Trauma Abdominal - Canal Unigranrio

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Trauma Abdominal
Penetrante
Aberto
Não Penetrante
Etiologia:
Arma de fogo – 69%
Arma branca – 27%
Outros – 4%
Trauma Abdominal
Órgãos mais lesados no trauma penetrante
- Por PAF – 80 a 90% terão lesões:
Delgado – 37%
Fígado – 29%
Cólon – 28%
Estômago – 18%
- Por Arma Branca – 30 a 40% terão lesões:
Fígado – 39%
Delgado – 32%
Cólon – 15%
Estômago – 13%
Trauma Abdominal
Sem lesões viscerais
Contuso
Com lesões viscerais
Etiologia:
Atropelamento – 47%
Colisão de veículos – 27%
Quedas – 13%
Outra – 13%
Trauma Abdominal
Fisiopatologia do trauma contuso
-elevação brusca e acentuada na pressão intra-abdominal por
forças anterógradas com rotura visceral oca ou explosão de
órgão sólido
- compressão das vísceras contra a coluna produzindo lesão por
esmagamento
- forças de cisalhamento com laceração de órgãos ou pedículos
vasculares
75% causados por acidentes de trânsito
Trauma Abdominal
Órgãos mais lesados em trauma contuso
Baço – 46%
Fígado – 33%
Mesentério – 10%
Lesões urológicas – 9%
Pâncreas – 9%
Delgado – 8%
Cólon – 7%
Duodeno – 5%
Estômago e Vesícula biliar – 2%
Trauma Abdominal
Diagnóstico:
Lesões presentes em 10% dos pacientes admitidos
1) Exame Físico:
- Inspeção do abdome e tórax (lesões associadas)
- Palpação superficial e profunda, ausculta
- Equimoses, hematomas, escoriações, feridas por PAF e arma branca
- Lacerações, evisceração
- Crepitações em fraturas costais inferiores
- Compressão das cristas ilíacas e sínfise pubiana
- Exame perineal, toque retal
- Presença de sangue no meato uretral
Trauma Abdominal
Diagnóstico:
2) LPD
3) Cintigrafia TC
4) Ultrassonografia
5) Laparoscopia
Trauma Abdominal
TRAUMATISMO ABDOMINAL FECHADO
1. MANUTENÇÃO DE VIAS AÉREAS E DA RESPIRAÇÃO
2. ESTABILIZAÇÃO DA CIRCULAÇÃO
3. INTRODUÇÃO DE SNG E SONDA VESICAL
4. AVALIAÇÃO DA CAVIDADE ABDOMINAL
Trauma Abdominal
LAVADO PERITONEAL
Indicações específicas:
- dor e defesa abdominal involuntária
- fratura de arcos costais inferiores
- hipotensão arterial inexplicável
- fraturas de pelve
- fraturas ou luxação de coluna lombar e torácica
- paraplegia ou tetraplegia
- paciente politraumatizado com estado de consciência comprometido (TCE, intoxicação
por drogas, anestesia)
Contra-indicação absoluta:
- paciente com indicação de laparotomia imediata
Contra-indicações relativas:
- gravidez
- cirurgia abdominal prévia (aderências)
Trauma Abdominal
Técnica do LPD:
- anestesia local peri-umbilical com lidocaína a 2%
- incisão de 01cm mediana infra-umbilical (junto à cicatriz umbilical)
- introdução de cateter de lavagem peritoneal em direção à pelve
- aspiração inicial (caso haja retorno de sangue o exame é positivo)
- infusão de Ringer lactato ou Solução Salina - 20ml / Kg -por gravidade
- mobilização do paciente para decúbito lateral direito e esquerdo - 30 seg cada
lado - exceto em casos suspeitos de traumatismo raqui-medular
- recuperação do líquido por gravidade (mínimo de 200ml -sendo 75ml enviados
para exames laboratoriais)
OBS1: Caso a incisão infra-umbilical seja inadequada (gravidez, cirurgias prévias,
fratura de pelve com hematoma de parede), pode ser realizada supra-púbica ou
quadrantes superiores direito ou esquerdo.
