Base de Dados dos Clubes de Futebol

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Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Departamento de Geografia
Mestrado em Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território
Relatório Final
Base de Dados dos Clubes de
Futebol
Caso de Estudo no Concelho de Fafe
Unidade Curricular: Base de Dados Relacionais
Docente: Professor António Coelho
Discentes: Andreia Taveira Feitais, Licenciada em Geografia
Diana Marlene Magalhães Silva, Licenciatura em Geografia
Ano Lectivo: 2013/2014
Base de Dados dos Clubes de Futebol
ÍNDICE GERAL
1.
Introdução……………………………………………………………………….5
1.1
Metodologia Utilizada…………………………………………………………...6
1.2
Etapas na Elaboração de uma Base de Dados…………………………………...6
2.
Enquadramento Geográfico da Área de Estudo………………………………...7
3.
Definição do Problema…………………………………………………………..8
3.1
Descrição dos Objectivos………………………………………………………..9
3.2
Enquadramento Conceptual…………………………………………………….10
3.3
Definição dos Mapas Temáticos a produzir……………………………………14
3.4
Descrição das Interrogações á Base de Dados…………………………………15
4.
Projecto da Base de Dados Relacional…………………………………………16
4.1
Modelo Conceptual…………………………………………………………….16
4.2
Modelo Espacial………………………………………………………………..23
4.3
Modelo Lógico/Relacional……………………………………………………..25
4.4
Normalização…………………………………………………………………..28
4.5
Modelo Físico………………………………………………………………….30
4.6
Definição das Queries………………………………………………………….34
5
Implementação da Base de Dados em SIG…………………………………….37
5.1
Produção de Mapas Temáticos…………………………………………………38
6.
Conclusão………………………………………………………………………43
7.
Referências Bibliográficas……………………………………………………...44
8.
Anexos………………………………………………………………………….46
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1- Sequência das Fases a desenvolver no Projecto …………………………….7
Figura 2 – Enquadramento Espacial da Área em estudo, em 2014…………………….8
Figura 3 – Fases da concepção de uma Base de Dados………………………………..12
Figura 4 – Componentes de um Sistema de Gestão de Base de Dados………………..13
Figura 5 – Quadro Ilustrativo dos Elementos Principais do Modelo Conceptual……..17
Figura 6 – Modelo Conceptual (final) da Base de Dados……………………………..22
Figura 7 – Quadro Ilustrativo dos Elementos adicionados ao Modelo Espacial………23
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Figura 8 – Modelo Espacial da Base de Dados………………………………………..24
Figura 9 – Diferentes Formas de Normalização……………………………………….29
Figura 10 – Modelo Físico implementado MS Acess…………………………………32
Figura 11 – Banda Desenhada a cerca do SQL………………………………………..33
Figura 12 – Densidade Populacional no Concelho de Fafe, em 2011…………………38
Figura 13 – Localização Geográfica dos Clubes de Futebol…………………………..39
Figura 14 – Nome dos Clubes de Futebol……………………………………………..39
Figura 15 – Distribuição dos Campos de Futebol……………………………………..40
Figura 16 – Distribuição do Número de Jogadores dos Clubes……………………….40
Figura 17 – Distribuição da Morada dos Jogadores…………………………………...41
Figura 18 – Capacidade Total dos Campos de Futebol……………………………......41
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 – Caracterização das Entidades……………………………………………..18
Tabela 2 – Definição dos Atributos do Diagrama E-R………………………………..20
Tabela 3 – Modelo Lógico da Base de Dados………………………………………...27
Tabela 4 – Aplicação da Normalização ao Modelo Lógico/Relacional……………….30
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Resumo
O actual relatório exprime aquilo que é uma base de dados, que consiste num “… conjunto de
informação processada em computador, organizada de forma a poder ser expandida,
actualizada e pesquisada eficientemente para diversos fins”. Uma base de dados divide-se em:
dados relacionais e dados espaciais. Sendo que a base de dados relacional guarda a
informação num conjunto de tabelas, cada uma contém dados relativos a um determinado
assunto. Uma vez que as tabelas estão relacionadas, pode-se utilizar informações de mais de
uma tabela de cada vez. A manutenção de dados em tabelas relacionais é muito eficiente.
Enquanto uma base de dados espacial contém elementos de índole geográfica que permitem
determinar características de localização e proximidade.
Palavras – Chave: Base de Dados, Base de Dados Relacional, Base de Dados Espacial
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
1.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho enquadra-se no âmbito da unidade curricular de Base de
Dados Relacional leccionada no 1º ano do curso de Mestrado em Sistemas de
Informação Geográfico, e Ordenamento do Território, proporcionado pela Faculdade de
Letras da Universidade do Porto, sendo-nos solicitado pelo docente a sua elaboração em
grupo e também a escolha do problema a tratar.
O futebol é a modalidade desportiva que mais se pratica no território nacional, é
dirigida pela Federação Portuguesa de Futebol, destacando-se a Selecção Nacional e os
clubes que compõe as várias competições nacionais, europeias e internacionais, como a
Taça Intercontinental, Liga dos Campeões, Liga Europa, Campeonato Nacional e o
Campeonato Nacional de Futebol Feminino. Neste caso optámos por decidir trabalhar
sobre a temática do “Futebol no Concelho de Fafe”.
A razão pela qual a nossa área de análise ter ficado restrita ao concelho de Fafe
facilitou uma gestão da base de dados que poderia não ser alcançada caso a extensão
geográfica fosse mais ampliada. A análise espacial recaiu sobre o Concelho de Fafe pois
pensámos que, apesar de o futebol se praticar a nível nacional, quisemos nos focar
apenas numa área a nível concelhio.
Este trabalho prático consiste especificadamente na construção de uma base de
dados de natureza relacional e espacial e numa perspectiva geral, permite o
consolidamento dos conhecimentos e informações aprendidos e transmitas aulas e pôlos em prática, ao mesmo tempo que permitiu que adquirisse – mos conceitos,
informação e técnicas até então desconhecidas.
No nosso entender este trabalho possui um carácter mais prático e outro carácter
mais teórico, sendo composto a nível de desenvolvimento por três capítulos principais:
o primeiro designado de “ Definição do Problema” (constituído por três sub capítulos a
“Descrição dos Objectivos”, a “ Descrição dos Mapas Temáticos a produzir” e a “
Descrição das Interrogações á Base de Dados”); o segundo denominado de “ Projecto de
Base de Dados Relacional” (formado por cinco sub capítulos o “Modelo Conceptual”, o
“Modelo Espacial”, “Modelo Lógico, “Normalização” , “Modelo Físico” e “Definição
de Queries” ) e o último capítulo reporta-se á “Implementação da Base de Dados em
SIG” (onde integra um sub capítulos “Produção de Mapas Temáticos”).
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1.1 Metodologia Utilizada
No geral a nossa metodologia utilizada ao longo do trabalho centrou-se na
pesquisa bibliográfica principalmente em fontes electrónicas, já que o volume de
informação é aqui mais significativo; de seguida desenvolvemos as interrogações á base
de dados; procedemos á recolha de dados sobre a temática de diversas fontes;
tratamentos dos dados e por último, implementação dos mesmos em SIG, através da
construção de mapas temáticos. Recorremos ao software Microsoft Acess, Microsoft
SQL Server e ArcGis da ESRI.
No presente trabalho estão mencionados todas as opções metodológicos na
criação da base de dados onde serão justificadas as acções tomadas para a realização do
produto final que passou pelo processo de desenvolvimento do modelo conceptual,
modelo espacial, modelo lógico, normalização do modelo lógico, modelo físico
(implementação da base de dados no Microsoft Acess), operacionalização da base de
dados e por último elaboração da cartografia de queries com finalidade de obter um
carácter espacial, ou seja, criação de mapas temáticos que respondam a algumas das
nossas questões. As escolhas tomadas na concepção da base de dados, entidades e
relacionamentos estão enunciadas de maneira a determinar uma relação de organização
dos dados espaciais.
1.2 Etapas na Elaboração de uma Base de Dados
Produzir uma base de dados é um processo que impõe a execução de várias
fases. No diagrama sequente estão expostas as diversas etapas por que atravessou o
nosso projecto. Assim, os dados utilizados neste projecto são de elaboração própria,
com objectivo de uma criação de base de dados eficiente e precisa a nível concelhio,
recorrendo como é claro a alguns dados fictícios. Na figura 1, podemos verificar
seguindo os ponteiros do relógio, todas as fases porque irá passar o nosso projecto.
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Transferênci
a para a Base
de Dados
Espacial
Escolha e
Análise do
Problema
Operacionaliz
ação da Base
de Dados
Modelo
Conceptual/
Espacial
Modelo
Lógico/Relac
ional
Modelo
Físico
Normalizaçã
o da Base de
Dados
Figura 1 – Sequência das Fases a Desenvolver no Projecto
2.
ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO DA ÁREA DE ESTUDO
Nos dias de hoje é praticamente impensável estudar a história de um país, de
uma região, de uma cidade, sem termos o mínimo conhecimento sobre a evolução do
local que estamos a analisar como por exemplo devemos ter em conta as condições
naturais, o suporte geológico, hipsométrico e hidrográfico.
O concelho de Fafe localiza-se no distrito de Braga, Região Norte e sub – região
do Ave. É sede de município com 219,08 km2 de área e 50 633 habitantes, segundo os
censos da população do Instituto Nacional de Estatística no ano de 2011. O concelho é
constituído por 25 freguesias: união de Aboim, Felgueiras, Gontim e Pedraído; união de
Agrela e Serafão; união de Antime e Silvares (São Clemente); união de Ardegão,
Arnozela e Seidões; Armil; união de Cepães e Fareja; Estorãos; Fafe; Fornelos; união de
Freitas e Vila Cova; Golães; Medelo; união de Monte e Queimadela; união de Moreira
do Rei e Várzea Cova; Passos; Quinchães; Regadas; Revelhe; Ribeiros; Santa Cristina
de Arões; São Gens; São Martinho de Silvares; São Romão de Arões; Travassós e
Vinhós. É limitado a Norte pelos municípios de Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, a
Leste por Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, a Sul por Felgueiras e a Oeste por
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Guimarães.
Figura 2 – Enquadramento Espacial da Área de Estudo, em 2014
3.
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
O Futebol é sem dúvida um desporto tradicional em diversos países, e tem vindo
cada vez mais a tornar-se um desporto popular em países sem muita tradição neste
desporto. Esta é uma tendência mundial especialmente porque para se jogar futebol
precisa-se de poucos recursos e equipamentos, basta uma bola e uma área plana (ou
muitas vezes nem isso). Tanto em países menos desenvolvidos como em países mais
desenvolvidos, como os EUA, Coreia do Sul ou o Japão, vem ocorrendo uma
popularização deste desporto.
Segundo uma pesquisa realizada pela FIFA (Federação Internacional do Futebol)
no ano de 2006, cerca de 270 milhões de pessoas no mundo estavam activamente
envolvidas no futebol (incluindo jogadores, árbitros e directores). Destes, 265 milhões
jogam o desporto regularmente de maneira profissional, semiprofissional ou amadora
(tanto homens, mulheres, jovens e crianças). Este valor representa aproximadamente 4
% da população mundial.
Em Portugal, o futebol começou a tornar-se conhecido nas últimas décadas do
século XIX, trazido por jovens britânicos residentes em Portugal que estudavam em
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Inglaterra, assim como por estudantes portugueses que lá ingressavam. Hoje em dia, é
um desporto com muita tradição no nosso país.
Do nosso ponto de vista até podíamos elaborar uma gestão de base de dados a
nível nacional, pois os clubes são mais influentes e conhecidos, e claro têm muito maior
destaque, mas no nosso ver torna-se essencial o seu conhecimento a uma escala mais
pequena, neste caso de âmbito municipal, para tentarmos demonstrar como a elaboração
de uma base de dados qual a influência do futebol a esta escala.
O nosso grupo propõe-se a criar uma base de dados com a informação
considerada pertinente incluída no que respeita ao futebol no concelho de Fafe, para ser
consultada de forma eficiente, precisa e coerente.
3. 1 Descrição dos Objectivos
Face a problemática apresentada, o actual projecto é composto por objectivos
gerais e objectivos específicos. Na perspectiva das finalidades gerais, destacámos a
elaboração e desenvolvimento de uma base de dados relacional e espacial para o nosso
caso de estudo e sublinhámos também uma evolução das nossas competências e dos
nossos conhecimentos, no que respeita a base de dados relacional adaptando-os a uma
problemática/ caso específico.
Deste modo a meta que pretendemos alcançar detém os seguintes objectivos
específicos:

Elaborar uma base de dados relacional acessível e precisa respeitante a
problemática do estudo;

Estruturar a informação relativa aos clubes de futebol no concelho de Fafe;

Contribuir para uma melhor e adequada gestão dos clubes de futebol que
compõem o concelho de Fafe;

Uniformização da informação a organizar e a produzir alusivo aos clubes de
futebol que constituem o concelho de Fafe;

Permite identificar localizações espaciais relativas aos vários clubes e por
conseguinte, aos atletas que compõem esses mesmos clubes de futebol;

Analisar o número de atletas por clube de futebol na área de estudo;

Avaliar e informar a proximidade da localização dos atletas de cada clube de
futebol na nossa área de intervenção (para perspectivarmos quais os que se
encontram a uma maior ou menor distância de onde jogam);
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
Integração da base de dados a nível dos Sistemas de Informação Geográfica
(SIG), recorrendo ao programa ArcGis da ESRI (ArcCatalog, ArcMap e
ArcToolbox);

Produção da cartografia temática de modo a transpor o que foi realizado e
desenvolvido na base de dado relacional.
Os objectivos referidos tanto a nível geral como a nível específico referidos acima,
compõem assim a filosofia/ finalidade da concepção deste trabalho.
3.2 Enquadramento Conceptual
Uma base de dados é um “conjunto de informação processada em computador, e
organizada de forma a poder ser expandida, actualizada e pesquisada eficientemente
para diversos fins”. O conceito de base de dados faz hoje parte do nosso dia-a-dia
mesmo que por vezes de forma não explícita.
Acedemos a bases de dados:
• quando fazemos compras num hipermercado;
• quando usamos um cartão de crédito (ou de débito)
• quando procuramos um livro na biblioteca;
• quando procuramos um programa de férias numa agência de viagens;
• quando acedemos à página dos serviços académicos.
De uma forma genérica qualquer conjunto de dados é uma base de dados (uma
agenda com as moradas das pessoas conhecidas, uma lista telefónica, um livro, uma
lista de CDs/DVDs, apontamentos tirados nas aulas, os dados guardados nos
computadores das finanças sobre os contribuintes, entre tantos outros).
Porém o uso de uma base de dados como todo o software tem suas vantagens e
desvantagens, como vamos enunciar e descrever de seguida
.
Vantagens

