FÍSICA Quando precisar use os seguintes valores para as constantes: 1 ton de TNT = 4,0 x 109 J. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2. 1 atm = 105 Pa. Massa específica do ferro ρ = 8000 kg/m3. Raio da Terra R = 6400 km. Permeabilidade magnética do vácuo μ0 = 4π × 10–7 N/A2. 1 B Ondas acústicas são ondas de compressão, ou seja, propagam-se em meios compressíveis. Quando uma barra metálica é golpeada em sua extremidade, uma onda lonEa/ρ. gitudinal propaga-se por ela com velocidade v = A grandeza E é conhecida como módulo de Young, enquanto ρ é a massa específica e a uma constante adimensional. Qual das alternativas é condizente à dimensão de E? a) J/m2 b) N/m2 c) J/s.m 2 3 d) kg.m/s e) dyn/cm Resolução V= LT–1 = Ea ––– [E] ––––– ML–3 [E] L2 T–2 = ––––– ML–3 MLT–2 = [p] [E] = ML–1T–2 = –––––– L2 O Módulo de Young tem a mesma equação dimenN . sional de pressão e sua unidade, no SI, é ––– m2 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 2 B Considere uma rampa plana, inclinada de um ângulo θ em relação à horizontal, no início da qual encontra-se um carrinho. Ele então recebe uma pancada que o faz subir até uma certa distância, durante o tempo ts, descendo em seguida até sua posição inicial. A “viagem” completa dura um tempo total t. Sendo μ o coeficiente de atrito cinético entre o carrinho e a rampa, a relação t/ts é igual a a) 2 b) 1 + (tan + μ)/ tan – μ c) 1 + (cos + μ)/ cos – μ (sen + μ)/ cos – μ d) 1 + (tan + μ)/ tan – μ e) 1 – Resolução Na subida da rampa: 1) PFD: Pt + Fat = ma1 mg sen + μ mg cos = ma1 a1 = g(sen + μ cos ) 2) V = V0 + γt 0 = V0 – a1 ts ⇒ V0 = a1 ts V0 + 0 a1 ts d 2d s 3) ––– = ––––––– ⇒ ––– = ––––– ⇒ ts2 = –––– a1 2 2 ts t ts = 2d ––– ⇒ a1 ts = 2d –––––––––––––––– g(sen + μcos ) (1) 4) Na descida da rampa: 1) PFD: Pt – Fat = ma2 mg sen – μmg cos = ma2 a2 = g(sen – μ cos ) γ 2) s = v0t + ––– t2 2 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 g(sen – μ cos ) d = –––––––––––––––– td2 2 td = 2d –––––––––––––––– g(sen – μcos ) (2) O tempo total t é dado por: t = ts + td td t ÷ ts: ––– = 1 + ––– (3) ts ts (2) td ––– : ––– = (1) ts sen + μ cos ––––––––––––– = sen – μ cos t Em (3): ––– = 1 + ts tg + μ –––––––– tg – μ tg + μ –––––––– tg – μ I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 3 C Um elevador sobe verticalmente com aceleração constante e igual a a. No seu teto está preso um conjunto de dois sistemas massa-mola acoplados em série, conforme a figura. O primeiro tem massa m1 e constante de mola k1, e o segundo, massa m2 e constante de mola k2. Ambas as molas têm o mesmo comprimento natural (sem deformação) ᐉ. Na condição de equilíbrio estático relativo ao elevador, a deformação da mola de constante k1 é y, e a da outra, x. Pode-se então afirmar que (y – x) é a) [(k2 – k1)m2 + k2ml](g – a)/k1k2. b) [(k2 + k1)m2 + k2ml](g – a)/k1k2. c) [(k2 - k1)m2 + k2m1](g + a)/k1k2. d) [(k2 + k1)m2 + k2ml](g + a)/k1k2 – 2ᐉ. e) [(k2 – k1)m2 + k2ml](g + a)/k1k2 + 2ᐉ. Resolução Como não se sabe se o movimento de subida do elevador é acelerado ou retardado, não podemos concluir qual o sentido da aceleração do elevador. Admitindo-se que o movimento do elevador seja acelerado, a aceleração terá sentido dirigido para cima e a gravidade aparente dentro do elevador será: gap = g + a A força deformadora da mola k1 é o peso aparente do sistema (m1 + m2): (m1 + m2) (g + a) = k1 . y (m1 + m2) (g + a) y = –––––––––––––––– k1 A força deformadora da mola k2 é o peso aparente do bloco m2: m2 (g + a) = k2 . x m2 (g + a) x = –––––––––– k2 (m1 + m2) (g + a) m2 (g + a) y – x = ––––––––––––––– – –––––––––– k1 k2 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 m1 + m2 m2 y – x = (g + a) –––––––– – –––– k1 k2 (m1 k2 + m2k2 – m2k1) y – x = (g + a) ––––––––––––––––––– k1k2 [(k2 – k1) m2 + m1k2] y – x = (g + a) ––––––––––––––––––– k 1k 2 Nota: Se o movimento do elevador for retardado, teremos a opção A. I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 4 A Apoiado sobre patins numa superfície horizontal sem atrito, um atirador dispara um projétil de massa m com velocidade v contra um alvo a uma distância d. Antes do disparo, a massa total do atirador e seus equipamentos é M. Sendo vs a velocidade do som no ar e desprezando a perda de energia em todo o processo, quanto tempo após o disparo o atirador ouviria o ruído do impacto do projétil no alvo? d(vs + v)(M – m) a) ––––––––––––––––– v(Mvs – m(vs + v)) d(vs + v)(M + m) b) ––––––––––––––––– v(Mvs + m(vs + v)) d(vs – v)(M + m) c) ––––––––––––––––– v(Mvs + m(vs + v)) d(vs + v)(M – m) d) ––––––––––––––––– v(Mvs – m(vs – v)) d(vs – v)(M – m) e) ––––––––––––––––– v(Mvs + m(vs + v)) Resolução 1) Admitindo-se que o atirador esteja inicialmente em repouso, temos: → → Qf = Q0 → → → Qp + QA = 0 → → QA = Qp ⇒ (M – m) V1 = m v mv V1 = –––––– M–m 2) Tempo t1 gasto pelo projétil para chegar ao alvo: d d = v . t1 ⇒ t1 = ––– v 3) Distância d1 