MELHORA NAS CONDIÇÕES ATUAIS ELEVAM CONFIANÇA DO

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MELHORA NAS CONDIÇÕES ATUAIS ELEVAM CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO
COMÉRCIO EM JULHO
Após recuar por três meses consecutivos, a confiança dos empresários do comércio
apresentou elevação de 2,8% em julho. A alta foi puxada por uma melhor percepção
dos empresários em relação às condições atuais do setor varejista (+5,7%) e da
economia (+5,3%). Entretanto, alta do mês atual não foi suficiente para que o índice
voltasse ao nível de abril, confirmando trajetória de acomodação no ritmo de
crescimento da atividade econômica.
Condições Atuais (ICAEC): Percepção favorável em relação ao setor puxou alta no
índice
Dentre os três sub-índices que
Variação
Índice
jul/11
jun/11
Mensal
compõem o ICEC, aquele que avalia
as condições atuais, o ICEAC foi o que ICAEC
112,4
107,4
+4,7%
apresentou a maior alta frente ao Economia
104,4
99,1
+5,3%
mês anterior (+4,7%), especialmente Setor
108,7
102,9
+5,7%
no que se refere à percepção em Empresa
124,1
120,1
+3,3%
relação às condições no comércio (+5,7%) e na economia brasileira como um todo
(+5,3%). O resultado contribuiu para a manutenção da confiança do empresário do
comércio em patamares elevados (127,3 pontos). Apesar da moderação no ritmo de
crescimento da economia brasileira, o mercado de trabalho permanece aquecido e a
taxa de desemprego baixa. Além disso, ainda há crescimento nos rendimentos reais
dos trabalhadores, fator que também ajuda a sustentar as vendas. No levantamento
de junho, 55% dos entrevistados relataram que as condições no setor do comércio
haviam melhorado em relação ao mesmo período do ano anterior, parcela que foi
elevada para 59,3% no levantamento atual. Os dados continuam apontando para um
desempenho superior do comércio em relação à média da economia brasileira ao
longo do ano de 2011.
No corte regional, as regiões Nordeste e Norte permaneceram sendo aquelas
com os maiores níveis de satisfação por parte dos empresários, ambas com 131,5
pontos. Cabe destacar que a região Norte foi a que apresentou maior elevação no
otimismo em relação às condições atuais, principalmente em relação ao setor (+7,3%),
mas também para a economia (+5,9%) e para a empresa (+4,8%).
1
Nas empresas de maior porte, ou seja, naquelas com mais de 50 funcionários, o
nível de confiança é maior (145,8 pontos), quase 19 pontos acima do índice apurado
entre as empresas de menor porte. Em julho, a elevação dessa percepção foi mais
acentuada nas maiores empresas (+3,6% ante +2,8% de variação nas empresas com
menos de 50 funcionários).
Expectativas (IEEC): Empresários continuam mais confiantes na empresa e no setor
do que na economia
Após terem recuado 2,1% em junho, as
expectativas dos empresários do
comércio apresentaram alta julho
IEEC
157,6
154,2
+2,2%
(+2,2%). O Índice de Expectativas do
Economia
148,0
142,6
+3,8%
Empresário do Comércio (IEEC) elevouSetor
156,7
154,5
+1,4%
se em função de uma recuperação das
Empresa
168,0
165,7
+1,4%
expectativas para a economia (+3,8%) e,
em menor escala, para o setor comercial e para as empresas, ambos com alta de 1,4%.
Entretanto, o grau de otimismo continuou maior dentro da empresa (168 pontos) e no
setor comerciário (156,7 pontos), do que na economia (148 pontos).
Índice
jul/11
jun/11
Variação
Mensal
A Divisão Econômica da CNC reduziu a projeção para o crescimento das vendas do
varejo em 2011 de 7,2% para 6,5% após a divulgação dos dados da PMC (Pesquisa
Mensal do Comércio – IBGE) referentes ao mês de maio. Apesar disso, a expectativa
para a expansão do setor ainda é favorável, principalmente considerando que a
economia brasileira deve crescer por volta de 4% no ano fechado.
No corte regional, as regiões Norte e Nordeste mais otimistas em relação ao futuro. No
entanto, os empresários da Região Norte apresentaram retração das expectativas em
relação ao setor varejista (-3,1%) e à sua própria empresa (-4,3%). Por outro lado, a
região permaneceu a mais otimista em relação ao futuro da economia (156,8 pontos) e
do setor varejista (162,6 pontos). Cabe destacar ainda que na Região Nordeste, houve
elevação nas expectativas tanto em relação ao desempenho da economia brasileira
(+2,1%), quanto ao setor (+1,5%) e também no que diz respeito à empresa (+3,1%).
