(19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS FÍSICA se propagarem. Observe que o próprio enunciado informa a velocidade de propagação do som (v) no ar. QUESTÃO 01 O volume de gás (V) pode ser calculado por: Considere o sistema mostrado abaixo onde um recipiente cilíndrico com gás ideal é mantido a uma temperatura T por ação de uma placa quente. A tampa do recipiente, com massa m, é equilibrada pela ação do gás. Esta tampa está conectada, por meio de uma haste não deformável, ao êmbolo de um tudo de ar, aberto na extremidade inferior. Sabendo-se que existe um diapasão vibrando a uma freqüência f na extremidade aberta, determine o menor número de mols do gás necessário para que seja observado o modo fundamental de ressonância do tubo de ar. V = A⋅L ⇒V = A⋅ v 4⋅f Para que o sistema fique em equilíbrio, a força exercida pelo gás sobre a tampa do recipiente deve equilibrar a força exercida pela atmosfera e o peso da própria tampa: JG JG p ⋅ A + m⋅ | g | p ⋅ A = pATM ⋅ A + m⋅ | g |⇒ p = ATM A Admitindo que a temperatura T esteja na escala Kelvin, pela equação de Clapeyron, temos: Dado: velocidade de propagação do som no ar: v JG pATM ⋅ A + m⋅ | g | v = n ⋅ R ⋅T ⇒ p ⋅V = n ⋅ R ⋅ T ⇒ ⋅ A ⋅ A 4⋅f Observação: o conjunto haste-êmbolo possui massa desprezível. JG ( pATM ⋅ A + m⋅ | g |) ⋅ v n= 4 ⋅ f ⋅ R ⋅T Como comentário, gostaríamos de enfatizar que dada a inexistência, no enunciado, de quatro das nove informações necessárias para a expressão da resposta, sugerimos a anulação da questão. QUESTÃO 02 Um bloco B, de material isolante elétrico, sustenta uma fina placa metálica P1, de massa desprezível, distante 8cm de outra placa idêntica, P2, estando ambas com uma carga Q = 0,12 µC . Presa à parede A e ao bloco está uma mola de constante K = 80 N m , inicialmente não deformada. A posição de equilíbrio do bloco depende da força exercida pelo vento. Esta força é uma função quadrática da velocidade do vento, conforme apresenta o gráfico abaixo. Na ausência do vento, a leitura do medidor de tensão ideal é de 16 mV. Calcule a velocidade do vento quando o bloco estiver estacionário e a leitura do medidor for de 12 mV. Despreze o atrito. Resolução O modo de vibração da onda estacionária formada no tubo fechado ao emitir o som fundamental (ou 1º harmônico) é ilustrado abaixo: L Sendo λ o comprimento de onda correspondente a esse harmônico, pela figura, temos: L= λ 4 Resolução ⇒ λ = 4⋅L O enunciado menciona que ambas as placas apresentam uma carga Q = 0,12 µC . Se fosse este o caso, a diferença de potencial entre as placas (positivas) seria nula. Para a resolução, assumiremos que o valor apresentado é o módulo da carga, estando uma placa carregada positivamente e a outra negativamente. Da equação fundamental da Ondulatória, vem que: v = λ ⋅ f ⇒ v = 4L ⋅ f ⇒ L = v 4⋅f Desta forma, analisando o capacitor de placas paralelas carregado, com a carga e a área das placas constantes: A partir desse ponto, somos obrigados a assumir quatro informações que não constam no enunciado. (I) Admitiremos como conhecido o módulo aceleração da gravidade no C =ε JG local, a que chamaremos | g | . (II) Admitiremos como conhecida a constate universal dos gases perfeitos, que denotaremos por R. (III) Admitiremos ainda como conhecida a área da tampa