OBS2: Punção Abdominal
Trauma Abdominal
Interpretação do LPD
Trauma Abdominal
LESÕES TRAUMÁTICAS DE VÍSCERAS OCAS
ESÔFAGO
As lesões do esôfago abdominal são situações graves por causar extravasamento
de seu conteúdo para a cavidade peritoneal, bem como refluxo gástrico, com
conseqüente peritonite. Estas lesões podem resultar de diversas etiologias:
-Ruptura espontânea ou barogênica: Síndrome de Boerhave, Síndrome de MalloryWeiss, doenças esofageanas preexistentes, causas neurogênicas;
-Perfurações iatrogênicas: Endoscopia digestiva alta, dilatações esofageanas,
entubação esofageana;
-Perfurações traumáticas: Ferimentos por PAF ou arma branca, trauma fechado,
ingestão de corpos estranhos.
Trauma Abdominal
DIAGNÓSTICO
* Anamnese e exame físico criterioso
* Esofagoscopia - positiva na presença de sangue na luz
esofageana ou observação direta da lesão.
* Rx Tórax - derrame pleural esquerdo, enfisema de mediastino
* RX Abdome Contrastado - pneumoperitonio, extravasamento
do contraste.
* TC Contrastado - extravasamento
Trauma Abdominal
TRATAMENTO
-Lesões menores que 01 cm, com menos de 24hs de evolução -desbridamento da
lesão com sutura em dois planos + operação anti-refluxo à Nissen. Nos casos de
lesões pequenas sem desvitalização, pode ser realizada também a cirurgia de Thal.
Em todos os casos deve ser associada gastrostomia descompressiva.
-As lesões com menos de 01 cm e mais de 24hs de evolução em geral necessitam
grande desbridamento, tomando-se lesões grandes, e devem ser tratadas como tal.
-Lesões maiores que 01cm com menos de 24hs de evolução - esofagectomia
distal com reconstrução através da interposição jejunal ou anastomose esofagogástrica. Ambos os procedimentos devem sempre ser associados à gastrostomia
descompressiva e jejunostomia alimentar.
-Lesões maiores que 01cm com mais de 24hs de evolução ou em pacientes
graves - Cirurgia de exclusão do esôfago: esofagostomia cervical + sutura do
esôfago dista! + sutura gástrica + gastrostomia descompressiva + jejunostomia
alimentar.
-Perfurações esofageanas com neoplasia -esofagectomia ou cirurgia de exclusão
do esôfago, dependendo da gravidade do paciente.
Trauma Abdominal
ESTÔMAGO
-As feridas de estômago, seja por arma branca ou por arma de fogo, devem
ser tratadas por sutura em dois planos da lesão, sendo a submucosa com
pontos contínuos de VICRYL 3-0 agulha cilíndrica e a sero-muscular com
pontos separados de PROLENE 3-0 agulha cilíndrica. As feridas por arma de
fogo, entretanto devem ser submetidas à desbridamento do tecido
desvitalizado antes da sutura, uma vez que a energia do projétil em geral
causa uma lesão radial da parede gástrica com possibilidade de necrose e
fistula pós-operatória.
-Sempre que houver uma ferida na parede anterior do estômago, deve ser
investigada também a parede posterior, através da abertura do pequeno
omento.
-Nas lesões justa pilóricas deve ser realizada uma gastrostomia
descompressiva à Stam, devido à possibilidade de distensão gástrica
prolongada no pós-operatório com comprometimento da sutura.
Trauma Abdominal
DUODENO
As lesões comprometendo menos de 1/3 da circunferência da alça devem ser
tratadas por sutura simples com pontos separados de PROLENE 3-0 agulha
cilíndrica, com desbridamento da mesma nos casos de lesão por arma de fogo.
