UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MBA EM FINANÇAS EMPRESARIAIS FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Curitiba 2010 SUELLEN NARA BARA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista, ao Curso de Pós-Graduação em MBA em Finanças Empresariais, da Universidade Tuiuti do Paraná. Orientador: Prof. Verginia Stella Serenato Curitiba 2010 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Curitiba 2010 TERMO DE APROVAÇÃO Suellen Nara Bara FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção o título de Especialista em Finanças Empresariais da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, 13 de Setembro de 2010. ________________________________________ Curso de Pós-Graduação em MBA em Finanças Empresariais Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Prof. Verginia Stella Serenato Universidade Tuiuti do Paraná Coordenadora de Pós Graduação RESUMO O objetivo deste trabalho é definir métodos para a formação do preço de venda, a partir de fatores internos e externos da empresa, como custos, demanda, valor percebido pelo cliente, entre outros. Além das abordagens do preço de venda, é relevante a demonstração e entendimento dos fatores que podem influenciar no preço, o conhecimento desses pode ajudar as empresas na sua tomada de decisões e aumentar a sua lucratividade e expansão no mercado, proporcionando a seus clientes preços mais atrativos e assim os fidelizando. Para exemplificar os métodos de formação de preço, foi extraído do Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda., apresentado ao Curso de Administração para obtenção do título de bacharel em Administração. Os demais autores do trabalho foram consultados para autorização de sua utilização, através de e-mail. LISTA DE TABELAS TABELA 01 – CUSTOS E DESPESAS FIXAS .......................................................... 11 TABELA 02 – CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS ................................................. 12 TABELA 03 – MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO ......................................................... 12 TABELA 04 – CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA POR UNIDADE.......................... 14 TABELA 05 – PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL................................................. 14 TABELA 06 – PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO ............................................ 15 TABELA 07 – PONTO DE EQUILÍBIO FINANCEIRO ............................................... 15 TABELA 08 – MÉTODO DE FORMAÇÃO DE PREÇO A PARTIR DO CUSTO PLENO ...................................................................................................................... 18 TABELA 09 – MÉTODO DE PREÇO COM BASE NO RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO ............................................................................................... 22 TABELA 10 – FORMAÇÃO DO MARKUP ................................................................ 24 TABELA 11 – ELASTICIDADE-PREÇO .................................................................... 39 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 2 ESTRUTURA DO PREÇO DE VENDA .................................................................... 9 2.1 CUSTOS E DESPESAS DIRETOS ....................................................................... 9 2.2 CUSTOS E DESPESAS INDIRETOS ................................................................. 10 2.3 CUSTOS E DESPESAS FIXAS .......................................................................... 10 2.4 CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS .................................................................. 11 2.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO .......................................................................... 12 2.6 MARGEM DE LUCRO ......................................................................................... 13 2.7 PONTO DE EQUILÍBRIO .................................................................................... 13 2.7.1 Ponto de Equilíbrio Econômico ........................................................................ 14 2.7.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro ......................................................................... 15 3 FORMAÇÕ DE PREÇO COM BASE NOS CUSTOS ............................................. 16 3.1 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO CUSTO PLENO ............................... 16 3.2 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO CUSTO MARGINAL OU VARIÁVEL 18 3.2.1 Vantagens da Margem de Contribuição ........................................................... 19 3.3 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO ABC ................................................. 20 3.4 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO CUSTO-PADRÃO ............................ 21 3.5 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO ............................................................................................................... 22 3.6 FORMAÇÃO DE PREÇO A PARTIR DA MARGEM CALCULADA SOBRE OS CUSTOS DE PRODUÇÃO (MARKUP) ..................................................................... 23 4 FORMAÇÃ DE PREÇO COM BASE NA DEMANDA ............................................. 25 4.1 ESTRATÉGIAS ................................................................................................... 25 5 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO VALOR PARA O CLIENTE ................. 27 6 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO MERCADO ......................................... 29 6.1 MÉTODO DE PREÇO CORRENTE OU DE MERCADO .................................... 30 6.2 MÉTODO DE IMITAÇÃO DE PREÇOS .............................................................. 31 6.3 MÉTODO DE PREÇOS AGRESSIVOS .............................................................. 31 6.4 MÉTODO DE PREÇOS PROMOCIONAIS ......................................................... 32 6.5 MÉTODO COM BASE NAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO ..................... 32 6.6 MÉTODO COSTUMEIRO ................................................................................... 32 6.7 MÉTODO DE PREÇOS BAIXO TODO DIA ........................................................ 33 7 FATORES QUE INFLUENCIAM O PREÇO DE VENDA ........................................ 34 7.1 CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS .................................................................... 34 7.2 CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS ................................................................... 35 7.2.1 Demanda .......................................................................................................... 35 7.2.2 Oferta ............................................................................................................... 36 7.2.3 Equilíbrio entre oferta e procura ....................................................................... 36 7.2.4 Tipos de Mercado ............................................................................................. 36 7.2.5 Elasticidade-preço da demanda ....................................................................... 38 7.3 MACROAMBIENTE ............................................................................................. 40 7.3.1 Forças Político-legais ....................................................................................... 40 7.3.2 Forças Econômicas .......................................................................................... 40 7.3.3 Forças Tecnológicas ........................................................................................ 41 7.3.4 Forças Sociais .................................................................................................. 41 7.3.5 Restrições Legais ............................................................................................. 42 7.3.6 Práticas na Indústria ......................................................................................... 42 7.4 AMBIENTE SETORIAL ....................................................................................... 42 7.4.1 Ameaça de Novos Entrantes ............................................................................ 43 7.4.2 Produtos Substitutos ........................................................................................ 43 7.4.3 Fornecedores ................................................................................................... 44 7.4.4 Compradores.................................................................................................... 44 7.4.5 Rivalidade com os Concorrentes ...................................................................... 45 7.4.6 Diferenciação ................................................................................................... 45 7.5 PREÇO NOMINAL X VALOR RELATIVO ........................................................... 46 7.6 PREÇO NOMINAL X CUSTO DE AQUISIÇÃO................................................... 47 8 CONCLUSÃO......................................................................................................... 