do recipiente, que será denotada por A. (IV) Admitiremos ainda a presença de uma pressão atmosférica pATM A Q U Q = ⇒ = = cte d U d ε ⋅A Ou seja, a relação entre a diferença de potencial e a distância entre as placas é constante. Devemos analisar duas situações: ao redor do sistema, pois caso contrário o sistema estaria imerso no vácuo, e não faria sentido falar na propagação de ondas sonoras, já que sendo estas ondas mecânicas, necessitam de meio material para 1 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS Resolução Na colisão temos a seguinte situação (sistemas de eixos O e O’ sobrepostos): 8cm JG F ele SITUAÇÃO 1: - Mola não deformada - Ausência de vento y 2m A B JG F ele x JG F ela O SITUAÇÃO 2: - Mola comprimida - Presença de vento JG F vento O’ x 2 m/s a) Como não há ação de forças externas, a quantidade de movimento se conserva, e com o referencial positivo para a direita, podemos escrever: JG JG Q antes = Q depois ⇒ U U Comparando as duas situações, temos 1 = 2 d1 d 2 mAv Ao + mBv Bo = mAv Af + mBv Bf ⇒ Como U1 = 16mV, U2 = 12mV e d1 = 8 cm, temos: 16 12 = ⇒ d 2 = 6 cm 8 d2 0,1⋅ 2 + 0,2 ⋅ 0 = 0,1⋅ v Af + 0,2 ⋅ v Bf ⇒ v Af + 2 ⋅ v Bf = 2 Logo, a compressão da mola na situação 2 é de 2 cm. Como a colisão é perfeitamente elástica, o coeficiente de restituição é igual a 1: Como na situação 2 o bloco se encontra estacionário (com força resultante nula e parado) segue que: e= G G G G G G k ⋅ Q2 Fvento + Fele = Fela ⇒ Fvento = Fela − Fele = k ⋅ x − ele 2 d2 ( ) ( ( ) ) (II) Resolvendo o sistema formado pelas equações (I) e (II), vem que: 4 v = m/s v Af + 2 ⋅ v Bf = 2 Af 3 ⇒ v Bf − v Af = 2 v = − 2 m/s Bf 3 2 = 1,6 − 0,036 ≈ 1,6 N Tais velocidades são dadas em relação ao observador O. Para determiná-las em relação ao observador O’, fazemos: 2 4 v Af ' = v Af − v O ' = − 2 ⇒ v Af ' = − m/s 3 3 Como a expressão para a dependência da força do vento com a velocidade é quadrática e passa pela origem, consideremos que é da forma F = a ⋅ v 2 . Do ponto onde F = 2,5N e V = 100 km/h: 2,5 = a ⋅ 1002 ⇒ a = 2,5 ⋅ 10 −4 ⇒ F = 2,5 ⋅ 10 −4 ⋅ v 2 Assim, 1,6 = 2,5 ⋅ 10 −4 ⋅ v 2 ⇒ v 2 = v Bf − v Af v − v Af ⇒ Bf = 1⇒ v Ao + v Bo 2−0 v B f − v Af = 2 Substituindo os valores conhecidos e considerando a constante N ⋅ m2 eletrostática do vácuo k = 9 ⋅ 109 : C2 G 9 ⋅ 109 ⋅ 0,12 ⋅ 10 −6 Fvento = 80 ⋅ 2 ⋅ 10 −2 − 2 6 ⋅ 10 −2 (I) 16 400 ⋅ 10 4 ⇒ v = = 80 km / h 25 5 v Bf ' = v Bf − v O ' = − 8 2 − 2 ⇒ v Bf ' = − m/s 3 3 b) Para determinar a posição de A em relação ao referencial O’, depois de 2 segundos, basta fazer x (t ) = x0 + vt , sendo todas as QUESTÃO 03 Dois corpos A e B encontram-se sobre um plano horizontal sem atrito. Um observador inercial O está na origem do eixo x. Os corpos A e B sofrem colisão frontal perfeitamente elástica, sendo que, inicialmente, o corpo A tem velocidade v A = 2 m/s (na direção x com sentido grandezas relativas ao referencial O’. x '(2) = 2 − positivo) e o corpo B está parado na posição x = 2 m . Considere um outro observador inercial O’, que no instante da colisão tem a sua posição coincidente com a do observador O. Se a velocidade relativa de O’ em relação a O é v O ' = 2 m/s (na direção x com sentido QUESTÃO 04 10 8 m ⋅ 2 ⇒ x '(2) = − 3 3 Um dispositivo fotovoltaico circular de raio α produz