1 Matemática Licenciatura - Semestre 2010.1 Curso: Cálculo Diferencial e Integral I Professor: Robson Sousa Limite e Continuidade Neste capítulo apresentaremos as idéias básicas sobre limites e continuidade de uma função real. Limites Seja f : R ! R uma função de…nida por 2x + 1, isto é, f (x) = 2x + 1. O grá…co de f é uma reta que intercepta o eixo dos y no ponto (0; 1) e intercepta o eixo dos x no ponto ( 12 ; 0) (con…ra Figura 1). Figura 1: Grá…co da função f (x) = 2x + 1. Vamos considerar as tabelas x 0; 5 0; 9 f (x) 2 2; 8 0; 99 0; 999 2; 98 2; 998 0; 9999 2; 9998 e x 1; 5 1; 1 1; 01 1; 001 f (x) 4 3; 2 3; 02 3; 002 1; 0001 : 3; 0002 2 Pelas tabelas, notamos que, quando x se aproxima de 1, notação x ! 1, tanto pela esquerda quanto pela direita temos que f (x) se aproxima de 3. Neste caso, dizemos que f (x) tende ao limite 3 quando x se aproxima de 1, neste caso usamos a seguinte simbologia: lim f (x) = 3: x!1 Mais geralmente, temos a seguinte de…nição. De…nição 0.1 Seja f uma função qualquer. Se f aproxima-se de uma constante L, quando x se aproxima de um número x0 tanto pela esquerda quanto pela direita, dizemos que f tende ao limite L. Neste caso, escreveremos lim f (x) = L: x!x0 O número real L é chamado de limite de f no ponto x0 (con…ra Figura abaixo). A notação x ! x0 signi…ca que x está muito próximo de x0 mas x 6= x0 . Figura 2: Representação grá…ca de limx!x0 f (x) = L. Exemplo 0.2 Se f (x) = c é a função constante, então lim f (x) = c: x!x0 Solução. Pelo grá…co de f (con…ra Figura 3 abaixo), temos que o limite de f é igual a c, em qualquer ponto x0 , pois a medida que nos aproximamos tanto pela esquerda, quanto pela direita de qualquer ponto x0 , f (x) se aproxima de c. 3 Figura 3: Grá…co da função f (x) = c. Exemplo 0.3 Se f (x) = x é a função identidade, então lim f (x) = x0 : x!x0 Solução. Pelo grá…co de f (con…ra Figura 4), Figura 4: Grá…co função f (x) = x. temos que o limite de f é igual a x0 , em qualquer ponto x0 , pois a medida que nos aproximamos tanto pela esquerda, quanto pela direita de qualquer ponto x0 , f (x) se aproxima de c. Exemplo 0.4 Se f é a função de…nida por ( x + 1 se x 1; f (x) = x se x > 1; então limx!1 f (x) não existe. 4 Figura 5: Grá…co da função f (x) = ( x + 1 se x 1; x se x > 1: Solução. Pelo grá…co de f (con…ra Figura 5), temos que o limite de f é igual a 1 quando x se aproxima de 1 pela direita e é igual a 2 quando x se aproxima de 1 pela esquerda. Assim, o limite de f não existe no ponto x0 = 1, pois ele depende de como x se aproxima de x0 = 1. Propriedade 0.5 (Propriedades do limite de uma função) Sejam f , g funções quaisquer e c uma constante. Se limx!x0 f (x) = L e limx!x0 g(x) = M , então: 1. limx!x0 (f + g)(x) = L + M ; 2. limx!x0 (f g)(x) = L M; 3. limx!x0 (cf )(x) = cL; 4. limx!x0 (f g)(x) = LM ; 5. limx!x0 ( fg )(x) = L , M com M 6= 0; 6. limx!x0 jf (x)j = jLj ; 7. limx!x0 [f (x)]n = Ln , 8 n 2 Z e L 6= 0; Exemplo 0.6 Calcular o limite limx!x0 (ax + b). Solução. Pelos Exemplos acima e as Propriedades 1 e 3, temos que lim (ax + b) = lim (ax) + lim b = a lim x + b = ax0 + b: x!x0 x!x0 x!x0 x!x0 Mais geralmente, lim (an xn + x!x0 + a1 x + a0 ) = an xn0 + + a1 x 0 + a0 : 5 Exemplo 0.7 Calcular o limite 2x2 + x + 1 : x!1 3x + 2 lim Solução. Pelas Propriedades e o Exemplo anterior, temos que 2x2 + x + 1 limx!1 (2x2 + x + 1) 4 = = : x!1 3x + 2 limx!1 (3x + 2) 5 lim Mais geralmente, lim x!x0 se bm xm 0 + an x n + bm x m + + a1 x + a0 an xn0 + = + b1 x + b0 bm x m 0 + + a1 x 0 + a0 + b1 x 0 + b0 + b1 x0 + b0 6= 0. Exemplo 0.8 Calcular o limite lim x2 x!2 x2 4 : 3x + 2 Solução. Note que não podemos aplicar diretamente as propriedades, pois lim x!2 x2 x2 limx!2 (x2 4) 0 4 = = ; 2 3x + 2 limx!2 (x 3x + 2) 0 o que é uma “forma indeterminada.”Neste caso, devemos primeiro manipular algebricamente a expressão x2 4 : x2 3x + 2 Como x2 4 = (x 2)(x + 2) e x2 3x + 2 = (x 2)(x 1) temos que lim x!2 x2 x2 4 (x = lim 3x + 2 x!2 (x 2)(x + 2) (x + 2) limx!2 (x + 2) 4 = lim = = = 4; 2)(x 1) x!2 (x 1) limx!2 (x 1) 1 pois x ! 2 signi…ca que (x 2) 6= 0. Note que, esse exemplo mostra que, para uma função ter limite L quando x tende x0 , não é necessário que seja de…nida em x0 . Exemplo 0.9 Calcular o limite x3 x!1 x lim 1 : 1 Solução. Note que não podemos aplicar diretamente as propriedades, pois x3 x!1 x lim 1 limx!1 (x3 = 1 limx!1 (x 1) 13 = 1) 1 1 0 = ; 1 0 6 o que é uma indeterminação. Neste caso, devemos primeiro manipular algebricamente a expressão x3 1 : x 1 Como x3 1 = (x 1)(x2 + x + 1) temos que x3 x!1 x 1 (x = lim x!1 1 lim pois x ! 1 signi…ca que (x Mais geralmente, 1)(x2 + x + 1) = lim (x2 + x + 1) = 1 + 1 + 1 = 3; x!1 (x 1) 1) 6= 0. xn x!1 x 1 = n: 1 lim Exemplo 0.10 Calcular o limite lim x!1 p 3 x 1 : x 1 Solução. Note que não podemos aplicar diretamente as propriedades, pois p p p 3 3 x 1 limx!1 ( 3 x 1) 1 1 0 lim = = = ; x!1 x 1 limx!1 (x 1) 1 1 0 o que é uma indeterminação. Neste caso, devemos primeiro manipular algebricamente a expressão p 3 x 1 : x 1 Como a3 b3 = (a b)(a2 + ab + b2 ) p fazendo a = 3 x e b = 1, que p 3 x 3 13 = x p 1=(3x p p p 3 1)( x2 + 3 x + 1); ou ainda; 3 x 1= p 3 x 1 : p x2 + 3 x + 1 Portanto, lim x!1 p 3 x 1 = lim x!1 (x x 1 x 1 1 p = lim p p p 3 3 3 1)( x2 + x + 1) x!1 x2 + 3 x + 1 1 1 1 p p = = = ; p p 3 3 3 3 limx!1 ( x2 + 3 x + 1) 12 + 1 + 1 pois x ! 1 signi…ca que (x Mais geralmente, 1) 6= 0. lim x!1 p n x 1 1 = : x 1 n 7 Observação 0.11 Se limx!x0 f (x) = L, L 6= 0 e limx!x0 g(x) = 0, então limx!x0 não existe. Exemplo 0.12 Mostrar que x2 + x + 1 x!1 x2 1 lim não existe. Solução. Como lim (x2 + x + 1) = 3 6= 0 e lim (x2 x!1 x!1 1) = 0 temos, pela Observação anterior, que x2 + x + 1 x!1 x2 1 lim não existe. Exemplo 0.13 Mostrar que lim x!1 s 4 x+3 (x 1)2 não existe. Solução. Como lim (x + 3) = 4 6= 0 e lim (x x!1 x!1 temos, pelo Observação, que lim x!1 não existe. s 4 x+3 (x 1)2 1)2 = 0 f (x) g(x) 8 De…nição Formal de Limite Formalmente, dizemos que lim f (x) = L; x!x0 se dado um número real " > 0, arbitrariamente pequeno, existe em correspondência um > 0 tal que 8 x 2 R; 0 < jx x0 j < ) jf (x) Lj < ": Figura 6: Representação grá…ca de limx!x0 f (x) = L. Uma vez que jx x0 j é a distância de x a x0 e jf (x) Lj é a distância de f (x) a L, e como " pode ser arbitrariamente pequeno, a de…nição de limite pode ser escrita em palavras da seguinte forma: limx!x0 f (x) = L signi…ca que a distância entre f (x) e L …ca arbitrariamente pequena tomando-se a distância de x a a su…cientemente pequena (mais não 0). Ou ainda, limx!x0 f (x) = L signi…ca que os valores de f (x) podem ser tornados tão próximos de L quanto desejarmos, tomando-se x su…cientemente próximo de a (mas não igual a a). Exemplo 0.14 Mostrar, usando a de…nição formal de limite, que lim (2x x!2 3) = 1 Solução. Devemos mostrar que, para todo " > 0, dado arbitrariamente, podemos