percorrida pelo atirador no tempo t1: d 1 = V1 . t1 mv d md d1 = –––––––– . ––– ⇒ d = ––––––– 1 v M–m M–m 4) Distância entre atirador e alvo no instante t1: md md + Md – md D = d1 + d = –––––––– + d = ––––––––––––––– M–m M–m I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 Md D = ––––––– M–m 5) O som e o atirador se movimentam no mesmo sentido e a velocidade relativa terá módulo Vrel dado por: mv (M – m) vs – mv Vrel = vs – v1 = vs – ––––––– = ––––––––––––––– M–m M–m 6) O tempo gasto pelo som TS para chegar ao atirador é dado por: D Vrel = –––– TS D TS = –––– Vrel M–m TS = D . ––––––––––––––– (M – m) vs – mv Md M–m TS = –––––––– . ––––––––––––––– M–m (M – m) vs – mv Md TS = –––––––––––––– (M – m) vs – mv 7) O tempo total pedido T é dado por: T = t1 + TS d Md T = –––– + ––––––––––––––– v (M – m) vs – mv M 1 T = d ––––––––––––––– + –– M vs – m (vs + v) v M (v + vs) – m (vs + v) T = d –––––––––––––––––––– v(M vs – m (vs + v)) d M v + M vs – mvs – mv T = –––– . –––––––––––––––––––– v M vs – m (vs + v) d (M – m) (vs + v) T = ––– ––––––––––––––––– v (M vs – m (vs + v)) I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 5 D Um gerador elétrico alimenta um circuito cuja resistência equivalente varia de 50 a 150 , dependendo das condições de uso desse circuito. Lembrando que, com resistência mínima, a potência útil do gerador é máxima, então, o rendimento do gerador na situação de resistência máxima, é igual a a) 0,25. b) 0,50. c) 0,67. d) 0,75 e) 0,90. Resolução Temos o circuito Na condição de potência útil máxima, temos r = R, isto é, r = 50 Para r = 150, vem: E E E 1.°) i = ––––– ⇒ i = ––––––– ⇒ i = ––––– 200 50 + 150 r+R 3E E 2.°) U = E – ri ⇒ U = E – 50 . –––– ⇒ U = ––––– 4 200 O rendimento do gerador na situação de resistência elétrica máxima é igual a: 3E/4 U = ––– ⇒ = ––––– ⇒ = 0,75 E E I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 6 C Um funil que gira com velocidade angular uniforme em torno do seu eixo vertical de simetria apresenta uma superfície cônica que forma um ângulo com a horizontal, conforme a figura. Sobre esta superfície, uma pequena esfera gira com a mesma velocidade angular mantendo-se a uma distância d do eixo de rotação. Nestas condições, o período de rotação do funil é dado por a) 2 d/g sen . b) 2 d/g cos . c) 2 d/g tan . d) 2 2d/g sen 2 . e) 2 d cos / g tan . Resolução 1) Fy = P = mg 2) Fx = Fcp = m 2d m 2d 3) tg = ––––––– mg g tg 2 = ––––––– d = 2 g tg –––––– = –––– d T T = 2 d –––––– g tg Nota: Admitimos que não há atrito entre o funil e a bolinha. I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 7 E No interior de um carrinho de massa M mantido em repouso, uma mola de constante elástica k encontra-se comprimida de uma distância x, tendo uma extremidade presa e a outra conectada a um bloco de massa m, conforme a figura. Sendo o sistema então abandonado e considerando que não há atrito, pode-se afirmar que o valor inicial da aceleração do bloco relativa ao carrinho é a) kx / m. b) kx / M. c) kx / (m + M). d) kx (M – m) / mM. e) kx (M + m) / mM. Resolução PFD (bloco): Fmola = k x = m ab kx ab = –––– m PFD (carrinho): Fmola = k x = M ac kx ac = –––– M A aceleração do bloco relativa ao carrinho será: arel = ab + ac 1 1 kx kx arel = –––– + –––– = k x ––– + ––– M m M m (M + m) arel = k x ––––––––– Mm I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 8 C Um corpo movimenta-se numa superfície horizontal sem atrito, a partir do repouso, devido à ação contínua de um dispositivo que lhe fornece uma potência mecânica constante. Sendo v sua velocidade após certo tempo t, pode-se afirmar que a) a aceleração do corpo é constante. b) a distância percorrida é proporcional a v2. c) o quadrado da velocidade é proporcional a t. d) a força que atua sobre o corpo é proporcional a t. e) a taxa de variação temporal da energia cinética não é constante. Resolução Como a potência é constante, a potência média coincide com a instantânea: τ P = Pm = ––– Δt mV02 mV2 TEC: τ = ––––– – ––––– 2 2 mV2 Como V0 = 0, vem τ = ––––– 2 Δt = t – 0 = t mV2 P = ––––– 2t 2Pt V2 = ––––– m 2P Como –––– é constante, então V2 é proporcional a t. m I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 9 D Acredita-se que a colisão de um grande asteroide com a Terra tenha causado a extinção dos dinossauros. Para se ter uma ideia de um impacto dessa ordem, considere um asteroide esférico de ferro, com 2 km de diâmetro, que se encontra em repouso quase no infinito, estando sujeito somente à ação da gravidade terrestre. Desprezando as forças de atrito atmosférico, assinale a opção que expressa a energia liberada no impacto, medida em número aproximado de bombas de hidrogênio de 10 megatons de TNT. a) 1 b) 10 c) 500 d) 50.000 e) 1.000.000 Resolução A energia mecânica total do asteroide no infinito é nula. Ao atingir a Terra, supondo-se que esta energia mecânica se conservou, teremos: GMm m V2 Em = – –––––– + ––––– = 0 R 2 GMm Ecin = ––––––––– R Sendo GM , vem: g = ––––– R2 g . R2 m Ecin = ––––––– ⇒ Ecin = m g R R A massa m do asteroide é dada por: 4 m = –– r3 3 4 Portanto: Ecin = –– r3 g R 3 4 Ecin = –– . 