uma tensão proporcional à intensidade de luz incidente. Na experiência da figura 1, um feixe espesso de luz, bem maior que a área do dispositivo fotovoltaico, incide ortogonalmente sobre o mesmo, provocando a tensão V1 entre os terminais do resistor. Na experiência da figura 2, mantendo-se as mesmas condições de iluminação da primeira experiência, uma lente convergente de distância focal f é colocada a uma distância p do dispositivo fotovoltaico, provocando um aumento da tensão sobre o resistor. Calcule a corrente que circulará pelo resistor durante a segunda experiência nos seguintes casos: a) p < f ; positivo), determine em relação a O’: a) as velocidades dos corpos A e B após a colisão; b) a posição do corpo A dois segundos após a colisão. Dados: • massa de A = 100 g; • massa de B = 200 g. b) f < p < 2f . 2 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS p Observações: • o feixe de luz incide paralelamente ao eixo óptico da lente da segunda experiência; • o feixe de luz tem intensidade uniformemente distribuída no plano incidente. f p−f f α γ Por semelhança de triângulos, obtém-se: γ f f = ⇒γ =α ⋅ p−f α p−f O raio γ corresponde, na lente, à região do feixe incidente que irá efetivamente incidir sobre o dispositivo. Assim, a área desta região será dada por: Resolução Na experiência 1, a tensão gerada no dispositivo é proporcional à área do mesmo, uma vez que o feixe incidente é ortogonal ao elemento fotovoltaico. Assim, V1 = k ⋅ πα 2 f S B = π ⋅ γ 2 = π ⋅ α 2 ⋅ p − f 2 Analogamente ao caso anterior, a tensão gerada no dispositivo será proporcional à área. Logo: Para a experiência 2: a) p < f 2 f f = V1 ⋅ VB = k ⋅ S B = k ⋅ π ⋅ α 2 ⋅ p − f p − f A figura a seguir ilustra a situação em que p < f , destacando os raios luminosos que tangenciam o sensor. 2 A corrente que circula pelo resistor será: f p iB = VB V1 = R R f ⋅ p − f 2 QUESTÃO 05 α Os pontos A e B da malha de resistores da figura 2 são conectados aos pontos x e y do circuito da figura 1. Nesta situação, observa-se uma dissipação de P watts na malha. Em seguida, conecta-se o ponto C ao ponto F e o ponto E ao ponto H, o que produz um incremento de 12,5% na potência dissipada na malha. Calcule a resistência R dos resistores que compõem a malha β Por semelhança de triângulos, obtém-se: f f β = ⇒ β =α⋅ f −p α f −p O raio β corresponde, na lente, à região do feixe incidente que irá efetivamente incidir sobre o dispositivo. Assim, a área desta região será dada por: f S A = π ⋅ β 2 = π ⋅ α 2 ⋅ f −p 2 A tensão gerada no dispositivo será proporcional à intensidade de luz incidente (quantidade de raios luminosos que atinge uma mesma área na célula fotovoltaica) e, desta forma, é proporcional à área SA = π ⋅ β 2 . Logo: 2 f f = V1 ⋅ V A = k ⋅ S A = k ⋅ π ⋅ α 2 ⋅ f − p f −p Resolução Vamos inicialmente calcular as resistências equivalentes da malha na situação inicial e depois de ligar os pontos pedidos: Situação 0 (inicial): 2 A A A corrente que circula pelo resistor será: iA = VA V1 = R R f ⋅ f −p ≡ 2 4R 4R ≡ 2R b) f < p < 2f A figura a seguir ilustra a situação em que f < p < 2f , destacando os raios luminosos que tangenciam o sensor: B 3 B (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS Pode-se observar que de A a B temos dois ramos em paralelo, cada