DISTRIBUIÇÃO DE GALHAS DE NEOPELMA BACCHARIDIS (HOMOPTERA: PSYLLIDAE) EM BACCHARIS DRACUNCULIFOLIA (ASTERACEAE) ANGELA CHRISTINA F. LARA e G. WILSON FERNANDES Ecologia Evolutiva de Herbívoros Tropicais. Departamento de Biologia Geral, Caixa Postal 486, ICB/Universidade Federal de Minas Gerais -30161-970 Belo Horizonte. MG (Com 4 figuras) RESUMO Neopelma,baccharidis (Homoptera: Psyllidae) induz galhas em folhas de Eaccharis dracunculifolia (Asteraceae). No presente trabalho descrevemos relações existentes entre a abundância de galhas, tamanho da planta hospedeira e o impacto do inseto galhador no número de folhas e tamanho dos ramos. O estudo foi realizado no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. Cem arbustos de E. dracunculifolia foram medidos (altura em centímetros) e tiveram seus números de galhas contados. Cinco pares de ramos vizinhos galhados e não galhados foram coletados de 43 dos cem arbustos, dos quais obteve-se seu tamanho (cm) e número de folhas (jovens e adultas). O número de galhas correlacionou-se positiva, embora fracamente, com o aumento da planta hospedeira (y = -16.3 + 0.0304X, r2 = 0.11, p < 0.001). Ramos galhados (8.30 :t 0.44 cm, n = 135) foram menores do que ramos não galhados (9.94 :t 0.46 cm, n = 140) (t = 2.58, p < 0.01). O número de folhas maduras foi menor em ramos galhados (14.1 :t 1.3, n = 135) do que em ramos não galhados (22.6 :t 1.4, n = 140) (t = 4.39, p < 0.001). O número de folhas jovens foi também inferior nos ramos galhados (8.5 :t 1.1, n = 135) em relação aos ramos não galhados (11.8 :t 1.3, n = 140) (t = 2.01, p < 0.05). Os dados obtidos indicam que o impacto das galhas ocasiona uma redução no tamanho dos ramos atacados e em seu número de folhas. Palavras-chave: Eaccharis dracunculifolia, galhas de insetos, herbivoria, Neopelma baccha- ridis, padrões de distribuição. ABSTRACT Distribution of Galls of Neopelma baccharidis (Homoptera: Psy"idae) on Baccharis dracunculifolia (Asteraceae) Neopelma baccharidis (Homoptera: Psyllidae) induce ga11son Baccharis dracunculifolia (Asteraceae) leaves. In this study we present data on the relationship between ga11abundance and plant height, and on the impact of the galling insect on the number of leaves and shoot Recebido em 18 de março de 1991 Aceito em 26 de março de 1993 Distribuído em 30 de novembro de 1994 Rev. Brasil. Biol., 54 (4):661-668 662 ANOELA CHRISTINA F. LARA e O. WILSON FERNANDF~" length. The study was conducted at the Campus of the Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. In a hundred shrubs of B. dracunculifolia we measured plant height (cm) and gall abundance. Five pars of neighbor galled and ungalled stems were collected from 43 shrubs. From these, we measured stem length and number of leaves (young and mature leaves). Eleven percent of the variation in gall density was explained by variation in plant height (y = -16.3 + 0.0304X, r2 = 0.11, p < 0.001). There was a statisticaly significant difference between the average length of galled (8.30 :t 0.44 cm, n = 135) and ungalled stems (9.94 :t 0.46 cm, n = 140) (t = 2.58, p < 0.01). There were fewer mature leaves on galled (14.1 :t 1.3 cm, n = 135) than on ungalled stems (22.6 :t 1.4 cm, n = 140) (t = 4.39, p < 0.001). There were also fewer young leaves on galled (8.5 :t 1.1, n = 135) than on ungalled (11.8 :t 1.3, n = 140) stems (t = 2.01, p < 0.05). Gall induction causes a significant reduction in stem length and in the number of leaves supported by the stem. Key words: Baccharis dracunculifolia, distribution