3 . 8000 . (1,0 . 103)3 . 10 . 6,4 . 106 (J) 3 Ecin = 32 . 6,4 . 1019J 2,0 . 1021J E = 10 megatons de TNT = 10 . 106 . 4,0 . 109J = 4,0 . 1016J Ecin = n E 20 . 1020 = n . 4 . 1016 n = 5 . 104 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 10 B Boa parte das estrelas do Universo formam sistemas binários nos quais duas estrelas giram em torno do centro de massa comum, CM. Considere duas estrelas esféricas de um sistema binário em que cada qual descreve uma órbita circular em torno desse centro. Sobre tal sistema são feitas duas afirmações: I. O período de revolução é o mesmo para as duas estrelas e depende apenas da distância entre elas, da massa total deste binário e da constante gravitacional. → → II. Considere que R1 e R2 são os vetores que ligam o CM ao respectivo centro de cada estrela. Num certo → intervalo de tempo t, o raio vetor R1varre uma certa área A. Durante este mesmo intervalo de tempo, o raio → vetor R2 também varre uma área igual a A. Diante destas duas proposições, assinale a alternativa correta. a) As afirmações I e II são falsas. b) Apenas a afirmação I é verdadeira. c) Apenas a afirmação II é verdadeira. d) As afirmações I e II são verdadeiras, mas a II não justifica a I. e) As afirmações I e II são verdadeiras e, além disso, a II justifica a I. Resolução I. (V) 1) Localização do CM: M . 0 + m (r2 + r1) r1 = –––––––––––––––– M+m Mr1 + mr1 = mr2 + mr1 r2 M ––– = –––– m r1 Sendo r1 + r2 = d, vem: M r1 + ––– r1 = d ⇒ r1 . m md r1 = –––––– M+m 1 + ––m = d ⇒ M Md e r2 = –––––– M+m I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 2) Cálculo do período T: FG = Fcp GMm md G (M + m) 2 . –––––– ⇒ 2 = = M ––––––– –––––––––– 2 d M+m d3 G (M + m) –––––––––– d3 = 2 –––– = T T = 2 G (M + m) –––––––––– d3 d3 ––––––––– G (M + m) II. (F) As velocidades angulares são iguais: no mesmo intervalo de tempo Δt, os ângulos são iguais e a estrela que tem maior raio de órbita descreve área maior. I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 11 B Um cilindro vazado pode deslizar sem atrito num eixo horizontal no qual se apoia. Preso ao cilindro, há um cabo de 40 cm de comprimento tendo uma esfera na ponta, conforme figura. Uma força externa faz com que o cilindro adquira um movimento na horizontal do tipo y = y0 sen (2 ft). Qual deve ser o valor de f em hertz para que seja máxima a amplitude das oscilações da esfera? a) 0,40 b) 0,80 c) 1,3 d) 2,5 e) 5,0 Resolução A esfera pendular vai oscilar com máxima amplitude quando o cilindro e a esfera estiverem em ressonância. Isso significa que o cilindro e a esfera deverão oscilar com a mesma frequência f. Considerando-se que a massa do cilindro seja muito maior que a da esfera para que o pêndulo tenha comprimento efetivo de oscilação igual a 40cm e imaginando-se que o movimento oscilatório do pêndulo seja praticamente harmônico simples, o período T e a frequência f ficam dados por: T = 2π 1 1 L ––– ⇒ f = –– ⇒ f = ––– g 2 T 1 f = ––––––– 2 . 3,14 10 –––– (Hz) ⇒ 0,40 g ––– L f 0,80Hz I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 12 E No interior de um elevador encontra-se um tubo de vidro fino, em forma de U, contendo um líquido sob vácuo na extremidade vedada, sendo a outra conectada a um recipiente de volume V com ar mantido à temperatura constante. Com o elevador em repouso, verifica-se uma altura h de 10 cm entre os níveis do líquido em ambos os braços do tubo. Com o elevador subindo com aceleração a (ver figura), os níveis do líquido sofrem um constante → deslocamento de altura de 1,0 cm. Pode-se dizer então que a aceleração do elevador é igual a a) – 1,1 m/s2. b) – 0,91 m/s2. c) 0,91 m/s2. d) 1,1 m/s2. e) 2,5 m/s2. Resolução (I) Situação inicial (elevador em repouso): p2 = p1 ⇒ par = g h par = . 10 . 0,10 (SI) par = . 1,0 (SI) I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 (II) Situação final (elevador acelerado): p4 = p3 ⇒ p’ar = gap h’ p’ar = . gap . 0,080 (SI) p’ar = . gap . 0,080 (SI) Como a temperatura é constante e o tubo é fino (volume desprezível), a pressão do ar dentro do bulbo praticamente não se altera. Assim: p’ar = par ⇒ gap 0,080 = 1,0 Da qual: gap = 12,5m/s2 (III) Sendo gap > g, a aceleração do elevador é dirigida → para cima (no sentido de a ), com módulo determinado por: gap = g + a ⇒ 12,5 = 10,0 + a a = 2,5m/s2 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 13 E Conforme a figura, um circuito elétrico dispõe de uma fonte de tensão de 100 V e de dois resistores, cada qual de 0,50 . Um resistor encontra-se imerso no recipiente contendo 2,0 kg de água com temperatura inicial de 20°C, calor específico 4,18 kJ /kg.