UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Derivadas de Funções Trigonométricas Prof.: Rogério Dias Dalla Riva Derivadas de Funções Trigonométricas 1.Derivadas de funções trigonométricas 2.Extremos relativos de funções trigonométricas 3.Aplicações 1. Derivadas de funções trigonométricas Na aula importantes: anterior, sen ∆x lim =1 e ∆x →0 ∆x vimos dois limites 1 − cos ∆x lim =0 ∆x →0 ∆x 3 1.1. Derivada da função seno Esses dois limites são utilizados na dedução da derivada da função seno: d sen ( x + ∆x ) − sen x sen x cos ∆x + sen ∆x cos x − sen x sen x ] = lim = lim [ ∆x →0 ∆x →0 dx ∆x ∆x sen ∆x cos x − sen x (1 − cos ∆x ) sen ∆x cos x sen x (1 − cos ∆x ) = lim = lim − lim ∆x →0 ∆x →0 ∆x →0 ∆x ∆x ∆x sen ∆x (1 − cos ∆x ) = lim cos x ⋅ lim − lim sen x ⋅ lim ∆x →0 ∆x →0 ∆x →0 ∆x →0 ∆x ∆x = cos x ⋅ 1 − sen x ⋅ 0 = cos x Portanto: d sen x ] = cos x [ dx 4 1.2. Derivada cosseno da função Esses dois limites também são utilizados na dedução da derivada da função cosseno: d cos ( x + ∆x ) − cos x cos x cos ∆x − sen ∆x sen x − cos x cos x ] = lim = lim [ ∆x →0 ∆x →0 ∆x ∆x dx cos x [cos ∆x − 1] cos x cos ∆x − cos x − sen ∆x sen x sen x sen ∆x = lim = lim − lim ∆x →0 ∆x →0 ∆x →0 ∆x ∆x ∆x 1 − cos ∆x sen ∆x = − lim ⋅ lim cos x − lim sen x ⋅ lim ∆x →0 ∆x →0 ∆x →0 ∆x →0 ∆x ∆x = −0 ⋅ cos x − sen x ⋅ 1 = −sen x Portanto: d cos x ] = −sen x [ dx 5 1.3. Derivada tangente da função Lembrando que tg x = sen x/cos x e utilizando a regra do quociente, teremos d d sen x tg x ] = = [ dx dx cos x = = cos x ⋅ d d ( sen x ) − sen x ⋅ ( cos x ) dx dx 2 ( cos x ) cos x ⋅ cos x − sen x ⋅ ( −sen x ) cos2 x cos2 x + sen2 x = cos2 x 1 2 = sec x 2 cos x Portanto: d tg x ] = sec 2 x [ dx 6 1.4. Derivada da função cotangente Lembrando que cotg x = cos x/sen x e utilizando a regra do quociente, teremos d d cos x = cotg x ] = [ dx dx sen x = = sen x ⋅ sen x ⋅ ( −sen x ) − cos x ⋅ ( cos x ) sen2 x ( − sen2 x + cos2 x sen2 x )=− d d cos x cos x − ⋅ ( ) ( sen x ) dx dx 2 ( sen x ) −sen2 x − cos2 x = sen2 x 1 2 = − cossec x sen2 x Portanto: d cotg x ] = −cossec 2 x [ dx 7 1.5. Derivada secante da função Lembrando que sec x = 1/cos x e utilizando a regra do cadeia, teremos d d 1 d −1 −2 [sec x ] = dx cos x = dx [cos x ] = −1⋅ [cos x ] ⋅ [ −sen x ] dx 1 1 sen x = ⋅ sen x = ⋅ = sec x ⋅ tg x 2 cos x cos x cos x Portanto: d sec x ] = sec x tg x [ dx 8 1.6. Derivada cossecante da função Lembrando que cossec x = 1/sen x e utilizando a regra do cadeia, teremos d d 1 d −1 −2 cossec x sen x 1 sen x = = = − ⋅ ⋅ [cos x ] [ ] [ ] [ ] dx dx sen x dx 1 1 cos x =− ⋅ cos x = − ⋅ = −cossec x ⋅ cotg x 2 sen x sen x sen x Portanto: d cossec x ] = −cossec x cotg x [ dx 9 1.7. Resumo das derivadas das funções trigonométricas A seguir, são apresentadas as versões da Regra da Cadeia para as regras de diferenciação de todas as seis funções trigonométricas. d du sen u ] = cos u [ dx dx d du cotg u ] = −cossec 2 u [ dx dx d du cos u = − sen u [ ] dx dx d du sec u ] = sec u tg u [ dx dx d du 2 tg u = sec u [ ] dx dx d du cossec u = − cossec u cotg u [ ] dx dx 10 1.8. Exemplos Exemplo 1: Diferencie as funções: (a) y = sen (2x), (b) y = cos (x - 1) e (c) y = tg (3x). (a ) Fazendo u = 2 x, temos que u ' = 2 dy du d = cos u = cos (2 x ) 2 x ] = cos (2 x ) (2) = 2cos(2 x ) [ dx dx dx (b ) Fazendo u = x − 1, temos que u ' = 1 dy du d = −sen u = −sen ( x − 1) x − 1] = −sen ( x − 1) (1) = −sen ( x − 1) [ dx dx dx (c ) Fazendo u = 3 x, temos que u ' = 3 d dy du 3 x ] = sec 2 (3 x ) (3) = 3 sec 2 (3 x ) = sec 2 u = sec 2 (3 x ) [ dx dx dx 11 1.8. Exemplos Exemplo 2: Diferencie f(x) = cos (3x2). (a ) Fazendo u = 3 x 2 , temos que u ' = 6 x dy du d 3 x 2 = −sen u = −sen (3 x 2 ) dx dx dx = −sen (3 x 2 ) (6 x ) = −6 x sen (3 x 2 ) 12 1.8. Exemplos Exemplo 3: Diferencie f(x) = tg4 (3x). Pela Regra da Potência, podemos escrever d 4 3 d tg (3 x )] = 4 [ tg (3 x )] tg (3 x )] [ [ dx dx = 4 [ tg (3 x )] sec 2 (3 x ) (3) 3 = 12 tg3 (3 x ) sec 2 (3 x ) 13 1.8. Exemplos Exemplo 4: Diferencie y = cossec (x/2). dy x x d x = −cossec cotg dx 2 2 dx 2 1 dy x x = − cossec cotg 2 dx 2 2 14 1.8. Exemplos Exemplo 5: Diferencie f (t ) = sen 4t . f (t ) = ( sen 4t ) 1 2 −1 d 1 f (t ) = ( sen 4t ) 2 ( sen 4t ) dt 2 −1 1 ' f (t ) = ( sen 4t ) 2 ( 4cos 4t ) 2 2cos 4t f ' (t ) = 1 ( sen 4t ) 2 ' f ' (t ) = 2cos 4t sen 4t 15 1.8. Exemplos Exemplo 6: Diferencie y = x sen x. dy d d = x ⋅ [ sen x ] + sen x ⋅ [ x ] dx dx dx dy = x ⋅ cos x + sen x ⋅ 1 dx dy = x ⋅ cos x + sen x dx 16 2. Extremos relativos funções trigonométricas de Exemplo 7: Determine os extremos relativos de y= x − sen x 2 no intervalo de (0, 2π). Para achar os extremos relativos da função, determinemos inicialmente seus pontos críticos. A derivada de y é: dy 1 = − cos x dx 2 17 2. Extremos relativos funções trigonométricas de Igualando a derivada a zero, obtemos cos x = 1/2. Portanto, no intervalo (0, 2π), os pontos críticos são x = π/3 e x = 5π/3. Aplicando o Teste da Derivada Primeira, concluímos que π/3 dá um mínimo relativo e 5π/3 dá um máximo relativo, conforme a figura acima. 18 2. Extremos relativos funções trigonométricas de Exemplo 8: Ache os extremos relativos f(x) = 2 sen x – cos 2x no intervalo de (0, 2π). de f ( x ) = 2sen x − cos 2 x f ' ( x ) = 2cos x + 2sen 2 x 2cos x + 2sen 2 x = 0 2cos x + 2 ⋅ 2sen x cos x = 0 4sen x cos x + 2cos x = 0 2cos x (2sen x + 1) = 0 19 2. Extremos relativos funções trigonométricas de Por aí vemos que os pontos críticos ocorrem quando cos x = 0 e quando sen x = -1/2. Assim, no intervalo (0, 2π) os pontos críticos são x = π/2, 3π/2, 7π/6 e 11π/6. Aplicando o Teste da Derivada Primeira, determinamos os máximos relativos, (π/2, 3) e (3π/2, -1), e os mínimos relativos (7π/6, -3/2) e (11π/6, -3/2), conforme a figura a seguir. 20 2. Extremos relativos funções trigonométricas de 21 3. Aplicações Exemplo 9: Um fabricante de fertilizantes acha que as vendas de um de seus produtos segue um padrão sazonal que admite o modelo 2π (t − 60) F = 100.000 1 + sen 365 onde F é a quantidade vendida (em libras) e t é o tempo (em dias), com t = 1 representando 1o de janeiro, conforme a figura a seguir. Em que dia do ano ocorre o máximo de venda de fertilizantes? 22 3. Aplicações A derivada do modelo é dF 2π (t − 60) 2π = 100.000 cos dt 365 365 Igualando a zero esta derivada, vem: 2π (t − 60) cos =0 365 Como o cosseno é zero em π/2 e 3π/2, obtemos: 23 3. Aplicações 2 π (t − 60) π = 2 365 365 t − 60 = 4 365 t= + 60 4 t ≈ 151 2 π (t − 60) 3 π = 365 2 3 ⋅ 365 t − 60 = 4 3 ⋅ 365 t= + 60 4 t ≈ 334 O 151o dia do ano é 31 de maio e o 334o dia do ano é 30 de novembro. Pelo gráfico seguinte, vemos que, de acordo com o modelo, a venda máxima ocorre em 31 de maio. 24 3. Aplicações sen 25 3. Aplicações Exemplo 10: A temperatura T (em graus Fahrenheit) durante certo período de 24 horas tem como modelo T = 70 + 15sen π (t − 8) 12 onde t é o tempo (em horas), com t = 0 correspondendo à meia-noite, conforme a figura seguinte. Determine a taxa de variação da temperatura às 6 horas da manhã. 26 3. Aplicações 27 3. Aplicações A taxa de variação da temperatura é dada pela derivada dT 15π π (t − 8) = cos 12 12 dt Como 6 da manhã corresponde a t = 6, a taxa de variação a essa hora é dT 15π 2π 5π π 5π 3 o = = − = ≈ cos − cos 3,4 F por hora dt 12 12 4 6 4 2 28