a melhor previsão do dólar de amanhã é o dólar de hoje.

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CARTA ATIVA WEALTH MANAGEMENT
ABRIL de 2015
A MELHOR PREVISÃO DO DÓLAR DE AMANHÃ É O DÓLAR DE HOJE.
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ABRIL DE 2015
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O gráfico acima mostra a variação da taxa de câmbio desde a eleição da presidente Dilma Rousseff em Novembro
passado.
A cotação da moeda americana é a variável econômica que desperta as mais acaloradas discussões na sociedade, e é
sem dúvida a variável mais difícil de ser prevista pelos economistas.
A taxa de câmbio determina o poder de compra relativo entre dois países e é também o preço de um ativo financeiro
transacionado no mercado internacional, refletindo os fluxos de investimento em ações, títulos do Governo e
empresas domésticos por investidores estrangeiros.
Ao mesmo tempo, que é consenso entre os economistas que modelos de curto prazo não funcionam muito bem para
projetar a taxa de câmbio, podemos considerar que os modelos de médio prazo sinalizam o caminho ao longo do
tempo.
Existem dois modelos mais utilizados para se prever a taxa de câmbio real de equilíbrio. Um que busca estabilizar o
resultado da conta corrente em nível sustentável
e outro que
mantém a paridade de poder de compra entre duas
moedas.
No primeiro, os termos de troca assumem o papel de maior relevância, o melhor exemplo disso é o que aconteceu
com o Brasil ao longo de 2014. Com a queda do preço das principais commodities exportadas pelo Brasil, a taxa real
de câmbio iniciou processo de depreciação.
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O modelo de paridade do poder de compra é um conceito de longo prazo que leva em consideração a inflação do
período observado entre os países analisados.
Considerando que a taxa de câmbio real é uma variável estática, esta deveria convergir para a média no longo prazo.
A grande dificuldade deste modelo é determinar em que momento a taxa de câmbio real estava no equilíbrio.
Como curiosidade, primeiramente partimos da cotação do dólar em agosto de 1994 e calculamos a taxa de câmbio de
equilíbrio levando-se em conta a paridade do poder de compra até o final do mês de março.
Em 31 de julho de 1994, primeiro mês do plano Real, o dólar era cotado a 0,938. A inflação brasileira no p eríodo foi
de 360%, enquanto a inflação americana foi 59%. Sendo assim, a cotação que mantém a paridade do poder de
compra é de 3,09, muito próxima da cotação atual.
Se considerarmos como base de cálculo o ano de 1999, onde houve o primeiro grande ajuste n a política cambial
brasileira, com a mudança do regime de câmbio fixo para o regime de câmbio flutuante e uma desvalorização de 64%,
o dólar deveria estar em 3,97.
O exercício acima não tem nenhuma intenção de acertar onde deveria ser o patamar atual do câ mbio, porém pode dar
algumas diretrizes para ajudar no nosso entendimento.
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A cotação do início do plano Real, mesmo com os evidentes ganhos nos termos de troca provenientes da escalada de
produtividade agrícola parece muito baixa.
Da mesma forma, o overshooting da desvalorização cambial em 1999 parece um patamar exagerado.
Além das dificuldades de precificação da taxa de câmbio de equilíbrio, a cotação oscila pelo fluxo financeiro
internacional de capitais e a diferença de taxa de juros nos países.
Os programas de quantitative easing têm mantido as taxas de juros internacionais muito baixas.
Países como Suíça e Dinamarca têm praticado taxas negativas de juros, ou seja, os bancos nesses países tem que
pagar para depositar seu excesso de caixa nos respectivos bancos centrais.
Enquanto isso no Brasil, o Banco Central acaba de elevar a taxa de juros para 13,25% ao ano e o Ministério da
fazenda tenta colocar em prática um ajuste fiscal de 1,2% do PIB.
A enorme diferença de taxas de juros é um inibidor para a depreciação do Real.
Olhando sob a ótica do investidor, a taxa de juros elevada no Brasil é custo de oportunidade muito pesado para
apostas de longo prazo no dólar ou em qualquer outro ativo.