°C e calor latente de vaporização 2230 kJ /kg. Com a chave S fechada, a corrente elétrica do circuito faz com que o resistor imerso dissipe calor, que é integralmente absorvido pela água. Durante o processo, o sistema é isolado termicamente e a temperatura da água permanece sempre homogênea. Mantido o resistor imerso durante todo o processo, o tempo necessário para vaporizar 1,0 kg de água é a) 67,0 s. b) 223 s. c) 256 s. d) 446 s. e) 580 s. Resolução ε 100V i = ––– ⇒ i = –––––––– ⇒ i = 100 A 2R 2.0,50 P = R . i2 ⇒ P = 0,50 . (100)2W ⇒ P = 5,0 . 103W Quantidade de calor total absorvida pela água Q = m . c . + m . Lvap Q = 2,0 . 4,18 . 80 + 1,0 . 2230 (J) Q = 2898,80kJ Sendo Q = P . t 2898,80 . 103 = 5,0 . 103 . t t 580s I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 14 D Em uma superfície líquida, na origem de um sistema de coordenadas encontra-se um emissor de ondas circulares transversais. Bem distante dessa origem, elas têm a forma aproximada dada por h1 (x, y, t) = h0 sen (2( r / – ft)), em que é o comprimento de onda, f é a frequência e r, a distância de um ponto da onda até a origem. Uma onda plana transversal com a forma h2(x, y, t) = h0 sen (2(x / – ft)) superpõe-se à primeira, conforme a figura. Na situação descrita, podemos afirmar, sendo ⺪ o conjunto dos números inteiros, que a) nas posições (yP2 /(2n) – n/8, yP) as duas ondas estão em fase se n ∈ ⺪. b) nas posições (yP2 /(2n) – n/2, yP) as duas ondas estão em oposição de fase se n ∈ ⺪ e n 0. c) nas posições (yP2 /(2n) – (n + 1/2) /2, yP) as duas ondas estão em oposição de fase se n ∈ ⺪ e n 0. d) nas posições (yP2 /((2n + 1)) – (n + 1/2) /2, yP) as duas ondas estão em oposição de fase se n ∈ ⺪. e) na posição (2yP2 / – /8, yP) a diferença de fase entre as ondas é de 45°. Resolução Para o caso no qual as ondas estão em oposição de fase, temos: xP r 2π ––– – ft – 2π ––– – ft = (2n + 1)π λ λ λ r – xP = ––– (2n + 1) 2 xP2 + yP2 , temos: Como r = λ 2 xP2 +yP2 – xP = ––– (2n + 1) λ 2 xP2 + yP2 = ––– (2n + 1) + xP λ2 xP2 + yP2 = ––– (2n + 1)2 + λ(2n + 1)xP + xP2 4 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 λ2 yP2 – ––– (2n + 1)2 = λ(2n + 1)xP 4 yP2 λ 1 ––––––––– – ––– n + –– 2 2 λ(2n + 1) =x P O ponto P tem coordenadas xP e yP, tais que: yP2 1 λ P = ––––––––– – n + –– . –––, yP , n 僆 ⺪ (2n + 1)λ 2 2 Para o caso no qual as ondas estão em concordância de fase, temos: xP r – f t – 2π ––– 2π –– – f t = 2nπ λ λ xP r – ––– –– =n λ λ xP2 + yP2 = nλ + xP xP2 + yP2 = (nλ)2 + 2nλxP + xP2 yP2 – (nλ)2 ––––––––– = xP 2nλ yP2 nλ –––– – –––– = xP 2nλ 2 O ponto P tem coordenadas xP e yP, tais que yP2 nλ P = (––––– – –––, yP), n 僆 ⺪* 2nλ 2 Para o caso no qual a diferença de fase entre as ondas π seja de 45° ( –– rad), temos: 4 xP r π 2π ––– – ft – 2π ––– – ft = ––– λ 4 λ xP 1 r = ––– –– – –––– λ 8 λ λ 8 xP2 + yP2 = ––– + xP λ λ2 xP2 + yP2 = ––– + ––– xP + xP2 64 4 λ λ2 yP2 – ––– = ––– xP 64 4 4yP2 λ – ––– = xP ––––– λ 16 O ponto P tem coordenadas xP e yP, tais que λ 4yP2 P = (––––– – ––– , yP) λ 16 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 15 E Um capacitor de placas paralelas de área A e distância 3h possui duas placas metálicas idênticas, de espessura h e área A cada uma. Compare a capacitância C deste capacitor com a capacitância C0 que ele teria sem as duas placas metálicas. a) C = C0 b) C > 4C0 c) 0 < C < C0 d) C0 < C < 2C0 e) 2C0 < C < 4C0 Resolução Capacitor sem as placas metálicas: A C0 = 0 . ––– (1) 3h Capacitor com as duas placas metálicas: Equivale a três capacitores em série: 1 1 1 1 –– = ––– + ––– + ––– C C1 C2 C3 1 h1 h2 h3 + –––– + –––– –– = –––– C 0A 0A 0A 1 h1 + h2 + h3 –– = ––––––––––– C 0A 1 h A –– = –––– ⇒ C = 0 . ––– (2) C 0A h De (1) e (2), vem: C = 3C0 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 16 A A figura mostra uma região espacial de campo elétrico uniforme de módulo E = 20 N/C. Uma carga Q = 4 C é deslocada com velocidade constante ao longo do perímetro do quadrado de lado L = 1 m, sob ação de uma → força F igual e contrária à força coulombiana que atua na carga Q. Considere, então, as seguintes afirmações: → I. O trabalho da força F para deslocar a carga Q do ponto 1 para 2 é o mesmo do dispendido no seu deslocamento ao longo do caminho fechado 1-2-34-1. → II. O trabalho de F para deslocar a carga Q de 2 para 3 é maior que o para deslocá-la de 1 para 2. → III. É nula a soma do trabalho da força F para deslocar a carga Q de 2 para 3 com seu trabalho para deslocá-la de 4 para 1. Então, pode-se afirmar que a) todas são corretas. b) todas são incorretas. c) apenas a II é correta. d) apenas a I é incorreta. e) apenas a II e III são corretas. Resolução I. Correta 12 = F . L . cos 90° = 0 12341 = 12 + 23 + 34 + 41 = 0 + F . L + 0 – F . L = 0 Em ambos os casos, o trabalho é nulo: 12 = 12341 II. Correta 23 = + F . L 12 = + F . L . cos 90° = 0 23 > 12 III. Correta 23 = + F . L 41 = F . L cos 180° = – FL 23 + 41 = (+ FL) + (–FL) = 0 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 17 D Uma