encontrar um > 0 tal que x 2 R; 0 < jx 2j < ) j(2x 3) 1j < ": Na resolução deste tipo de desigualdade podemos, em geral, obter a…rmação envolvendo ". De fato, j(2x 3) 1j = j2x 4j = 2 jx 2j < " ) jx > 0 desenvolvendo a " 2j < : 2 9 " 2 Assim, dado " > 0, existe 0 < jx tal que 2j < ) j(2x 3) 1j < "; pois jx 2j < ) jx 2j < " ) 2 jx 2 2j < " ) j(2x 3) 1j = 2 jx 2j < ": Limites Laterais Seja f : R f0g ! R a função de…nida por ( x 1 se x > 0; f (x) = x + 1 se x < 0: O grá…co de f é mostrado na Figura 7. Figura 7: Grá…co da função f (x) = ( x 1 se x > 0; x + 1 se x < 0: Vamos considerar as tabelas x f (x) 0; 5 0; 5 0; 1 0; 9 0; 01 0; 99 0; 001 0; 999 0; 0001 0; 9999 x f (x) 0; 5 0; 5 0; 1 0; 9 0; 01 0; 99 0; 001 0; 999 0; 0001 : 0; 9999 e Pelas tabelas, notamos que, quando x se aproxima de 0 pela esquerda, notação x ! 0 , f (x) se aproxima de 1 e quando x se aproxima de 0 pela direita, notação x ! 0+ , f (x) se aproxima de 1. Logo, lim f (x) = 1 e lim+ f (x) = x!0 x!0 1: 10 As notações lim f (x) = L e lim+ f (x) = L x!x0 x!x0 signi…ca que: f aproxima-se do limite L, quando x se aproxima pela esquerda e pela direita de x0 respectivamente. O número real L é chamado de limite lateral à esquerda (ou a direita) de f (con…ra Figura 8). Figura 8: Grá…co da função f . Observação 0.15 limx!x0 f (x) = L se, e somente se, lim f (x) = lim+ f (x) = L; x!x0 x!x0 ou seja, o limite de uma função em um ponto só existe, se os limites laterais existirem e forem iguais. Essa observação garante que todas as propriedades de limite continuam válidas para limites laterais. Exemplo 0.16 Seja f a função de…nida por ( 5x + 5 f (x) = x2 1 x2 +4x+3 Determinar limx! 1 f (x) e limx! 1+ se x se x > 1; 1: f (x). Solução. Como x ! 1 signi…ca que x < 1, logo f (x) = 5x + 5 e, pelas propriedades de limites (que, pela Observação anterior, continuam válidas para limites laterais), obtemos lim (5x + 5) = 5( 1) + 5 = 0: x! 1 Como x ! 1+ signi…ca que x > 1, temos que f (x) = x2 1 : x2 + 4x + 3 11 Note que não podemos aplicar diretamente as propriedades, pois lim + x! 1 limx! 1+ (x2 1) 0 x2 1 = = ; 2 2 x + 4x + 3 limx! 1+ (x + 4x + 3) 0 o que é uma indeterminação. Neste caso, devemos primeiro manipular algebricamente a expressão x2 1 : x2 + 4x + 3 Como x2 1 = (x 1)(x + 1) e x2 + 4x + 3 = (x + 1)(x + 3) temos que x2 1 (x 1)(x + 1) x 1 lim + 2 = lim + = lim + = x! 1 x + 4x + 3 x! 1 (x + 1)(x + 3) x! 1 x + 3 1: Note que lim f (x) 6= lim + f (x): x! 1 Portanto, limx! 1 x! 1 f (x) não existe. Exemplo 0.17 Seja f uma função de…nida por jxj : x Determine se possível, lim f (x), lim+ f (x) e lim f (x): f (x) = x!0 x!0 x!0 Solução. A função f não é de…nida em x = 0, pois f (x) = j0j = 00 o que é uma 0 indeterminação. Observe que x ! 0+ , então x > 0, logo jxj = x e assim, f (x) = xx = 1. Portanto, lim+ f (x) = 1: x!0 Por outro lado, x ! 0 , então x < 0, logo jxj = x e assim f (x) = modo, lim f (x) = 1: x x = 1. Deste x!0 Como lim+ f (x) 6= lim f (x), temos que lim f (x) não existe. x!0 x!0 x!0 Exemplo 0.18 Seja f uma função de…nida por 8 > < 3 x se x < 1 f (x) = 4 se x = 1 : > : 2 x + 1 se x > 1 Determine se possível, lim f (x), lim+ f (x) e lim f (x): x!1 x!1 x!1 Solução. Se x ! 1 então x < 1, assim lim f (x) = lim (3 x!1 x!1 x) = 2. Por outro lado, se x ! 