Diminuição de redundância e integridade da informação (a existência física
dos dados em apenas um local aumenta a integridade e diminui o espaço ocupado. Dada
a absoluta exigência de não permitir a redundância, ás modificações de dados são feitas
num só sítio, evitando-se assim possíveis conflitos entre diferentes versões da mesma
informação);
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
Controlo centralizado (a base de dados é controlada centralmente em termos de
qualidade, integridade, segurança e utilização simultânea. A decisão sobre quem pode
aceder a quê e como (interrogações, actualizações, etc.) deixa de ser pertença de um
departamento ou um grupo de utilizadores para passar a ser tomada a um nível mais
elevado);

Partilha e melhor gestão da informação (é possível privilegiar os vários
utilizadores com direitos de acesso aos mesmos dados mas dando a cada um
perspectivas e visualização e possibilidades diferentes. E em consequência de
localização central dos dados, sabe-se sempre como e onde está a informação);

Flexibilidade (em consequência da independência entre dados e programas,
qualquer alteração num desses elementos não implica modificações drásticas no outro);

Acesso Múltiplo (o software de gestão de base de dados permite que os dados
sejam acedidos de várias maneiras. Nomeadamente, os dados podem ser visualizados
através de pesquisas sobre qualquer um dos campos da tabela);

Independência entre dados e processos (os utilizadores e respectivos
programas são independentes da estrutura lógica e da estrutura física da base de dados).
Isto significa que quaisquer alterações à estrutura lógica (inclusão de nova informação)
ou física (de armazenamento) da base de dados deixam inalteráveis os programas;

Segurança dos dados (grande número de bases de dados apresentam
mecanismos de recuperação em caso de perda da informação por várias razões, erro,
falha geral do computador, avaria do disco, etc.);

Resposta rápida aos pedidos de informação (como os dados estão integrados
numa única estrutura – a base de dados- a resposta a questões complexas processa-se de
forma mais rápida).
Desvantagens

Custo elevados (este software acarreta normalmente grandes custos, sobretudo
devido às suas necessidades de manutenção);

Maior complexidade (a complexidade do software e a centralização da
responsabilidade relativa aos dados, obriga à necessidade de atribuir bastantes recursos
e tempo a tarefas como a manutenção, o armazenamento de cópias de segurança dos
dados, a formação das pessoas, etc.);

Risco centralizado (há teoricamente maior risco de perda ou corrupção da
informação durante a sua utilização pelas aplicações. Este risco é minimizado pelas
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ferramentas de recuperação contra um mau funcionamento dos programas, utilizadores,
equipamento ou comunicações incluídas nos Sistemas de Gestão de Base de Dados).
É na fase de concepção que a função de administração de dados tem um papel
relevante. É ao administrador de dados que cabe a inventariação da informação
necessária à organização (mesmo aquela que não venha a integrar a base de dados), a
sua estruturação no modelo conceptual da base de dados e a definição de quem acede a
quê e como. A função de administrador da base de dados, por seu lado, é mais
importante na fase de implementação. O administrador da base de dados é responsável
pela definição do modelo lógico/físico da base de dados, da política de autorizações,
privilégios e procedimentos de validação e recuperação. A figura abaixo ilustra as
principais fases de criação e desenvolvimento de uma base de dados.
Figura 3 – Fases da Concepção de uma Base de Dados
O termo base de dados está intimamente ligado á noção de uma “colecção de
informação”. Do ponto de vista mais teórico pode-se afirmar que uma base de dados é
um conjunto estruturado de informação, ou seja, uma colecção de dados formalmente
definida, informatizada, partilhada e sujeita a um controlo central (uma colecção de
dados inter-relacionados com múltiplas utilizações).
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Em síntese, “Uma base de dados é uma colecção de informação
relacionada entre si, à volta de um determinado tema ou domínio”.
Por conseguinte, os dados passam a estar integrados num único conjunto, sendo
este administrado por uma aplicação específica: o Sistema de Gestão de Base
de Dados (SGBD).
Um SGBD – Sistema de Gestão de Base de Dados (em inglês DBMS –
DataBase Management System) é uma ferramenta construída para gerir a informação
que se encontra armazenada numa base de dados. Um SGBD ajuda a adicionar nova
informação à medida que fica disponível, a actualizar a informação sempre que
necessário, a catalogar rapidamente a informação, a realizar cálculos com os dados e a
imprimir a informação numa grande variedade de formatos. Mais importante que tudo
isto, permite-lhe encontrar exactamente a informação pretendida.
Assim um Sistema de Gestão de Base de Dados é um software que possui
recursos capazes de manipular as informações da base de dados e interagir com o
usuário. Alguns exemplos de SGBDs são: PostgreSQL,o, o próprio Microsoft Office
Acess. Por último, temos que conceitualizar um sistema de base de dados como o
conjunto de três componentes básicos: dados, hardware e software e usuários. A figura
4 demonstra claramente como funciona a comunicação entre as três partes principais de
uma base de dados.
Figura 4 - Componentes de um Sistema de Gestão de Base de Dados
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Para finalizar é necessário perceber o que é uma base de dados relacional. Uma
Base de Dados Relacional é uma base de dados em que os dados são organizados em
conjuntos de tabelas que estão logicamente relacionadas através de campos comuns. O
utilizador pode consultar uma base de dados relacional sem necessitar de conhecer a
forma como os dados estão fisicamente armazenados.
Em suma uma base de dados relacional surge através da geração de tabelas que
agrupam elementos específicos relativos a um determinado assunto. Por outro lado, uma
base de dados espacial armazena elementos de cariz geográfico que possibilitam, por
exemplo, determinar aspectos de localização e de proximidade.
3.3 Definição dos Mapas Temáticos a produzir
Para além da elaboração do mapa de enquadramento geográfico da nossa área de
estudo, vamos também desenvolver um conjunto de mapas temáticos/cartográficos que
surge como um elemento essencial, que tem como finalidade fornecer respostas a
algumas das nossas interrogações e simplificar a informação. O nosso projecto SIG foi
desenvolvido com recurso ao programa ArcGis, recorrendo a uma Geodatabase onde
vamos importar os dados espaciais e alfanuméricos. Com objectivo de tornar mais simples
a pesquisa temática neste projecto, construímos as relações de origem recorrendo ao
comando “Join” no ArcGis.
Na nossa perspectiva os mapas que decidimos elaborar são os seguintes:

Densidade Populacional no concelho de Fafe;

Localização Geográfica dos Clubes de Futebol situados nas Freguesias do
Concelho de Fafe;

Nomes dos Clubes de Futebol encontrados nas Freguesias do Concelho de Fafe;

Distribuição campos dos clubes de futebol;

Distribuição do Número de Jogadores por Clube de Futebol, inscritos na época
2012/2013;

Distribuição da Morada dos Jogadores dos Clubes de Futebol, do Concelho de
Fafe.
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
3.4 Descrição das Interrogações á Base de Dados
Desenvolvemos uma série de questões – tipo relacionadas com o problema
escolhido no sentido de apoio á construção da base de dados, com finalidade de adquirir
respostas coesas e lógicas. Desta forma através das fases complementares de um
processo de criação de base de dados espaciais, realizaremos um projecto que responda
a determinadas interrogações, como podemos visualizar seguidamente:

Quantos clubes treinam no Concelho de Fafe?

Em que freguesias estão situados os clubes?

Qual o clube com maior número de jogadores?

Quantos jogadores têm o clube Associação Desportiva de Fafe, Arões Sport
Clube, Associação Desportiva e Cultural do Pica e Futebol Clube de Antime?

Quantos clubes treinam no Concelho de Fafe?

Em que freguesias estão situadas os clubes?

