Poucas espécies de psilídeos foram descritas na região neotropical (Lima 1942. Hodkinson e White 1981) embora sejam 418 FERREIRA,FERNANDESeCARVALHO de considerável importância como vetores de doenças de plantas cultivadas e árvores ornamentais (Hodkinson 1974, 1984) e ainda devido ao impacto que causam em suas plantas hospedeiras(Femandes 1987). Os grupos de plantas hospedeiras de Psilloidea são restritos principalmente à dicotiledôneas perenes (Eastop 1972). Há grande especificidade quanto a escolha do hospedeiro (Hodkinson 1984). Uma análise da fauna de psilideos da Tchecoslováquia mostrou que em 110 espécies, poucas ocorrem em mais de um gênero de hospedeiro e nenhuma em mais de uma famma (Vondracek 1957). A espécie estudada, Euphaleurus os. treoides Crawford (Homoptera: Psyllidae), é galhadora de Lonchocarpus guilleminianus (Tul.) Malme (Leguminosae) (= L. neuroscapha Benth.) e foi descrita inicialmente como galhadora de Andira anthelminthica Benth. ( = A. anthelmia (Vell.) Toledo) (veja Crawford 1925, Hodkinson e White 1981). Foi nosso objetivo, obter dados sobre a biologia e hist6ria natural de E. ostreoides procurando abranger aspectoscomo número, e duração de formas imaturas, sobrevivência e causasde mortalidade, caracterizaçãoda galha e acompanhamentode seu desenvolvimento no campo. METERIAL A 8 E MÉTODOS Área de Estudo A área de estudo (Campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, MG, Brasil) é constituída por capoeira na qual L. guilleminianus atinge portes de 4 alO metros de altura. Esta espécie é também encontrada em pantanais, margens de estradas, lagoas e matas. Floresce de novembro a abril, sendo que a florada de uma árvore dura poucos dias, raramente chegando a um mês. É uma espécie abundante na região Sul-Sudeste, encontra do-se nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, estendendo-se para Bahia, Pemambuco, Distrito Federal, Acre e Rondônia (Azevedo-Tozzi 1989). Procedimento As coletas foram realizadas entre os meses de maio e dezembro de 1984 ( duas ~era- Fig. 1 -Galhas foliares de E. ostreoides em L. guilleminianus. A e B) Mapeamento do cohort de galhas estudadas em 1986. C) Galhas adultas sobre as nervuras secundárias do folfolo (não em escala). ções do galhador) e entre março e maio de 1986 (uma geração do galhador). O número total de folíolos e galhas coletados em cada geração do galhador foram: 500 e 2314, 90 e 154, e 80 e 352, respectivamente. Nas coletas de 1986, dois ramos de planta hospedeira foram marcadospara observação do desenvolvimento das galhas para a obtenção das curvas de padrão de crescimento e sobrevivência do galhador. Um cohort de cem galhas em estágio inicial de crescimento (0,5 mm de altura, 1,0 mm de comprimento) foram mapeados (Fig. Ia, b) e altura (crescimento) das galhas medidas semanalmente. Semanalmente,amostrasde folhas atacadas da mesma planta foram coletadas aleatoriamente, etiquetadas, armazenadasem sacos olásticos e levadas ao laborat6rio. Parte da GALHAS DE PSYLfDEO amostra foi acondicionada em vidros vedados com gaze, mantIdos em insetário ~25 1 C; 75 5% UR e 12 horas de luz artificial) para obtenção dos adultos do galhador, seus parasit6ides e predadores. Além das medidas de altura das galhas estas foram abertas para a identificação do estágio imaturos e verificação da presença de insentos associados. O estágio de desenvolvimento do psiiídeo foi indentificado através do número e tamanho de exúvias presentesdentro da galha. Os insetos encontrados foram preservadosem álcool 70%. As causasde mortalidade foram deterrninadas pela presença de larvas de outros insetos e por danos de predadoressobre a galha. A mortalidade no campo foi observada através do ressecamento,danos por predadorese parasitas ou desaparecimentode galhas em início de formação. Esta é uma metodologia comum nos estudos de galhas de insentos (e.g. Varley et