um com 4 resistências R em série, assim a resistência equivalente é REQ 0 = 4R / /4R = 2R . Situação 1: Na segunda situação, a malha é equivalente ao circuito abaixo: Voltando a analisar o caso inicial (em que não há interligação de H com E e de C com F), novamente escrevemos a ddp entre os pontos X e Y nesta outra situação: U XY 0 = 10,5 − 2,5i A 0 (10) A 2R R ≡ 2R R R R R QUESTÃO 06 A R ≡ A figura mostra uma estrutura em equilíbrio, formada por uma barra BD, dois cabos AD e DE, e uma viga horizontal CF. A barra é fixada em B. Os cabos, de secção transversal circular de 5 mm de diâmetro, são inextensíveis e fixados nos pontos A, D e E. A viga de material uniforme e homogêneo é apoiada em C e sustentada pelo cabo DE. Ao ser colocado um bloco de 100 Kg de massa na extremidade F da viga, determine: a) a força no trecho ED do cabo; b) as reações horizontal e vertical no apoio C da viga; c) as reações horizontal e vertical no apoio B da barra. Dados: aceleração da gravidade: 10 m s 2 ; densidades lineares de R R B (12) i 2 0 ⋅ (1 + R ) = 2 + R i1 Substituindo a equação (3) na expressão anterior: 2 2 ⋅ ⋅ (1 + R ) = 2 + R ⇒ 4 + 4R = 6 + 3R ⇒ R = 2Ω 3 Observe que temos uma Ponte de Wheatstone equilibrada, e por isso podemos ignorar a resistência central, e a resistência equivalente pode agora ser calculada por REQ1 = 2R / /2R = R . R U XY 0 = 2Ri 0 Finalmente, dividindo a (13) pela (9) temos: 2i 0 (1 + R ) 10 = =1 i1(2 + R ) 10 B A (11) Analogamente ao caso anterior, temos: U XY 0 = 10 − 2i 0 ⇒ 2i 0 (1 + R ) = 10 (13) C≡F H ≡E U XY 0 = 8 − 10i B 0 B massa: µ1 = 30 Kg m , µ2 = 20 Kg m , µ3 = 10 Kg m ; Tomando agora as potências dissipadas em ambas as situações, sendo a segunda 12,5% maior que a primeira ( Pdissipada = REQ i 2 ): (2R )i 0 2 = P (1) Ri12 = 9P (2) 8 Dividindo a equação (1) pela (2): 2i 0 2 8 i02 4 i 2 = ⇒ = ⇒ 0 = (3) i12 9 i12 9 i1 3 Analisando a segunda situação (quando C é ligado a F e E a H): iA1 iB1 Resolução a) Isolando a viga CF, temos A ddp entre os pontos X e Y pode ser escrita de várias formas: U XY 1 = 10,5 − 2,5i A1 (4) U XY 1 = 8 − 10i B1 (5) U XY 1 = Ri1 (6) i1 = i A1 + i B1 (7) A corrente total é: Calculando 4 × (4) + 1× (5) : 4U XY 1 + U XY 1 = 42 − 10i A1 + 8 − 10iB1 Onde: 5U XY 1 = 50 − 10(i A1 + i B1 ) Substituindo a (7) nesta última equação: U XY 1 = 10 − 2i1 (8) P1 = µ1 ⋅ g ⋅ 3 = 900N P2 = µ 2 ⋅ g ⋅ 3 = 600N P3 = µ3 ⋅ g ⋅ 3 = 300N Substituindo a (8) na (6): 10 − 2i1 = Ri1 ⇒ i1(2 + R ) = 10 (9) 4 20 ≈ 4,5 . (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS Considerando que a viga está em equilíbrio estático: ∑ M (c ) = 0 TADx ⋅ 4 − TDEx ⋅ 4 − TDEy ⋅ 2 − TADy ⋅ 2 = 0 ⇒ TAD ⋅ 4 ⋅ cos θ1 − TDE ⋅ 4 ⋅ senθ2 − TDE ⋅ 2 ⋅ cos θ2 − TAD ⋅ 2 ⋅ senθ1 = 0 ⇒ ⇒ P1.1,5 + P2 .4,5 − TED .senθ.4,5 + P3 .7,5 + 1000.9 = 0 TAD ⋅ (4 ⋅ cos θ1 − 2 ⋅ senθ1 ) = TDE ⋅ (4 ⋅ senθ2 + 2 ⋅ cos θ2 ) ⇒ ⇒ 900.1,5 + 600.4,5 − TED .senθ.4,5 + 300.7,5 + 1000.9 = 0 TAD = TDE ⋅ ⇒ TED .senθ.4,5 = 1350 + 2700 + 2250 + 9000 = 15300 Da figura, podemos obter senθ e cosθ: (4 ⋅ senθ2 + 2 ⋅ cos θ2 ) (4 ⋅ 0,6 + 2 ⋅ 0,8) = 4250 ⋅ 4 2 (4 ⋅ cos θ1 − 2 ⋅ senθ1 ) (4 ⋅ − 2⋅ ) 4,5 4,5 TAD = 6375N Substituindo o resultado de TAD em (I), temos: a 6m senθ = 6 = 0,8 7,5 cosθ = 4,5 = 0,6 7,5 X B = 3.116,67N ou X B = YB = TAD senθ1 + TDE cos