48 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 8 1 INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é demonstrar diferentes formas para a precificação de um produto e os fatores que podem alterar o esses preços, pois todas as empresas, em um mercado cada vez mais acirrado e competitivo, precisam de estratégias e saber como estabelecer seus preços. O preço nada mais é do que o montante de dinheiro que os clientes estão dispostos a pagar por um determinado produto ou serviço. O processo de decisão de preço envolve conhecimento em várias áreas, como econômica, os custos e o marketing, para isso devem conhecer todos os elementos que compõem o preço, sejam internos ou externos. O conhecimento de custos é essencial para a formação de preços, mas este depende do volume de vendas e que por sua vez depende da procura de mercado. Ao fixar o preço de venda as empresas têm objetivos diferentes uma das outras, como maximizar seus lucros, conquistar novos clientes, ganhar dos concorrentes, proporcionais lucros contínuos e garantir um retorno satisfatório. O método mais habitual das empresas formarem seus preços é através dos custos, esse método pode ser feito utilizando o custo pleno, o custo marginal ou variável, o custo de atividade, o custo-padrão, markup e retorno sobre o capital investido. Mas existem outros métodos, o preço com base na demanda, com base no valor para o cliente e com base no mercado A análise dos fatores que podem alterar o preço de venda é importante para a formulação estratégica da empresa e indicar qual política de preços adotarem. Saber qual o preço é mais adequado em cada ciclo de vida de um produto, levar em conta as considerações econômicas como: a demanda, oferta, o tipo de mercado em que a empresa está inserida, fatores do macroambiente e do ambiente setorial, tudo isso pode ajudar a empresa a praticar preços certos e adequados na hora e no lugar certo, não deixando de ganhar dinheiro. Independentemente da estratégia que a empresa adotar para formar o seu preço de venda, o importante é deixar claro que o preço é para o cliente e não para a empresa. Então oferecer preços atrativos, boas condições de pagamento e produtos que agreguem algum valor para o cliente, podem se tornar diferenciais das outras empresas. 9 2 ESTRUTURA DO PREÇO DE VENDA A determinação do preço de venda pelas organizações deve ser feita de maneira eficaz, pois se trata de uma estratégia competitiva de grande relevância, segundo Santos (1999, p.21). O preço de venda é o que traz para a empresa efetivamente as suas receitas, retorno sobre o investimento, define também o público alvo a ser atingido, a quantidade de compradores, e também pode ser um fator de diferenciação no mercado. O processo de precificação pode ser feito com vários objetivos; apreçamento para lucro, para crescimento nas vendas, obter vantagens competitivas, melhor posicionamento, objetivos sociais, recuperação de caixa, eliminar concorrência, etc. A formação do preço pode levar em consideração vários fatores, os mais comuns são custos, o consumidor e a concorrência. Na maioria das vezes o preço de venda pode ser definido pela somatória dos custos e despesas adicionando um percentual de lucro (Preço de Venda = Custos Totais + Despesas Totais + %Lucro), mas existem outras formas de se definir o preço de venda. O preço de venda deve estar de acordo com o mercado e público alvo em que está segmentado, pois, um preço muito alto pode não gerar lucratividade para a empresa, pois não atingirá o número de vendas necessárias, e a estratégia por um preço muito baixo, pode nem chegar a cobrir os custos e despesas da empresa para a fabricação do produto ou execução do serviço, mas se aplicados com coerência, os preços baixos podem aumentar a quantidade da demanda, os clientes potenciais procuram um preço que resulte em valor positivo. O preço de venda deve ser um valor suficiente para cobrir os custos de produção e aquisição, despesas comerciais e administrativas, tributos incidentes sobre as vendas, tributos incidentes sobre o lucro e margem de lucro e, além disso, ser suficiente para gerar lucratividade para a empresa. Esses custos são divididos em Custos e Despesas Fixas, e Custos e Despesas Variáveis. 2.1 CUSTOS E DESPESAS DIRETOS 10 São aqueles facilmente identificados no produto. Não precisam de critério de rateio, basta haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens utilizadas, horas de mão-de-obra). 2.2 CUSTOS E DESPESAS INDIRETOS São aqueles não identificados no produto, ou seja, os demais gastos necessários para fabricação do produto. Necessitam de critério de rateio para uma divisão proporcional. 2.3 CUSTOS E DESPESAS FIXAS Os custos e despesas fixas são aqueles que não se alteram em decorrência de mudanças nas quantidades produzidas, independente que a empresa esteja produzindo maiores ou menores quantidades a empresa terá estes custos. As despesas fixas não variam em função da comercialização. Exemplo destes custos pode-se citar: aluguel, leasing, depreciação, mão de obra da administração, impostos diretos (IR, IPTU, IPVA), etc. Segue abaixo uma planilha contendo os custos fixos do Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda.: 11 TABELA 01 – CUSTOS E DESPESAS FIXAS CUSTOS E DESPESAS FIXAS TOTAL Serviços terceiros 26.862,00 VT/VR/Seg/Trein. (MOI) 15.469,00 MOI 66.600,00 Honorários Contábeis 4.560,00 Água ADM 960,00 Energia 10% 2.400,00 Telefone 3.360,00 Aluguel/IPTU/Seg 24.940,80 Material de expediente 1.080,00 Depreciação 15.180,00 IPVA/Seguro/Manutenção 3.450,00 Despesas Marketing 73.656,00 Financiamentos 21.155,33 TOTAL 259.673,13 Total sem Financiamentos 238.517,80 Total sem Depreciação 244.493,13 FONTE: Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda. 2.4 CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS Os custos e despesas variáveis são os gastos ligados à produção e a sua comercialização, como por exemplo: matéria-prima, mão-de-obra direta, energia elétrica da produção, impostos de vendas, etc. As despesas variáveis se alteram de acordo com as vendas, exemplo disso pode-se citar comissão de vendedores, fretes, administradoras de cartões de créditos, etc. Abaixo pode ser notada a diferença entre custos fixos e variáveis, quando representados graficamente: QUADRO 01 – CUSTOS FIXOS E CUSTOS VARIÁVEIS FONTE: Autora da monografia. 12 Segue abaixo os custos variáveis do projeto de viabilidade econômica: TABELA 02 – CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS TOTAL Pinhão in natura 158.426,40 Vidros com tampa 139.788,00 Rótulos 74.553,60 Água Produção 1.620,00 Ácido 4.568,40 Embalagem papel 69.930,00 Sal 1.397,88 MOD 69.029,99 VT/VR/seg/trein/anun (MOD) 19.869,00 Energia 90% 16.350,00 Combustíveis 5.664,36 Imposto - Simples Nacional 73.985,19 TOTAL 635.182,82 FONTE: Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda. 2.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Um fator importante na formação do preço de venda dos produtos é o conhecimento na margem de contribuição de cada produto ou serviço. Ela representa o quanto a empresa consegue gerar de recurso para pagar os custos e despesas fixas e gerar lucro, a partir do preço estabelecido. A margem de contribuição pode ser obtida no total ou então para cada produto, no caso de empresas que produzem diferentes produtos/serviços. O calculo da margem de contribuição pode ser obtido da seguinte forma: TABELA 03 – MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Preço unitário de venda 4,25 (-) Custos e Despesas Variáveis unitários 2,27 (=) Margem de Contribuição 1,98 FONTE: Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda. 13 Alguns produtos/serviços podem ter sua margem negativa, por estratégia dos gestores, no caso de revistas e jornais que são distribuídos gratuitamente, isso é possível devido a vantagem diante de outros produtos/serviços oferecidos. O aumento da margem pode ser obtido por uma boa negociação com fornecedores, aumento no preço de venda, o que nem sempre pode se tornar competitivo no mercado, melhor enquadramento tributário, etc. 2.6 MARGEM DE LUCRO A margem de lucro representa o valor suficiente para atender algumas finalidades que as empresas têm em seus negócios, algumas delas são: remuneração do capital investido, reinvestimento na própria empresa, investimentos a custos e longo prazo, distribuição entre os sócios e empregados, e também para compor o patrimônio da empresa 2.7 PONTO DE EQUILÍBRIO O ponto de equilíbrio ou também chamado breakeven point ou ponto de nivelamento é a quantidade necessária para equilibrar a receita total com os custos e despesas totais, conforme gráfico abaixo: GRÁFICO 01 – PONTO DE EQUILÍBRIO FONTE: www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/ponto_de_equilibrio.htm 14 TABELA 04 – CÁLCULO DO PREÇO DE VENDA POR UNIDADE PREÇO DE VENDA Custos Fixos 238.517,80 Custos Variáveis 635.182,82 Quantidade a ser produzida 279.576 CF + CV por unidade 3,13 % Lucro 36% Preço de venda a ser praticado 4,25 FONTE: Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda. A partir do preço estabelecido pode-se calcular o ponto de equilíbrio, conforme abaixo: TABELA 05 – PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL Descrição Valores Custos Fixos 238.517,80 Preço de Venda Líquido 4,25 Custos Variáveis 2,27 Margem de Contribuição 1,98 Total em unidades 120.464 FONTE: Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda. Ou seja, são necessárias 120.464 unidades produzidas e vendidas, para que a receita se iguale aos custos e despesas totais, sendo assim, o lucro igual a zero. Conforme se calculou, é chamado de Ponto de Equilíbrio Contábil. Segundo Bruni (2008, p.202) quanto mais próximo uma empresa estiver operando de seu ponto de equilíbrio, mais arriscada é sua situação. Em outras palavras, maior é a chance de deixar de ter lucros e passar a ter prejuízos. 