al. 1973; Fernandes 1986) RESULTADOS Galha e inseto galhador O cecid6geno E. ostreoides forma uma conspícua galha com formato semelhante à concha de molusco bivalvo, sobre nervuras secundárias de folíolos da planta hospedeira (Fig. lc). As galhas sempre ocorrem na face superior dos folíolos não sendo encontradas sobre qualquer outro 6rgão da planta. As galhas são verdes e glabras (ver Femandes et al. 1988). Galhas em estado inicial de crescimento tendem a parecer mais pálidas do que as partes não afetadas do folíolo e ao redor da galha o tecido e mais escuro que o resto da lâmina foliar. O início da formação da galha é marcado pelo entumescimento do tecido vegetal localizado de cada lado do ponto de oviposição. Neste ponto, forma-se um sulco que projeta-se na face inferior do filíolo (Fig. 2a, b) O tecido vegetal continua a crescer formando as paredes da galha de cada lado do sulco. As bordas destas se unem delimitando a loja onde o inseto se desenvolverá. As galhas são uniloculares e com apenas uma ninfa por loja (Fig.2c, d). O crescimento da galha é rápido inicialmente, até atingir sua altura máxima. A partir daí, há uma estabilização do crescímento (Fig. 3). A emergência do adulto ocorre quando as oaredes da !!alha se separam. ou seja. no 419 EM LEGUMINOSAE -~ A - B c --lWL-- + D Fig. 2 -Desenvolvimento da galha de E. ostreoides na face adaxial dos fol{olos de L. guilleminianus. Para explicações veja o texto. DATA "' o '-t "' I "-t 0000 ,.. 0 , '-t '-t '-t "' o'.. I "' "' "' , , "' "' 000 "' "' 0 ,.. I , "' "' "' I 5.0 Ê E < a: :J 1J < / 2.5 o. 1 10 20 30 TEMPO , .I 40 50 . GQ (dias) Fig. 3 -Curva de crescimento das galhas de E. ostreoides para um cohort estudado de março a maio de 1986. A parte superior da figura mostra as datas de coleta e espaço de tempo entre elas. A parte inferior mostra o tempo (em dias) desde o inicio das observações. período de deiscência que ocorre devido ao crescimento diferenciado entre as célululas corticais externas e internas (Rohfritshch e Shorthouse, 1982). A seguir, o tecido da galha torna-se ressecado e rígido. Os insetos adultos 420 FERREIRA.FERNANDESeCARVALHO acasalarn-se e ovipoem nas novas folhas emergentes da planta hospedeira, dando assim, início a um novo ciclo de vida. Euphaleurus OStre6ides possui 2 ou 3 gerações anuais. I~, : .. o número de galhas por folíolo foi extremalilente variável para as três gerações observadas. Na primeira geração, o número de galhas por fol{olo foi de 4.6 (SE j: 0.2, n= 513 folíolos). Na segunda e terceira gerações os números foram de 1.7 (SE j: 0.1, n= 90 folíolos) e 4.4 (SE j: 0.4, n= 91 folíolos), respectivamente. 8 ::) 9 > Õ ~ W O 16 I~-ll 14 ~--III 29 O o: W ~ ~ 6 IV 6] ~ 1, , -t-t-t ~~oo (\IC)", 00.. V " , -t (\I (\I ADULT ~ L [ r """""" 0000 (\IC)COt') 00..(\1 DATA Fig. 4 -Porcetagem de sobrevivência de E. ostreoides durante o período de março a maio de 1986. As setas indicam" a emergência de adultos ap6s a deiscência de suas respectivas galhas. A parte superior da figura mostra as datas de coleta e espaço de tempo entre elas. A parte inferior mostra o tempo (em dias) desde o início das observações. Curva de Sobrevic~ncia das Galhas De um cohort de 100 galhas marcadasno campo em 1986, 21 não se desenvolveram, 5 iniciaram o desenvolvimento e secaram,45 atingiram a altura máxima média sem eclodir, e 29 deram origem a adultos. Com base nestes dados, traçamos a curva de sobrêvivencia de E. ostreoides do estágio inicial de formação da galha, que corresponde a fase de primeiro estágio ninfal até a emersão de adultos (Fig. 4). No campo, 81% da mortalidade ocorreu na primeira semanae 19% na segundasemanade crescimento da galha. Na primeira semanaforaro observados, principalmente, ninfas de primeiro e segundo instares. Verificou-se que havia ocorrido emergência de adultos no campo aos 46 e 52 dias de observação. Do total de 352 