θ2 = 6375 ⋅ 4,5 m YB = 6.233,34N ou YB = Assim: 15300 ⇒ TED = 4.250N 4,5 ⋅ 0,8 b) Novamente na viga CF, temos; ∑ Fx = 0 TED .senθ.4,5 = ∑F y 2 + 4250 ⋅ 0,8 4,5 18700 N 3 QUESTÃO 07 Um industrial possui uma máquina térmica operando em um ciclo termodinâmico, cuja fonte de alimentação advém da queima de óleo combustível a 800 K. Preocupado com os elevados custos do petróleo, ele contrata os serviços de um inventor. Após estudo, o inventor afirma que o uso do óleo combustível pode ser minimizado através do esquema descrito a seguir: um quarto do calor necessário para acionar a máquina seria originado da queima de bagaço de cana a 400 K, enquanto o restante seria proveniente da queima de óleo combustível aos mesmos 800 K. Ao ser inquirido sobre o desempenho da máquina nesta nova configuração, o inventor argumenta que a queda no rendimento será inferior a 5%. Você julga esta afirmação procedente? Justifique estabelecendo uma análise termodinâmica do problema para corroborar seu ponto de vista. Considere que, em ambas as situações, a máquina rejeita parte da energia para o ar atmosférico, cuja temperatura é 300 K. ∴ TED .cos θ = X C ⇒ 9350 N 3 Substituindo o resultado de TAD em (II), temos: θ X C = 4250 ⋅ 0,6 4 − 4250 ⋅ 0,6 4,5 X B = TAD .cos θ1 − TDE .senθ2 = 6375 ⋅ a = 62 + 4,52 = 7,5 m X C = 2550N =0 ∴YC + TED senθ = P1 + P2 + P3 + 1000 ⇒ YC = P1 + P2 + P3 + 1000 − TED senθ ⇒ YC = 900 + 600 + 300 + 1000 − 4250 ⋅ 0,8 YC = −600N Obs: Sentido contrário ao mostrado no diagrama c) Resolução O rendimento η de uma máquina térmica que absorve uma quantidade de calor QH da fonte quente e realiza um trabalho τ é dado por: η= τ QH O máximo rendimento que uma maquina térmica pode apresentar é aquele correspondente ao ciclo do Carnot, operando entre as temperaturas TH (fonte quente) e TC (fonte fria), e é dado por: ηCARNOT = 1 − TC TH Sendo o máximo rendimento possível, vale sempre que: η ≤ ηCARNOT ⇒ Na Barra BD, temos; ∑F X = 0 ⇒ TADX = TDE X + X B y η0 = = 0 ⇒ YB =TADy + TDEy ⇔ YB = TADsenθ1 + TDE cos θ2 (II ) 2 20 senθ2 = 0,6 ≈ 2 4,5 cos θ1 = TC TH 4 20 ≈ τ0 QH ≤ 1− 300 5 ⇒ η0 ≤ 800 8 Para a segunda máquina, construída como uma associação de duas máquinas, o rendimento de cada uma delas satisfaz: Sendo: senθ1 = ≤ 1− Para a máquina inicial, temos: ⇔ TAD .cos θ1 = TDE .senθ2 + X B ( I ) ∑F τ QH 300 η1 ≤ 1 − 400 ⇒ η ≤ 1 − 300 ⇒ 2 800 4 4,5 cos θ2 = 0,8 ∑ M (B ) = 0 ⇔ 5 τ1 1 QH 4 τ2 3 QH 4 ≤ 1 τ 1 ⇒ 1 ≤ QH 16 4 ≤ τ 5 15 ⇒ 2 ≤ QH 32 8 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS Assim, o rendimento dessa máquina será dado por: η= τ1 + τ 2 QH = τ1 QH + τ2 QH ⇒η ≤ 1 15 17 + ⇒η ≤ 16 32 32 P L A T A F O R M A Se cada uma das máquinas envolvidas executasse um ciclo de Carnot, teríamos: η= 17 5 ( = 53,125%) e η0 = ( = 62,5%) 32 8 Nesse caso, a variação percentual do rendimento é dada por: 17 5 η − η0 32 − 8 = = −0,15 = −15% 5 η0 8 Assim, é possível passar da primeira situação para a segunda tendo uma queda de rendimento de 15%. Como o inventor afirmou que a queda seria de no máximo 5%, podemos julgar que essa afirmação é falsa, no sentido de que é possível construir um contra-exemplo que viola a afirmação feita. Aplicando a conservação de energia ao sistema (homem + moto), desde o instante em que o motociclista sai da rampa, até