As lesões comprometendo mais de 1/3 da circunferência da alça devem ser tratadas
por sutura simples com pontos separados de PROLENE 3-0 agulha cilíndrica, com
desbridamento da mesma nos casos de lesão por arma de fogo, gastrotomia com
cerclagem do piloro intraluminal com PROLENE 0 agulha cilíndrica, vagotomia
troncular e gastro-jejunostomia.
Em todos os casos de lesão duodenal, a cavidade deve ser drenada com drenos do
tipo PENROSE ou JACKSON-PRATS.
Trauma Abdominal
INTESTINO DELGADO
As lesões comprometendo menos de 1/3 da circunferência da alça e em sua borda
anti- mesentérica, devem ser tratadas por sutura simples com pontos separados de
PROLENE 4-0 agulha cilíndrica, com desbridamento da mesma nos casos de lesão
por arma de fogo.
As lesões comprometendo mais de 1/3 da circunferência da alça ou em sua borda
mesentérica com comprometimento da vascularização do segmento, devem ser
tratadas por enterectomia segmentar com anastomose primária em plano único seromuscular com pontos separados de PROLENE 4-0 agulha cilíndrica. Caso a lesão
ocorra à menos de 10cm da válvula íleo-cecal, deve ser realizada a colectomia direita
com anastomose primária com pontos separados de PROLENE 4-0 agulha cilíndrica.
Trauma Abdominal
CÓLON
As lesões com menos de 6 horas de evolução, em cólon direito, comprometendo
menos de 1/3 da circunferência da alça e em sua borda anti-mesentérica, devem ser
tratadas por sutura simples com pontos separados de PROLENE 4-0 agulha
cilíndrica, com desbridamento da mesma nos casos de lesão por arma de fogo.
As lesões com mais de 6 horas de evolução, em cólon transverso, esquerdo ou
sigmóide, comprometendo menos de 1/3 da circunferência da alça ou em sua borda
mesentérica com comprometimento da vascularização do segmento, devem ser
tratadas por exteriorização da lesão transformada em colostomia em alça.
Todas as lesões com mais de 1/3 da circunferência da alça ou em sua borda
mesentérica com comprometimento da vascularização do segmento, devem ser
tratadas colectomia segmentar com colostomia terminal proximal e fistula mucosa.
Nos casos de feridas múltiplas de cólon as lesões distais deverão ser submetidas à
rafia simples em plano único de PROLENE 3-0 agulha cilíndrica ou ressecção com
anastomose primária e a mais proximal exteriorizada como colostomia em alça.
Trauma Abdominal
RETO
As lesões do reto intraperitoneal, comprometendo menos de 1/3 da circunferência da
alça e em sua borda anti-mesentérica, devem ser tratadas por sutura simples com pontos
separados de PROLENE 4-0 agulha cilíndrica, com desbridamento da mesma nos casos
de lesão por arma de fogo, associada à sigmoidostomia em alça.
As lesões do reto intraperitoneal, comprometendo mais de 1/3 da circunferência da alça
ou em sua borda anti-mesentérica, devem ser tratadas por ressecção segmentar do reto
com fechamento do coto distal e pontos separados de PROLENE 3-0 agulha cilíndrica e
sigmoidostomia proximal terminal (CIRURGIA DE HARTMAN).
As lesões extra-peritoneais do reto devem ser tratadas seguindo os mesmos princípios
anteriores, associando-se ao procedimento uma drenagem ísquio-retal.
Trauma Abdominal
MESENTÉRIO
As lesões de mesentério são causas comuns de hemoperitonio em pacientes com
trauma fechado de abdome. Seu tratamento deve ser a ligadura dos vasos sangrantes e
o fechamento da falha mesentérica para prevenir de futuras hérnias internas. Deve-se,
entretanto sempre avaliar a alça irrigada pelo segmento do mesentério atingido quanto
à sua viabilidade e possível necessidade de ressecção.
