Federação do Comércio do Estado de Santa Catarina ICEC Índice de Confiança do Empresário do Comércio Catarinense de abril de 2013 Expectativa do empresário do comércio apresenta alta em abril e segue indicando otimismo O índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) catarinense apresentou alta de 0,2% na comparação com março deste ano, subindo para a casa dos 122 pontos. Está é a terceira alta consecutiva do índice, que continua expressando um otimismo dos empresários com relação às possibilidades de crescimento da economia brasileira e do comércio. Síntese dos resultados Índice Índice de Confiança do Empresário do Comércio ICEC Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio - ICAEC Condições Atuais da Economia – CAE Condições Atuais do Comércio – CAC Condições Atuais das Empresas do Comércio - CAEC Índice de Expectativa do Empresário do Comércio – IEEC Expectativa da Economia Brasileira – EEB Expectativa do Comércio – EC Expectativas das Empresas Comerciais – EEC Índice de Investimento do Empresário do Comércio – IIEC Indicador de Contratação de Funcionários – IC Nível de Investimento das Empresas – NIE Situação Atual dos Estoques – SAE mar/13 abril/13 Variação Mensal (%) 121,8 122 0,2 93,3 94,4 1,3 82,3 90,6 106,8 89,9 90,6 102,8 9,2 -0,1 -3,7 156,9 159,2 1,5 147,9 153,1 3,5 153,9 155,8 1,2 168,9 168,7 -0,2 115,3 112,5 -2,5 129,3 119,2 97,5 120,9 118,2 98,3 -6,5 -0,8 0,9 Condições atuais – Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) O índice de condições atuais do empresário do comércio apresentou a primeira variação positiva do ano na pesquisa realizada em abril, depois de uma série de 4 quedas consecutivas. Foram 1,3% de alta na variação mensal, que tem como comparação o mês de março. O índice sai dos 93,3 pontos para os 94,4 pontos, o que exprime um pessimismo do empresário catarinense com relação ao momento atual da atividade no comércio. O resultado negativo, em termos absolutos, do ICAEC é explicado pelos resultados de igual natureza da percepção sobre as condições atuais da economia, condições atuais do comércio, a despeito da forte alteração ocorrida no primeiro, que teve um crescimento de 9,2% em abril. O CAE apresentou, como já mencionamos, variação positiva de 9,2% passando de 82,3 pontos em março para 89,9 pontos em abril. É a maior variação dentre os subíndices que compõem macroestruturalmente o ICAEC, o que demonstra que, apesar de ainda haver na percepção dos empresários certo pessimismo com relação à economia atual, este vem se dissipando com a diminuição das incertezas que pairavam sobre o ambiente econômico. O subíndice CAC teve variação negativa de 0,1%. Em termos absolutos, o subíndice marca 90,6 pontos. O resultado mostra que o pessimismo dos empresários com relação às condições atuais do comércio persiste, processo este que tende a ser revertido com a recuperação da percepção positiva com relação à economia; o que está em marcha, como podemos observar no resultado deste mês. O CAEC, por sua vez, apresentou a maior variação negativa do índice. Para os empresários, a condição atual das empresas do comércio é positiva, tendo o subíndice marcado, em termos absolutos, 102,8 pontos. Entretanto, em termos relativos, a queda mensal foi de 3,7%. Expectativas – Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) O índice de expectativa do empresário do comércio (IEEC) de abril subiu 1,5% na comparação mensal. Dos 156,9 pontos de março, o índice foi para 159,2 pontos – o que indica que a confiança do empresário do comércio nas possibilidades de venda futura permanece muito positiva. Os subíndices Expectativas da economia brasileira (EEB), expectativa do comércio (EC) e Expectativa das empresas comerciais (EEC), em consonância com o IEEC, apresentam-se acima da barreira dos 100 pontos. O EEB apresentou em março 147,9 pontos, em abril passou para 153,1 pontos – variação positiva de 3,5%. O EC variou positivamente 1,2% de 153,9 pontos para 155,8 pontos. E o EEC passou de 168,9 pontos em março para 168,7 pontos em abril (0,2% de queda). Como já fora observado, tanto o índice quanto os subíndices apresentam pontos absolutos muito acima do limiar entre o otimismo e o pessimismo. Ou seja, a expectativa do empresariado do comércio sobre a economia, o setor do comércio e as suas próprias empresas é muito positiva, havendo um forte otimismo com relação ao desempenho da economia brasileira nos próximos períodos. Investimento - Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) O IIEC, índice de investimento do empresário do comércio, apresentou