quando ele se agarra à corda, temos: (m1 + m2 )V0 y 2 2 Por outro lado, deve-se ressaltar que como o enunciado não afirma que alguma das máquinas executa de fato um ciclo de Carnot, as máquinas construídas nem sempre violarão a afirmação feita. = (m1 + m2 )gy ⇒ V0 y 2 = 2gy (2) Do instante em que o motociclista atinge a corda e se agarra a ela, até o momento em que ele atinge o topo da plataforma (com velocidade nula, para que seu esforço seja mínimo), podemos aplicar novamente a conservação de energia, agora apenas ao homem: m1Vx 2 (3) = m1g (H − y ) ⇒ Vx 2 = 2g (H − y ) 2 QUESTÃO 08 Um motociclista de massa m1 deseja alcançar o topo de uma plataforma. Para isso, ele faz uso de uma moto de massa m2, uma corda inextensível de massa desprezível e uma rampa de inclinação θ . Ao saltar da rampa, o motociclista atinge a corda na situação em que esta permanece esticada e o esforço despendido por ele é o menor possível. Para evitar ruptura por excesso de peso, o motociclista libera a moto no momento do contato com a corda, que o conduz para o topo da plataforma. Nestas condições e considerando os parâmetros H e T indicados na figura, determine o vetor velocidade do motociclista na saída da rampa. Substituindo Vx 2 e V0 y 2 , das equações (3) e (2), na expressão (1), vem que: x= 2gHsen2θ = Hsen 2θ 2g O raio da trajetória circular desenvolvida pelo motociclista pode ser escrito como: R = T − x = H − y ⇒ y = H −T + x y = H − T + Hsen 2θ Assim, V0 y 2 = 2gy ⇒ V0 y 2 = 2g (H − T + Hsen 2θ ) Vx 2 = 2g (H − y ) ⇒ Vx 2 = 2g (T − Hsen 2θ ) Das expressões acima tiramos que: Vx = 2g (T − Hsen 2θ ) V0 y = 2g (H − T + Hsen 2θ ) Sendo assim, a velocidade inicial é: JJG V0 = Resolução O movimento do motociclista é um lançamento oblíquo de um ângulo de inclinação θ. Foi considerado que, para realizar o menor esforço e ao mesmo tempo manter a corda esticada, o motociclista deverá atingir a corda ao passar pelo vértice da trajetória parabólica. Até atingir a corda, o sistema (moto + motociclista) percorreu na horizontal a distância x e na vertical a distância y. Sendo x a metade do alcance horizontal tem-se: x= ( ) Vx 2 + V0y 2 sen2θ V0 2sen2θ = 2g 2g ( G 2g (T − Hsen 2θ ) ⋅i + ) ( G 2g (H − T + Hsen 2θ ) ⋅ j ) Prosseguindo por outros caminhos, poderíamos ter obtido ainda uma outra expressão para o vetor velocidade: JJG 2gT G 2gH (1 + 2tgθ ) − 2gT G V0 = ⋅i + ⋅ j 1 + 2tgθ 1 + 2tgθ Naturalmente, ambas são verdadeiras e equivalentes. (1) QUESTÃO 09 Na figura abaixo, há um espelho com a face refletora para baixo, tendo uma de suas extremidades presa a um eixo que permite um movimento pendular, e um canhão, que emite concomitantemente um raio de luz. Abaixo do espelho existem dois corpos de massa m e cargas de mesmo módulo e sinais opostos. Os corpos estão apoiados sobre um trilho sem atrito, fixados em suas extremidades e no mesmo plano vertical que o canhão de luz. Os corpos estão imersos no campo 6 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS Substituindo os valores do enunciado, e considerando a constante N ⋅ m2 eletrostática do vácuo k = 9 ⋅ 109 temos: C2 1 1 − U ( x ) = 4 ⋅ 0,5 ⋅ ( 9 ⋅ 109 ) ⋅ 10 −4 2 2 ( 2 ⋅ 0,5 − x ) ( 2 ⋅ 0,5 ) 1 1 − (1 − 2 x + x 2 ) − 1 = 18 ⋅ 105 U ( x ) = 18 ⋅ 105 ⋅ 2 2 (1 − x ) (1 − x ) elétrico