EMPRESAS - 03.09.10: Independência quer

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EMPRESAS - 03.09.10: Independência quer suspender pagamentos
Alda do Amaral RochaSem ter obtido o capital de giro necessário para pagar credores da recuperação judicial e
continuar operando - ainda que parcialmente - , o frigorífico Independência quer suspender o pagamento das parcelas
de sua dívida por quatro a seis meses e também o pagamento da mensalidade de setembro. A empresa convocou uma
assembleia com os credores, no próximo dia 8, para discutir a proposta. O Independência, que está em recuperação
judicial desde novembro do ano passado, quer postergar os pagamentos até que obtenha um novo aporte de recursos.
Segundo fontes próximas à empresa, o volume de capital de giro que o frigorífico necessitava para pagar credores e operar
era estimado em R$ 360 milhões. Uma das possibilidades a ser discutida como forma de pagar os credores é a
conversão de dívidas em capital do Independência, disse uma das fontes. A reportagem entrou em contato com área de
relações com investidores da empresa por e-mail, no fim da tarde de ontem, para falar do tema, mas não houve
manifestação. A proposta apresentada ontem pelo Independência aos credores desagradou a pecuaristas do Mato
Grosso. O superintendente da Associação dos Criadores e Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, disse que se a
assembleia do dia 8 decidir pela suspensão dos pagamentos, o Independência terá que dar garantias reais aos
credores. "Trabalhamos com duas possibilidades: ou se dá mais um voto de confiança ao Independência ou pede-se a
falência da empresa", afirmou Vacari. "Acho que o Independência já teve muitas oportunidades (...) Quem garante
que daqui a seis meses o problema estará resolvido", indagou. Em teoria, se o Independência descumprir alguma
cláusula do plano de recuperação judicial, credores podem pedir a falência da companhia. No plano aprovado em
novembro passado, ficou definido que o Independência pagaria à vista as dívidas até R$ 100 mil. No caso de valores
superiores, receberiam R$ 100 mil de entrada e o saldo seria dividido em 24 parcelas pagas a partir de março deste
ano. Naquele mês, o Independência conseguiu emitir um eurobônus de US$ 165 milhões no mercado internacional para
pagar dívidas com pecuaristas e outros fornecedores que venciam em 31 de março. Afetado pela crise internacional, o
Independência pediu proteção contra a falência no começo do ano passado. No total, suas dívidas com credores
chegavam a R$ 3 bilhões. No plano de recuperação aprovado, os credores financeiros (com créditos de R$ 2 bilhões)
perdoaram 50% das dívidas. Mas ficou definido que se houver venda do controle, estes terão direito a um bônus de
subscrição, uma espécie de ação do frigorífico. Nesse caso, 50% do valor da operação será dividido entre os credores
financeiros. Fonte: Valor Econômico – Agronegócios
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Produzido em: 29 May, 2017, 05:26
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