Nas avaliações por porte, as maiores empresas se mantiveram com as expectativas
mais elevadas do que as empresas menores. Em relação ao setor, as expectativas
cresceram 3,8% nas empresas de maior porte contra 1,4% nas empresas de menor
porte. No que se refere à situação futura para a própria empresa, o padrão se
manteve, com 2,5% de alta para as empresas com mais de 50 funcionários e 1,3% de
acréscimo para as firmas com menos de 50 funcionários.
2
Investimentos (IIEC): Juros em alta tendem a reduzir novos projetos
O Índice de Investimento do
Variação
Índice
jul/11
jun/11
Empresário do Comércio (IIEC) foi o
Mensal
subitem da pesquisa que apresentou a IIEC
111,9
109,9
+1,9%
menor elevação (+1,9%). O resultado
Funcionários
125,9
123,6
+1,8%
foi reflexo de altas modestas na
Investimentos
118,2
115,6
+2,2%
percepção em relação à situação atual
Estoques
91,6
90,3
+1,5%
dos estoques (+1,5%) e na expectativa
de contratação de funcionários (+1,8%). Já o nível de investimento apresentou
elevação de 2,2%. O crescimento do custo do crédito decorrente das medidas de
aperto monetário aumenta o custo de oportunidade da acumulação de estoques e
reduz a viabilidade de muitos projetos. Com isso, a expectativa de contratação de
novos funcionários também tende a apresentar desaceleração. A projeção da Divisão
Econômica da CNC para a criação de empregos formais é de 2 milhões de vagas em
2011, contra 2,5 milhões em 2010 segundo dados do CAGED (Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados).
Apesar disso, as perspectivas de contratação e de investimentos ainda são favoráveis
uma vez que ambos os índices ainda se encontram confortavelmente acima dos cem
pontos. O nível geral de investimentos é mais elevado nas regiões Norte e Nordeste
(125,5 e 126,2 pontos, respectivamente) aonde as vendas do varejo vem apresentando
desempenho superior à média nacional. Os investimentos apresentaram recuperação
tanto para as empresas de maior porte (+4,0%) quanto para as empresas menores
(+2,2%). A alta foi maior nas firmas maiores, pois estas possuem menos restrições de
crédito.
Conclusão: A elevação da confiança do empresário do comércio em julho não reflete
uma reversão da tendência de acomodação da atividade varejista, e sim uma correção
após três meses seguidos de queda. O fato da melhora no índice ter sido puxada pelas
condições atuais está ligado a uma situação extraordinária no mercado de trabalho,
onde a taxa de desocupação permanece baixa e os rendimentos ainda apresentam
ganhos superiores à taxa de inflação. No entanto, a desaceleração no ritmo de
crescimento das vendas permanecerá em curso, acompanhando a moderação da
atividade econômica.
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Sobre a pesquisa:
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) é indicador antecedente que
apurado, exclusivamente, junto aos tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo
objetivo de detectar as tendências das ações empresárias do setor do ponto de vista do
empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas
as capitais do país e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de
zero a duzentos pontos.
O índice é construído a partir de nove questões. As três primeiras, que constituem o Índice de
Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) comparam a situação econômica do país,
do setor de atuação e da própria empresa, com relação ao mesmo período do ano anterior. As
três perguntas seguintes avaliam os mesmos aspectos, porém em relação ao futuro no curto
prazo e formam o Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC).
Em todas as seis primeiras perguntas as opções de resposta são as seguintes: (i)
Melhorou/Melhorará Muito; (ii) Melhorou/ Melhorará um Pouco; (iii) Piorou/Piorará Muito e;
(iv) Piorou/Piorará Muito.
As últimas três perguntas que compõem o Índice de Investimento do Empresário do Comércio
(IIEC) abordam questões mais específicas relativas aos seguintes temas: (i) expectativa de
contratação de funcionários para os próximos meses (aumentar muito, aumentar pouco,
reduzir pouco ou reduzir muito); (ii) Nível de investimentos em relação ao mesmo período do
ano anterior (muito maior, um pouco maior, um pouco menor ou muito menor) e; (iii) Nível
atual dos estoques diante da programação de vendas (Abaixo do adequado, adequado ou
acima do adequado).
Os dados do ICEC podem ser analisados segundo três cortes: (i) Regional (Norte, Nordeste,
Sudeste, Sul e Centro-Oeste); (ii) Porte da empresa (até 50 funcionários e acima de 50
funcionários) e; (iii) Categorias de uso (bens duráveis, semiduráveis e não duráveis)
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