2.7.1 Ponto de Equilíbrio Econômico É a quantidade em que a receita anulará os custos e despesas, acrescidas de uma remuneração mínima do capital próprio nela investido (custo econômico). O PEE visa à obtenção de lucro que pode ser estipulado. 15 Usando os mesmos dados já citados acima da empresa que fabrica pinhão em conserva, obtém se o ponto de equilíbrio econômico através da seguinte equação: TABELA 06 – PONTO DE EQUILÍBIO ECONÔMICO PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO Descrição Valores Custos Fixos 238.517,80 (+) Custo Econômico 150.000,00 (/) Margem de Contribuição 1,98 (=) Total em unidades 196.221 FONTE: Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda. Para que a empresa cubra os seus custos e propicie um retorno de 150.000,00 de lucro, precisa realizar vendas de no mínimo 196.221 unidades. 2.7.2 Ponto de Equilíbrio Financeiro “È o nível de lucro antes dos juros e imposto de renda (JAJIR) necessário para cobrir todos os custos financeiros fixos.” (GITMAN, 2001 – p.445.). Neste tipo de calculo, os encargos de depreciação, amortizações ou exaustões são exclusos por não representarem desembolso para a empresa. TABELA 07 – PONTO DE EQULÍBIO FINANCEIRO PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO Descrição Custos Fixos (-) Depreciação (=) Total CF (/) Margem de Contribuição (=) Ponto de Equilíbrio Financeiro Valores 259.673,13 15.180,00 244.493,13 1,98 123.481 FONTE: Projeto de Viabilidade Econômica da Empresa Nativa Conservas Ltda. 16 3 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NOS CUSTOS A formação do preço de venda partindo dos custos é expresso com base nos custos dos produtos, dentro destes custos estão tanto os custos de produção como os de comercialização, e uma margem de lucro, lucro este que deverá cobrir as despesas não incluídas no custo do produto e ainda gerar um retorno razoável. Nesse método há duas preocupações principais: levantar os custos relevantes e a margem necessária para se adicionar ao preço. Apesar de o preço ser baseado nos custos dos produtos, a empresa não deve deixar de considerar a demanda e o valor percebido pelo cliente, pois se pode descobrir tardiamente que o preço para cobrir os custos é alto demais para o cliente e que o mesmo não atribui nenhum beneficio para o mesmo. Esse tipo de precificação também não leva em consideração o preço dos concorrentes, o que pode tornar o produto menos competitivo dentro do mercado em que está inserido. A precificação centrada nos custos apresenta vantagens, por ser um método fácil de ser usado, alem de apresentar uma análise detalhada de todos os custos da empresa. 3.1 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO CUSTO PLENO Para formar o preço de venda com base no custo pleno é necessário que o custeio seja feito pelo método da absorção. O método de custeio por absorção ou integral, leva em consideração os gastos somente do processo de fabricação do produto, identificando entre fixos e variáveis, diretos e indiretos, excluindo apenas as despesas do período. Todos os gastos relacionados à fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. Esse método é derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e obrigatório para fins fiscais (Imposto de Renda), pois demonstra a confrontação da receita com a despesa, na apuração do resultado. Quando a empresa produz mais de um produto, pelo método da absorção, necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos. Esse método pode apresentar algumas desvantagens, pois apresenta poucas informações gerenciais, e pelo fato de haver necessidade de rateio dos custos 17 indiretos, essas informações podem se tornais um tanto quanto frágeis. Dutra exemplifica este processo através do quadro abaixo: QUADRO 02 – CUSTEIO POR ABSORÇÃO Variáveis - Matéria-prima - Mão-de-obra direta - Energia elétrica Custos de produção Produção em elaboração Estoque da produção acabada - Combustível das máquinas Fixos - Mão-de-obra indireta Resultado das vendas - Depreciação - Aluguel (-) CPV - Energia elétrica (=) Resultado Bruto - Supervisão Variáveis - De vendas Despesas Fixas - Administrativas (-) Despesas de vendas (-) Despesas adm e de vendas - De vendas (=) Resultado líquido Fonte: Dutra, René G. (2009 p.242) O preço formado através do custo pleno é feito através da somatória de todos os custos, ou seja, o custo total e acrescido de uma margem de lucro, a qual é estipulada pela empresa, com isso espera-se que o preço cubra o total dos custos, inclusive os encargos fixos. Usando alguns dados do projeto de viabilidade econômica da empresa Nativa Conservas Ltda., o preço pode ser formado da seguinte forma, sabendo-se que a empresa esta produzindo e vendendo 279.576 unidades do produto: 18 TABELA 08 – MÉTODO DE FORMAÇÃO DE PREÇO A PARTIR DO CUSTO PLENO PREÇO COM BASE NO CUSTO PLENO Custos estimados Matéria-prima por unidade Valores unid. 1,61 Mão-de-obra direta por unidade 0,25 Custos indiretos de produção (250% da mão-de-obra direta) 0,63 CUSTOS DE PRODUÇÃO Despesas de venda e de administração (25% do custo total de produção) CUSTO DE PRODUÇÃO E DE VENDA 2,49 Margem de lucro 36% PREÇO DE VENDA 4,23 0,62 3,11 FONTE: Autora da monografia. 3.2 FORMAÇÃO DO PREÇO COM BASE NO CUSTO MARGINAL OU VARIAVÉL Neste processo são considerados somente os custos variáveis dos produtos, não só matéria-prima e mão-de-obra direta, mas também os custos indiretos e as despesas variáveis. Com esse método é possível identificar a margem de contribuição unitária e global, não se utiliza métodos de rateio, os custos fixos devem ser desconsiderados e transferidos para a apuração do resultado como despesas do período, pois estes custos ocorrerão independentemente do volume de produção da empresa. Com o custeio variável as informações gerenciais que o gestor precisa, ficam mais claras, tornando assim uma ferramenta para a tomada de decisões. Mas, esse método não obedece aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, por os custos fixos serem levados diretamente ao resultado, antes mesmos de serem vendidos os produtos. Dutra exemplifica este processo através do quadro abaixo: 19 QUADRO 03 – CUSTEIO VARIÁVEL Variáveis - Matéria-prima - Mão-de-obra direta - Energia elétrica - Combustível das máquinas Fixos Custos de produção Produção em elaboração - Mão-de-obra indireta - Depreciação - Aluguel - Energia elétrica - Supervisão Variáveis - De vendas Fixas - Administrativas - De vendas Despesas Estoque da produção acabada Resultado das vendas (-) CPV (-) Despesas variáveis de vendas (=) Margem de Contribuição (-) CF de produção (-) Despesas Administrativas (-) Despesas fixas de vendas (=) Resultado líquido Fonte: Dutra, René G. (2009 p.245) A empresa não deve utilizar esse método para formar os preços em longo prazo, apesar de ser mais flexível que pelo custo pleno, pois a receita da empresa tem que ser capaz de cobrir os custos totais do período e não somente os custos marginais. 3.2.1 Vantagens da Margem de Contribuição O uso da margem de contribuição para as empresas podem trazer várias vantagens, sendo algumas delas: • Permite a identificação do volume mínimo necessário de vendas para pagar as despesas fixas da empresa e trazer o lucro; • Identificar qual produto poderá ser vendido em mais intensidade ou descartado das vendas; • Ajuda os gestores a decidirem se o segmento de comercialização esta sendo atrativo; • publicitárias; Pode ajudar na hora de lançar descontos especiais, em campanhas 20 • Ajuda na observação do Custo x Volume x Lucro. 3.3 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO ABC Neste processo são identificadas as atividades e não os produtos, tratando assim somente de um método gerencial, buscando verificar as atividades que contribuem de forma específica e mais direta possível no processo produtivo, permitindo a identificação e eliminação de atividades que não adicionam valor ao produto. Esses gastos podem ser separados e associados aos produtos, ao invés de serem tratados simplesmente como custos fixos ou indiretos. A lógica do método ABC é que produtos consomem atividades e geram custos. O ABC não é um método aplicável a todas as empresas, sendo utilizado em empresas cujos custos indiretos representam uma parcela relevante sobre os custos totais, empresas que produzem produtos/serviços diferentes no processo produtivo e no volume de produção e empresas que trabalham com cliente diversificados. Para se aplicar o método de custeio ABC, são necessários alguns passos, primeiramente devem ser identificadas as atividades relevantes dentro da empresa e principalmente dentro de cada departamento. Para serem desenvolvidas essas atividades são utilizados recursos humanos, tecnológicos, materiais, etc. Logo, devem ser atribuídos os custos às atividades levantadas, tais custos podem ser custos de uso das instalações, custos de remuneração, comunicação, etc. Depois deve ser identificado e selecionado os direcionadores de custos, que é segundo MARTINS (2008, p.96), o fator que determina o custo de uma atividade, como as atividades exigem recursos para ser realizadas, o direcionador é a causa dos seus custos. E finalmente, deve ser feita a divisão do custo da atividade pelo direcionador de custos. Segundo Sakamoto (1997, p.400), pode-se observar que o ABC proporciona condições para a obtenção das seguintes informações de caráter gerencial: 1. Como reduzir custo: -Reduzindo o tempo e esforços; - Eliminando atividades desnecessárias; - Redistribuindo / eliminando recursos não utilizados; 21 - Identificando custos redundantes. 