uniforme existente entre as placas de um capacitor, que é energizado por uma fonte variável U(x). No momento em que o espelho inicia o movimento, a partir da posição inicial e com aceleração tangencial de módulo constante, o corpo de carga negativa é liberado. Para que a aceleração deste corpo seja constante e máxima no sentido do eixo X, determine: a) a expressão de U(x), onde x representa a posição do corpo de carga negativa relativa à origem O do eixo X; b) o módulo da aceleração tangencial da extremidade livre do espelho, para que o raio de luz atinja a carga de prova negativa no momento em que o deslocamento angular do espelho seja de 50º. Dados: Q = 10−4 C; m = 20 g; A = 1,0 m; d = 0,5 m; g = 10 m s 2 . U ( x ) = 1,8 ⋅ 106 x (2 − x ) (1 − x ) 2 b) Quando o espelho está com o ângulo de 50º, temos a seguinte representação do raio luminoso que deve atingir a carga negativa: 20º 40º 30º 20º 20º ∆x Resolução a) A carga deve se movimentar com aceleração constante apontada para a esquerda e, portanto, temos que a força resultante é constante. A partir do diagrama de corpo livre: JG JG F CARGA F CAPACITOR Sabendo que a aceleração da massa é constante e que no ponto x = 0 temos U (0) = 0 temos: G G G Temos o módulo da força resultante por FR = Fcarga − Fcapacitor . Logo, Assim, a partir do repouso, podemos relacionar o deslocamento da carga com o tempo de acordo com: 1 G 1 k ⋅ Q2 ∆x = ⋅ a ⋅ t 2 ⇒ ∆x = ⋅ ⋅ t 2 (3) 2 2 4 ⋅ m ⋅d2 G k ⋅ Q2 G k ⋅ Q2 m⋅ a = ⇒ a = 2 4 ⋅ m ⋅d2 ( 2d ) para uma determinada posição x: G G kQ 2 kQ 2 U( x ) m⋅ a = −Q ⋅ E = −Q⋅ 2 2 (1) 4d ( 2d − x ) ( 2d − x ) Como a aceleração tangencial da extremidade livre é constante, podemos dizer, a partir do repouso: 1 G 1 G ∆Sextremidade = ⋅ aT ⋅ t 2 ⇒ ∆θextremidade ⋅ A = ⋅ aT ⋅ t 2 (4) 2 2 Como a aceleração deve ser constante, podemos dizer que para x = 0 também temos a igualdade. 2 G kQ 2 U (0) kQ U (0) m⋅ a = −Q ⋅ = −Q ⋅ 2 2 (2) 4d ( 2d ) 4d ( 2d − 0 ) Temos, num mesmo intervalo de tempo, dividindo (3) por (4): k ⋅ Q2 2 G ∆θ ⋅ A k ⋅ Q2 ∆x = 4⋅m G ⋅ d ⇒ aT = extremidade ⋅ ∆θ extremidade ⋅ A ∆x aT 4 ⋅ m ⋅d2 Igualando (1) e (2) temos: 2 kQ 2 U ( x ) kQ U (0) −Q ⋅ = −Q ⋅ 2 2 4d ( 2d ) 4d ( 2d − x ) kQ ( 2d − x ) 2 kQ U ( x ) U (0) − − 2 = 4d ( 2d ) 4d Como ∆θ extremidade = 50º = 1 1 − U ( x ) − U (0) = 4d ⋅ kQ 2 2 ( 2d − x ) ( 2d ) Como a aceleração deve ser máxima, devemos ter no ponto inicial (x G = 0) a maior força resultante, que ocorre quanto E = 0 ⇒ U (0) = 0 5π π π e ∆x = d + d ⋅ tg = d 1 + tg , temos: 9 9 18 5π ⋅A 18 A k ⋅ Q2 k ⋅ Q2 5π = ⋅ ⋅ 2 π π 4⋅m ⋅d m ⋅ d3 72 1 + tg d 1 + tg 9 9 Substituindo os valores informados no enunciado, temos: G aT = (não existe diferença de potencial entre as placas no momento inicial). G Note ainda que quanto menor a distância, maior será Fcarga e G consequentemente maior será Fcapacitor , o que mantém a resultante ⋅ 9 ⋅ 109 ⋅ (10−4 ) G 5π 1 5π 36 ⋅ 10−5 5π ⋅ ⋅ = ⋅ = ⋅ 103 m / s 2 aT = −2 3 π 72 1 + tg ( 2 ⋅ 10 ) ⋅ 0,5 72 1 + tg π 2 ⋅ 1 + tg π 9 9 9 2 constante. Portanto temos: 1 1 U ( x ) = 4d ⋅ kQ ⋅ − 2 2 ( 2d − x ) ( 2d ) 7 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE IME 2009 - DISCURSIVAS QUESTÃO 10 hB = 40 − A figura apresenta um plano inclinado, sobre o qual estão dois blocos, e, em sua parte inferior, uma