Qual o clube com maior número de jogadores?

Qual a posição que possui mais atletas?

Quantos jogadores têm a Associação Desportiva e Cultural do Pica?

Quantos campos possuem Tipo “Relvado Sintético”?

Quantos campos possuem Tipo “Relvado Terra”?

Qual a posição do jogador André Silva?

Quantos jogadores têm menos de 19 anos de idade?

Quantos jogadores têm mais de 28 anos de idade?

Qual o clube com maior número de jogadores na posição de “Guarda Redes”?

Qual o nome dos jogadores com morada na freguesia de Pencelo?

Quantos jogadores efectuam treinos á “Quarta – Feira”?

Qual o nome dos treinadores que treina o escalão dos Iniciados B?

Quantas vitórias tiveram o escalão “Seniores”?

Quantas derrotas teve o escalão “Benjamins A”?

Quantos atletas femininos têm os clubes do concelho de Fafe?

Qual o clube de “Diana Silva”?

Quais os nomes dos adversários do escalão “Infantis A”?
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4. PROJECTO DA BASE DE DADOS RELACIONAL
Na criação de uma correcta base de dados geográficos é imprescindível passar
por várias fases, que findam num eficiente modelo físico da mesma. Desta maneira,
serão sintetizadas as várias etapas, delineando a sua funcionalidade.
4.1 Modelo Conceptual
A elaboração do modelo conceptual torna-se como o passo mais importante na
criação de uma base de dados relacional, considerando-se como a base de todo o
processo. No entanto salienta-se que o seu desenvolvimento não é obrigatório, no
projecto de base de dados, contudo fornece auxílio na estrutura da problemática. Com a
produção do modelo conceptual alcançámos uma simplificação da realidade no que diz
respeito á nossa problemática, pois somente considerámos as particularidades e
objectividades de maior interesse do projecto.
O modelo conceptual non geral permite identificar e representar o problema e os
objectivos de estudo que se pretendem atingir e solucionar. O modelo conceptual
consiste essencialmente, na definição das entidades (objectos apreendidos) e dos seus
atributos, assim como os seus respectivos relacionamentos entre elas e o tipo de
cardinalidade existente, para subsequente verificação, análise e concretização do
trabalho. Um modelo é conceptualizado para o fim a que se destina, não servindo,
geralmente para outros fins sobre a mesma realidade
O modelo conceptual serve para especificar (descrever os dados do problema
para posterior análise execução do projecto); comunicar (serve de instrumento de
comunicação entre equipas ou clientes); testar (permite avaliar determinadas opções e
testar a robustez do modelo antes da fase de implementação) e implementar (serve de
input ao processo de desenvolvimento da base de dados). A
materialização
deste
modelo passa pela construção do diagrama Entidade - Relacionamento (diagrama E-R)
e do inglês designado de Entity - Relationship Model. Permite esquematizar um modelo
de dados (tipos de dados e a forma como se interligam, mas não como os dados se
modificam, ou seja, o modelo E-R estático). Os concelhos para a modelação Entidade –
Relacionamento são: evitar redundâncias, isto é, a redundância ocorre quando se
representa o mesmo conceito de duas formas (a redundância desperdiça recursos e mais
importante, encoraja a inconsistência, ou seja, duas instâncias do mesmo facto podem
tornar-se inconsistentes se for alterada apenas uma delas); limitar a utilização de
entidades fracas e não utilizar entidades se for suficiente um atributo. Em anexo,
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
encontra-se a fase inicial do nosso modelo conceptual, sendo que o seu diagrama E-R
final encontra-se representado na figura 6. Importa mencionar que o modelo conceptual
aqui apresentado não constitui a nossa primeira versão. Procedeu-se a diversas
alterações, no sentido de diminuir a probabilidade de ocorrência de redundâncias e
inconsistências.
Através do modelo conceptual são identificados:

Entidades – Substantivos (o que é tangível, coisa que existe e é distinguível, ou
seja, são objectos do “mundo real” sobre os quais deseja-se manter informações na base
de dados);

Relacionamentos – Verbos (traduz a relação entre duas ou mais entidades. Ás
vezes um relacionamento aparece mais do que uma vez numa entidade, tal como um
actor desempenha diversos papéis, também uma entidade pode ter diversos papéis
relativamente a um relacionamento);

Atributos – Adjectivos (caracterização da entidade, ou seja, propriedades ou
características próprias que permitem descrever as entidades e os relacionamentos).
A geometria que vamos apresentar a seguir ilustra a legenda do nosso modelo
conceptual /diagrama Entidade – Relacionamento final, que está presente na figura 6.
ENTIDADES
RELACIONAMENTOS
ATRIBUTO
S
Figura 5 – Quadro Ilustrativo dos Elementos Principais do Modelo Conceptual
Existem três tipos de cardinalidade dos relacionamentos:

Relacionamento um-para-um (1:1) - uma única ocorrência de uma entidade
pode-se relacionar com apenas uma única ocorrência de outra entidade.