pattems, herbivory, insect galls, Neopelma baccharidis. INTRODUÇÃO Plantas são recursos heterogêneos para insetos herbívoros. O conjunto de aspectos particulares de cada espécie, como tamanho, hábito, forma de crescimento e variedade das formas aéreas, ou seja sua arquitetura (Lawton, 1978, 1983), define o grau de complexidade estrutural da espécie (Juniper and Southwood, 1986). Tal complexidade influencia a riqueza e abundância de insetos herbívoros associados (Lawton and Sch[õder, 1977; Lawton and Price, 1979; Strong et al., 1984). Assim sendo, árvores teriam uma maior complexidade estrutural, abrigando uma fauna mais rica e abundante de insetos em relação a arbustos e ervas. Entretanto, Leather (1986) e Fernandes and Price ( 1988, 1991) têm apresentado algumas exceções a este padrão. A heterogeneidade de plantas se expressa a níveis geográfico, populacional e individual. A teoria do crescimento modular (Harper, 1977) postula serem as plantas mosaicos de genótipos e fenótipos que seriam gerados principalmente a partir de mutações somáticas ocorridas em tecido meristemático. Assim sendo, plantas poderiam apresentar resistência diferencial ao ataque de herbívoros (Whitham and Slobodchikoff, 1981) e a riqueza e abundância das espécies de herbívoros poderia ser influenciada pela dinâmica e modo de crescimento dessa população de módulos (Whitham et al., 1984). A distribuição de insetos herbívoros pode, também, ser influenciada por parâmetros como Rev. Brasil. Biol.. 54 (4J:66J--.6/íR idade (Karban, 1987), fenologia (Feeny, 1976; Dirzo, 1984; Aide, 1988; Kearsley e Whitham, 1989), defesas induzidas (Haukioja, 1982), compostos secundários (Janzen, 1979), características morfológicas como pubescência (Levin, 1973), esclerofilia (Coley, 1983) e hipersensibilidade do tecido do hospedeiro (Fernandes, 1990), isoladamente ou em conjunto. Tempo e energia são investidos por insetos herbívoros na seleção de micro-habitats em seus hospedeiros. Em galhadores, a escolha do sítio de oviposição pela fêmea influencia a sobrevivência da prole, uma vez que os estágios imaturos têm seus movimentos restritos aos limites da galha (Fernandes, 1990; Price e! al., 1990). Assim espera-se que a distribuição de galhas varie dentro e entre hospedeiros devido à mortalidade diferencial (Fernandes and Price, 1991) bem como à seleção pela fêmea (Fernandes, 1992). A ocorrência de galhas induz mudanças morfofisiológicas no tecido "parasitado" e em órgãos e tecidos adjacentes (veja Fernandes, 1987). {}alhas fUncionam como drenadores de subst[ficias nutricionais de seus hospedeiros, pelo bloqueio do fluxo normal de recursos e/ou pela mobilização (drenagem) ativa destes das partes vizinhas à galha (Stinner and Abrahamson, 1979; Abrahamson and McCrea, 1986). Isso possibilita o uso de algumas espécies de insetos galhadores no controle biológico de plantas invasoras (Fernandes, 1987; Dennill and Moran, 1989; Dennill and {}ordon, 1990). DISTRIBUIÇÃO DE GALHAS o gênero Eaccharis (Asteraceae) apresenta distribuição cosmopolita, podendo ser encontrado na Oceania, América do Sul e América do Norte (Palmer, 1987). Existem diversos estudos sobre a fauna de insetos associada a Eaccharis, objetivando o conhecimento de herbívoros potenciais para o seu controle populacional (e.g. Tilden, 1961; Kraft and Denno, 1982; Boldt and Robbins, 1987; Palmer, 1987). Embora esseslevantamentos já tenham sido feitos na América do Norte, não há dados recentes publicados sobre a fauna de insetos herbívoros associadosa Eaccharis