1+ então x > 1, assim lim+ f (x) = lim+ (x2 + 1) = 2. Como lim+ f (x) = lim f (x), x!1 temos que lim f (x) = 2: x!1 x!1 x!1 x!1 12 Limites In…nitos e no In…nito Seja f : R f2g ! R a função de…nida por f (x) = (x 3 2)2 : O grá…co de f é mostrado na Figura 9. Figura 9: Grá…co da função f (x) = 3 . (x 2)2 Vamos considerar as tabelas x 1 f (x) 3 3 2 5 3 12 27 7 4 19 10 x 3 e 48 300 f (x) 3 5 2 7 3 12 27 9 4 21 10 48 300 : Pelas tabelas, notamos que, quando x se aproxima de 2 tanto pela esquerda quanto pela direita temos que f (x) cresce sem limite. Neste caso, dizemos que f (x) tende ao in…nito (+1) quando x se aproxima de 2, em símbolos lim f (x) = +1: x!2 A notação lim f (x) = +1 ou lim f (x) = x!x0 x!x0 1 signi…ca que: f cresce sem limite ou decresce sem limite respectivamente quando x se aproxima de x0 . Neste caso, dizemos que f tem limite in…nito ou, equivalentemente, o limite de f quando x se aproxima de x0 não existe. Exemplo 0.19 Mostrar que lim x!1 1 (x 1)4 = +1: Solução. Pelo grá…co de f (x) = (x 11)4 (con…ra Figura 10), temos que o limite de f tende ao in…nito no ponto x0 = 1. Pois a medida que x se aproxima de 1 tanto pela esquerda quanto pela direita f (x) cresce sem limite. 13 Figura 10: Grá…co da função f (x) = 1 . (x 1)4 Exemplo 0.20 Encontre lim x3 e lim x3 : x!1 x! 1 Solução. Quando x torna-se muito grande x3 também …ca muito grande. Por exemplo: 103 = 1000 1003 = 1000000 10003 = 1000000000: Na realidade, podemos fazer x3 tão grande quanto quisermos tomando x grande o su…ciente. Portanto podemos escrever lim x3 = 1: x!1 Analogamente, quando x é muito grande (em módulo), porém negativo, x3 também o é. Assim, lim x3 = 1: x! 1 De…nição 0.21 A reta x = x0 é uma assíntota vertical do grá…co de f se pelo menos uma das seguintes condições for satisfeita: 1. limx!x0 f (x) = 1 ou limx!x0 f (x) = +1. 2. limx!x+0 f (x) = 1 ou limx!x+0 f (x) = +1. Observação 0.22 Se limx!x0 f (x) = L, L 6= 0 e limx!x0 g(x) = 0, então limx!x0 +1 ou limx!x0 f (x) g(x) = 1, isto é, o limite não existe. Geralmente, lim (an xn + x!+1 + a1 x + a0 ) = = lim xn (an + x!+1 1; an 1 + xn + a1 a0 + n) n 1 x x f (x) g(x) = 14 pois, an 1 a1 a0 + + n 1 + n ) = an e n x!+1 x x x onde an > 0 ou an < 0. Se n 2 N é ímpar, então lim (an + lim (an xn + + a1 x + a0 ) = x! 1 Exemplo 0.23 Encontre lim (x2 lim xn = 1 x!+1 1 x) : x! 1 Solução. Seria errado escrever lim (x2 x! 1 x) = lim x2 lim x = 1 x! 1 x! 1 1. As propriedades de limite não podem ser aplicadas para limites in…nitos, pois 1 não é um número (não podemos de…nir 1 1). Contudo, podemos escrever lim x! 1 x2 x = lim x (x x! 1 pois, como lim x e lim (x x! 1 x! 1 1) = lim x x! 1 lim (x x! 1 1) 1) tornam-se arbitrariamente grandes, o mesmo acontece com seu produto. Agora, seja f : R ! R a função de…nida por f (x) = 1 : x2 O grá…co de f (x) é mostrado na Figura 11. Figura 11: Grá…co da função f (x) = 1 . x2 Vamos considerar as tabelas x 10 f (x) 10 2 100 10 4 1:000 10 9 10:000 10 16 100:000 10 25 e x 10 f (x) 10 2 = 1; 100 10 4 1:000 10 9 10:000 10 16 100:000 10 25 15 Pelas tabelas, notamos que, quando x cresce sem limite tanto pela esquerda quanto pela direita temos que f (x) se aproxima de 0. Neste caso, dizemos que f (x) tende ao limite 0 quando x cresce (decresce) sem limite, em símbolos 1 = 0 ou x!+1 x2 lim 1 = 0: 1 x2 lim x! A notação lim f (x) = L ou x!+1 lim f (x) = L x! 1 signi…ca que: f (x) tem limite L quando x cresce sem limite ou decresce sem limite respectivamente. Neste caso, dizemos que f tem limite no in…nito. De…nição 0.24 A reta y = L é uma assíntota horizontal do grá…co de f se pelo menos uma das seguintes condições for satisfeita: 1. limx! 1 f (x) = L; 2. limx!