Relacionamento um-para-muitos (1:N) ou (N:1) - uma ocorrência de uma
entidade pode-se relacionar com muitas ocorrências de outra entidade ou vice-versa.
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
Relacionamento muitos-para-muitos (N:M) - várias ocorrências de uma
entidade podem-se relacionar com muitas ocorrências de outra entidade.
Análise e Leitura Crítica
A entidade constitui por um substantivo no diagrama E-R, como pode ser
visualizado na figura 6 representado por um rectângulo. A sua função só faz sentido, se
esta apresentar mais atributos que não sejam a chave ou tenham uma cardinalidade de
“muitos-para-muitos”. Os elementos que definem o modelo estão organizados segundo
entidade-tipo (conjunto de todas as entidades da mesma espécie), sendo que estas têm
os seus atributos que lhes estão filiados. Um modelo conceptual pode possuir ainda
entidades fracas, que consistem uma entidade dependente de outra entidade, ou seja,
ocasionalmente, algumas entidades necessitam de 2ajuda” para serem identificadas
univocamente. Uma entidade considera-se fraca, se para ser identificada univocamente,
é necessário seguir um ou mais relacionamentos 1:N e incluir a chave das entidades
associadas. No nosso caso específico, o modelo conceptual final é constituído por 12
entidades, seguidamente enunciadas: clube, jogador, treino, posição, inscrição, escalão,
treinador, jogo, campo, freguesia, concelho e distrito. Especificadamente, pressupomos
que é essencial referir, que a entidade-tipo com maior relevância é o clube (pois é a
partir deste que se desenvolve o nosso diagrama E-R). De destacar também a
importância da entidade jogador e freguesia, já que irão facultar componentes essenciais
tendo em conta a meta pretendida. Na tabela que se segue irá ser mencionada a
definição de cada entidade.
Entidades
Clube
Descrição
Representa os clubes de futebol que existem nas freguesias do
Concelho de Fafe, de natureza geográfica.
Jogador
Entidade de índole espacial que contém todos os jogadores de
futebol que compõe os vários clubes.
Treino
Entidade que diz respeito ao número de treinos realizados.
Posição
Representa o conjunto de todas as posições possuídas pelos
jogadores.
Inscrição
Compõe o número de inscrições dos clubes de futebol.
Freguesia
Entidade de carácter espacial que representa o nível hierárquico
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
mais pequeno da divisão administrativa de Portugal.
Concelho
Entidade de natureza espacial que apresenta o nível hierárquico
intermédio da divisão administrativa de Portugal.
Distrito
Entidade de índole espacial que representa a maior divisão
administrativa de Portugal.
Campo
Reúne os vários tipos de campos, possuindo essência espacial.
Escalão
Representa a entidade com os vários nomes dos escalões.
Jogo
Entidade que apresenta os jogos efectuados num dia definido, com
determinado adversário e um certo resultado.
Treinador
Engloba os treinadores que treinam os vários escalões.
Tabela 1 – Caracterização das Entidades
Os atributos (elementos informacionais que caracterizam as entidades), dizem
respeito às características próprias que descrevem as entidades e os relacionamentos,
correspondendo no diagrama E-R como uma elipse, constituindo-se assim como os
adjectivos. Existem quatro tipos de atributos: atributos simples (não possui qualquer
característica especial. A maioria dos atributos serão simples. Quando um atributo não é
composto, recebe um valor único como nome, por exemplo e não é um atributo chave,
então ele será atributo simples); atributos compostos (o seu conteúdo é formado por
vários itens menores. Um atributo composto pode ser considerado simples dependendo
da situação a tratar e quando os atributos básicos são tratados separadamente, um
atributo composto entra na entidade com todos os seus atributos básicos); atributos
derivados (estes atributos devem ser identificados na análise e podem ser representados
no modelo conceptual de dados, mas não devem fazer parte da entidade pois podem ser
calculados) e atributos multivalores (estes atributos possuem múltiplos valores e são
representados nos diagramas entidade – relacionamento com traço duplo). O nosso
modelo é composto 34 atributos, sendo que os atributos chave se encontram
sublinhados, e os restantes são os atributos não-chave. Na tabela 2 serão representados
os atributos de cada entidade- tipo que integram o nosso modelo conceptual. De referir
que no nosso modelo conceptual possui apenas atributos simples.
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Entidades
Atributos
Clube
ID_Clube, Morada, Nome
Jogador
B.I., Nome, Morada, Idade, Género
Treino
ID_Treino, Local, Dia, Hora
Posição
ID_Posição, Nome
Inscrição
Hora, Dia
Freguesia
ID_Fregue., Nome, População
Concelho
ID_Conc., Nome
Distrito
ID_Distrito, Nome
Campo
ID_Campo,
Tipo,
Local,
Capacidade
Escalão
ID_Escalão, Nome
Jogo
ID_Jogo, Dia, Adversário,
Resultado, Capacidade
Treinador
B.I., Nome
Tabela 2 – Definição dos Atributos do Diagrama E-R
Entende-se por relacionamentos a ligação entre duas ou mais entidades,
representando-se no diagrama E-R por losangos e expressam os verbos do modelo. As
entidades não estão isoladas, sendo necessário identificar relacionamentos para
representar correctamente o ambiente observado. Os principais elementos de
caracterização de um relacionamento são: semântica do relacionamento (especificada
através de uma denominação representativa do conceito observado, que deve ser lida da
esquerda para a direita e de cima para baixo); grau da cardinalidade de um
relacionamento (1:1,N:1 ou 1:N e N:M); condições de participação das entidades no
relacionamento (uma entidade é de participação obrigatória num relacionamento, se
todas as instâncias – consiste na individualização do objecto ou conceito- dessa entidade
estão relacionadas com pelo menos uma instância da outra entidade. Nalguns casos a
participação no relacionamento serão obrigatória e para outros será opcional, depende
das particularidades do ambiente observado e das regras estabelecidas. Este conceito
evita ambiguidade) e número de entidades que participam no relacionamento (um
relacionamento pode envolver mais do que duas entidades e as associações binárias
entre as entidades podem não mapear de forma correcta a informação desejada). As
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
letras e os números posicionados no meio dos relacionamentos indicam a sua
cardinalidade. Referente ao nosso modelo conceptual, este possui 13 relacionamentos.
Quanto ao tipo de cardinalidade, estes apresentam apenas dois dos três tipos:
relacionamento de um-para-muitos (1:N) e relacionamentos de muitos-para-muitos
(N:M), sendo possível verificar o seu significado anteriormente.
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Figura 6 – Modelo Conceptual (final) da Base de Dados
4.2 Modelo Espacial
O modelo espacial constitui uma adaptação do modelo conceptual, referido
anteriormente, no qual aparecem pictogramas que tornam explícitos os relacionamentos
espaciais. Estes pictogramas (abordagem baseada numa gramática formal) executados
entre entidades geográficas, corresponde respectivamente a um polígono, um ponto ou
uma linha. O uso de extensões espaciais, permite uma melhor representação do modelo
espacial, assim como uma mais fácil interpretação e através da redução da
complexidade do modelo conceptual e da identificação das entidades e relacionamentos
espaciais. Daí que a produção antecipada da base de dados desde a sua concretização
passando pela criação do modelo conceptual, seja crucial. E por outro lado, as extensões
em jogo proporcionam, posteriormente, a realização de interrogações á base de dados
(queries espaciais) através do Microsoft Office Acess.
Como é perceptível pela figura 8, que diz respeito ao modelo espacial, conseguese perceber nitidamente quais são as entidades geográficas/espaciais que aparecem
coligadas a um pictograma com os seus tipos. Com a finalidade de realizar
relacionamentos espácias entre as entidades recorremos á descriminação dos
pictogramas para as nossas entidades. Sendo assim, seis das entidades do nosso modelo
conceptual foram, convertidas para entidades geográficas/espaciais: clube (ponto);
jogador (ponto); campo (ponto); freguesia (polígono); concelho (polígono) e distrito
(polígono), que se relacionam entre si através de cinco relacionamentos espaciais do
tipo contains (contem). Como podemos observar pela figura 8, um exemplo notório é:
um concelho contém várias freguesias cada uma com um ou mais clubes. Como é
possível perceber na figura 7 ao modelo espacial foram acrescentados outros elementos
para além daqueles que este possuíra.
PONTOS
POLÍGONOS
“CONTAINS”
Figura 7 - Quadro Ilustrativo dos Elementos adicionados ao Modelo Espacial
Figura 8 – Modelo Espacial da Base de Dados
4.3 Modelo Lógico/Relacional
A realização do modelo lógico (tabela 3) é o processo posterior á concretização
do modelo conceptual. Aparece como essencial, para a obtenção do objectivo proposto,
podendo esta etapa ser considerada como a solução inicial da problemática. Recai na
estruturação e esquematização lógica e pormenorizada da base de dados e na
deliberação do seu conteúdo identificando as relações (entidades), atributos chave
(primárias e estrangeiras), e os atributos não chave.
O modelo lógico foi proposto por Codd, em 1970, sendo baseado na teoria
matemática das relações e a informação armazenada na forma de registos simples (nuplo ou tuple). Constitui-se como modelo de dados simples; corresponde,
frequentemente, á nossa maneira de pensar e o modelo abstracto no qual se baseia o
SQL.
A transição do modelo conceptual para o modelo lógico é realizado segundo
quatro de critérios:

Transformação de cada entidade numa relação (com os atributos chave e não
chave);

Conversão de cada relacionamento binário (ou unário) M:N numa relação (com
as chaves primárias de cada entidade e os atributos de relacionamento);

Para os relacionamentos de 1:1, 1:N, N:1, adicionar a chave da relação de menor
cardinalidade com o atributo da relação de maior cardinalidade (se houver
atributos de relacionamento, adicionar esses atributos á entidade de maior
cardinalidade);

Transformação de cada relacionamento ternário (ou superior) numa relação.
Análise e Leitura Crítica
Para o nosso trabalho foi fulcral recorrer às três primeiras normas referidas
anteriormente. A seguir será apresentado um exemplo de cada uma destas:

Transformação de cada entidade numa relação (com os atributos chave e não
chave). Aqui o atributo chave aparece sublinhado.
Relação: Clube (ID_Clube, Morada, Nome)

Conversão de cada relacionamento binário (ou unário) M:N numa relação (com
as chaves primárias de cada entidade e os atributos de relacionamento).
Relação: Contém (B.I._Treinador, ID_Escalão)

Para os relacionamentos de 1:1, 1:N, N:1, adicionar a chave da relação de menor
cardinalidade com o atributo da relação de maior cardinalidade (se houver atributos de
relacionamento, adicionar esses atributos á entidade de maior cardinalidade);
Base de Dados dos Clubes de Futebol
Relação: Inscrição (Hora, Data, ID_Escalão, ID_Clube)
Assim sendo, procedemos à utilização destas normas ao projecto em causa,
através da tabela 3.
Entidade
Atributos Chave
Atributos não -
Primária
Chave
Clube (ponto)
ID_Clube
Morada, Nome
ID_Fregue.
Jogador (ponto)
B.I.
Nome, Morada,
ID_Clube,
Idade, Género
Chave Estrangeira
ID_Posição,
ID_Fregue
Treino
ID_Treino
Local, Dia, Hora
Posição
ID_Posição
Nome
Inscrição
Hora
Data
ID_Escalão,
ID_Clube
Freguesia
ID_Fregue.
Nome, População
ID_Conc.
Nome
Distrito (polígono)
ID_Distrito
Nome
Campo (ponto)
ID_Campo
Tipo, Local,
ID_Conc.
(polígono)
Concelho
ID_Distrito
(polígono)
ID_Fregue.
Capacidade
Escalão
ID_Escalão
Nome
Jogo
ID_Jogo
Dia, Adversário,
ID_Escalão,
Resultado
ID_Campo
Treinador
B.I.
Contém
B.I._Treinador,
Nome
ID_Escalão
Efectua
B.I._Jogador,
ID_Treino
Tabela 3 – Modelo Lógico da Base de Dados
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
4.4 Normalização
A normalização é uma etapa muito importante na criação da base de dados final,
pois incide na validação e correcção da solução inicial de uma problemática. Consiste
em analisar o esquema de relações /dependências entre atributos, baseados em chaves
idênticas, com um conjunto de regras bem definidas com vista á eliminação dos dados.
Este método baseia-se na transformação de uma relação arbitrária, sujeita a
determinadas restrições, num conjunto de projecções possuindo certas características de
normalização, reduzindo o risco de anomalias no projecto da base de dados. Logo, a
normalização vai permitir uma melhoria da base de dados ao nível:

Da diminuição da redundância da informação, ou seja, evitar repetição da
informação;

De evitar a dependência de inconsistência;

Da integridade dos dados (uma vez que impede que quando se elimina um dado
desapareçam outros);

De um armazenamento consistente e um eficiente acesso aos dados da base de
dados;

Redução dos índices numa tabela, levando a um menor risco de mau
funcionamento da base de dados.
Por outras palavras, a normalização é um conjunto de normas que permitem criar
uma boa estruturação da base de dados relacional, por forma a evitar redundância,
inconsistência, anomalias de inserção e anomalias de apagamento.
Sendo assim, a normalização é um processo composto como podemos verificar
pela figura 9 por seis regras básicas chamadas de Formas Normais (as relações que não
satisfazem certas propriedades chamadas formas normais, são consequentemente
decompostas em relações mais pequenas, de modo a satisfazer as propriedades
pretendidas):

A Primeira Forma Normal (1 NF) – nenhum dos atributos simples ou compostos
pode ser uma relação, ou seja, nenhuma relação pode ter grupos de atributos repetidos; a
tabela deve ser apenas bidimensional e todas as ocorrências de um mesmo registo
devem conter o mesmo número de atributos;
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Base de Dados dos Clubes de Futebol

A Segunda Forma Norma (2 NF) – quando esta na 1 NF e cada atributo não
participante na chave primária for totalmente, ou seja, quando todos os atributos não
chave dependem da totalidade da chave;

A Terceira Forma Normal (3 NF) - quando está na 2 NF e cada atributo não
participante na chave primária for dependente da forma não transitiva da chave
primária, isto é, se nenhum atributo não chave depender funcionalmente de algum outro
atributo que não seja chave.
1 NF
2 NF
3 NF
BCNF
4 NF
5 NF
Figura 9- Diferentes Formas de Normalização
Apesar de serem enunciados a cima que existem seis regras básicas ou formas
normais, apenas na prática as três que foram mencionadas sucintamente são as mais
importantes, enquanto a forma BCNF (Forma Normal de Boyce Cood), 4 NF (Quarta
Forma Normal) e 5 NF (Quinta Forma Normal) são raramente consideradas no
desenvolvimento prático de uma base de dados
Análise e Leitura Crítica
Nem sempre é necessário normalizar uma base de dados até á últimas forma
normal e no caso deste projecto, até á terceira forma normal foi suficiente. Aplicando a
normalização ao modelo lógico/relacional para a gestão dos clubes de futebol do
concelho de Fafe, podemos verificar a inexistência de anomalias, resultando o produto
final na tabela 4, pois sem nos apercebemos a base de dados relacional foi-se
normalizando, segundo uma nossa leitura aprofundada.
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Entidades
1 NF
Clube (ponto) – ID _Clube, Morada, Nome, ID_Fregue.
OK
Jogador (ponto) – B.I., Nome, Morada, Idade, Género, OK
2 NF
3 NF
OK
OK
OK
OK
ID_Clube, ID_Posição, ID_Fregue
Treino – ID_Treino, Local, Dia, Hora
OK
OK
OK
Posição – ID_Posição, Nome
OK
OK
OK
Inscrição – Hora, Data, ID_Escalão, ID_Clube
OK
OK
OK
Freguesia (polígono) – ID_Fregue., Nome, População, OK
OK
OK
ID_Conc.
Concelho (polígono) – ID_Conc., Nome, ID_Distrito
OK
OK
OK
Distrito (polígono) – ID_Distrito, Nome
OK
OK
OK
Campo (ponto) – ID_Campo, Tipo, Local, Capacidade, OK
OK
OK
OK
OK
OK
Jogo – ID_Jogo, Dia, Adversário, Resultado, ID_Escalão, OK
OK
OK
ID_Fregue.
Escalão – ID_Escalão, Nome
ID_Campo
Treinador – B.I., Nome
OK
OK
OK
Contém – B.I._Treinador, ID_Escalão
OK
OK
OK
Efectua – B.I._Jogador, ID_Treinador
OK
OK
OK
Tabela 4 – Aplicação da Normalização ao Modelo Lógico/Relacional
4.5 Modelo Físico
O modelo físico consiste na implementação da base de dados, sendo necessário,
para o efeito, á utilização de um software, ou seja, um SGBD (Sistema de Gestão de
Base de Dados)
A sua implementação implica análise das características e recursos necessários,
para armazenamento e manipulação na estrutura de dados. No fundo, podemos afirmar
que esta etapa é aquela em que vai ser possível armazenar, gerir, consultar, mas também
actualizar todos os dados que estiverem, numa fase inicial a ser seleccionadas e tratadas.
Base de Dados Relacional – Mestrado em SIG e Ordenamento do Território
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Sem dúvida que o modelo físico tem como principal objectivo agir sobre o modelo
lógico dos dados, assim como a ter em contas as especificidades informáticas na
implementação.
A organização física dos dados deverá ter em conta as seguintes restrições:

Volume dos dados na base de dados;

Tempo necessário para aceder aos dados;