galhas coletadas e abertas em laborat6rios, 183 (52%) continham ninfas de E. ostreoides e 169 estavamsem ninfas. O primeiro estágio ninfal foi observado apenas na primeira semana (7 dias); o segundo da primeira à quarta semana(30 dias); o terceiro da segunda à sétima semana (37 dias); o quarto da terceira à oitava semana(35 dias); e finalmente, o quinto e último estágio ninfal foi observado da terceira à quinta semana ( 14 dias) (Fig. 5). A emergência de adultos ocorreu da sétima à oitava semanade observação. O tempo de desenvolvimento da fase de primeiro instar ninfal à fase adulta variou de 37a 51 dias. Houve um predomínio de indivíduos do primeiro estágio ninfal na primeira classe de altura de galhas (0,5 -1,5 mm); do segundo estágio na segunda classe de altura (1,5 -2,5 mm); do terceiro na quarta classe de altura (3,5 -4,5 mm); do quarto e quinto estágio na quinta classe de altura (4,5- 5,5 mm). Alta taxa de mortalidade (53%) foi registrada nas galhas na primeira classe de altura (0,5 -1,5 mm). Neste estágio, diversas galhas em fase inicial de crescimento foram aparentemente "reabsorvidas" pelos folíolos da GALHAS DE PSYLfDEO planta hospedeira. Uma larva de micro-lepid6ptera não identificada que se alimentava dos tecidos de galha foi responsável por 17% da mortalidade do galhador. Além disso, uma larva de cecidomiídeo (Diptera), que possivel'mente também se alimentava dos tecidos internos da galha, foi responsável por 8% da mortalidade do galhador. Dos 75% restantes, n6s não encontramos evidências das causas da mortalidade (Tabela I). Entretanto, foram observados que estas galhas estavam ressecadas e às vezes invadidas por fungos. Não foram observados parasit6ides do galhador. Por outro lado, obtivemos um Eulophidae parasita do microlepd6ptero predador e/ou competidor do galhador (sensu Femandeset al. 1987). DISCUSSÃO Embora ocorram em plantas hospedeiras distintas, as galhas produzidas por E. ostreoides são morfologicamente similares, i.e., em formas de moluscos bivalvos ( ver Crawtord 1925; Hodkinson 1974, 1981; este trabalho). Estudos histol6gico e citol6gico comparativos entre as galhas de E. ostreoides bem como os morfol6gicos e genéticos em ambos os hospedeiros seriam de grande interesse para se observar os graus de adaptaçãoe interação entre os pares de organismos associados.Tais estudos deveriam ainda considerar possíveis variações do hospedeiro devido à sua distribuição geográfica. O fato de oviposição ocorrer sobre nervuras secundárias dos folíolos das plantas hospedeiras deve estar relacionado com a nutrição das ninfas. É importante para a fêmea Classes de altura do inseto galhador encontrar um lugar adequado para dar in:rcio à formação da galha. A escolha do 6rgão hopedeiro deve ser adaptativo, pois o sucesso da pr6xima geração é dependente da escolha da fêmea, uma vez que os ovos e ninfas são susceptíveis à dessecaçãoe estas serem de pouca mobilidade. Por exemplo, Femandese Pnce (1990) mostraramque a escolha do local ideal de oviposição é crucial para o desenvolvimento da prole e assim a escolha está relacionada ao fitness da fêmea (veja também Whitham 1978, 1980). Embora a galha cresça rapidamente no início, alcancando seu tamanho máxim.o na primeira semana(Fig. 3), a exposição da ninfa até então, é suficiente para provocar alta taxa de mortalidade neste intervalo de tempo (81% da mortalidade total; Fig. 4). A galha s6 isola a ninfa quando o crescimento de suas paredes se completa e suas bordas se tocam formando a loja. Antes disso, as ninfas ficam expostas à dessecaçãoe sujeitas ao ataque de predadores e invasão por fungos. Ninfas de psil!deos são altamente susceptíveis a dessecaçãodevido a presença de tecas alares largas dispostas horizontalmente nos lados do t6rax, que contribuem para aumentar consider~velmente a largura do corpo (Lima 1942) e achatamentodorso-ventral que confere às