VESÍCULA BILIAR
As lesões de vesícula biliar devem ser tratadas por colecistectomia, sendo a
colecistorrafia e colecistostomia procedimentos de exceção que só serão realizados
quando:
* A lesão é mínima não exigindo manipulação cirúrgica,
* Paciente politraumatizado com severa coagulopatia ou cirrose hepática,
* Paciente hemodinamicamente instável por outras lesões, com pequenas lesões
vesícula biliar.
Trauma Abdominal
LESÕES TRAUMÁTICAS DE VÍSCERAS MACICAS
FÍGADO
As lesões hepáticas nos traumas fechados e penetrantes do abdome são bastante
frequentes devido ao tamanho e localização do órgão. Estas lesões podem também
ser bastante variáveis podendo ser simples ou complexas dependendo da região
atingida e da extensão da lesão. Felizmente a maioria das lesões são do tipo simples
(80-90%), como pequenas lacerações ou hematomas não expansivos, necessitando
somente eletrocoagulação ou sutura simples.
As lesões complexas entretanto causam sangramentos importantes, com alterações
hemodinâmicas e metabólicas graves. Nesses casos o tratamento deve ser:
- diminuir o sangramento com compressas
- manobra de Pringle até estabilização do paciente
- sutura hepática (epiploplastia)
- hemostasia direta
- ligadura da artéria hepática
- compressão hepática
- ressecção hepática
Trauma Abdominal
Compressão Hepática
Indicações:
* Coagulopatia por múltiplas transfusões,
* Extensas lesões bilobares com sangramento incontrolável,
* Hematoma subcapsular volumoso ou hematomas rotos,
* Instabilidade hemodinâmica grave com hipotermia com necessidade de interromper a
cirurgia.
Contra-indicações
* Sangramentos originados de lesões de veias supra-hepáticas ou de veia cava retrohepática, onde o efeito compressivo é limitado não controlando a hemorragia.
- Nos casos em que este procedimento for utilizado a cavidade peritoneal deve ser
deixada aberta (peritoneostomia), e será reexplorada quando forem controladas a
hipovolemia, acidose, hipotermia e a coagulopatia, o que em geral é possível em 24 a
72hs. Neste momento, após retirada das compressas, serão realizados: desbridamento
do tecido hepático desvitalizado, ligadura direta dos vasos e ductos hepáticos lesados
ou ressecção hepática e drenagem da cavidade.
Trauma Abdominal
RESSECÇÃO HEPÁTICA
A ressecção hepática no trauma é uma cirurgia de exceção pela raridade de sua indicação e
pelos altos índices de mortalidade.
Indicações:
* Grande avulsão com destruição total do parênquima hepático,
* Quando o trauma penetrante comprometer o hilo hepático com lesões arteriais, venosas e
ductais, e forem necessárias apenas algumas ligaduras para completar a ressecção,
* Nos sangramentos por grande avulsão e destruição de parênquima hepático que não
tenham sido controlados por compressão hepática,
* Quando for a única forma de controle da hemorragia.
Trauma Abdominal
VIAS BILIARES EXTRA-HEPÁTICAS
Lesões simples acometendo menos de 50% do diâmetro do ducto, devem ser tratadas
por sutura simples com pontos separados de vicryl 4-0 agulha cilíndrica, associada à
drenagem à kehr e drenagem subhepática. Nestes casos os drenos de Kehr nunca
devem sair da via biliar pela lesão reparada.