2. Passos para desenvolvimento: - Determinação da missão; - Comunicação dos objetivos; - Desenvolvimento das medidas de desempenho. 3. Como analisar atividades: - Identificando atividades não essenciais; - Provendo formas de análise das atividades significantes; - Examinando ligações entre as atividades; - Analisando o custo da complexidade. 4. Direciona para a Classe Mundial. - Gestão estratégica; - Apoio à Administração; - Análise do valor agregado da qualidade; - Orçamento baseado em atividades, etc.. 3.4 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO CUSTO-PADRÃO Por esse método os custos são apropriados à produção não pelo ser valor real, e sim por uma estimativa do que deveriam ser, trata-se de um custo préatribuído. Esse custo padrão pode servir de base para a administração medir a eficiência da produção e conhecer as variações nos custos de materiais, mão-deobra e custos indiretos, etc. O custo-padrão torna-se eficiente se a empresa tiver um bom sistema de custo real, pois o padrão serve de comparativo com o custo que ocorreu com o custo que deveria ter ocorrido. Segundo Bernardi (2008, p.131), o custo-padrão pode ser ideal quando obtido com base em estudos científicos, desprezando ineficiências e apresentando, portanto, poucas chances de ser alcançado – ou corrente – quando considera as características normais do processo e do produto (incluindo qualidade de materiais, ineficiências, paradas, etc.), que representam a meta a ser alcançada em determinado período. O estabelecimento de custo-padrão deve ser fixado em quantidades físicas e valores monetários. Esse processo pode ter feito aos poucos, implantando-se o 22 custo-padrão primeiramente a alguns produtos e posteriormente ampliado para outros. Quando o preço de venda é formado através do custo-padrão, a empresa tem que separar minuciosamente os seus custos fixos dos custos variáveis. As atualizações das informações devem ser feitas a todos os interessados no processo de fixação de preços, pois a comparação do resultado com o que realmente acontece não pode perder o controle. 3.5 FORMAÇÃO DO PREÇO COM BASE NO RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO Com esse método é possível formar um preço capaz de cobrir os custos totais da empresa e o capital investido inicialmente, esse procedimento não leva em consideração o consumidor e a demanda. TABELA 09 – MÉTODO DE PREÇO COM BASE NO RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO PREÇO BASEADO NO RETORNO SOBRE O CAPITAL INVESTIDO Descrição Valores CUSTO TOTAL 873.700,62 CAPITAL INVESTIDO 369.300,00 % RETORNO DESEJADO 36% % RETORNO x CAPITAL INVESTIDO 132.948,00 VOLUME DE VENDAS 279.576 PREÇO DE VENDA (CT + % RETORNO X 3,60 CAPITAL INVESTIDO)/VOLUME DE VENDAS FONTE: Autora da monografia. O valor do preço de 3,60 representa o mínimo para que a empresa tenha um bom desempenho econômico, capaz de cobrir o capital investido e ainda dar o retorno desejado. De acordo com Santos (1995, p.197), a taxa de retorno geralmente é expressa através de um percentual ao ano, onde a escolha pode ser considerada por diversos critérios como: • crescimento; Os objetivos da empresa, tais como: sobrevivência, manutenção, 23 • Os níveis de retornos que podem ser proporcionados pelo ramo de atividade alcançado por outras empresas; • A reação do público e de seus clientes quanto à taxa de retorno desejada, de forma a não prejudicar sua imagem junto à sociedade. 3.6 FORMAÇÃO DE PREÇO A PARTIR DA MARGEM CALCULADA SOBRE OS CUSTOS DOS PRODUTOS (MARKUP) O markup é considerado uma taxa de marcação que adicionada aos custos do produto, deve determinar o preço de venda. Os custos aplicados podem ser os custos totais da empresa, os custos variáveis, conforme a base aplicada. O markup fica responsável por gerar um valor suficiente para cobrir o restante dos custos ou despesas e ainda gerar um lucro, o markup não é o lucro da venda. Em geral é mais elevado para itens sazonais, de menor giro ou com custos altos de armazenamento e transporte, para cobrir os riscos de não vender. Esse método ignora as variações de custos, a concorrência e o mercado, é restrito e limitado, pois nem sempre os dados de custos são determináveis. Apesar de o markup ser um multiplicador aplicado sobre os custos dos produtos, a sua construção está ligado a determinados percentuais sobre os preços de venda. Esse multiplicador é obtido através de uma fórmula que insere os impostos sobre venda, despesas financeiras, comissões sobre as vendas, despesas administrativas, despesas de vendas, outras despesas e a margem de lucro desejada. Todos os componentes do markup são determinados por meio de relações percentuais médias sobre os preços de vendas e, a seguir, aplicados sobre o custo dos produtos. O markup deve cobrir: • Impostos das vendas; • Taxas variáveis sobre vendas; • Despesas administrativas fixas; • Despesas de vendas fixas; • Custos indiretos de produção; • Gerar lucro. 24 Pode-se utilizar o markup genérico, em que os indicadores das despesas operacionais sobre as vendas serão os mesmos para todos os produtos, ou o markup por produto, o qual é definido por produto ou por linha de produtos. O preço praticado deve ser comparado pelo mercado, caso o preço de mercado seja menor do que o preço calculado, a empresa deverá desenvolver alguma ação para diminuir os seus custos, ou despesas e até mesmo diminuir o percentual de lucro. O markup divisor é encontrado da seguinte forma = [100% - (% despesa variável + % despesa fixa + % margem de lucro líquido desejado)]: 100. O markup multiplicador = 1: markup divisor. TABELA 10 – FORMAÇÃO DO MARKUP FORMAÇÃO DO MARKUP Descrição % Preço de Venda 100,00% ICMS da Venda 17,00% PIS / COFINS 3,65% Despesas 10,00% Lucro Antes dos Tributos 15,00% TOTAL 45,65% MARKUP DIVISOR 0,54 MARKUP MULTIPLICADOR 1,83 FONTE: Autora da monografia Aplicando o markup multiplicador ao custo do produto é encontrado o preço de venda. 25 4 FORMACAO DE PREÇO COM BASE NA DEMANDA Segundo Sartori (2004, p.93), quando da utilização de uma estratégia de apreçamento com base na demanda, coloca-se mais ênfase na influência das necessidades e interesses do consumidor do que na influência dos custos, lucros ou forças competitivas. Quando o preço é definido com base na demanda, os custos podem até serem os mesmos, mas são vendidos para diferentes públicos, ou seja, preços diferentes para cada segmento de mercado, por exemplo, local de assento em teatro, tipo de acomodação em hotel, etc.. Cada preço que as empresas vierem a cobrar implicará em diferentes níveis de demanda. 4.1 ESTRATÉGIAS Várias estratégias podem ser adotadas para uma precificação baseada na demanda de mercado, segue abaixo alguns exemplos: 1 - Empresas de produtos inovadores e de alta qualidade lançam estes produtos a preços altos, atraindo consumidores que estão dispostos a pagar por um produto único, dando ao consumidor certo prestigio. Esta forma de precificação é chamada por alguns autores de skimming ou preço por exclusividade. Esse preço alto pode futuramente ser baixado, pois novos produtos vão surgir, com novas tecnologias e até mesmo com mais qualidade, e estes mesmos consumidores estarão dispostos a adquiri-los, e novos consumidores vão surgir para adquirir os produtos já lançados, mas com o preço mais baixo. Essa estratégia é somente utilizada na fase introdutória do produto; 2 - Preços baixos são usados por empresas como estratégias para penetração de mercado, utilizado no lançamento de um produto novo, para atrair clientes de forma rápida; 3 - Os mesmos produtos podem ter preços maiores entre diferentes empresas, isso se dá pela oferta de produtos com preços mais altos para consumidores que procuram alta qualidade e um status nos produtos oferecidos. Esses consumidores estão dispostos a pagar um preço maior para se exibirem diante da sociedade, este tipo de produto pode estar na indústria automobilística, na 26 indústria de transporte aéreo, roupas de grife, etc. O que pode acontecer com esse tipo de precificação é que em tempos de crise, os consumidores por se tornarem mais precavidos, optem por produtos que estejam sendo oferecidos pela mesma qualidade mais por preços mais baixos. Esse tipo de estratégia pode ser chamado de apreçamento de prestígio, e pode ser utilizada em qual ciclo de vida do produto; 4 - O estabelecimento de preços com terminações iguais, ou seja, com mesmos dígitos, por exemplo, 0,99, retratam ao consumidor uma falsa idéia de um preço mais barato, um produto que custa 29,99 pode parecer mais barato que um produto que custa 30,00. Esse tipo de precificação, que é chamada de preços quebrados ou redondos, e ainda, preços psicológicos, acontece muito em lojas de produtos importados, Casas de R$ 1,99, promoções de calçados, roupas, eletrodomésticos, supermercados, etc.; 5 - Estratégia de apreçamento por pacote acontece quando o cliente adquire um conjunto de diferentes itens de produtos ou serviços. Um exemplo pode ser pacotes turísticos; 6 - Quando um apreçamento é feito partindo da demanda, primeiramente deve-se determinar o preço que irá criar um nível desejável de demanda, depois de definido o preço, o desenvolvimento dos produtos, ou seja, os custos e lucros são adaptados conforme o preço que melhor se adequou a demanda; 7 - A estratégia por ordenamento de preço estabelece um preço especifico para cada produto ou linha de produtos. 