Transferência de dados entre a base de dados e a unidade de processamento.
No nosso caso específico, em termos de software optámos pelo Microsoft Acess
(um software amplamente difundido e com potencialidades reconhecidas). Neste
software criámos as relações (tabelas), com os respectivos atributos, definimos a chave
primária e estabelecemos as relações de cardinalidade. Para além disso construímos as
tabelas que anteriormente identificamos no modelo lógico como relações (entidades).
Posteriormente com a concepção da base de dados é carregada toda a
informação e procedeu-se ao estabelecimento dos relacionamentos. A figura 10
representa o modelo físico final implementado em Microsoft Acess.
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Figura 10 – Modelo Físico implementado em MS Acess
4.6 Definição das Queries - SQL
Realizada a implementação da base de dados, por conseguinte foram efectuadas
uma série de interrogações, que pretendem dar resposta a um conjunto de questões úteis
á gestão dos clubes de futebol do concelho de Fafe, mas também validar o
funcionamento das mesmas, ou seja, o sucesso nas respostas dessas questões faz parte
do processo de validação de uma base de dados.
Para efectuar as interrogações á base de dados utilizámos as ferramentas do
Sistema de Gestão de Base de Dados (Microsoft Acess) e a linguagem SQL para
construir as questões e por conseguinte obter respostas. As questões e as respostas
apresentam-se da seguinte maneira lógica: construção da consulta na Microsoft Acess,
interrogação em SQL e resposta no final de cada questão (é possível verificar na base de
dados realizada no Microsoft Acess as tabelas dos resultados). Na figura 11, podemos
verificar uma pequena banda desenhada acerca do SQL.
Figura 11 – Banda Desenhada acerca do SQL
1-Quantos clubes treinam no Concelho de Fafe?
SELECT Count(*) AS Expre1
FROM Clube;
Resposta: 10 Clubes
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2-Em que freguesias estão situados os clubes?
SELECT DISTINCT Freguesia.Nome, Clube.Nome
FROM Freguesia INNER JOIN Clube ON Freguesia.ID_Freguesia = Clube.ID_Freguesia;
Resposta: Freguesias: Aboim (Desportivo de Aboim); Antime (Futebol Clube de
Antime); Armil (Associação Desportiva de Armil); Arões -Santa Cristina (Arões Santa
Cristina Sport Clube); Fafe (Associação Desportiva de Fafe); Fornelos (Escola de
Futebol de Fornelos); Medelo (Associação Desportiva de Medelo); Quinchães
(Quinchães Sport Clube); Ribeiros (Associação Desportiva e Cultural do Pica) e São
Gens (Futebol Clube de São Gens).
3-Qual o clube com maior número de jogadores?
SELECT Clube.Nome, Count(Clube.Nome) AS ContarDeNome
FROM Clube INNER JOIN Jogador ON Clube.ID_Clube = Jogador.ID_Clube
GROUP BY Clube.Nome;
Resposta: O clube é a Associação Desportiva de Fafe.
4-Qual a posição que possui mais atletas?
SELECT Posição.Nome, Count(Posição.Nome) AS ContarDeNome
FROM Posição INNER JOIN Jogador ON Posição.ID_Posição = Jogador.ID_Posição
GROUP BY Posição.Nome;
Resposta: As posições são Defesa Esquerdo e Médio Ofensivo.
5-Quantos jogadores têm a Associação Desportiva e Cultural do Pica?
SELECT Jogador.Nome, Clube.Nome
FROM Clube INNER JOIN Jogador ON Clube.ID_Clube = Jogador.ID_Clube
WHERE (((Clube.Nome)="ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA E CULTURAL DO PICA"));
Resposta: 40 jogadores.
6-Quantos campos possuem Tipo “Relvado Sintético”?
SELECT count (Campo.Tipo)
FROM Campo
WHERE (((Campo.Tipo)="RELVADO SINTÉTICO"));
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.
Resposta: Possuem 7 campos
7-Quantos campos possuem Tipo “Relvado Terra”?
SELECT Count(Campo.Tipo) AS Expr1
FROM Campo
WHERE (((Campo.Tipo)="RELVADO TERRA"));
Resposta: Possuem 11 campos.
8-Qual a posição do jogador André Silva?
SELECT Posição.Nome, Jogador.Nome
FROM Posição INNER JOIN Jogador ON Posição.ID_Posição = Jogador.ID_Posição
WHERE (((Jogador.Nome)="ANDRÉ SILVA"));
Resposta: Defesa Central
9-Quantos jogadores têm menos de 19 anos de idade?
SELECT Count(Jogador.Idade) AS Expr1
FROM Jogador
WHERE (((Jogador.Idade)<19));
Resposta: Têm 266 jogadores.
10-Quantos jogadores têm mais de 28 anos de idade?
SELECT Count(Jogador.Idade) AS Expr1
FROM Jogador
WHERE (((Jogador.Idade)>28));
Resposta: Têm 8 jogadores.
11-Qual o clube com maior número de jogadores na posição de “Guarda Redes”?
SELECT Clube.Nome, Jogador.ID_Posição
FROM Clube INNER JOIN Jogador ON Clube.ID_Clube = Jogador.ID_Clube
WHERE (((Jogador.ID_Posição)=1001));
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Base de Dados dos Clubes de Futebol
Resposta: Associação Desportiva de Fafe
12-Qual o nome dos jogadores com morada na freguesia de Pencelo?
SELECT Jogador.Nome, Jogador.Morada
FROM Jogador
WHERE (((Jogador.Morada)="PENCELO"));
Resposta: Daniel Oliveira, Fábio Jonas, Salvador Magalhães e André Pinto.
13-Quantos jogadores efectuam treinos á “Quarta – Feira”?
SELECT COUNT(Jogador.Nome)
FROM Jogador INNER JOIN (Treino INNER JOIN Efectua ON Treino.ID_Treino =
Efectua.ID_Treino) ON Jogador.BI_Jogador = Efectua.BI_Jogador
WHERE (((Treino.Dia)="QUARTA - FEIRA"));
Resposta: 86 jogadores.
14-Qual o nome dos treinadores que treina o escalão dos Iniciados B?
SELECT Treinador.Nome, Contém.ID_Escalão
FROM Treinador INNER JOIN Contém ON Treinador.BI_Treinador = Contém.BI_Treinador
WHERE (((Contém.ID_Escalão)=2006));
Resposta: Leornardo Jardim, Rui Cost, Ernesto Figueiredo, Júlio Silva, Octávio
Machadoe e Francisco Seabra.
15-Quantas vitórias tiveram o escalão “Seniores”?
SELECT count (Escalão.Nome)
FROM Escalão INNER JOIN Jogo ON Escalão.ID_Escalão = Jogo.ID_Escalão
WHERE (((Jogo.Resultado)="VITÓRIA") AND ((Escalão.Nome)="SENIORES"));
Resposta: 3 vitórias.
16-Quantas derrotas teve o escalão “Benjamins A”?
SELECT count (Escalão.Nome)
FROM Escalão INNER JOIN Jogo ON Escalão.ID_Escalão = Jogo.ID_Escalão
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WHERE (((Jogo.Resultado)="DERROTA") AND ((Escalão.Nome)="BENJAMINS A"));
Resposta: 2 derrotas.
17-Quantos jogadores do género feminino têm os clubes do concelho de Fafe?
SELECT Clube.Nome, Jogador.Género
FROM Clube INNER JOIN Jogador ON Clube.ID_Clube = Jogador.ID_Clube
WHERE (((Jogador.Género)="FEMININO"));
Resposta: Têm 3 jogadores do género masculino.
18-Qual o clube de “Diana Silva”?
SELECT Clube.Nome, Jogador.Nome
FROM Clube INNER JOIN Jogador ON Clube.ID_Clube = Jogador.ID_Clube
WHERE (((Jogador.Nome)="Diana Silva"));
Resposta: Arões (Santa Cristina) Sport Clube.
19-Quais os nomes dos adversários do escalão “Infantis A”?
SELECT Jogo.Adversário, Escalão.Nome
FROM Escalão INNER JOIN Jogo ON Escalão.ID_Escalão = Jogo.ID_Escalão
WHERE (((Escalão.Nome)="INFANTIS A"));
Resposta: Urgezes; Lousada; Rebordosa; Grijó FC; Desportivo de Parada; União
Lamas; Salgueiros; FC Creixomil; Vasco da Gama e Sacavense.
5. IMPLEMENTAÇÃO DA BASE DE DADOS EM SIG
Após o término da operacionalização da base de dados pretendemos realizar e
consequentemente analisar a informação gerada para um Sistema de Informação
Geográfica, com propósito de conferir um carácter espacial às entidades que