fonte luminosa uniforme no vértice de um cone reto tem iluminamento energético (fluxo energético por unidade de área) HA na área A da base desse cone. O iluminamento incidente numa seção desse cone que forma ângulo de 30° com a sua base, e de projeção vertical S sobre esta, é igual a b) SHA/A. c) AHA/2S. a) AHA/S. d) 兹苵3AHA/2S. e) 2AHA /兹苵3S. Resolução — — AC = AC’ . cos 30° — — 兹苵苵 3 AC = AC’ . –––– 2 Sendo a’ o semieixo maior da elipse: — AC’ a’ = –––– 2 A elipse projetada na base tem semieixo a: — AC 兹苵苵 3 a = –––– ⇒ a = a’ –––– 2 2 Logo, a área da elipse ADBDA e a área da elipse AD’B’D’A se relacionam por: S’ πa’b a’ 2 2兹苵苵 3 –––– = ––––– = ––– = ––––– = ––––– S π ab a 3 兹苵苵 3 冢 2兹苵苵 3 S’ = S ––––– 3 冣 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 a: semieixo maior de S b: semieixo menor: constante a’: semieixo maior de S’ Como o fluxo é constante: Φ = HA . A = H’ . S’ 2 3 HA . A = H’ . S . ––––– 3 HA . A . 3 H’ = ––––––––– ⇒ 2 S 3 HA . A . 3 H’ = –––––––––– 2S I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 18 C Alguns tipos de sensores piezorresistivos podem ser usados na confecção de sensores de pressão baseados em pontes de Wheatstone. Suponha que o resistor Rx do circuito da figura seja um piezorresistor com variação de resistência dada por Rx = kp + 10, em que k = 2,0 x 10-4/Pa e p, a pressão. Usando este piezorresistor na construção de um sensor para medir pressões na faixa de 0,10 atm a 1,0 atm, assinale a faixa de valores do resistor R1 para que a ponte de Wheatstone seja balanceada. São dados: R2 = 20 e R3 = 15. a) De R1min = 25 a R1max = 30 b) De R1min = 20 a R1max = 30 c) De R1min = 10 a R1max = 25 d) De R1min = 9,0 a R1max = 23 e) De R1min = 7,7 a R1max = 9,0 Resolução Determinemos, inicialmente, os valores extremos que Rx pode assumir. Para p = 1,0 atm = 1,0 . 105 Pa, temos: Rx = K . p + 10 Rx = 2,0 . 10–4 . 1,0 . 105 + 10 = 30 Rx máx Para p = 0,10 atm = 0,10 . 105Pa, temos: R’x = 2,0 . 10–4 . 0,10 . 105 + 10 = 12 R’x mín Ponte de Wheatstone em equilíbrio na situação 1: R1 . Rx = R2R3 R1 . 30 = 20 x 15 mín mín R1 = 10 mín Ponte de Wheatstone em equilíbrio na situação 2: R1 . R’x = R2R3 R1 . 12 = 20 x 15 máx máx R1 máx = 25 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 19 D Assinale em qual das situações descritas nas opções abaixo as linhas de campo magnético formam circunferências no espaço. a) Na região externa de um toroide. b) Na região interna de um solenoide. c) Próximo a um íma com formato esférico. d) Ao redor de um fio retilíneo percorrido por corrente elétrica. e) Na região interna de uma espira circular percorrida por corrente elétrica. Resolução As linhas de campo magnético formam circunferências no espaço ao redor de um fio retilíneo infinito percorrido por corrente elétrica. I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 20 A Considere as seguintes afirmações: I. As energias do átomo de Hidrogênio do modelo de Bohr satisfazem à relação, En = –13,6/n2 eV, com n = 1, 2, 3, …; portanto, o elétron no estado fundamental do átomo de Hidrogênio pode absorver energia menor que 13,6 eV. II. Não existe um limiar de frequência de radiação no efeito fotoelétrico. III. O modelo de Bohr, que resulta em energias quantizadas, viola o princípio da incerteza de Heisenberg. Então, pode-se afirmar que a) apenas a II é incorreta. b) apenas a I e II são corretas. c) apenas a I e III são incorretas. d) apenas a I é incorreta. e) todas são incorretas. Resolução I. Correta De acordo com o modelo de Bohr para o átomo de hidrogênio, quando o átomo recebe energia, o elétron pode sofrer uma transição para um estado de maior energia ou estado excitado, no qual n > 1. 13,6 Assim: utilizando a expressão E = – ––––– eV n2 tem-se: para n = 1, temos: E1 = – 13,6eV (estado fundamental) para n = 2, temos: E2 = – 3,40eV para n = 3, temos: E3 = – 1,51eV Na passagem do estado fundamental (n = 1) para o segundo estado excitado (n = 2), por exemplo, a energia recebida para a transição vale: ΔE = – 3,40 – (– 13,6) (eV) ΔE = 10,2eV (< 13,6eV) II. Incorreta A explicação de Einstein para o efeito fotoelétrico mostra que existe, para cada superfície metálica, um limiar de frequências f0 característico. Para frequências menores que f0 , o efeito não ocorre, qualquer que seja a intensidade da iluminação. Graficamente: I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 III. Correta O segundo postulado de Bohr pode ser assim enunciado: “Em vez da infinidade de órbitas que seriam possíveis segundo a Mecânica Clássica, um elétron só pode mover-se em uma única órbita na qual seu momento angular orbital L é um múltiplo inteiro h ” de ––– . 