no Brasil. Em observações casuais em uma população de E. dracunculifolia no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais, os herbívoros mais freqUentes foram insetos galhadores [nove espécies distintas e não identificadas de Cecidomyiidae (Diptera) e uma espécie de Psyllidae, Neopelma baccharidis (Homoptera: Psyllidae)]. Neopelma baccharidis é restrita à Região Neotropical (Buckhardt, 1987) e sua biologia e história natural são, em grande parte, desconhecidas. Todos os hospedeiros de N. baccharidis conhecidos pertencem ao gênero Eaccharis (veja Buckhardt, 1987). De um modo geral, os psilídeos são hospedeiros específicos a nível de fam1lia, gênero e espécie (Buckhardt, 1988). ', " O presente estudo aborda as seguintes questões sobre a distribuição de galhas de N. baccharidis em E. dracunculifolia: a) quais as relações existentes entre abundância de galhas e tamanho da planta hospedeira? b) como varia o número de folhas maduras e jovens e o tamanho dos ramos galhados e não galhados? MATERIAL E MÉTODOS Área de estudo O estudo foi realizado entre agosto e dezembro de 1990, no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, a uma altitude de 805 m (19°30'8 e 44°W). A vegetação do Campus apresenta-sebastante heterogênea devido a intervenções antr6picas, com espécies nativas de cerrado, mata e brejo, juntamente com espécies introduzidas (veja Ferrari, 1977). A área de coleta apresenta-se em sucessão secundária com predomínio de R. dracunculifolia, duas outras espécies de Raccharis, gramíneas e leguminosas de porte herbáceo e arbustivo (Ferrari, 1977). DE NEOPELMA BACCHARIDIS... 663 Procedimentos Os cem primeiros arbustos encontrados na área de estudo foram marcados, medidos (altura) e tiveram seus números totais de galhas contados. A altura das plantas amostradas foi tomada como medida indireta da quantidade de recurso (brotos foliares para oviposição) disponível ao galhador (veja Lawton, 1983). Ramos foram amostrados em 43 dos 100 indivíduos. Coletou-se 5 pares de ramos vizinhos (5 galhados e 5 não galhados) ao redor de cada um dos 43 arbustos (veja Price et al., 1990); suas galhas e folhas j~vens e maduras foram contadas. As galhas foram abertas para contagem do número de ninfas por galha e observação de possíveis parasitas e predadores. Para análise dos dados, utilizou-se regressÕes lineares, comparações entre as inclinações e interceptos de regressões e testes t (Zar, 1984). As médias das medidas tomadas são apresentadas e seguidas pelo seu erro padrão (X I EP). RESULTADOS Aspectos da história natural e biologia do galhador As galhas de N. baccharidis são foliares, verdes, glabras, fusiformes, uniloculares e com uma ninfa por galha. As fêmeas ovipõem na nervura principal das folhas jovens, onde inicialmente o tecido foliar sofre um intumescimento (hipertrofia e/ou hiperplasia), dobrando-se sobre si mesmo e formando uma cápsula fusiforme (Fig. I). As paredes da galha são suculentas durante todo o processo de desenvolvimento do psilídeo. Mesmo após a eclosão do galhador, as galhas permanecem aderidas ao ramo, sofrendo um processo gradual de dessecamento, assumindo uma aparên., cla lenhosa. E bastante comum encontrar-se galhas remanescentes de gerações passadase galhas em diversas fases de desenvolvimento em uma mesma planta. O principal parasita do galhador foi uma espécie não identificada de Eulophidae (Hymenoptera) (Patrício Fidalgo, com. pess.). Distribuição e impacto das galhas O número de galhas aumentou com a altura da planta hospedeira (y = -16.3 + 0.0304X, ~ = 0.11, p < 0.001, Fig. 2). Ramos galhados foram significativamente mais curtos do que ramos não galhados. O com- Rev. Brasil. Biol.. 54 (4):661-668 ~ 664 ANOELA CHRIS11NA F. LARA e O. WILSON FERNANDES 1 ~ ~ ::==. , ~ -E=::: ~ ,é 'c,. ~ A B c D Fig. I -Padrão de desenvolvimento das galhas foliares de Neopelma baccharidis em Baccharis dracunculifolia. a) seta indica ponto de inserção do ovo do psilídeo; h) galha em fase inicial de desenvolvimento. Entumescido das lâminas foIiares a partir da nervura principal; c) galha madura; d) deiscência da galha. primento médio de ramos galhados foi 8.30 cm (:t 0.44, n = 135) e de não galhados foi 9.94 cm (:t 0.46, n = 140) (t = 2.58, p < 0.01). O número total de folhas por ramo variou positivamente com o aumento no comprimento do ramo nas categorias "galhado" (y = 0.49 + 2.66X, r2 = 0.47, p < 0.001, Fig. 3), e "não galhado" (y = 3.73 + 3.08X, ~ = 0.64, p < 0.001, Fig~4). Comparações entre as inclinações e interceptos dessas duas regressões mostraram que elas foram significativamente diferentes (Tangentes: t = 4.5334, gl = 270, p < 0.0001; Interceptos: t = 4.0885, gl = 271, p < 0.0001). O número de folhas maduras e jovens foi significativamente menor em ramos galhados. O número médio de folhas maduras em ramos galhados foi 14.1 (:t 1.3, n = 135) e 22.6 em não galhados (:t 1.4, n = 140) (t = 4.39, p < 0.001). O número médio de folhas jovens em ramos galhados foi 8.5 (:t 1.1, n = 135) e 11.8 em ramos não galhados (:t 1.3, n = 140) (t = 2.01, p < 0.05). DISCUSSÃO As fêmeas de N. baccharidis ovipõem em folhas jovens. A produção de brotos foliares de E. dracunculifolia propícios à oviposição pelo inseto galhador durante todo o ano pode ser relevante na geração dos padrões de distribuição de N. baccha- Rev. Brasil. Biol.. 54 (4):661-668 ridis. A sincronização entre fenologia da planta hospedeira e insetos galhadores está documentada na literatura (Mani, 1964; Rohfritsh and Shorthouse, 1982; Weis et al., 1988). Galhas de N. baccharidis podem ser multivoltinas, hipótese essa sugerida pela sobreposição de gerações de galhas. Embora alguns trabalhos já tenham abordado questões referentes a estratégias de univoltinismo e multivoltinismo em insetos galhadores (e.g., Mani, 1964; Yukawa, 1987), os mecanismos e processos envolvidos não foram totalmente esclarecidos. Os estudos de Chen and Appleby (1984) sobre a biologia de Taxodiomyia cupressiananassa (Diptera: Cecidomyiidae) em ciprestes reforçam a hipótese do multivoltinismo de galhas em plantas que apresentam crescimento durante todo o ano (veja Weis et al., 1988). Lawton (1983) argumenta que hospedeiros maiores concentram densidade e riqueza mais altas de insetos herbívoros. Embora o número de galhas tenha aumentado com o tamanho do hospedeiro, apenas 11% da variação na abundância de galhas foi correlacionada com a altura da planta. Outros fatores como fenologia, idade, diferenças morfofisiológicas entre os sexos da planta e compostos secundários devem ser levados em consideração na análise deste resultado, pois 89% da variação do número de galhas não foram devidamente explicados. ~ 666 ANOELA CHRISTINA F. LARA e O. WILSON FERNANDES . 8 . 3 . 2 . . . .....3 .2 2. .224 .2. 6 .223.4..2.2.. 25 Z oL. 1 0.0 . .. ..2 I I I I I 5,0 10.0 15.0 20.0 25.0 TAMANHO Fig. 4 -Regressão dos ramos influenciou 2 3.08X, r= Biol.. em 64% a variação no número 0.64, p < 0.001). 