ninfas grandes superfícies por volume e portanto, alto potencial para perda d'água (Hodkínson 1974). Atwal et al. (1970), Catling e Annecke (1968) e Green e Catling (1971) sugerem que esta susceptilidade a dessecação seja um importante fator de controle populacional de psil!deos. Entretanto, a secreção ativa de cera ao redor das ninfas deve re- Total Causas de Mortalidade Lepidoptera (mm) 0.5 a 1.5 1.5 a 2.5 2.5 a 3.5 3.5 a 4.5 4.5 a 5.5 Total 4 (2%) 11 (6%) 11 (6%) 3 (2%) 29 (17%) 421 EM LEGUMINOSAE Cecidomyiidae Outros* 89 (53%) 17 (10%) 13 (8%) 3 (2%) 5 (3%) 127 (75%) 89 (53%) 22 (13%) 34 (20%) 16 (9%) 8 (5%) 169 (100%) Inclui morte por dessecação e reposta(s) da planta hospedeira ao inseto herbrvoro. 422 FERREIRA,FERNANDESeCARVALHO duzir os riscos à dessecação(e.g. Hodkinson 1984). Além disso, as galhas aumentam a proteção dos galhadores contra alguns fatores adversos do meio ambiente (Femandes e Martrns 1985, Price et al. 1986, 1987; Femandes e Price 1988) Um espécie de lepidoptera e uma de cecidomyiídeo também causaram morte nos psilídeos galhadores Além de se a limentar dos tecidos da galha, as perfurações causadaspelas larvas do lepid6ptero expõem a ninfa do galhador e a pr6pria loja da galha à dessecação. Estes fatos indicam a possibilidade de competição assimétrica entre o lepid6ptero e o inseto galhador. Provavelmente, as duas espécies competem pelo tecido nutritivo da galha. Além do mais, a perfuração nas paredes da galha tomam a mesmainutilizável pelo galhador devido à dessecaçãoe invasão por pat6genos. No caso da larva do cecidomyiídeo, as causas de morte não são tão claras. Estudos mais amplos e detalhados são necessáriospara estabecele,"a influência destas larvas na dinâmica populacional do galhador. Outro fato de enorm~ interesse é o "desaparecimento" de galhas jovens das lâminas foliares da planta hospedeira.Esta é a primeira observação deste evento em estudos de galhas de insentos. O desaparecimentode galhas jovens pode estar relacionado com uma deficiência estimuladora por parte do inseto galhador ou mesmo com uma reação anti-herbívoro por parte da planta hospedeira. Entretanto estas hip6teses devem ser testadasexperimentalmente se quisermos entender a dinâmica das interações entre este galhador e suas plantas hospedeiras. Também de importância será o desenvolvimento de tabelas de vida para o insento galhador que incluam dados sobre a sobrevivência desde o estágio de ovo a audulto em diversas árvores de uma mesma população e de populações diferentes. Provavelmente, grande parte da mortálidade de insetos galhadores ocorre durante os estágios de ovo onde riscos à dessecaçãosão grandes e durante os primeiros instares larvais onde as plantas hospedeiros podem exercer fortes pressõesseletivas contra a formação da galha, como por exemplo a elicitação de respostas hypersensitivas (veja Femandes 1990). Agradecimentos -Gostaríamos de agradecer às inÚmeras críticas e constante colaboração do Prof. Hélcio R. Pimenta e R.P. Martins durante o desenvolver deste projeto. Também, gostarramos de agradecer a J.B. Neto e A. Femandes pela ajuda nos desenhos e datilografia deste trabalho, respectivamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATWAL, A.S., CHAUDHARY, J.P. and RAMZAM, M., 1970, Studies on the development and field population of citrus psylla, DiapJwrina citri Kuwayna (psyl1idae: Homoptera). J. Res. Punjab Agric. Univ. 7:333-338. AZEVEDO-TOZZI, A.M.G., 1989, Estudos taxonônicos dos gêneros LoncJwcarpus Kunth, e Dequelia Aubl. no Brazil. Tese de Doutorado, Departamento de Biologia Vegeta1, Unicamp, Campinas, SP . CATLING, H.D.and ANNECKE, D.P., 1968, Ecology of citrus psylla in the Letaba district of northem Transvaal. S.Afr. CitrusJ. 410: 6pp. CRAWFORD, D.L., 1925, Psyllidae of South America. Brotéria (Sér .Zool). 