2 O modelo de Bohr (1913) define com precisão a posição (raio da órbita) e o momento do elétron de forma simultânea, contrariando o Princípio da Incerteza de Heisenberg (1925): “Uma experiência não pode determinar simultaneamente o valor exato de uma componente do momento, por exemplo px , de uma partícula e também o valor exato da coordenada correspondente, x”. I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 As questões dissertativas, numeradas de 21 a 30, devem ser desenvolvidas, justificadas e respondidas no caderno de soluções 21 100 cápsulas com água, cada uma de massa m = 1,0g, são disparadas à velocidade de 10,0m/s perpendicularmente a uma placa vertical com a qual colidem inelasticamente. Sendo as cápsulas enfileiradas com espaçamento de 1,0cm, determine a força média exercida pelas mesmas sobre a placa. Resolução As cápsulas alinhadas perfazem um comprimento L dado por: L = 100 . 1,0cm = 1,0m O tempo gasto para a última cápsula atingir a parede é dado por: s 1,0 V = ––– ⇒ 10,0 = ––– ⇒ T1 = 0,1s t T Neste tempo, aplicando o teorema do impulso: Iparede = Qcápsula Fm . T = mtotal V Fm . 0,1 = 0,1 . 10,0 Resposta: Fm = 10,0N I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 22 O arranjo de polias da figura é preso ao teto para erguer uma massa de 24 kg, sendo os fios inextensíveis, e desprezíveis as massas das polias e dos fios. Desprezando os atritos, determine: → 1. O valor do módulo da força F necessário para equilibrar o sistema. → 2. O valor do módulo da força F necessário para erguer a massa com velocidade constante. → 3. A força ( F ou peso?) que realiza maior trabalho, em módulo, durante o tempo T em que a massa está sendo erguida com velocidade constante. Resolução 1) 4F = P P mg F = ––– = ––– 4 4 240 F = ––– (N) 4 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 F = 60N 2) Em repouso ou com velocidade constante, a força resultante é nula e F = 60N. 3) Trabalho é uma forma de energia e os trabalhos serão iguais, em módulo, porque não há variação de energia cinética. Respostas: 1) F = 60N 2) F = 60N 3) Trabalho com módulos iguais I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 23 A figura mostra uma chapa fina de massa M com o formato de um triângulo equilátero, tendo um lado na posição vertical, de comprimento a, e um vértice articulado numa barra horizontal contida no plano da figura. Em cada um dos outros vértices encontra-se fixada uma carga elétrica q e, na barra horizontal, a uma 3/2 do ponto de articulação, encontra-se distância a fixada uma carga Q. Sendo as três cargas de mesmo sinal e massa desprezível, determine a magnitude da carga Q para que o sistema permaneça em equilíbrio. Resolução 1) Elementos geométricos necessários: a 3 ––– OC = ––––– 2 ____ a ––– BC = OM = ––– 2 ––– OA = a ____ ____ ____ AC 2 = OA2 + OC 2 (Pitágoras) ____ AC 2 = a2 ____ 3a2 7a2 a 7 ––– + = ––– ⇒ AC = ––––– 4 4 2 ____ 3 OC 2 3 a cos = –––– ____ = ––––– . ––––– = ––––– 7 2 7 a AC I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 ____ 1 ____ a 3 3 a MB = ––––– ⇒ MG = ––– MB = ––––– 3 2 6 2) Lei de Coulomb para → → calcular os módulos das forças elétricas F1 e F2 : ____ q . Q k . q . Q 4 kq Q F1 = k –––– = –––––– ____ = ––––––– a 2 2 a2 BC ––– 2 q . Q k . q . Q 4 kq Q F2 = k –––– = –––––– ____ = ––––––– 7a2 2 7a2 AC ––– 4 Observação: Adotamos k como sendo a constante eletrostática do meio, embora não tenha sido dada na prova. → Decompondo F2 nas direções horizontal Ox e vertical Oy: 3 4 3.kq.Q 4 kq . Q F2x = F2 . cos = ––––––– . –––– = –––––––––––– 7 . a2 7 . a2 7 7 3) Para que a chapa não sofra rotação, o somatório dos momentos em torno de O (articulação) deve ser nulo. MF + MF + MF – MP = 0 2x 2y 1 MF = 0 2y ––– –––– –––– F2x . OA + 0 + F1 . MB – P . MG = 0 4 3 kq Q 4 kq Q a 3 a 3 ––––– . ––––– . a + –––––– . –––– = M . g . –––– 2 2 a a 2 6 7 7 Simplificando: 4 kq Q 2 kq Q M.g = ––––– –––––––– + ––––––– a2 6 7 . a2 7 2 kq . Q ––––––– a2 2 kq . Q ––––––– a2 + 1 = ––––– ––––– 6 7 7 2 2 + 7 7 ––––––––– 7 7 M.g M.g = ––––– 6 7 7 a2 M.g Q = ––––––––––––––– . –––––– 7) k.q 12 (2 + 7 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 Se usarmos para a constante eletrostática: 1 k = ––––––– 40 7 7 . a2 . M . g Q = ––––––––––––––––––––––– 1 7 ) q . –––––– 12 (2 + 7 4 0 7 7 0 . a2 . M . g Q = ––––––––––––––––––– 7).q 3 (2 + 7 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 24 A figura mostra um sistema formado por dois blocos, A e B, cada um com massa m. O bloco A pode deslocar-se sobre a superfície plana e horizontal onde se encontra. O bloco B está conectado a um fio inextensível fixado à parede, e que passa por uma polia ideal com eixo preso ao bloco A. Um suporte vertical sem atrito mantém o bloco B descendo sempre paralelo a ele, conforme mostra a figura. Sendo o coeficiente de atrito cinético entre o bloco A e a superfície, g a aceleração da gravidade, e = 30° mantido constante, determine a tração no fio após o sistema ser abandonado do repouso. Resolução 1) Força normal que A troca com o solo: FN = PA + T – T cos 60° T T FN = m g + T – ––– = m g + ––– 2 2 2) Força de atrito aplicada pelo chão: T Fat = FN = m g + ––– 2 3) 2.