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A tabela abaixo mostra o que aconteceria com o investidor caso tivesse comprado o dólar em todo começo de ano
desde 1995 e vendido em 1996, 1997, 1998,... e assim por diante. Nesta conta consideramos a taxa de juros em
reais que o investidor abriria mão e a taxa de juros em dólar que ele aplicaria. Em ambos os casos utiliz amos a taxa
de juros básica dos títulos públicos do Governo Central.
Observe que das 231 possíveis compras e vendas apenas 33 vezes (14% das vezes) foram lucrativas e em média 16%
de lucro (azuis), enquanto que em 199 vezes (86% das vezes) houve prejuízo e em média de 51% (vermelhas). É
verdade que quem comprou dólar de 2011 pra cá está no positivo, mas a estatística mostra que se demorar muito
para vender vai ganhar menos que o CDI. No período 1998 -2002 pelo menos foi isso que ocorreu.
Se considerarmos que é possível aplicar a 125% do CDI então...
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COMPRANDO DÓLAR EM:
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
médias
1996
-20%
1997
-30%
-12%
V
1998
-36%
-20%
-9%
E
1999
-44%
-29%
-20%
-12%
N
2000
-31%
-13%
-2%
9%
23%
D
2001
-32%
-15%
-4%
6%
21%
-2%
E
2002
-30%
-12%
0%
11%
25%
2%
4%
N
2003
-9%
15%
30%
43%
63%
32%
35%
30%
D
2004
-39%
-23%
-13%
-4%
9%
-12%
-10%
-13%
-33%
O
2005
-51%
-39%
-31%
-23%
-13%
-30%
-28%
-31%
-47%
-20%
2006
-63%
-54%
-47%
-42%
-34%
-47%
-45%
-47%
-59%
-39%
-24%
D
2007
-70%
-62%
-57%
-52%
-46%
-56%
-55%
-57%
-67%
-50%
-38%
-18%
Ó
2008
-77%
-71%
-67%
-63%
-59%
-66%
-66%
-67%
-74%
-62%
-52%
-37%
-23%
L
2009
-72%
-65%
-61%
-57%
-51%
-60%
-59%
-61%
-70%
-55%
-43%
-25%
-9%
19%
A
2010
-81%
-76%
-73%
-70%
-67%
-73%
-72%
-73%
-79%
-69%
-61%
-49%
-38%
-19%
-32%
R
2011
-84%
-79%
-77%
-74%
-71%
-76%
-76%
-77%
-82%
-73%
-66%
-56%
-46%
-29%
-41%
-13%
2012
-83%
-79%
-76%
-74%
-70%
-76%
-75%
-76%
-82%
-73%
-66%
-55%
-45%
-29%
-40%
-12%
1%
E
2013
-83%
-79%
-76%
-74%
-70%
-76%
-75%
-76%
-82%
-73%
-66%
-55%
-45%
-28%
-40%
-11%
2%
1%
M
2014
-82%
-78%
-75%
-72%
-68%
-74%
-74%
-75%
-81%
-71%
-64%
-52%
-42%
-24%
-36%
-6%
8%
7%
6%
2015
-82%
-77%
-74%
-71%
-68%
-74%
-73%
-74%
-80%
-70%
-63%
-51%
-40%
-22%
-34%
-3%
11%
10%
9%
3%
mai/15
-79%
-74%
-71%
-68%
-63%
-70%
-70%
-71%
-77%
-66%
-58%
-44%
-32%
-12%
-26%
9%
25%
24%
23%
16%
16%
-37%
-56%
-47%
-42%
-38%
-32%
-47%
-49%
-55%
-70%
-60%
-55%
-44%
-36%
-18%
-35%
-6%
9%
10%
13%
9%
16%
-33%
médias
-20%
-21%
eventos lucrativos:
média dos lucros:
-26%
-3%
-4%
0%
30%
-15%
-31%
-46%
-52%
-60%
-48%
-62%
-64%
-60%
-56%
-50%
-46%
33
16%
eventos não lucrativos:
média dos prejuízos:
-22%
199
-51%
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