Vertentes atuais do Marketing Por Priscilla Oliveira, Gestora Governamental O marketing digital e o viral são ferramentas que estão sendo bastante utilizadas atualmente embora seus primórdios remontem há pelo menos 20 anos, quando a internet se popularizou no Brasil. Essas novas frentes do marketing estão enquadradas num conceito mais amplo, o marketing 3.0, em que se busca novas formas de relacionamento das empresas com os consumidores, dentre estas, as mídias sociais. Segundo Philip Kotler, considerado o pai do marketing moderno, faz parte de algumas das principais tendências na teoria e prática do assunto: a migração de operações no mercado físico (marketplace) para operações no ciberespaço, assim como a transição do marketing monocanal para o multicanal e do monólogo em marketing para o diálogo com os clientes. O marketing digital se define como a forma que as empresas hoje estão se utilizando para fazerem a promoção de seus produtos e marcas através de canais eletrônicos, sendo a internet um deles. E esta maneira - que tanto as empresas privadas como as públicas, além de empreendedores individuais e blogueiros - estão usando para divulgar seu material, se apresenta de maneira bastante econômica, já que exige poucos recursos. Este tipo de ação mercadológica vem crescendo vertiginosamente em comparação ao marketing tradicional, posto que o digital permite uma facilidade e velocidade muito maior da comunicação na relação consumidor x empresa, sem contar no crescimento acelerado de pessoas conectadas à internet. Pode-se citar, sem dúvida, várias vantagens decorrentes da utilização da ferramenta digital como, por exemplo: comunicação em tempo real com as empresas e, desta forma, aumento da interação com o público-alvo; incremento do alcance (abrangência) de um dos Ps do marketing a Praça - já que através da internet qualquer empresa, seja privada ou pública, pode ter alcance global; intensificação da competitividade das organizações e, consequentemente, do faturamento e lucro, entre outras. Já o marketing viral se apresenta como uma evolução da propaganda boca a boca, uma estratégia de marketing centrada na criação de uma campanha que seja viralizável - tal qual um vírus que escolhe indistintamente seu hospedeiro fazendo a mensagem fluir para todos numa velocidade de propagação de informação tamanha que atinge pessoas independentemente da identidade com aquela organização, como uma verdadeira epidemia! A partir deste alto grau de compartilhamento da mensagem (a divulgação espontânea), se a estratégia viral for bem feita, isto é, com conteúdos atraentes e significativos para o usuário, as chances de popularização da marca podem crescer de forma considerável. Desse modo, assinala-se uma excelente oportunidade e ferramenta para conquistar mercado e arrebatar novos clientes e vendas. É preciso, no entanto, cuidado para que este tipo de marketing não passe de aliado da empresa para adversário porque quando o produto ou serviço não atende às expectativas, o resultado pode ser imprevisível e causar toda uma reação negativa por parte do público envolvido. Mas investir nas divulgações digital e viral não é apenas premissa das organizações privadas. Cada vez mais as instituições públicas vêm desenvolvendo canais web estreitando a comunicação do governo-cidadão, até como forma de transparência de suas ações perante a sociedade. Um exemplo de implementação de ações digitais no setor público são os sites das secretarias do governo do Estado de Pernambuco, que funcionam como um instrumento adicional de divulgação das ações, atividades e produtos das mesmas. Nesse crescente contexto de importância da esfera pública digital, o poder público vem evoluindo no sentido de cada vez mais aderir às estratégias de comunicação da iniciativa privada, todavia adequando-se às peculiaridades do “negócio” público. Diante de tudo que já foi exposto, ressalta-se a importância da participação do setor público neste sentido, de enxergar a necessidade de disponibilizar ferramentas que propiciem a transparência das atividades de cada servidor e que permitam, de alguma forma, mais um canal para as pessoas fiscalizarem e buscarem uma nova condição: um rumo democrático para o seu país, estado ou município. Referências: KOTLER, Philip. Marketing de A a Z. 80 conceitos que todo profissional precisa saber. 3.ed. Brasil: Elsevier Editora, 2003. KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0. As forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. 1. ed. Brasil: Elsevier Editora, 2010.