mola com massa desprezível. A superfície deste plano apresenta coeficiente de atrito estático K QA QB sen 2θ mg (senθ − µe cos θ) µe = 5 3 13 e coeficiente de atrito cinético µc = 0,3 3 . O bloco A respectivamente, +40 x10 C e − ( ) 9.109.40 x10−4. ( ) 3 39 x10−3 ⋅ 3 4 3 5 3 1 − ⋅ 10 13 2 2 ⇒ hBMÍN = 25 m está fixado na superfície. O bloco B possui massa de 1Kg e encontrase solto. Sabe-se que a superfície abaixo da mola não possui atrito e que os blocos A e B estão eletricamente carregados com, −4 = 40 − Altura máxima: Na altura máxima teremos a maior força elétrica e a maior força de atrito estático (com sentido de acordo com a figura) tais que o bloco permanece em equilíbrio. Assim: −3 3 39 x10 C . Desconsiderando as situações em que, ao atingir o equilíbrio, o bloco B esteja em contato com o bloco A ou com a mola, determine: a) as alturas máxima e mínima, em relação à referência de altura, que determinam a faixa em que é possível manter o bloco B parado em equilíbrio; b) a velocidade inicial máxima v com que o bloco B poderá ser lançado em direção a mola, a partir da altura hB = 20 m , para que, após FELÉTRICA = mgsen θ + FATRITO . Além disso, começar a subir o plano inclinado, atinja uma posição de equilíbrio e lá permaneça. Dados: • aceleração da gravidade: 10 m s 2 N = mg cos θ , FELÉTRICA = K Q A QB (40 − h B ) senθ K Q A QB • constante eletrotática: 9 x 109 Nm 2 C 2 . Observação: desconsidere as dimensões dos blocos para os cálculos. (40 − h B ) senθ hB = 40 − 2 K QA QB sen 2θ mg (senθ + µe cos θ) 2 e FATRITO = µ e N . Logo: = mgsen θ + µ e N ⇒ = 40 − 9.109.40 x10−4. ( ) 3 39 x10−3 ⋅ 3 4 3 5 3 1 10 + ⋅ 13 2 2 ⇒ hBMAX = 30 m b) O bloco desce sobe 30 = sen60° 20 40 metros (ao longo do plano) e depois = sen60° 3 60 3 metros (também ao longo do plano), uma vez que as condições do enunciado (somadas aos resultados do item a) nos permitem concluir que, na situação limite, o bloco estacionará, na subida, a uma altura de 30m. Assim a força de atrito consumirá, em joules: τATRITO = µCNd = µCmg cos θd Resolução τ ATRITO = 0,3 3 ⋅ 1 ⋅ 10 ⋅ a) Altura mínima: Na altura mínima teremos a menor força elétrica e a maior força de atrito estático (com sentido de acordo com a figura) tais que o bloco permanece em equilíbrio. Assim: Além disso, o trabalho da força de atrito é o que torna o sistema não conservativo, reduzindo sua energia mecânica: τ ATRITO = −∆EM = EMinicial − EMfinal ⇒ EMinicial − τ ATRITO = EMfinal A energia mecânica, por sua vez, é composta pela energia cinética, energia potencial gravitacional e energia potencial elétrica, assim: Ecinicial + E pgrav ,inicial + E peletrica,inicial − τ ATRITO = Ecfinal + E pgrav ,final + E peletrica,final FELÉTRICA + FATRITO = mgsen θ . KQAQB KQAQB 1 mV 2 + mghB 0 + − 150 = 0 + mghBF + 2 40 − hB 0 40 − hBF senθ senθ Além disso: N = mg cos θ , FELÉTRICA = K QA QB ( 40 − hB ) senθ 2 K Q A QB (40 − h B ) senθ 2 1 40 60 = 150 J ⋅ + 2 3 3 e FATRITO = µ e N . Logo: 1 1 mV 2 = 300 + 2mg(hBF − hB0 ) + 2KQ A Q B senθ − 40 h 40 h B0 − − BF V 2 = 300 + 2 ⋅ 10 ⋅ ( 30 − 20 ) + + µe mg cos θ = mgsenθ ⇒ − 3 3 1 1 + 2 ⋅ 9 ⋅ 109 ⋅ 40 ⋅ 10 −4 ⋅ ⋅ 10 −3 ⋅ ⋅ − 39 2 40 − 30 40 − 20 ( ( 40 − hB ) K QA QB ⇒ = mgsenθ − µe mg cos θ senθ 2 V 2 = 500 − 8 ) 47 1800 m / s ou v ≈ 19 m / s ⇒ v = 10 ⋅ 13 13