+1 f (x) = L. Observação 0.25 Sejam K 2 R e r 2 Q, r > 0. Então K K lim r = 0 e lim r = 0: x!+1 x x! 1 x Podemos, também, considerar o caso em que tanto x como f (x) cresça ou decresça sem limite. Neste caso, denotaremos por lim f (x) = +1 ou x!+1 lim f (x) = +1 ou x! 1 Além disso, se limx! 1.xn = 1. 1 lim f (x) = 1; lim f (x) = 1: x!+1 x! 1 g(x) = L, L 6= 0 e limx! 1 f (x) = 1, então limx! f (x) 1 g(x) = Exemplo 0.26 Calcule 3x2 x 2 x!1 5x2 + 4x + 1 Solução. Para calcular o limite no in…nito de uma função racional, primeiro dividimos o numerador e o denominador pela maior potência de x que ocorre no denominador. Nesse caso a maior potência de x no denominador e x2 . Logo, lim 3x2 x 2 = lim x!1 5x2 + 4x + 1 = 3x2 x 2 x2 lim 5x2 +4x+1 x!1 x2 limx!1 3 limx!1 5 + 3x2 x 2 2 +4x+1 5x x! 1 De modo similar, temos que lim Geralmente, lim (an xn + x!+1 onde an > 0 ou an < 0. x 3x2 x2 x2 = lim 5x 2 x!1 + 4x + x2 x2 limx!1 x1 limx!1 limx!1 x4 + limx!1 2 x2 1 x2 2 x2 1 x2 = lim x!1 = 3 5 0 0 3 5+ 1 x 4 x + 2 x2 1 x2 0 3 = 0 5 = 53 . + a1 x + a0 ) = lim (an + x!+1 an 1 + xn + a1 a0 + ) = an xn 1 xn 16 Exemplo 0.27 Calcular, se existir, o limite x2 2x + 1 : x!+1 2x2 + 5x 3 lim Solução. Note que não podemos aplicar diretamente as propriedades, pois limx!+1 (x2 2x + 1) 1 x2 2x + 1 = = ; 2 x!+1 2x2 + 5x 3 limx!+1 (2x + 5x 3) 1 lim o que é uma indeterminação. Pela observação anterior, temos que x2 2x+1 x2 lim 2 x!+1 2x +5x 3 x2 x2 2x + 1 lim = x!+1 2x2 + 5x 3 limx!+1 (1 limx!+1 (2 + = (1 x!+1 (2 + = lim 2 x 5 x + 1 ) x2 3 ) x2 = 2 x 5 x + 1 ) x2 3 ) x2 1 0+0 1 = : 2+0 0 2 Exemplo 0.28 Calcular, se existir, o limite lim x!+1 x : 4x + 3 x2 Solução. Como a maior potência de x no denominador é o proprio x, temos: lim x!+1 x2 x = lim 4x + 3 x!+1 x2 De modo similar, temos que lim x! 1 x x 4x+3 x x2 = lim x!+1 x 1 4+ 3 x = 0: x = 0: 4x + 3 Exemplo 0.29 Calcular, se existir, o limite p lim x!+1 x2 + 1 : x+1 Solução. lim x!+1 p x2 +1 = x+1 = p x2 +1 x x+1 x q x2 +1 x2 + x1 lim = lim x!+1 1 q limx!+1 1 + limx!+1 x!+1 limx!+1 1 + 1 x2 limx!+1 x1 q 1+ = lim x!+1 = 1+ 1+0 =1 1+0 1 ) x2 1 x 17 Teorema 0.30 (Teorema do Confronto, do sanduíche ou do imprensamento) Suponhamos que f (x) h(x) g(x) para todo x em um intervalo aberto contendo a, exceto possivelmente para o proprio a. Se lim f (x) = L = lim g(x) então lim = L: x!a x!a x!a Prova. A demonstração desse teorema pode ser encontrada em textos mais avançados. Exemplo 0.31 Sabendo que lim sen x não existe, mostre que lim x2 sen x1 = 0. x!0 x!0 Solução. Observe inicialmente que não podemos usar lim x2 sen x1 = lim x2 x!0 x!0 por que lim sen x não existe:No entanto, sabemos que lim sen x1 x!0 x!0 1 sen 1 x 1; assim, multiplicando a última desigualdade por x2 , obtemos x2 x2 sen 1 x x2 : Por outro lado, como lim x2 = lim ( x2 ) = 0, concluimos pelo teorema do confronto que x!0 x!0 lim x2 sen x1 = 0: x!0 Continuidade Vamos considerar a função f : R ! R de…nida por ( 2 x 4 se x 6= 2; x 2 f (x) = 4 se x = 2: Note que: 1. f (2) = 4, isto é, f é de…nida no ponto x0 = 2; 2. limx!2 f (x) = limx!2 x2 4 x 2 = limx!2 (x + 2) = 4, isto é, limx!2 f (x) existe; 3. limx!2 f (x) = 4 = f (2). De…nição 0.32 Sejam f uma função e x0 2 R …xado. Dizemos que f é contínua em x0 se as seguintes condições são satisfeitas: 1. f (x0 ) existe, isto é, f está de…nida no