considerámos geográficas. Este processo, constitui assim um dos objectivos cruciais do
nosso projecto e contribui para uma produção e apresentação da cartografia dos nossos
dados. A transferência para a base de dados espacial efectuara-se assim através do
programa ArcGis da ESRI.
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Sendo assim, podemos referir que a base de dados ArcGis é uma base de dados
geográficos, que opera sobre dois tipos: informação gráfica (descrição digital de
elementos de um mapa. Pode incluir as coordenadas, as regras e os símbolos que
definem elementos geográficos específicos num mapa) e informação não gráfica
(representação das características, qualidades ou relações dos elementos de um mapa ou
localização geográfica).
O primeiro passo foi a criação de um Geodatabase no ArcCatalog para
armazenar os dados de entrada composta por uma Feature Dataset para onde se
procedeu ao Import das shapefiles todas e onde foi armazenada toda a informação e os
que seriam gerados a fim de mantê-los organizados e com sistema de projecção de
coordenadas uniformes. Como a finalidade era definir o melhor esquema e não
necessariamente definir todo um conjunto de dados a nível global, foram utilizados
dados cartográficos oficiais de Portugal, como a Carta Administrativa Oficial
Portuguesa (CAOP2012). O sistema de referência utilizado foi PT – TM06/ETRS89 –
European Terrestrial Reference System, com a projecção cartográfica de Transversa de
Mercator.
5.1 Produção dos Mapas Temáticos
Figura 12 – Densidade Populacional no Concelho de Fafe, em 2011
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Figura 13- Localização Geográfica dos Clubes de Futebol
Figura 14- Nome dos Clubes de Futebol
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Figura 15 – Distribuição dos Campos de Futebol
Figura 16- Distribuição do Número de Jogadores dos Clubes
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Figura 17- Distribuição da morada dos jogadores
Figura 18 – Capacidade Total dos Campos de Futebol
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Análise e Leitura Crítica
Através da análise das representações cartográficas observámos que existem 10
clubes ao todo em que a maioria se concentra a Sul do concelho de Fafe, apenas com
excepção de Desportivo de Aboim que se localiza a Norte do concelho, sendo possível
verificar pela figura 13 e 14. De referir apenas por curiosidade que no mapa 12 está
representado a densidade populacional e se observámos com atenção é possível ver que
é precisamente a Sul e a Oeste que se localiza um maior número de pessoas.
Na figura 15, através da distribuição dos campos de futebol podemos averiguar
que é na freguesia de Fafe que se concentra o maior número de campos de futebol com
7, sendo as freguesias de Aboim e Antime que possuem menor número de campos,
respectivamente 1 e 2 . O mesmo se verifica praticamente na figura 16, apesar de esta
representar a distribuição do número de jogadores por clube, sendo possível analisar que
é a freguesia de Fafe, logo o clube Associação Desportiva de Fafe que concentra a
maior parte dos jogadores.
No que diz respeito á figura 17, Distribuição da Morada dos Jogadores, podemos
denotar que existe uma grande concentração de jogadores que habitam no concelho de
Fafe, mas também existem outros que provêm de outros concelhos, como Guimarães
(nas freguesias de Pencelo, Serzedelo, Urgezes, Mascotelos e Barco), Esposende (Mar,
Marinhas e Antas), Cabeceiras de Basto (Alvite e Painzela), Celorico de Basto (Agilde,
Molares, Rego e Ribas) e de Vieira do Minho (com freguesias de Mosteiro, Cova, Anjos
e Ventosa).
Por último, relativamente á figura 18 podemos verificar que os campos com
maior número de capacidade, ou seja, lotação de adeptos se reúne na freguesia de Fafe e
Quinchães, ao contrário de Aboim e Antime que têm uma menor capacidade de suporte
.
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6.
CONCLUSÃO
O presente trabalho, cuja parte escrita aqui se apresenta, foi composto, como é
passível de se verificar maioritariamente por tarefas práticas, que visaram a aplicação e
aprofundamento dos nossos conhecimentos práticos adquiridos nesta unidade curricular.
Podemos também confirmar que este projecto se tornou útil e contribui para uma maior
aquisição de competências, experiências, informação e técnicas até então desconhecidas
e novas para nós. Apesar de este tipo de tarefas que realizámos no decorrer no decorrer
do trabalho serem bastante morosas, principalmente até chegámos á concepção do
Modelo Conceptual final, pois este sofreu inúmeras alterações até ao produto final,
podemos afirmar que este modelo conceptual ainda pode ser passível de ser melhorado
num futuro próspero. Considerámos também que todas as etapas realizadas foram
enriquecedoras, já que possibilitaram uma assinalável melhoria em termos dos nossos
conhecimentos relativos á criação de uma base de dados.
A parte inicial, ou seja, do modelo conceptual até á implementação da base
dados em Microsoft Acess (modelo físico) e claramente a parte fulcral da construção da
nossa base de dados, foi a parte mais morosa deste projecto. Por conseguinte foi
realizada a introdução dos dados, alguns reais que foram adquiridos em trabalho de
campo, e outros claro “fictícios” dado a enorme complexidade da base de dados
relativamente a algumas entidades. Tudo isto levou a uma correcta operacionalização da
base de dados, ou seja, definição das queries, e posterior tratamento da informação,
através da implementação da base de dados em SIG, obtendo assim o produto final. De
salientar que na base de dados, não foi possível inserir todos os dados de todos os
jogadores, devido á imensidão de dados e sendo assim, apenas referimos uma pequena
amostra de cada clube.
Após terminar o trabalho, podemos concluir que se consegui validar deforma
global os nossos pressupostos iniciais, respondendo de igual forma á problemática do
nosso trabalho. Na concepção deste projecto foram sentidas inúmeras dificuldades,
essencialmente no que diz respeito á concepção do modelo conceptual, na
implementação dos dados em Software Microsoft Acess e na resolução das questões em
formato SQL. A informação/dados que derivaram deste trabalho serviram para
concretizar o que foi estipulado na criação dos nossos objectivos.
Em suma, conclui-se que o presente trabalho e efectivamente todo o processo de
construção de uma base de dados é bastante morosa e em grande parte diligente e para
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além disso não existe apenas uma alternativa, mas sim um aglomerado de várias opções
que nos possibilita chegar a diversos produtos finais.
7.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Artigos
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Outros
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Apontamentos das aulas da Unidade Curricular de Base de Dados Relacionais
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8. ANEXOS
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