As lesões mais complexas comprometendo mais de 50% do diâmetro do canal biliar e
as transecções devem ser tratadas por anastomose bilio-entérica + drenagem à Kehr +
drenagem subhepática. Neste casos a sutura ou anastomose primárias têm altíssimos
índices de estenose pós-operatória, não devendo ser realizadas. O tipo de anastomose
bilio-entérica a ser realizada dependerá da localização da lesão:
* DUCTO HEPÁTICO COMUM, DIREITO E ESQUERDO -Hepatico-jejunostomia
em y de ROUX + Colecistectomia
* COLÉDOCO PROXIMAL -Hepatico-jejunostomia em y de ROUX +
Colecistectomia
* COLÉDOCO DISTAL -Coledoco-jejunostomia em y de ROUX
Trauma Abdominal
PÂNCREAS
-Hematoma, Laceração superficial e Contusão pancreática sem desvitalização de tecido
pancreático -Drenagem da cavidade com dreno de JACKSON-PRATTS ou à vácuo.
-Laceração profunda, sem lesão ductal -Sutura da lesão com pontos separados de
PROLENE 3-0 agulha cilíndrica + Drenagem da cavidade com dreno de JACKSONPRATTS ou à vácuo.
-Contusão severa da cauda do pâncreas com lesão do baço ou vasos esplênicos Esplenectomia + Pancreatectomia distal + Drenagem da cavidade com dreno de
JACKSON-PRATTS ou à vácuo.
-Transecção total do pâncreas, sem outras lesões associadas -Fechamento do coto
proximal + Pancreato-jejunostomia em y de ROUX do coto distal + + Drenagem da
cavidade com dreno de JACKSON-PRATTS ou à vácuo.
-Transecção total do pâncreas com lesão do baço ou vasos esplênicos - Esplenectomia
+ Pancreatectomia distal + Drenagem da cavidade com dreno de JACKSON-PRATTS
ou à vácuo.
Trauma Abdominal
PÂNCREAS
-Transecção total do pâncreas com múltiplas lesões associadas e hemorragia
severa - Pancreatectomia distal + Drenagem da cavidade com dreno de
JACKSON-PRATTS ou à vácuo.
-Laceração profunda do pâncreas com lesão do ducto pancreático, porém com
cápsula posterior intacta -Pancreato-jejunostomia em y de roux do coto distal +
Drenagem da cavidade com dreno de Jackson-Pratts ou à vácuo.
-Lesões de cabeça de pâncreas associadas à lesões duodenais por arma branca ou
armas de fogo de pequeno calibre -Reparo independente de cada órgão +
Drenagem da cavidade com dreno de Jackson-Pratts ou à vácuo.
-Lesões de cabeça de pâncreas extensas associadas à lesões complexas duodenais
com risco de estenose -Reparo da lesões + Fechamento do piloro + gastrojejunostomia + Drenagem da cavidade com dreno de Jackson-Pratts ou à vácuo.
-Destruição total do duodeno e cabeça do pâncreas -Duodeno-pancreatectomia
(Cirurgia de Whipple)
Trauma Abdominal
PÂNCREAS
-Destruição total do pâncreas -Pancreatectomia total
obs -Todas as suturas pancreáticas devem ser realizadas com PROLENE 3-0 ou
4-0 agulha cilíndrica.
Trauma Abdominal
Tratamento Laparoscópico
- Possibilita o reparo por cirurgiões treinados em pacientes estáveis
Controle não operatório do trauma hepático
- Em pacientes estáveis a TC é de grande valia, mas pode falhar em lesões
intestinais ou pancreáticas ocultas. Lesões isoladas que pararam de sangrar
podem ser acompanhadas por TC. Na evidência de lesões associadas de
vísceras ocas ou sangramento persistente é indicada a laparotomia.