22:56- 74. EASTOP, V .F., 1972, Reductions from the present day host plants of aphids and related insects. Symp. R. Entomol. Soc. Lond. 6:157-178. FERNANDES, G. W ., 1986, Ecologia evolutiva de galhas de insetos: teoria e prática. Brazilian Embassy, Sector of Science and Technology, Washington, D.C. 5Op. FERNANDES, G. W ., 1987, Gall-forming insects: their economic importante and control. Rev. Bras. Entomol. 31:379-398. FERNANDES, G. W ., 1990, Plant hypersensitivity: a neglected source of mortality for insect herbivores. Environ. Entomol(in press). FERNANDES, G.W. e MARTINS, R.P., 1985, Tumoresde plantas: as galhas. Ci2ncia Hoje 19:58-62. FERNANDES, G. W, MARTINS, R.P ., T AMEIRAO NETO, E., 1987, Food web relationships involving Anadiplosis sp. (Diptera: Cecidomyiidae) leaf galls on Machaerium acldeatum (Leguminosae). Rev. Bras. Bot.,10:117-123. FERNANDES, G.W., TAMEIRAO NETO. E. e MARTINS, R.P ., 1988, Ocorrência e caracterização de galhas entom6genas na vegetação do Campus-Pampulha, UFMG, Belo Horizonte, MG. Rev. Bras. Zool., 5:11-29. FERNANDES, G.W. and PRICE, P.W., 1988, Biogeographical gradients in galling species richnes: tests ofhypotheses. Oecologia 76:161-167. FERNANDES, G.W. andPRICE,P.W., 1990,Comparisons of tropical and temperate galling species richness: the role of environmenta1 harshness and plant nutrient status. p. 91-115, in Price, P.W., Lewinsohn,T.M., Femandes, G.W. and Benson W.W., (eds). Herbivory: tropical and temperate comparisons. Wiley, New York, NY. GREEN, -G.C. and CATLING, H.D., 1971, Weather-induced mortality for the citrus psylla, Triom erytreae (DeI Guercio) (Homoptera: Psyllidae), a vector of greening virus, in some citrus producing areas ofsouthem Africa. Afr. Meteorol. 8:305-307. HODKINSON, I.D., 1974, The biology of the Psyl1oidea (Homoptera): a review. Bull. Ent. Res., 64:325-339. HODKINSON, I.D., 1984, The biology and ecology of the gall-forming Psylloidea (Homoptera). pp. 59- 77 in Ananthakrishnan, T .N., (ed), The biology of gall insects. Oxford, New Delhi, India. HODKINSON, I.D. and WHITE, I.M., 1981, The neotropical Psyl1oidea (Homoptera: Insecta): an annotated check list. J. Natur .Hist., 15:491-523. HOUARD, C., 1933, Les zoocecidies des plantes I' Amerique du Sul et de r Amerique Centrale. Librairie Scientifique Herman et Cia, Paris, France. LIMA, A.C., 1942, Insentos do Brasi1, Homoptera. Volume 423 : GALHAS DE PSYLfDEO m, Cap. xxm. Série Didatfca número 4. EscolaNaciona1de Agronomia. Rio de Janeiro,RJ. PRICE, P.W ., FERNANDES, G.W. and WARING, G.L., 1987, Adaptive nature of insect gal1s. Environ. Entomol.,16:15-24. PRICE, P.W ., W ARING, G.L. and FERNANDES, G.W ., 1986, Hypotheses on the adaptive nature of galls. Proc. Entomol. Soc. Wahs.,88:361-363. ROHFRITISCH, O. and SHORTHOUSE, J.D., 1982,Insect ga1ls.pp. 131-152 in Kah1,G. and Schel1,Z.S., (eds), Molecular biology of plant tumors. Academic, New York, NY. V ARLEY, G.C., GRADWELL, G.R. and HASSEL, M.P ., 1973, Insect population ecology, an ana1ytica1 approach.Blackwel1,Oxford. "ONDRACEK, K., 1957, stejnokridly-omoptera). Mery-Psyl1oidea (râd: FaunaC.R.S. 9:431pp. hmyz WHITHAM, T.G., 1978, Habitat selection by Pemphigus . EM LEGUMINOSAE aphids in response to resource limitation and competition. EcoÚJgy 59: 1164-117 6. WHITHAN, T.G., 1980, The theory of habitat selection: examined and extended using Pemphigus aphids. Amer. Natur .115:449-466. WOLL, D., 1977, Genetic and environrnental components of morphological variation in gall-forming aphids (Homoptera, Aphididae, Fordinae) in relation to climate. J. Anim. Ecol. 46:875-889. WOLL, D., 1984, Gall-forming aphids. pp. 11-58 in Ananthakrishnan, T .N., (ed), The biology of gall iusects. Oxford, New Delhi, India. WOLL, D. and MANHEIM, O., 1983, The effects of environment subdivision on morphological variation in the ..cauliflower" galls of the aphid Slavum wertheímae (Homoptera, Aphididae, Fordinae).lsr .J . Entomol..17:95-104.