27 5 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO VALOR PARA O CLIENTE Os preços devem levar em conta as percepções dos clientes, quaisquer que sejam os preços os compradores podem não comprar o produto se não acharem que a oferta vale o seu dinheiro, por isso é necessário uma pesquisa para descobrir a percepção de valor e preços dos clientes. A pesquisa de mercado deve tentar descobrir o que os clientes esperam pagar e que faixa de preço é considerada aceitável. Produtos com preços mais altos podem oferecer valor superior para clientes que comparam preço e qualidade, um grande exemplo disso, se tem os carros, roupas e jóias. Neste tipo de precificação o valor da marca e o que ela significa em termos de qualidade e confiabilidade, pode tornar-se um fator determinante na hora da compra do cliente. Em uma compra os clientes podem adquirir diferentes benefícios, conforme abaixo: • Benefícios funcionais - são os benefícios tangíveis; • Benefícios sociais - são as respostas positivas das outras pessoas por comprar ou usar determinados produtos; • Benefícios pessoais – são os bons sentimentos que os clientes experimentam pela compra, propriedade e uso dos produtos; • Benefícios experimentais – refletem o prazer sensorial que os clientes obtêm de produtos e serviços. Segundo Bruni (2008, p.292), um produto e o valor a ele atribuído podem ser apresentados em cinco níveis: • Benefício núcleo: consiste no benefício fundamental que o consumidor está realmente comprando; • Produto genérico: é a conversão do benéfico núcleo em uma possibilidade de oferta; • Produto esperado: representa um conjunto de atributos e condições que os compradores esperam e concordam quando compram esse produto; • Produto ampliado: são serviços e benefícios adicionais, que distinguem a oferta da empresa de seus concorrentes; 28 • Produto potencial: consiste nas ampliações e transformações que o produto poderá sofrer no futuro. Quando um produto que está no mercado com atributos importantes e oferece benefícios para os clientes, estes se dispõem a pagar mais por tais benefícios. Além do preço, estes outros benefícios podem ser decisivos na hora da compra, tais superam as expectativas e desejos dos compradores. 29 6 FORMAÇÃO DE PREÇO COM BASE NO MERCADO De acordo com o autor Cobra, Mercado. Um grupo de compradores potenciais que necessitam e desejam um particular produto e que está habilitado a comprar. O mercado pode ser local (uma cidade, um bairro), regional (uma região), internacional (um ou mais países) ou global (todos ou quase todos os países do globo). Nicho de mercado. Um pequeno e definido grupo de consumidores que possuem certas características que fazem dele um mercado alvo para um determinado produto ou serviço. (2007, p. 543). Com um mercado cada vez mais globalizado e mais competitivo, para as empresas maximizarem seus lucros, precisam reduzir os seus custos, melhorando ou até mesmo mantendo a qualidade do produto, ara não diminuírem a sua participação no mercado em que atuam. Isso porque cada dia existe mais produtos com qualidades semelhantes e a competitividade no mercado se dá pelo preço. Quando a opção de definir os preços com base no mercado e feita, a empresa fixa o seu preço com base nos preços do mercado (concorrentes), deixando de lado a prioridade de seus custos e a procura dos seus produtos. Estabelecendo preços menores, um modo de atrair compradores preocupados com o preço, em particular quando a empresa tem custos mais baixos do que os concorrentes; preços iguais, distinguindo dos concorrentes de outras maneiras; e preços maiores que os praticados, oferecem produtos com mais valor, prestígio, qualidade e confiabilidade para os clientes. Existem diferentes tipos de mercados, o que pode ter influência na formação do preço de venda, dentre eles a concorrência pura, a concorrência monopolista, a concorrência oligopolista e o monopólio puro. Existem setores na econômica em que os preços geralmente são definidos pelo mercado, setores de alta tecnologia, setores em que os preços de mercado sejam facilmente conhecidos e setores em que os custos dos produtos são difíceis de determinar. Os concorrentes podem ser diretos, quando satisfazem as expectativas e necessidades dos clientes de maneira precisa, e concorrentes indiretos, satisfazem de maneiras diferentes as necessidades dos clientes, pois agem diferente. Sobre a formação do preço baseado no mercado, Motta (1997:35), considera que sejam tomadas as seguintes preocupações para compatibilizar a formulação de uma estratégia de preço: a) identificar os custos incrementais e 30 evitáveis que são aplicáveis a uma alteração de vendas; b) calcular a margem de contribuição e variação das vendas em equilíbrio relativas à mudança de preço proposta; c) avaliar a sensibilidade ao preço por parte dos compradores, com a finalidade de estimar a plausibilidade de eles alterarem suas compras, acima ou abaixo da variação das vendas em equilíbrio; d) identificar os concorrentes e avaliar suas prováveis reações; e) identificar compradores para os quais os custos, sensibilidade ao preço e concorrência são significativamente diferentes, e segmentálos com base no preço, onde for possível; f) calcular as conseqüências em termos de lucro, aritmética ou graficamente, para diversas e prováveis alterações das vendas; g) aceitar ou rejeitar as modificações de preço propostas, considerando os benefícios de resultados favoráveis, em comparação com os riscos percebidos de conseqüências desfavoráveis. Ao determinar sua política, a organização deve, sempre, considerar os preços concorrentes, seja no sentido de acompanhá-los ou para verificar o acerto da decisão tomada. O método de preço baseado na concorrência estabelece o preço em relação ao definido pela concorrência, transformando em uma variável não competitiva. Quando a empresa opta por utilizar o preço de mercado ela administra os seus custos para conseguir o percentual de lucro desejado. Esse processo é chamado de target costing ou custo meta, é um modelo de gerenciamento de lucros e custos. Esse método mostra quanto a empresa pode gastar no máximo com cada produto 6.1 MÉTODO DE PREÇO CORRENTE OU DE MERCADO O método de preço corrente é adotado quando os produtos vendidos têm os preços muito parecidos com os outros concorrentes, por isso, uma empresa sozinha não consegue alterar seus preços como forma de diferenciação, nenhuma empresa e nenhum consumidor tem o poder suficiente para influenciar o preço de mercado Esses preços podem advir de funções econômicas, como por exemplo, os oligopólios, onde há poucos fornecedores e estes detém uma grande parcela de mercado, fazendo com que qualquer mudança em suas políticas afetem a 31 participação de seus concorrentes, e também por questões de hábito, costume ou tradição. 6.2 MÉTODO DE IMITAÇÃO DE PREÇOS O processo de imitação de preços é simples, basta selecionar uma empresa qualquer no mercado, podendo até ser a empresa líder, e que venda produtos com características semelhantes, e copiar os preços praticados pela empresa escolhida. Essa estratégia de simplesmente copiar os preços do concorrente se deve pela falta de conhecimento técnico nos seus próprios custos ou falta de conhecimento do mercado de atuação em que a empresa está inserida. Os preços quando igualados ao líder, podem posteriormente ser alterados, conforme a empresa escolhida alterar seus preços, esses podem ficar acima ou abaixo, mantendo-se sempre a mesma igualdade anterior. 6.3 MÉTODO DE PREÇOS AGRESSIVOS Esse método é caracterizado pela redução súbita de preços, abaixo dos praticados pelos concorrentes e pelo mercado, a redução pode partir de uma empresa somente, ou então, de um determinado grupo de empresas. Essa redução pode determinar um preço nem suficiente para cobrir os custos para fabricação do produto, ou seja, economicamente inviáveis e incapazes de gerar lucro para a instituição. Essa atitude é adotada para estimular a demanda e para aumentar a participação de mercado. Quando a empresa pratica esses preços com a intenção de prejudicar seus concorrentes, configura a situação conhecida como dumping, uma prática proibida em diversos países, como principal característica a guerra de preços. Esse método de imitação de preços chegou a ser conhecido como “concorrência suicida”, a qual foi utilizada com freqüência por estradas de ferro americanas, atingindo preços irracionais, vistos do âmbito econômico. A guerra de preços atingiu de tal forma as estradas de ferro que o governo americano criou uma lei proibindo essa prática. 32 6.4 MÉTODO DE PREÇOS PROMOCIONAIS A utilização de preços promocionais é feita principalmente por supermercados e lojas de conveniências ou departamentos, onde os preços são tentadores, muito abaixo dos concorrentes, esses preços prevalecem durante um determinado período ou por níveis de estoques estabelecidos e depois voltam ao normal ou até mesmo mais altos, por isso são chamados também de preços altobaixo. Essa estratégia faz com que aumente o número de clientes freqüentando o estabelecimento e gerem uma demanda agregada, pois além de consumirem os produtos promocionais, os clientes adquirem produtos com os preços normais. Entretanto, deve ser dada uma atenção especial para não haver falta dos produtos anunciados, motivo de grande insatisfação dos clientes. Consumidores mais educados estão rejeitando essa política e aderindo a varejistas que adotam preços baixos todos os dias. 6.5 MÉTODO COM BASE NAS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO Para que a empresa possa aplicar esse método é necessário por parte dela, um profundo conhecimento do mercado. Permitindo ao gestor ajustar-se da melhor forma às condições do mercado e praticar preços que mais lhe convenha. Um produto direcionado para classes sociais de maior poder aquisitivo a um preço alto, com pequenas modificações, poderá ser direcionado para a classe social de menor poder aquisitivo com um preço custo mais baixo. 