ponto x0 ; 18 2. limx!x0 f (x) existe, isto é, limx!x0 f (x) é um número real; 3. limx!x0 f (x) = f (x0 ). Observação 0.33 Sejam f uma função e x0 2 X = Dom f um intervalo aberto: 1. Se f é contínua em x0 , então lim f (x) = f ( lim x): x!x0 x!x0 2. Dizemos que f é contínua em X se f é continua em todos os pontos de X. Intuitivamente, f é contínua em X se o grá…co de f pode ser traçado, completamente, sem tirarmos o lápis do papel. Se pelo menos uma das condições da de…nição de função contínua f em x0 não for satisfeita, dizemos que f é descontínua em x0 . Neste caso, temos os seguintes tipos descontinuidade: 1. O ponto x0 é uma descontinuidade removível de f se f (x0 ) não está de…nido e limx!x0 f (x) existir ou lim f (x) 6= f (x0 ): x!x0 Porque podemos removê-la de…nindo adequadamente o valor f (x0 ). 2. O ponto x0 é uma descontinuidade tipo salto de f se os limites laterais existirem e são diferentes, isto é, lim f (x) 6= lim+ f (x): x!x0 x!x0 3. O ponto x0 é uma descontinuidade essencial de f se lim f (x) = x!x0 1 ou lim+ f (x) = x!x0 1: Exemplo 0.34 Determinar se a função x4 f (x) = x 1 1 é contínua em x0 = 2. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. Solução. Neste tipo de problema, devemos primeiro encontrar o domínio da função f . É fácil veri…car que Dom f = R f1g. Como x0 = 2 2 Dom f , podemos falar da continuidade ou não de f em x0 = 2. f (2) = 24 2 1 = 15; 1 19 isto é, f está de…nida no ponto x0 = 2; x4 x!2 x lim f (x) = lim x!2 24 1 = 1 2 1 = 15; 1 isto é, limx!2 f (x) existe; lim f (x) = 15 = f (2): x!2 Portanto, f é contínua em x0 = 2. Exemplo 0.35 Determinar se a função f (x) = x2 x 2 x 2 é contínua em x0 = 2. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. Solução. É claro que Dom f = R f2g. Como x0 = 2 2 = Dom f temos que f é descontínua em x0 = 2, isto é, f não está de…nida no ponto x0 = 2 (con…ra Figura 12). Figura 12: Grá…co da função f (x) = x2 x 2 . x 2 Neste caso, devemos dizer o tipo de descontinuidade de f . x2 2)(x + 1) = lim (x + 1) = 3: x!2 x 2 x 2 Assim, x0 = 2 é uma descontinuidade removível de f , pois f não está de…nida no ponto x0 = 2, no entanto, limx!2 f (x) existe. Note que, a função g : R ! R de…nida por ( f (x) se x 6= 2; g(x) = 3 se x = 2; lim x!2 x 2 = lim (x x!2 é contínua em x0 = 2. Exemplo 0.36 Determinar se a função ( f (x) = x2 +x 2 x 1 2 se x 6= 1; se x = 1 é contínua em x0 = 1. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. 20 Solução. É claro que Dom f = R. Como x0 = 1 2 Dom f temos que f está de…nida no ponto x0 = 1, isto é, f (1) = 2. x2 + x 2 (x + 2)(x lim = lim x!1 x!1 x 1 x 1 1) = lim (x + 2) = 3: x!1 Como limx!1 f (x) 6= f (1) temos que f é descontínua em x0 = 1 (con…ra Figura 13). Figura 13: Grá…co da função f (x) = ( x2 +x 2 x 1 2 se x 6= 1; se x = 1: Assim, x0 = 1 é uma descontinuidade removível de f , pois, apesar de f estar de…nida no ponto x0 = 1, limx!1 f (x) 6= f (1). Note que, função g : R ! R de…nida por ( f (x) se x 6= 1; g(x) = 3 se x = 1; é contínua em x0 = 1. Exemplo 0.37 Determinar se a função ( f (x) = x + 3 se x < 1; x + 2 se x 1 é contínua em x0 = 1. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. Solução. É claro que Dom f = R. Como x0 = 1 2 Dom f temos que f está de…nida no ponto x0 = 1, isto é, f (1) = 1. Por outro lado, lim f (x) = lim ( x + 3) = 2 x!1 x!1 e lim f (x) = lim+ ( x + 2) = 1 x!1+ x!1 Como limx!1 f (x) = 2 6= 1 = limx!1+ f (x) temos que limx!1 f (x) não existe e, assim, f é descontínua em x0 = 1 (con…ra Figura ). Portanto, x0 = 1 é uma descontinuidade tipo salto de f , pois, limx!1 f (x) 6= limx!1+ f (x): 21 Exemplo 0.38 Determinar se a função f (x) = 1 x é contínua em x0 = 0. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. Solução. É claro que Dom f = R f0g. Como x0 = 0 2 = Dom f temos que f é descontínua em x0 = 0, isto é, f não está de…nida no ponto x0 = 0. Note que, lim f (x) = lim 1 = x lim+ f (x) = lim+ 1 = +1: x x!0 x!0 e x!0 x!0 1 Portanto, x0 = 0 é uma descontinuidade essencial de f . Propriedade 0.39 Sejam f; g : X x0 2 X, então: R ! R duas funções. Se f e g são contínuas em 1. f + g é contínua em x0 2 X; 2. f g é contínua em x0 2 X; 3. cf , onde c é uma constante, é contínua em x0 2 X; 4. f g é contínua em x0 2 X; 5. f , g com g(x0 ) 6= 0, é contínua em x0 2 X; 6. jf j é contínua em x0 2 X. 22 Prova. Vamos provar apenas o item 1. Como f e g são contínuas em x0 2 X temos que lim f (x) = f (x0 ) e lim g(x) = g(x0 ): x!x0 x!x0 Logo, pela Propriedade 1 de limites, obtemos lim (f + g)(x) = x!x0 lim [f (x) + g(x)] = lim f (x) + lim g(x) x!x0 x!x0 x!x0 = f (x0 ) + g(x0 ) = (f + g)(x0 ): Portanto, f + g é contínua em x0 2 X. Teorema 0.40 Sejam f : X ! R e g : Y ! R duas funções, com Im f Y . Se f é contínua em x0 2 X e g é contínua em y0 = f (x0 ) 2 Y , então g f é contínua em x0 2 X. Prova. Como f e g são contínuas em x0 e y0 , respectivamente, temos que lim f (x) = f (x0 ) e lim g(y) = g(y0 ) = g(f (x0 )): x!x0 y!y0 Assim, lim (g f )(x) = lim g(f (x)) = g( lim f (x)) = g(f (x0 )) = (g f )(x0 ): x!x0 x!x0 x!x0 Portanto, g f é contínua em x0 2 X. Note que, se f (x) = an xn + + a1 x + a0 , então f é contínua em todo R. Também, se f (x) = an x n + bm xm + + a1 x + a0 ; + b1 x + b0 então f é contínua em todo R, onde bm x m + + b1 x + b0 6= 0: Seja f : [a; b] ! R uma função. Dizemos que f é contínua em [a; b] se f é contínua em ]a; b[ e lim+ f (x) = f (a) e lim f (x) = f (b): x!a x!b Exemplo 0.41 Mostrar que a função f : [ 3; 3] ! R de…nida pela regra f (x) = é contínua. p 9 x2 Solução. Observe que para todo 3 < a < 3 (ou seja, a 2 ]a; b[) temos que p p lim f (x) = lim 9 x2 = 9 a2 = f (a); x!a x!a logo para todo a 2 ]a; b[ a função f é contínua. Além disso, p p lim + f (x) = lim + (9 x2 ) = 0 = f ( 3) e lim f (x) = lim (9 x! 3 x! 3 Assim, f é contínua em [ 3; 3]. x!3 x!3 x2 ) = 0 = f (3): 1 Matemática Licenciatura - Semestre 2010.1 Curso: Cálculo Diferencial e Integral I Professor: Robson Sousa 1a Lista de Exercícios 1. Determinar, se existir, os limites abaixo: (a1 ) (a2 ) lim 25 (g) lim x (h) x!100 x! 5 (a3 ) lim 2x + 3 (i) x!3 (a) (b) lim (5x2 lim1 x! 2 (c) (d) (e) (f ) 9x x!4 3 lim x2 1 x!2 x 1 3 lim xx4 +8 16 x! 2 x 2 lim 3 x!2 x 8 lim 39 pt t t!9 p p lim x+2x 2 x!0 p lim 4 h16+h h!0 p 2 3 lim t +9 t2 t!0 p 3 lim x+2 x!7 p x 7 1 lim 1+h h h!0 8) (j) 4x2 6x+3 16x3 +8x 7 (k) x2 +2x 3 2 +5x+6 x x! 2 2 lim x x+6 x!2 x 2 lim (l) (m) x2 +4x+3 x+3 x! 3 x2 7x+10 lim 6 x!2 x 64 lim (n) (o) 2. Sabendo que lim f (x) = 4, lim g(x) = x!2 x!2 limites: (q) (d) lim (b) lim [g(x)]3 x!2 p (c) lim f (x) (e) 2 x p 81 x!9 x 3 x 2x lim e 3 e x!0 lim p 4 jxj 2 x!0 x +4x +7 (r) lim (s) (t) (u) lim(1 + t!8 (v) (x) (z) p 3 x) (2 lim (t + 1)3 (t + t! 1 lim( 1t t21+t )3 t!0 1 1 lim (3+h) h 3 h!0 6x2 + x3 ) 3)5 2 e lim h(x) = 0, determine os seguintes x!2 (f ) lim [h(x) + f (x)] x!2 x!2 3. Determinar, se