L-LEUCINA Peso molecular: 131,17 Fórmula molecular: C6H13NO2 CAS: 61-90-5 DCB: 05215 1. Características: os aminoácidos são os componentes mais importantes para quem pratica atividade física. Essenciais ou não, eles contribuem para melhorar o rendimento nos treinos e ainda atuam de maneira benéfica no organismo. Pesquisas recentes indicam que os aminoácidos não-essenciais podem ser necessários em quantidades maiores do que o organismo pode produzir a partir dos essenciais. Os essenciais são: isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina juntamente com a histidina que é essencial para as crianças. Os aminoácidos essenciais devem ser fornecidos pela alimentação, pois sua produção no organismo é insuficiente às necessidades metabólicas. A L-Leucina é uma das principais fontes de energia durante exercícios prolongados. Também aumenta a síntese e armazenamento de proteínas. A L-leucina faz parte dos aminoácidos de cadeia contínua, estes são metabolizados somente no tecido muscular, tornando-os um importante componente de qualquer programa de exercícios físicos. Protege os músculos de lesões por esforço excessivo, através da promoção da síntese (produção) de proteínas e da redução do catabolismo protéico. Participa como substrato para a gliconeogênese (síntese de energia) e podem ser convertida em componentes essenciais à produção de energia, principalmente na musculatura esquelética, onde também estimulam a produção dos aminoácidos Lalanina e L-glutamina. Estes aminoácidos podem ser utilizados como auxiliares no tratamento da encefalopatia hepática, doença que provoca lesão do fígado, geralmente em pessoas alcoolistas. Estudos recentes indicam que o uso deste aminoácido pode promover a cicatrização óssea e muscular em fraturas e lesões, por isso é muito utilizado em pacientes no tratamento pós-cirúrgico. Por diminuir a disponibilidade de L-fenilalanina no cérebro, a suplementação de Lleucina, pode ser útil no tratamento da fenilcetonúria (deficiência inata da enzima fenilalanina hidroxilase ou de precursores à sua síntese) e atuar na redução dos sintomas da discinesia tardia (distúrbio motor induzido por medicamentos antipsicóticos). A biotina, vitamina do complexo B, participa ativamente do catabolismo da L-leucina, processo no qual este aminoácido é degradado em compostos essenciais à produção de energia pelas células do organismo. Por ser um aminoácido essencial, a L-leucina é obtida a partir do consumo de certos alimentos na dieta. Após a ingestão, a L-leucina é -1- IT_L-Leucina_31/05/10 absorvida pelo intestino delgado e transportada pelo sangue até o fígado, onde parte será utilizada como substrato para a síntese de proteínas e parte será catabolizada, na presença de biotina, em derivados essenciais à produção de energia. A L-leucina é distribuída aos tecidos que dela necessitem através da circulação sanguínea. Este aminoácido está presente em maior concentração na musculatura esquelética, mas pode também ser encontrado no cérebro e rins. 2. Indicações: em suplementações dietéticas, e para aumentar a capacidade de cicatrização dos ossos, pele e tecido muscular. Na a síntese e armazenamento de proteínas musculares e proteção dos músculos das lesões por esforço excessivo, através da promoção da síntese (produção) de proteínas e da redução do catabolismo protéico. 3. Posologia: é usada na faixa de 500 a 1000mg ao dia. 4. Precauções: o uso de suplementos contendo aminoácidos de cadeia ramificada, como a L-leucina, deve ser evitado durante a gravidez e a lactação, e a suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada, como a L-leucina, é contra indicada a bebês e crianças. Não foram encontradas informações na literatura pesquisada. Recomenda-se que o uso de suplementos de L-leucina por idosos seja prescrito e supervisionado por um profissional de saúde, já que o uso deste suplemento pode interagir com alguns medicamentos freqüentemente prescritos e utilizados por idosos. 5. Contra Indicações: a pacientes com alergia a alimentos protéicos, portadores da doença da urina de xarope de bordo (doença metabólica hereditária do metabolismo dos aminoácidos, caracterizada por acidose, sintomas do sistema nervoso central e urina com odor de melado) e a acidemia isovalérica (enfermidade matabólica hereditária, causada pela deficiência de uma enzima denominada de isovaleril CoA deshidrogenase). 6. Referências Bibliográficas: BATISTUZZO, J.A.O.; ITAYA, M.; ETO, Yukiko. Formulário Médico Farmacêutico, 2ª edição, São Paulo, Tecnopress, 2002. ROSSI, L.; TIRAPEGUI, J.O. Aminoácidos: bases atuais para sua suplementação na atividade física. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 2000. Nutritional Supplements with oral Amino Acid Mixtures increases whole – body lean mass and insulin sensitivity in elderly subjects with Sarcopenia, Am J, 2008. BLOMSTRAND, E. et al. Effect of branched-chain amino acid and carbohydrate supplementation on the exercise-induced change in plasma -2- IT_L-Leucina_31/05/10 and muscle concentration of amino acids in human subjects. Acta Physiologica Scandinavica, 1995. BLOMSTRAND, E.; SALTIN, B. BCAA intake affects protein metabolism in muscle after but not during exercise in humans. American Journal of Physiology – Endocrinology and Metabolism, 2001. -3- IT_L-Leucina_31/05/10