ª Lei de Newton (A + B): T cos 30° – Fat = (mA + mB) a 3 – mg+ T T ––––– ––– 2 2 =2ma T 3 – m g – ––– T ––––– =2ma 2 2 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 T 3 – ) = m g + 2 m a ––– ( 2 T 3 – ) = m ( g + 2 a) ––– ( 2 2m ( g + 2a) T = –––––––––––––– (1) 3 – Se o valor de a não for considerado como dado, temos: 4) O deslocamento vertical de B se relaciona com o seu deslocamento horizontal pela relação: x = y . cos 3 x = y ––––– 2 3 ay 2a a = ––––––– ⇒ ay = ––––– 2 3 5) PFD (B) (na direção vertical): P – T = m ay m2a m g – T = ––––––– 3 m g 3 – T 3 T 2a = ––––––––––––––––– = g 3 – –– 3 (2) m m (2) em (1): 2m T 3 – –– 3 T = –––––––– g + g m 3 – T( 3 – ) = 2 m g + 2 m g 3 – 2T 3 T( 3 – + 2 3 ) = 2 m g ( + 3) 2 m g ( + 3) T = ––––––––––––––– 3 3 – I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 25 Átomos neutros ultrafrios restritos a um plano são uma realidade experimental atual em armadilhas magnetoópticas. Imagine que possa existir uma situação na qual átomos do tipo A e B estão restritos respectivamente aos planos e perpendiculares entre si, sendo suas massas tais que mA = 2mB. Os átomos A e B colidem elasticamente entre si não saindo dos respectivos planos, sendo as quantidades de movimento iniciais → pA e → pB, e as finais, → → → qA e qB . pA forma um ângulo com o plano horizontal e→ pB = 0. Sabendo que houve transferência de momento entre A e B, qual é a razão das energias cinéticas de B e A após a colisão? Resolução → → → → Q0 = pA + pB = pA → → → Qf = qA + qB → → → → → → → Como Qf = Q0, temos qA + qB = pA Como pA e qA estão restritos ao plano , concluímos → → que qB também estará no plano e como qB pertence ao plano , ele estará na intersecção entre e , ou seja, no eixo x. Na direção x: qAx + qB = pA cos (I) Na direção z: qAz = pA sen (II) qA2 = q2Ax + q2Az = (pA cos – qB)2 + (pA sen )2 2 2 qA2 = pA cos2 – 2pA qB cos + qB2 + pA sen2 2 qA2 = pA – 2pA qB cos + qB2 (1) I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 Conservação da energia cinética: Ecin = Ecin 0 f qB2 pA2 qA2 ––– = ––– + ––– 4m 4m 2m 2 + 2 qB2 pA2 = qA (2) (2) em (1): qA2 = qA2 + 2 qB2 – 2 pAqB cos + qB2 3 qB2 = 2pAqB cos 2 qB = –– pA cos 3 2 Em (I): qAx + ––– pA cos = pA cos 3 1 qAx = ––– pA cos 3 Como qAz = pA sen , vem: pA2 cos2 + pA2 sen2 qA2 = –––––––––– 9 Comparando as energias cinéticas após a colisão: qA2 Ecin = ––––– A 4m qB2 Ecin = ––––– B 2m Ecin 1 qA2 A –––––– = ––– ––––– 2 qB2 Ecin B 2 2 cos –––––– + sen2 p Ecin A 1 A 9 –––––– = ––– ––––––––––––––––––– 2 4 Ecin ––– pA2 cos2 B 9 Ecin 8 cos2 B –––––– = –––––––––––––– cos2 + 9 sen2 Ecin A Ecin B 8 –––––– = –––––––––– 1 + 9 tg2 Ecin A I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 26 Dois capacitores em série, de capacitância C1 e C2, respectivamente, estão sujeitos a uma diferença de potencial V. O Capacitor de capacitância C1 tem carga Ql e está relacionado com C2 através de C2 = xC1, sendo x um coeficiente de proporcionalidade. Os capacitores carregados são então desligados da fonte e entre si, sendo a seguir religados com os respectivos terminais de carga de mesmo sinal. Determine o valor de x para que a carga Q2 final do capacitor de capacitância C2 seja Ql 4. Resolução Estando ligados em série, concluímos que Q2 = Q1 Religando-os com os respectivos terminais de carga de mesmo sinal e atingindo o equilíbrio eletrostático, temos: 7Q1 Q1 ⇒ Q’1 = –––– Q1 + Q1 = Q’1 + –––– 4 4 7Q1 Q1 –––– ––– 4 4 Sendo C1 = ––––– e C2 = –––– , vem: U U 1 C1 = 7C2 e de C2 = xC1, vem: x = –– 7 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 27 O momento angular é uma grandeza importante na Física. O seu módulo é definido como L = rp sen , em que r é o módulo do vetor posição com relação à origem de um dado sistema de referência, p o módulo do vetor quantidade de movimento e o ângulo por eles formado. Em particular, no caso de um satélite girando ao redor da Terra, em órbita elíptica ou circular, seu momento angular (medido em relação ao centro da Terra) é conservado. Considere, então, três satélites de mesma massa com órbitas diferentes entre si, I, II e III, sendo I e III circulares e II elíptica e tangencial a I e III, como mostra a figura. Sendo LI, LII e LIII os respectivos módulos do momento angular dos satélites em suas órbitas, ordene, de forma crescente, LI, LII e LIII. Justifique com equações a sua resposta. Resolução Comparando as órbitas circulares I e III: GMm m V2 ––––– ⇒ V = = 1) FG = Fcp ⇒ ––––––– r2 r GM ––––– r 2) Para a órbita circular, temos θ = 90° ⇒ sen θ = 1 eL=rp L=rmV⇒L= mr G M ⇒ L = m ––––– GMr r Como rIII > rI, resulta LIII > LI Comparando a órbita circular I com a órbita elíptica II: GM Para a órbita circular: v2I = –––––– (1) r1 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 Para a órbita elíptica: VA . r1 1) LA = LB ⇒ m VA r1 = m VB r2 ⇒ VB = –––––– r2 2) Conservação da energia mecânica: EA = EB GMm m V A2 