54 (4J:661-668 ( cm ) linear simples entre número de folhas e tamanho de ramos não galhados. O tamanho 1988; Fay et al., 1992). Estas mudanças são importantes para o sucesso de insetos herbívoros (e.g..Karban, 1987; Larsson and Ohmart, 1988) e cruciais para insetos galhadores (veja Femandes, 1990; Fay et al., 1992). Variações de resistência das plantas influenciam diretamente a seleção destas por insetos galhadores (veja FerDandes and & Price, 1988, 1991). Estes padrões são subestimados quando apenas são considerados o tamanho e a distribuição da planta hospedeira. Ramos galhados foram significativamente menores do que ramos não galhados. Este resultado parece, a princípio, contradizer os trabalhos de Whitham (1978), Ahman (1984), Craig et al. (1989), Price et al. (1987 a,b), que afirmam que fêmeas selecionam ramos maiores para oviposição. Entretanto, fêmeas de psilídeos parecem não fugir ao padrão geral de seleção de ramos maiores para ovipor (Price et al., 1990, G.W. Femandes, observ. pess.). Os ramos galhados devem ter seu desenvolvimento normal alterado. O tamanho dos ramos é influenciado pelo custo de manutenção das galhas (veja Larson and Whitham, 1991). A morfogênese da galha induz modificações no elongamento de ramos e na proliferação de folhas na região afetada. Por exemplo, na galha induzida por Rhabdophaga strobiloides em Salix, o número de folhas presentes em uma secção de 1 cm de comprimento na região afetada é o mesmo que o Rev. Brasil. . . ...2 -J 8 . . . 50 LLJ o ~ o 101 . . 75 (/) <t :1: -J o ~ de folhas dos ramos não galhados (y = 3.73 + , esperado para uma secção de 150 cm de ramo normal (Ahman, 1984). .~..~ ,,~..."~~~ e não galhados apresentaram-se ambas positivas. Entretanto, as diferenças estatísticas entre as inclinações e interceptos destas retas de regressão indicaram que ramos galhados e não galhados suportam números diferentes de folhas, sendo o número de folhas maduras e jovens significativamente menor em ramos galhados do que em ramos vizinhos não galhados. Este resultado devido à forn1ação e - seja, .Tecidos de galhas são, geralmente, ricos em nutrientes e água (Rohfritsch and Shorthouse, 1982), levando a uma diminuição na parcela de recursos destinados a regiões e órgãos vizinhos à galha. A diferença entre o número de folhas em ramos galhados e não galhados reforça a idéia de que as galhas são drenadores de nutrientes do ramo, funcionando como parasitas de plantas (Price et al., 1986, 1987). Agradecimentos -Agradecemos a J.E.C. Figueira, H.R. pimenta e dois revisores anônimos pelos comentários no manuscrito. Patrício Fidalgo gentilmente identificou o eulofídeo parasita. Também agradecemos ao CNPq (processo 300.728/91-3) pela bolsa de pesquisa a GWF. DISTRIBUICÃO DE G, ,H, REFERÊNCIAS BmLIOGRÁFICAS ABRAHAMSON, W. G. and McCREA, K. D., 1986, The impact of gal1s and gal1makers on p1ants. Proc. Entomol. Soc. Wash., 88: 364-367. AHMAN, I., 1984, Oviposition and 1arval performance of Rhabdophaga tenninalis on Salix ssp. with special consideration to bud size of host p1ants. Entomol. Exp. Appl., 35: 129-136. AIDE, T. M., 1988, Herbivory as a selective agent on the timing of leaf production in a tropical understory community. Nature, 336: 574-575. BOLDT, P. E. and ROBBINS, T. O., 1987, Phytophagous and pollinating insect fauna of Baccharis neglecta .(Compositae) in Texas. Environ. Entomol., 16: 887895. BUCKHARDT, D., 1987, Jumping plant 1ice (Homoptera: Psylloidea) of the temperate Neotropical Region. .Part 1: Psyllidae (subfami1ies Aphalarinae, Rhinocolinae and Aphalaroidinae). Zool.. J. Linn. Soc., 89: 299-392. 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