6.6 MÉTODO COSTUMEIRO São os preços que as empresas procuram manter no mesmo patamar, tratase de um preço padronizado por um longo período de tempo, por exemplo, preço de cardápio de restaurantes, preços de jornais e revistas. Essa pratica é devido a suposição de que os consumidores não estariam dispostos a pagar outro preço por esses mesmos produtos, pois estão acostumados a pagar estes. 33 6.7 MÉTODO DE PREÇOS BAIXO TODO DIA Consiste em praticar uma política de preços baixos permanentemente, não dando lugar à pratica do alto-baixo. As vantagens dessa prática são que a empresa conquista uma maior credibilidade de preços com os clientes, reduz seus gastos de propaganda, evita alto e baixo nas vendas de produtos e assim minimiza as situações de excessos de estoques e falta de produtos. A desvantagem é que os consumidores ainda se sentem muito atraídos pelas ofertas com reduções de preços, e acabam atribuindo a essas empresas uma boa imagem de preço. Conseguir atrair clientes que estão acostumados às freqüentes ofertas de preço dos concorrentes é um processo demorado e penoso. 34 7 FATORES QUE INFLUENCIAM O PREÇO DE VENDA 7.1 CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS O ciclo de vida dos produtos estabelece a evolução dos mesmos, com isso é possível se fazer projeções de caixa. A margem de contribuição dos produtos em cada estagio é diferenciada, o que na hora de definir o preço de venda é importante, permitindo que sejam tomadas decisões estratégicas adequadas, prever acontecimentos, reduzir riscos, etc.. Esse ciclo é dividido em quatro fases, introdução, crescimento, maturidade e declínio: • Introdução – Nesta fase um novo produto é lançado e os consumidores desconhecem a oferta ou sabem muito pouco, as vendas começam lentamente e depois aumentam. Como os custos neste estágio são altos, as empresas podem ter prejuízos, pela não aceitação do produto ou pela quantidade vendida que ainda não é suficiente para cobrir todos os custos e gerar o lucro necessário para manter a produção, o desafio então é manter dinheiro em caixa para cobrir essas despesas. Nesta fase, os preços estabelecidos são altos, devido custos elevados e a baixa concorrência. Os esforços do marketing nesta fase são de fazer com que os compradores potenciais tomem conhecimento do produto e experimentem-no, com esses esforços a empresa terá uma necessidade maior de gastos com a promoção do produto. • Crescimento – Neste estágio as vendas crescem junto com os lucros, que começam a cair após a entrada da concorrência, atraídas pelo fortalecimento da demanda e o percentual de lucro registrado pelas empresas lançadoras dos produtos. Neste momento há uma preocupação das empresas em lançamento de novas versões dos produtos, para conquistar novas fatias de mercado, mudar o apelo de propaganda de conscientização sobre o produto para preferência do produto. As empresas podem ajustar o preço que era de penetração de mercado para um preço que possa cobrir as despesas e gerar algum lucro, pois a quantidade vendida é maior e os custos fixos podem ser diluídos, ou seja, a margem de contribuição total torna-se elevada devido aumento no volume de vendas. A política 35 de preços pode ser estabelecida através da criação de diferenciais, podendo assim se estabelecer preços mais elevados, caso os diferenciais sejam inferiores ou iguais aos da concorrência, a precificação fica abaixo ou iguala-se. • Maturidade - Ocorre quando o produto se torna conhecido no mercado, nesta fase o nível de vendas sobe gradualmente até se estabilizar, a concorrência é acirrada fazendo com que os lucros também se estabilizem. Na maturidade as empresas devem procurar novos nichos de mercado e buscar modificações e melhorias nos produtos, para que não haja perda de participação de mercado, prejudicando assim os lucros das empresas nesta fase. As empresas devem tentar otimizar seus custos, de maneira que ao estabelecer preços não desestimulem a demanda ou então desprestigiem a qualidade dos produtos. • Declínio – Durante o declínio o volume de vendas começa a cair e consequentemente o lucro também, o numero de concorrente é reduzido, as empresas procuram manter somente os produtos mais competitivos, deixando de produzir o restante, e têm como objetivo reduzir os seus investimentos. Essa queda ocorre devido o surgimento de produtos mais inovadores, com novas tecnologias, ou a mudança no perfil e gosto dos consumidores. Para tornar o produto mais lucrativo é possível reduzir os custos de produção do mesmo. O preço muitas vezes é baixo para que se possa vender o que resta no estoque, e quando o preço é alto é porque a demanda de determinado nicho continua acelerada. 7.2 CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS 7.2.1 Demanda Segundo Kotler, Demanda de mercado para um produto é o volume total que seria comprado por grupo definido de consumidores em determinada área geográfica, em período de tempo definido, em ambiente de marketing definido, sobre determinado programa de marketing. (1998, p.132) A função da demanda relaciona a quantidade demandada, ou seja, a quantidade máxima que os compradores estão dispostos a adquirir por determinado 36 preço, e o preço de um bem, quando um preço aumenta, à procura diminui e, quando o preço diminui, a procura aumenta, caracterizando assim a Lei de demanda. Com a definição da demanda no processo de precificação, a empresa pode levar em conta a quantidade de produtos/serviços que serão vendidos e encontrar um equilíbrio entre a demanda, o preço e o lucro. A demanda pode ser influenciada por vários aspectos, preço de um produto, valor embutido no produto, qualidade, quantidade, público-alvo, etc.. 7.2.2 Oferta Segundo Vasconcellos (2001, p.63), oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores desejam vender em determinado período. A lei da oferta mostra que preço e quantidade são diretamente proporcionais, pois conforme se aumenta o preço de determinado bem, a quantidade ofertada também aumenta, e diminui quando os preços caem. Esse aumento no preço e na quantidade oferecida ocorre, pois essa elevação aumenta o lucro dos vendedores, aguçando venderem mais e mais, e também atrai novos fornecedores. A oferta é influenciada por diversas variáveis dentre elas: o preço de bem; preço dos insumos utilizados na produção; tecnologia; preço de outros bens, etc.. 7.2.3 Equilíbrio entre oferta e procura O equilíbrio entre a oferta e demanda também conhecido como equilíbrio de mercado, ocorre quando a um determinado preço, a quantidade ofertada se iguala a quantidade demandada. Assim, os vendedores e compradores se satisfazem, não havendo escassez e nem excedente de produtos no mercado. Caso haja uma escassez de produtos, o preço do mesmo tende a elevar, e havendo um excedente o preço por sua vez tende a baixar. Essas flutuações de preços fazendo com que o mercado não permaneça em equilíbrio. 7.2.4 Tipos de Mercado 37 O mercado é uma forma de intercâmbio na qual se realizam compras e vendas de bens e serviços, pondo em contato compradores e vendedores. Com os diferentes mercados as empresas têm de adquirir estratégias diferentes na precificação dos seus produtos. Os mercados são estruturados de maneira diferenciada em função de dois fatores principais: número de empresas atuando no mercado e homogeneidade ou diferenciação dos produtos da empresa. Os tipos de mercados podem ser classificados em: concorrência perfeita; concorrência monopolística; concorrência oligopolista e monopólio puro: • Concorrência perfeita – Neste mercado existem muitos compradores e vendedores de produtos homogêneos, substitutos entre si, esses produtos podem se igualar em qualidade, marca, rótulo ou qualquer outra característica, os produtos hortifrutigranjeiros são exemplos desse mercado. A entrada e saída das empresas neste mercado são feitas livremente, não existem direitos de propriedade ou patentes. Na concorrência perfeita existe a transparência de mercado, onde a qualidade do produto e o preço são vigentes, nenhum comprador ou vendedor individualmente tem grau de controle sobre os preços. Nenhum comprador estará disposto a adquirir um produto por um preço superior ao vigente, pelo mesmo motivo, nenhum vendedor estará disposto a vender seu produto por um preço inferior ao de mercado. • Concorrência monopolística – Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio. Esse mercado é caracterizado pela existência de um grande número de empresas que ao contrário da concorrência perfeita, produzem produtos diferenciados, embora substitutos próximos, como os produtos do varejo com marca própria, cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único, podendo assim ter mais poder para fixar os preços, o que dá a empresa o poder de monopólio. Devido a diferenciação a curva da demanda é menos elástica do que na concorrência perfeita, e por causa da possibilidade de substituição a demanda tornase menos inelástica que no monopólio. • Concorrência oligopolista – Caracteriza-se pela existência de um pequeno número de empresa que controlam a oferta de um determinado bem ou serviço. Como exemplo de oligopólios destaca-se a indústria automobilística e a 38 indústria de bebidas, entre muitas outras. Embora não haja barreiras de entrada explicitas, o poder das grandes empresas que dominam o mercado é um fator desestimulante à entrada de novas no oligopólio. Quando os concorrentes oferecem produtos idênticos, como por exemplo, o cimento e o alumínio, o oligopólio é caracterizado como puro ou concentrado e quando os produtos não são homogêneos o mercado é caracterizado como oligopólio diferenciado, tendo como exemplo a telefonia e automóveis. Neste mercado a fixação dos preços e a quantidade ofertada são feita através de cartéis. O cartel é um agrupamento de empresas que procura limitar a ação das forças da livre concorrência para estabelecer um preço comum e ou alcançar uma maximização conjunta dos lucros. Esses acordos tendem a ser instáveis. Empresas de um setor oligopolista decidem, sem acordo formal, estabelecer o mesmo preço, aceitando a liderança de preço de uma empresa na indústria. A líder pode ser tanto a firma de custo mais baixo, como também a maior empresa do mercado. • Monopólio – Neste mercado existe um só produtor de um bem ou serviço que não tem substituto próximo, o monopólio tem uma influencia considerável na determinação dos preços. As barreiras de entra neste setor são altíssimas, para a construção de um monopólio devem existir duas condições: ter um bem ou serviço básico da população; ou ser uma empresa que trabalhou de a não permitir a entrada de novas empresas. 