- Infecção e hemobilia podem ser controladas com angiografia e drenagem
percutânea
Trauma Abdominal
Tamponamento abdominal e reexploração planejada
Laparotomia abreviada
Tríade Letal:
- Acidose metabólica
- Coagulopatia
- Hipotermia:
Perda de calor por condução
Infusão de líquidos não aquecidos
Evaporação de superfícies viscerais e serosas
Perda por convecção
Troca do ar aquecido e úmido corporal pelo ar inspirado
Menor produção do calor pela anestesia e choque
Evitar a perda de calor é a base fisiológica para a laparotomia abreviada
Trauma Abdominal
Indicações da laparotomia abreviada
- necessidade de terminar rapidamente uma laparotomia em
paciente hipotenso e com coagulopatia
- Incapacidade em controlar o sangramento por hemostasia direta
(Ex: lesões hepáticas ou ruptura de hematoma pélvico)
- Incapacidade de fechar o abdome sem tensão por edema visceral
ou parede abdominal imprópria
Trauma Abdominal
Controle da hemorragia
- Tamponamento com compressas
- Tamponamento por balonete
- Embolização angiográfica
- Ligaduras temporárias ou endopróteses
Trauma Abdominal
Controle do conteúdo intestinal
- Ligaduras
- Grampeamento
- Drenagem externa pancreática e biliar
- Duodeno pancreatectomia sem reconstrução
Fechamento abdominal temporário
- Uso de steril pack
- Fixação de tela de marlex na aponeurose
- Revisão programada a cada 02 dias
Trauma Abdominal
Síndrome do compartimento abdominal
O aumento da pressão abdominal ocorre em situações clínicas
como ascite, distensão do delgado por íleo ou obstrução mecânica,
redução na cavidade abdominal de grande hérnia crônica “fora do
domicílio” ou, após trauma abdominal intenso. O acúmulo de
sangue e coágulos, edema inestinal, tamponamento peri-hepático
ou retroperitoneal por compressas acrescido por fechamento sob
tensão agravam a hipertensão intra-abdominal. A hipertensão intraabdominal conduz à SCA.
Trauma Abdominal
Características
- Abdome tenso e distendido
- Elevação da pressão intra-abdominal e das vias aéreas
- Ventilação inadequada com hipóxia e hipercarbia
- Função renal alterada
Monitorização da pressão intra-abdominal
- Direta:
– laparoscopia
- Indireta:
– pressão vesical com catéter uretral conectado a um tubo em T com um
dos ramos em bolsa coletora e outro a um transdutor de pressão
– Pressão intra-gástrica com CNG ou gastrostomia (pouco usado)
A hipoperfusão esplâncnica é observada com pressão de 15mmHg (ou 20,4 de
água), acima deste nível é indicada a descompressão.
Trauma Abdominal
EFEITOS ADVERSOS DA HIA
Hemodinâmicos e respiratórios
- Acidose metabólica
- Taquicardia
- Baixo Débito
Aumento da pós carga por aumento da resistência vascular
Diminuição da pré carga por compressão caval e veias calibosas
- Elevação da PVC e PCP
- Diminuição da complascência pulmonar
Trauma Abdominal
EFEITOS ADVERSOS DA HIA
Renais
- Redução do fluxo plasmático renal
- Redução na taxa de filtração glomerular
- Redução da reabsorção de glicose
- Outros mecanismos – shuntagem longe do córtex renal e para a
medula, compressão direta do parênquima e do fluxo renal,
elevação da resistência vascular renal e aumento do ADH
Trauma Abdominal
EFEITOS ADVERSOS DA HIA
Parede Abdominal
Redução no fluxo tecidual facilitando complicações das feridas
Fluxo Esplâncnico
Redução do fluxo sangüíneo para todas as vísceras abdominais
Pressão Intracraniana
Elevação da PIC e redução da perfusão cerebral ainda não
elucidada. Pode agravar o dano neuronal o que deve chamar a
atenção para o TCE associado a manobras laparoscópicas.
Trauma Abdominal
CONSEQÜÊNCIAS ADVERSAS DO ALÍVIO DA HIA
- Hipotensão brusca imediatamente após a descompressão por
queda súbita da resistência vascular e reinício do fluxo com
síndrome de reperfusão.
- Assistolia presumivelmente por eliminação de produtos
metabólicos anaeróbicos produzida pela reperfusão.
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
Trauma Abdominal
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