existir, os seguintes limites laterias: p p 2x 10 (a) lim+ ( x2 25 + 3) (e) lim+ 1+ x+3 x!5 x!5 p p 4 2 (b) lim x 9 x2 (f ) lim xx+416 x!3 p x!4 (x 3)2 (c) lim+ x 3 (g) lim+ px x 164 x!3 x!16 p (h) lim 7 x (d) lim p x+10 2 x! 10 lim px 16 x!16 x 4 3 8 lim (2+h) h h!0 3f (x) x!2 g(x) lim g(x)h(x) x!2 f (x) (a) lim [f (x) + 5g(x)] x!2 (p) (x+10) x!7 (i) (j) (k) (l) x!2 x!1 2 lim x 3 x! 8 lim+ (5 + j6x x! 12 4. Em cada alternativa determine os seguintes limites, caso existam: lim f (x); x!1 lim f (x); lim f (x) x!1+ x!1 p 8 x3 p lim 3 x3 1 lim 3j): 2 a) f (x) = b) f (x) = ( 8 > < > : x2 1 se x < 1; 4 x se x 1: x2 2 x se x < 1; se x = 1; 2 se x > 1: 5. Seja f : R ! R de…nida por f (x) = ( x2 + 2 se x x + c2 se x < Determinar o valor c de modo que limx! 6. Seja f : R ! R de…nida por 8 > < f (x) = > : 1 1; 1: f (x) exista. x2 + x se x < 1; se x = 1; 3x + 2 se x > 1: c x2 Determinar o valor c de modo que limx!1 f (x) exista. 7. Seja f : R ! R de…nida por f (x) = ( se x 2; 5 se x < 2: x c x2 + cx Determinar o valor c de modo que limx!2 f (x) exista. 8. Seja f : R ! R de…nida por 8 > < d 2x se x 2; f (x) = cx2 + d se 2 < x < 2; > : x c se x 2: Determinar os valores c e d de modo que o limite de f (x) exista em todo R. 9. Determinar, se existir, os seguintes limites no in…nito: (a) (b) (c) (d) (e) 2x2 5 4 +x+2 3x x!1 2 lim 2+x x+3 x! 1 lim (3x+4)(x 1) x! 1 (2x+7)(x+2) lim 3 lim 3x3 x+1 2 x!1 6x +2x 7 lim (x2 10x) : x!1 (f ) (g) (h) (i) (j) p 2x2 +3 4x+2 x!1 3 lim ( 3xx2 4 x!1 lim lim (k) x2 ) 3x+2 (l) x2 +1 (m) x!1 5x+3 lim (3x3 + 4x2 x!+1 p lim x! 1 x2 +1 x+1 : 1) (n) (o) p x2 3 p 3 3 x!1 px +1 lim ( x2 + 1 x!1 p lim x( x2 + x!1 6x2 lim p 3 2 x! 1 5x 1 lim p lim ( x2 + 1 x!1 x 1 x) p x2 1) 3 10. Determinar, se existir, os seguintes limites in…nitos: (a) (b) lim 6 x!5+ x 5 lim 6 x!5 x 5 6 x!5 x 5 lim 5 x!4 x 4 (f ) (g) (c) lim (h) (d) (i) lim 5 x!4+ x 4 lim 5 x!4 x 4 lim x! 1 (k) (l) 1 (x+1)2 (m) 1 lim 2 x! 1+ (x+1) (n) 1 lim 2 x! 1 (x+1) 2 lim 2 2x x! 1 x x 2 lim x x!1 1 x lim 2 x 2 x!1 (x 1) 11. Mostrar que as seguintes funções são contínuas no ponto indicado: p (a) f (x) = 2x 5 + 3x; x0 = 4 (c) f (x) = 3x2 + 7 p1 x ; x0 = p p 3x (b) f (x) = 3 x2 + 2; x0 = 5 ; x0 = 8 (d) f (x) = 2x+1 12. Determinar se a função f (x) = ( x2 1 se x < 1 4 x se x 1 é contínua em x0 = 1. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. 13. Determinar se a função 8 2 > < x + 1 se x < 1 f (x) = 1 se x = 1 > : x + 1 se x > 1 é contínua em x0 = 1. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. 14. Determinar se a função f (x) = f (x) = ( x3 se x 1 3 x se x > 1 é contínua em x0 = 1. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. 15. Determinar se a função f (x) = f (x) = ( jx + 3j se x 6= 2 se x = 2 2 é contínua em x0 = 2. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. 16. Determinar se a função 8 > < x 1 se x 1 f (x) = f (x) = 2x 1 se 1 < x < 2 > : x + 1 se x 2 é contínua em x0 = 2. Caso contrário, dizer o tipo de descontinuidade. 2 4 17. Determinar se cada função é contínua ou descontínua em cada intervalo: (a) f (x) = p (b) f (x) = 1 , x 1 (c) f (x) = 1 4, em [4; 8]; x em ]1; 4[; p 1 x2 , em [ 1; 1]; 18. Seja f : R ! R de…nida por f (x) = ( x3 1 x 1 c se x 6= 1; se x = 1: Determinar o valor c para que f seja contínua em todo R. 19. Seja f : R ! R de…nida por f (x) = ( x2 + 2 se x x + c2 se x < 1; 1: Determinar o valor c para que f seja contínua em todo R.