7.2.5 Elasticidade-preço da demanda A demanda pode ser alterada mediante uma mudança de preço do produto, assim a elasticidade-preço da demanda mede a reação da quantidade demandada de um produto a uma variação de preço. Se a demanda reage pouco a sensivelmente a alteração do preço, diz-se que ela é inelástica. Se a demanda tiver oscilações acentuadas devido a mudança do preço, diz-se que é elástica. A demanda de bens necessários, como sal, açúcar, gasolina, tende a ser inelástica. Já a demanda por produtos de luxo, de alta tecnologia, que garantam status para os consumidores, tende a ser mais elástica. 39 A demanda tem algumas características que podem torná-las elástica ou inelástica. Segundo Morris e Morris, A demanda será elástica, quando muitos substitutos estão disponíveis, o cliente pode comprar facilmente o item com produtos dos concorrentes, o preço do item representa uma porcentagem substancial do orçamento do cliente, ou o produto tem custos de substituição baixos. Já a demanda será inelástica quando o item é percebido pelo cliente como necessário, o item tem características únicas que são importantes para o cliente, o cliente está pagando somente uma parte do preço total, ou o preço é usado pelo cliente como indicador de qualidade. (1994, p.51) Os fatores que podem deslocar a curva da demanda são o clima ou a sazonalidade; gasto (influência da publicidade e marketing); aumento ou diminuição do preço dos bens concorrentes ou substitutos e aumento da renda dos consumidores. A análise pode ser feita dividindo a variação de quantidade pela variação de preço, o resultando sendo menor que 1, verifica-se que a demanda é inelástica, ou seja, a demanda reage pouco a variação de preço de venda, o valor sendo maior que 1, verifica-se que a demanda é elástica, ou seja, houve uma sensibilidade maior em relação à demanda com a variação de preço, o que pode afetar a receita total da empresa de forma negativa. Veja abaixo um exemplo pratico: TABELA 10 – ELASTICIDADE - PREÇO ELASTICIDADE - PREÇO Quantidade Preços 1.000 unidades R$ 6,00 800 unidades R$ 8,00 500 unidades R$ 10,00 FONTE: Autora da monografia. Exemplo 1: elasticidade-preço= 1.000/ 800 unid. = 1,25 = 0,94 8,00 / 6,00 1,33 A demanda acima se mostrou inelástica a variação de preço de R$ 6,00 para R$ 8,00. Exemplo 2: elasticidade-preço = 800/500 unid. = 1,60 = 1,28 10,00/ 8,00 1,25 40 A demanda acima se mostrou elástica a variação de preço de R$ 8,00 para R$ 10,00. 7.3 MACROAMBIENTE O macroambiente é constituído por variáveis ou forças, que podem afetar diretamente as empresas, por isso as instituições devem fazer análises observando quais forças afetam positivamente ou negativamente o negocio e qual impacto terá sobre a empresa. 7.3.1 Forças Político-legais As forças político-legais estão relacionadas ao tipo de governo, resultado de eleições, a legislação, as leis e decretos. Abaixo estão relacionados os principais impactos decorrentes de tais políticas sobre o desenvolvimento de setor industrial de alimentos: • Política Monetária – Tem como principal instrumento de intervenção a taxa de juros e crédito, seus impactos na indústria de alimentos podem ser os custos operacionais e de estocagem, investimento e escolha de tecnologia; • Política Fiscal e de Rendas – Seus instrumentos de intervenção são tributação e investimentos públicos, quanto aos impactos podem ser eles os custos operacionais, custos de transportes, escolha e oferta de tecnologia; • Política Cambial e de Comércio – Seus instrumentos de intervenção são a taxa de câmbio e tarifas alfandegárias, e seus impactos na indústria de alimentos podem ser, receitas operacionais, acesso a insumo, custos operacionais e escolha de tecnologia, 7.3.2 Forças Econômicas A política monetária, os juros, informações sobre os salários da população, inflação, taxa de desemprego, o PIB do país, etc., todos estes indicadores econômicos estão relacionados as forças econômicas que podem influenciar em uma empresa. 41 Com uma economia sempre em transformações, como é a economia brasileira, esta pode trazer para as empresas novas perspectivas ou até mesmo problemas e desafios, a taxa de juros é um fator que influência diretamente na demanda e nos investimentos de vários setores da economia. Essas transformações constantes exigem sempre um grande esforço e adaptação das empresas, para que essas mudanças não alterem o relacionamento com os clientes, perda da qualidade do produto, e alterações drásticas nos preços dos produtos. 7.3.3 Forças Tecnológicas Para se manterem competitivas as organizações usam de tecnologias de produtos e serviços novos, a tecnologia permite que haja mais rapidez e confiabilidade nos processos. A aplicação da tecnologia na indústria de alimentos pode refletir diretamente nos hábitos dos consumidores, embalagens com mais facilidades de manuseio ou então adaptadas para prolongar o tempo de conservação de certos alimentos, fazem com que os consumidores procurem mais por produtos com mais facilidades. A tecnologia aplicada a processos busca principalmente a confiabilidade, fazendo com que em muitos processos produtivos, por exemplo, existem maior padronização e menos ocorrência de erros. O uso da tecnologia além de confiabilidade, rapidez e eficiência, pode trazer para as empresas uma redução de custos muito grande, dando oportunidade para melhor negociar seus preços no mercado e gerar uma melhor lucratividade, além poder se tornar um diferencial entre os concorrentes. Os produtos mais inovadores têm maior chance de sucesso quando comprados àqueles que apresentam pouca diferenciação e um mínimo de valores adicionais. 7.3.4 Forças Sociais As forças sociais dizem respeito às tradições, aos valores, hábitos, mudanças demográficas, população, a faixa etária da população, poder aquisitivo da população, etc. 42 Segundo a Pesquisa Industrial Anual – Empresa 2005, 147.400 empresa empregaram cerca de 6.400 mil pessoas, que receberam R$ 106 bilhões em salários, e outras remunerações, ou, em média 4,4 salários mínimos. (IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial Anual – Empresa 2005). No Estado do Paraná o ramo alimentar apresenta mais de 70% do quadro de funcionários das empresas locado na área de produção, e ainda apresenta a predisposição do setor em oferecer estabilidade de emprego, já que apenas 2,22% do quadro constituem mão-de-obra contratada temporariamente. Outra tendência social é o crescimento o terceiro setor, com atividades voltadas para a preservação do meio ambiente, para a filantropia, educação, etc. 7.3.5 Restrições Legais As restrições podem vir de imposições dadas pelo governo no aumento de preços de certos produtos, esses produtos muitas vezes são estratégicos ou de caráter social. A estrutura dos impostos também é determinada pelo governo, o que esta relacionada diretamente com os preços dos produtos, afetando assim a estratégia de muitas empresas na hora de determinar o preço que será oferecido o produto no mercado. 7.3.6 Práticas na Indústria As indústrias e empresas em geral, podem adotar práticas indiferente de seu ramo de atividade ou mercado de atuação. Muitas destas práticas podem ajudar a criação de uma nova clientela ou até mesmo a fidelização da já existente. Dentre essas práticas podem-se citar os custos de transporte, que podem ser adicionados ao preço do produto, ou tratado como um custo adicional de aquisição, os descontos por quantidade, desconto por pagamento antecipado ou à vista, promoções de certos produtos, facilidades nas condições de pagamentos, entre outras. 7.4 AMBIENTE SETORIAL 43 As forças competitivas determinam a intensidade da concorrência bem como dão subsídios para o posicionamento de uma empresa. Determina características técnicas e econômicas de uma empresa e serão críticas para intensidade de cada força competitiva. 7.4.1 Ameaça de Novos Entrantes A ameaça de novos entrantes caracteriza-se como a possibilidade de entrada de novas empresas que trazem recursos geralmente substanciais, como nova capacidade de produção e um grande desejo de ganhar parcela do mercado. A entrada de novos concorrentes pode apresentar como conseqüência uma redução da rentabilidade das empresas já existentes, visto que implica em uma queda nos preços e no aumento da demanda por insumos, o que levará a uma inflação nos custos do produto final. A intensidade da força representada pela ameaça de novos entrantes depende de barreiras de entrada estabelecida pelas empresas já presentes no setor, sendo elas: economias de escalas; diferenciação do produto; necessidade de capital; custos de mudanças; acesso aos canais de distribuição e; política governamental. 