queda. De 115,3 pontos, o índice foi para 112,5 pontos (-2,5 %). Este resultado indica que os empresários catarinenses mantém uma percepção positiva com relação aos investimentos no setor, a despeito da variação negativa no mês. O subíndice nível de investimento da empresa (NIE) apresentou variação negativa de 0,8%, passando de 119,2 pontos em março para 118,2 em abril. O subíndice de contratação de funcionários (IC) teve forte variação negativa (-6,5%), passando para 120,9 pontos. Já o SAE, por sua vez, foi o único subíndice que compõe o IIEC a apresentar crescimento (0,9%), alcançando 98,3 pontos. A despeito do avanço na percepção dos empresários sobre as condições da economia atual, esta ainda permanece em patamares pessimistas. Por sua vez, este cenário se reflete na propensão ao investimento e à contratação de funcionários, que como visto acima, caiu mensalmente. É importante destacar que o pessimismo com relação à situação dos estoques também influencia a tendência ao investimento. Conclusão Para os empresários do comércio catarinense, o momento atual da economia é preocupante e desperta pessimismo, cenário contraposto à visão de expectativa que os mesmos têm dos próximos semestres, onde a aposta é otimista. Desta maneira, o ICEC de Santa Catarina aponta para uma situação atual complicada, mas que deve melhorar com o passar dos meses, refletindo em maior crescimento econômico. A percepção pessimista sobre o momento atual está atrelada principalmente ao retorno da inflação, ao aumento dos juros e também ao menor ritmo atual de crescimento no volume de vendas e na receita nominal do setor. As empresas mais impactadas no momento são as do setor de semiduráveis e aquelas com até 50 empregados. Já os empresários dos segmentos não duráveis, duráveis e com mais de 50 empregados não veem no momento atual motivo para pessimismo e estão otimistas com relação a todos os subíndices do ICAEC. Em geral, como bem destaca o ICEC, a síntese dos resultados é de otimismo. A expectativa dos empresários catarinenses não foi tão contaminada pelo cenário atual, puxando o índice geral para cima e trazendo uma expectativa de que o cenário pode melhorar no decorrer dos meses desse ano. Aspectos Metodológicos A pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio tem como objetivo produzir um indicador inédito com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a percepção que os empresários do comércio têm sobre o nível atual e futuro de propensão a investir em curto e médio prazo. Em outras palavras, um indicador antecedente de vendas do comércio, a partir do ponto de vista dos empresários comerciais e não por uso de modelos econométricos, tornando-o uma ferramenta poderosa para o varejo, fabricantes, consultorias e instituições financeiras. Este indicador poderá ser largamente utilizado pelo setor no seu planejamento de estoques e investimentos. Seu uso pode ser particularmente importante para o comércio varejista. A metodologia adotada parte de um conjunto de perguntas qualitativas referentes “a economia, ao setor comerciário e as empresas”. Estas perguntas qualitativas serão transformadas em um indicador que antecipe os resultados das Vendas do Comércio Varejista. Por meio de uma transformação específica, cada pergunta (Pi) se transforma em um indicador quantitativo (Xi) variando entre 0 e 200 pontos, que é a variação da escala semântica. O índice 100 demarca a fronteira entre a avaliação de insatisfação e de satisfação dos empresários do comércio: abaixo de 100 pontos diz respeito à situação de pessimismo enquanto acima de 100 encontra-se a situação de otimismo. População Empresas comerciais localizadas no Município de Florianópolis. Grandeza da Amostra Para fixar a precisão do tamanho da amostra, admitiu-se que 95% das estimativas poderiam diferir do valor populacional desconhecido p por no máximo 3,5%, isto é, o valor absoluto d (erro amostral) assumiria no máximo valor igual a 0,035 sob o nível de confiança de 95%, para uma população constituída de famílias em potencial. Preferiu-se adotar o valor antecipado para p igual a 0,50 com o objetivo de maximizar a variância populacional, obtendo-se maior aproximação para o valor da característica na população. Em outras palavras, fixou-se um maior tamanho da amostra para a precisão fixada. Assim, o número mínimo de empresas a serem entrevistadas foi de 189, ou seja, com uma amostra de no mínimo 189 empresas, esperou-se que 95% dos intervalos de confiança estimados, com semiamplitude máxima igual a 0,035, contivessem as verdadeiras freqüências.