m VB2 GMm –––––– – ––––––– = –––––– – ––––––– 2 r1 2 r2 GM VA2 r12 2GM – ––––––– VA2 – 2 –––––– = –––––– r22 r1 r2 r12 1 – ––––– r22 VA2 (r22 – r12) (r2 – r1) ––––––––– = 2GM ––––––––– r22 r1 r2 = 2GM 1 1 ––– – ––– r1 r2 VA2 (r + r1) 2 GM VA2 ––2––––– = ––––––– r2 r1 2 GM r2 (2) VA2 = –––––––––– r1(r2 + r1) 2 r2 VA2 (2) Fazendo-se –––– : ––––– = –––––– 2 r2 + r1 VI (1) Como r2 > r1 ⇒ 2 r2 > r2 + r1 Portanto: VA > VI Sendo: LI = m VI r1 LII = m VA r1 Vem: LII > LI Comparando a órbita circular III com a órbita elíptica II: GM V2 = ––––– (3) r2 2 GM r1 (4) VB2 = ––––––––– r2(r1 + r2) (4) VB2 2 r1 ––––––– ––– : ––––– = r1 + r2 V2 (3) r1 < r2 ⇒ 2 r1 < r2 + r1 ⇒ VB < V L=mVr LII = m VB r2 LIII = m V r2 VB < V ⇒ LII < LIII Portanto: LI < LII < LIII I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 28 Uma partícula de massa m está sujeita exclusivamente à → → ação da força F = F(x) ex, que varia de acordo com o → gráfico da figura, sendo ex o versor no sentido positivo de x. Se em t = 0, a partícula se encontra em x = 0 com velocidade v no sentido positivo de x, pedem-se: 1. O período do movimento da partícula em função de F1, F2, L e m. 2. A máxima distância da partícula à origem em função de F1, F2, L, m e v. 3. Explicar se o movimento descrito pela partícula é do tipo harmônico simples. Resolução 1) A partícula descreve nos semieixos, positivo e negativo, do eixo x dois MHS. O período do oscilador harmônico simples é T, dado por: m ––– k T = 2 em que k é a constante de força do MHS. Assim, o período do oscilador em questão fica expresso por: T1 T2 2 T = ––– + ––– ⇒ T = ––– 2 2 2 m 2 ––– + ––– k1 2 m ––– k2 F1 F2 e k2 = ––– , logo: Mas k1 = ––– L L T= m –––– + F1 –––– L m –––– F2 –––– L Da qual: T= mL –––– + F1 mL –––– F2 I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 2) A máxima distância da partícula à origem é dada por: m v2 k x2máx ––––– = ––––––– 2 2 F m v2 = ––– x2máx L xmáx = m v2 L –––––––– F xmáx = v mL –––––– F No semieixo negativo, temos: mL –––––– F2 xmáx = v 2 No semieixo positivo, temos: mL –––––– F1 xmáx = v 1 Do gráfico, temos que F2 > F1 e, portanto: xmáx > xmáx 1 2 Assim, a máxima distância da partícula à origem é: xmáx = v 1 mL –––– F1 3) O movimento completo é periódico, mas não é harmônico simples, pois, em cada semieixo, a partícula tem períodos e amplitudes diferentes. I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 29 Considere dois fios paralelos, muito longos e finos, dispostos horizontalmente conforme mostra a figura. O fio de cima pesa 0,080N/m, é percorrido por uma corrente I1 = 20A e se encontra dependurado por dois cabos. O fio de baixo encontra-se preso e é percorrido por uma corrente I2 = 40A, em sentido oposto. Para qual distância r indicada na figura, a tensão T nos cabos será nula? Resolução → O fio (2) gera um campo magnético B2, que tem orientação dada pela “regra da mão direita”, como mostrada na figura: → A intensidade de B2 é dada por: μ0I2 B2 = –––––– 2r 4 . 10–2 . 40 B2 = –––––––––––– (T) 2r 8,0 . 10–6 B2 = –––––––––– (T) r → Devido ao campo B2, o fio (1) sofre a ação da força → F2,1, com intensidade dada por: → F2,1 = B2I1 L sen , com = 90° 8,0 . 10–6 F2,1 = –––––––––– . 20 . L . sen (90°) r L F2,1 = 1,6 . 10– 4 ––– (N) r I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 → Para que as trações nos fios se anulem, F2,1 deve equilibrar a força peso do fio (1). Para um comprimento L do fio (2), seu peso tem intensidade dada por: P2 = 8,0 . 10 –2 L (N) F2,1 = P2 L 1,6 . 10– 4 ––– = 8,0 . 10 –2 L r 1,6 . 10 –4 r = ––––––––––– (m) 8,0 . 10 –2 r = 2,0 . 10 – 3m I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 30 Considere uma espira com N voltas de área A, imersa → num campo magnético B uniforme e constante, cujo sen–tido aponta para dentro da página. A espira está situada inicialmente no plano perpendicular ao campo e possui uma resistência R. Se a espira gira 180° em torno do eixo mostrado na figura, calcule a carga que passa pelo ponto P. Resolução Analisaremos, inicialmente, apenas metade do giro total de 180°, assim: Φinicial = NBA cos 180° Φinicial = – NBA O fluxo final será nulo, pois a espira estará paralela a → B nesta situação. Φfinal = 0 A variação do fluxo para esta metade do giro será dada por: ΔΦ = Φfinal – Φinicial ΔΦ = 0 – (– NBA) ΔΦ = NBA A f.e.m. induzida média, em módulo, será dada por: NBA ΔΦ E = –––– = ––––– Δt Δt A intensidade média de corrente elétrica neste trecho analisado será dada por Q i = –––– Δt E mas i = ––– R Assim: Q E ––– = ––– Δt R Q NBA –––––– = ––– Δt Δt R NBA Q = –––––– R I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011 Nos 90° restantes, para se completar os 180° de giro, teremos essa mesma quantidade de carga passando por P mas com sentido oposto. A carga total que passa efetivamente por P será então: NBA NBA Qtotal = –––––– + –––––– R R 2NBA Qtotal = ––––––– R I TA ( 1 .O DIA) — DEZEMBRO/2011