7.4.2 Produtos Substitutos A força competitiva dos produtos substitutos representa uma ameaça constante para as empresas estabelecidas de uma indústria, pois se tratam de produtos que não são os mesmos produzidos por uma empresa mas, que atendem às mesmas necessidades dos consumidores e podendo ser por um preço mais atrativo para os compradores e gerar uma lucratividade maior para as empresas. No projeto de viabilidade econômica da empresa Nativa Conservas Ltda., que fabrica pinhão em conserva, foram identificados como principais produtos substitutos o pinhão in natura, em época de safra, e o pinhão a vácuo, o qual tem prazo de validade de 02 meses, tendo a Nativa Conservas uma vantagem competitiva, pois o prazo de validade da conserva seria de 02 anos. 44 7.4.3 Fornecedores Os fornecedores podem ameaçar as empresas elevando seus preços ou diminuindo a qualidade das matérias-primas, podendo assim diminuir a lucratividade de muitas empresas se as mesmas não conseguirem repassar este aumento aos seus consumidores. Para evitar eventuais perdas, podem ser estabelecidos contratos, com preço e quantidade pré-determinados. O que pode dar a um fornecedor mais poder são: se o setor é dominado por poucas empresas fornecedoras; se os produtos são exclusivos; se existem custos elevados de transferência de fornecedor; quando o volume de vendas não for significativo; grau de importância do insumo para a empresa compradora; etc. A empresa pode ter poder de negociação com os seus fornecedores se a quantidade comprada for considerável para a atividade da empresa fornecedora, se houverem diversos fornecedores com preços mais atrativos, assim a empresa fornecedora, para não perder o cliente, poderá igualar ou até mesmo baixar os seus preços e ainda se a empresa compradora for o único cliente. Com esse poder diante dos fornecedores a empresa conseguirá manter os seus custos de aquisição igualados aos concorrentes, assim podendo trabalhar melhor com o preço de venda final dos produtos. 7.4.4 Compradores O poder de negociação dos compradores exige da indústria um menor preço e mais qualidade nos produtos ou serviços e a satisfação dos clientes é a primeira preocupação das empresas para se ter uma atividade mais lucrativa. Essa barganha dos compradores pode gerar uma rivalidade entre as empresas concorrentes, e o que pode determinar esse poder dos compradores é o grau de concentração dos clientes, o tamanho, a diferenciação, entre outros. As empresas de pequeno porte têm poder de barganha bem reduzido diante de seus clientes, já que seus produtos não costumam ter marcas conhecidas, consumidores fiéis ou qualquer outro diferencial além do preço. Além disso, boa parte de seus clientes é formada por redes varejistas com significativo poder de compra. 45 O poder de negociação das empresas com os clientes surge quando grande número de clientes não dispõe de fontes alternativas, custos de modificação de produtos enfrentados pelos clientes para adaptação ao produto de uma nova empresa, quando a empresa tem um diversificado portfólio de produtos e serviços, boas condições de financiamentos, estes e outros fatores contribuem para que os clientes não comprem de outras empresas. 7.4.5 Rivalidade com os Concorrentes A rivalidade é a disputa acirrada por posição no mercado, caracteriza-se pelo uso de táticas como as de competição de preços, batalha de publicidade e lançamento de novos produtos e serviços. Esta rivalidade depende, inicialmente, do tamanho e dinâmica de crescimento do mercado e o número de firmas que atuam nele. Os custos fixos podem levar as empresas da indústria a operarem em alta capacidade para poder cobrir estes custos. No entanto, pode existir o risco de excesso de capacidade na indústria, o que, por meio do excesso de oferta, que pressiona os preços para baixo, imputando lucros baixos a essas empresas. Os custos de armazenamento acabam pressionando as empresas a venderem seus produtos mesmo com baixa lucratividade, pois pode ser difícil e custoso manter armazenado os produtos produzidos. A ausência de diferenciação também contribui para uma grande rivalidade entre os concorrentes, pois os produtos sem diferenças perceptíveis para os compradores acabam competindo por meio do preço. O mercado consumidor busca a diferenciação do produto, como vantagens duradouras, inovação, qualidade e praticidade. 7.4.6 Diferenciação Porter descreve a diferenciação como uma estratégia genérica, a qual significa uma busca das empresas por ser única no seu ramo de atividade. As empresas adotam essa estratégia para que seus produtos sejam suficientemente diferentes e que não precisem concorrer em preço com outras 46 empresas. Com a diferenciação, a empresa terá margens maiores para lidar com os fornecedores, tornar ameno o poder dos compradores e criar uma parcela maior de mercado, não dando chance para os produtos substitutos, pois quanto menor for a diferenciação de um produto, menor será a diferença entre o preço do produto e o da concorrência. A diferenciação pode ser conseguida através de marca e imagem da empresa, propaganda, valor agregado, qualidade, embalagens atraentes, exclusividade, acessibilidade e até mesmo preços acima dos concorrentes pode ser um diferencial do produto. Existem regras que precisam ser respeitas na hora de se diferenciar de qualquer empresa, pois muitas ações a principio podem trazer benefícios para a empresa, mas no longo prazo podem prejudicar. As seguintes medidas podem ser seguidas: percepção; não oferecer mais do que o necessário; trabalhar com preços que maximizem a lucratividade, e não com preços muito altos; ter conhecimento e compreensão de todos os custos envolvidos no processo; e diferenciar trabalhando com diferentes nichos de mercado. 7.5 PREÇO NOMINAL x VALOR RELATIVO A diferença do preço nominal e do valor relativo para o cliente é percebido pelo consumidor perante o preço pago por um produto e os valores/benefícios que este produto lhe trará. O valor relativo representa o montante que o cliente está disposto a pagar, e considera justo, por um determinado produto. Na decisão da compra muitos atributos são considerados pelo consumidor, por isso as decisões de preços devem levar em conta as percepções dos clientes sobre o valor de uma troca. Para isso, as pesquisas de marketing são necessárias, pois os clientes compram com base no valor. O valor percebido pode ser composto por: • Fatores motivacionais – interesse pessoal, comodidade, necessidade básica e outro fator que leve a consumir; • riscos; Fatores racionais – características técnicas, processo de compra e 47 • Fatores emocionais – marca, exclusividade, networking ou relacionamento e status; • Fatores financeiros – gasto efetuado, gastos extras, poder de comparação e percepção de alternativas de consumo. Cada consumidor tem a sua percepção de valor, o que a empresa tem de fazer é estudar constantemente o mercado e mostrar aos clientes que o produto ofertado atende as necessidades e desejos dos clientes. 7.6 PREÇO NOMINAL x CUSTO DE AQUISIÇÃO A diferença entre o valor nominal pago por uma mercadoria e os custos de aquisição desses produtos, é expressa por Preço Nominal X Custo de Aquisição. Os custos de aquisição de um produto são os custos desde a requisição de produto até o recebimento dos mesmos. Dentre estes custos estão o frete, acondicionamento, controle da qualidade, instalações, treinamentos adicionais, etc. Isso mostra que além de fabricação de um produto, sobre ele ainda são desembolsados outros valores até que o cliente possa adquiri-lo e ou utilizado adequadamente. Muitos destes custos são embutidos diretamente ao preço final do produto, ficando o cliente sem o conhecimento dos mesmos. O frete, muitas vezes, é cobrado como um custo adicional ao preço, o cliente paga um determinado valor pelo produto e mais o frente para recebê-lo, ou então, em caso de produtos que necessitem de instalações, esse valor para instalar o produto, também é cobrado a parte. 48 8 CONCLUSÃO O objetivo deste trabalho foi demonstrar alguns métodos que as empresas podem adotar para fazer a correta precificação dos seus produtos no mercado em que a empresa está inserida. Conhecer os custos e as despesas conforme a sua natureza é um fator de grande relevância na hora da escolha do método mais adequado. No modelo de precificação utilizando o método de Custeio Variável é o que oferece mais informações relevantes, por apresentar de forma clara, a margem de contribuição que a empresa precisa ter para absorver os custos fixos e gerar lucro. O preço de venda com base no mercado pode ser de mais fácil aplicação, mas pode apresentar algum risco para a empresa, se os gestores não tiverem conhecimento de seus custos, demanda e os fatores que podem influenciar no preço de venda. Copiar o preço do concorrente simplesmente pode não ser uma tática muito rentável, pois não se tem o conhecimento dos custos dos concorrentes. Se a empresa tiver um bom planejamento estratégico e conhecimento da sua empresa e de mercado, terá facilidade em identificar qual o melhor modelo de precificação para seu produto se tornar lucrativo. 49 REFERÊNCIAS BRAGA, Roberto. 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