II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 Zumbi como personagem conceitural e a favela como heterotopia: fronteiras entre a literatura de Agualusa e as filosofias de Foucault e Deleuze Prof. Dr. Renato Nogueira Jr.∗ Introdução Entre os objetivos deste texto pode-se listar: pensar interseções, fronteiras e as potências criativas e limítrofes e, em certa medida, “híbridas” entre a literatura de Agualusa e as filosofias de Foucault e Deleuze. Não se trata simplesmente de uma interpelação filosófica da literatura. O romance O Ano em que Zumbi tomou o Rio indica, tal como todo tipo de arte, um modo de expressão do pensamento que consiste num plano de composição ocupado por figuras estéticas que fazem emergir sensações. O Ano em que Zumbi tomou o Rio tem, num registro mais geral, duas figuras estéticas antagonistas: Zumbi e Jorge Velho. Mas, numa “entrevista” deleuzeana do romance, Zumbi pode ser pensado simultaneamente como uma figura estética e como personagem conceitual. Vale destacar alguns conceitos que emergem desse personagem, especialmente, um conceito foucaultiano que abertamente se contrapõe à utopia: heterotopia. Ou seja, vamos lidar com um território literário de Agualusa que faz fronteira com os pensamentos de Foucault e de Deleuze. O alvo deste trabalho está no trânsito entre fronteiras que tornem possível que um personagem conceitual deleuzeano seja criador de um conceito que emerge na filosofia de Foucault – a heterotopia – apontando para territórios do plano de composição de Agualusa. Por um lado, um personagem conceitual é constituído pelas mesmas forças que compõem uma figura estética; porém, ∗ Filosofia IM/DES/UFRRJ 40 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 não podemos considerá-los sinônimos. Cabe uma cartografia que repensa a favela em suas potências criativas, situando o Morro da Barriga, um dos principais cenários de Agualusa, como fronteira de múltiplas linhas de fuga. Com efeito, pensar a partir de Foucault como a heterotopia pode ser uma forma de resistência aos processos hegemônicos de assujeitamento. O que está em jogo é pensar a partir de Deleuze, situando o Comando Negro – facção do tráfico de drogas fluminense na obra de Agualusa – como uma máquina de guerra que “institui” uma heterotopia. O que cria as condições para que as filosofias de Foucault e Deleuze se remetam mutuamente dentro do plano de composição da literatura angolana. Um esforço de pensamento em prol de desterritorializações e linhas de fuga que se “reterritorializam” na heterotopia, num jogo de contraposição entre Zumbi (personagem conceitual simpático) e Jorge Velho (personagem conceitual antipático). Com efeito, a comunicação Zumbi como personagem conceitual e a favela como heterotopia: fronteiras entre a literatura de Agualusa e as filosofias de Foucault e Deleuze pretende apresentar conceitos e sensações (perceptos e afectos), desrespeitando as fronteiras entre literatura e filosofia para respeitar o que é mais interessante em qualquer forma de pensamento, a saber: a vocação para criar. Criar conceitos quando se trata de filosofia, imprimir sensações, perceptos e afectos, quando se trata de literatura. Neste caso, se trata de uma literatura em favor da máquina de guerra, das linhas de fuga e, especialmente, da heterotopia que o Morro da Barriga encarna enquanto metonímia das favelas cariocas. E, se trata de uma filosofia a favor de Zumbi como personagem conceitual de uma experimentação estética da existência. Filosofia afroperspectivista e a intercessão com o romance de Agualusa Os autores franceses Deleuze e Guattari (1992) não deixam dúvidas, a filosofia sempre precisa de um plano de imanência, personagens conceituais, problemas e conceitos que lhe dizem respeito. “A filosofia apresenta três elementos” (1992: 101), o plano de imanência, as personagens conceituais e os conceitos. O que caracteriza a filosofia é traçar um plano de imanência, inventar 41 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 personagens conceituais e criar conceitos. “Traçar, inventar, criar, está é a trindade filosófica” (DELEUZE; GUATTARI, 1992: 101). É importante sublinhar que a “filosofia consiste sempre em inventar conceitos” (DELEUZE, 1996: 170) e, simultaneamente, os conceitos só existem em função de problemas específicos. Ou seja, os conceitos só podem ser avaliados “em função dos problemas aos quais eles respondem e do plano sobre o qual eles ocorrem” (DELEUZE; GUATTARI, 1992: 40). O alvo deste trabalho é apresentar conceitos que fazem parte da filosofia afroperspectivista, se detendo num conceito muito importante para o pensamento negro: denegrir. Adiante este conceito será explorado devidamente. Pois bem, Deleuze e Guattari enfatizaram que a “grandeza de uma filosofia avalia-se pela natureza dos acontecimentos aos quais seus conceitos nos convocam, ou que ela nos tornam capazes de depurar em conceitos” (1992: 47). Em linhas gerais, a filosofia afroperspectivista nos convoca para acontecimentos negros, acontecimentos femininos, acontecimentos infantis, acontecimentos animais; ela só pode ser entrevistada a partir desses acontecimentos e outros do mesmo “gênero” e de clivagens próximas. Portanto, cabe uma ressalva para quem lê este texto afroperspectivista, não é adequado pensar os conceitos que aqui serão apresentados fora do seu plano de imanência, de suas personagens conceituais e de seus problemas. No caso da filosofia afroperspectivista: traçar o plano de imanência da afroperspectividade, inventar personagens conceituais melanodérmicas, retintas e criar conceitos afroperspectivistas. Em certa medida, a filosofia afroperspectivista é denominada deste modo por conta do seu plano de imanência, a afroperspectividade. No que consiste a afroperspectividade? A afroperspetividade é o plano de imanência da filosofia afroperspectivista. Todo plano de imanência pode ser tido como “um corte do caos e age como um crivo” (DELEUZE; GUATTARI, 1992: 59). A consistência do plano de imanência está intimamente ligada à imagem do pensamento e aos elementos préfilosóficos. “Deleuze o definira, previamente, ao mesmo tempo como horizonte e como solo” (PRADO JR., 2000: 308). Para fins de enegrecimento, o plano de imanência como solo da produção filosófica deve ser considerado como pré42 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 filosófico. Enquanto horizonte, o plano de imanência deve ser tomado como imagem do pensamento. Todo plano de imanência tem natureza pré-filosófica e mantém uma relação inseparável com a não-filosofia, isto é, todo plano de imanência é uma imagem do pensamento. A afroperspectividade é uma imagem do pensamento, uma maneira de estabelecer o “que significa pensar” (DELEUZE; GUATTARI, 1992: 53) e como tal, um modo de reivindicar e selecionar o mais característico do pensamento: criar. Enquanto plano de imanência a afroperspectividade é “o movimento infinito ou o movimento do infinito” (Ibidem), movimento infinito de africanidades, movimento de incontáveis desterritorializações e reterritorializações africanas. A afroperspectividade consiste no solo pré-filosófico, a terra, a desterritorialização, a fundação, os elementos sobre o quais os conceitos afroperspectivistas são assentados. O corte do caos de um plano de imanência significa dar “consistência sem nada perder do infinito” (Ibidem). A consistência do plano de imanência “ou planômeno é uma mesa, uma bandeja, uma taça” (SCHÖPKE, 2004: 140). No caso da afroperspectividade se trata de um terreiro, uma roda, uma roça. Ou seja, o planômeno afroperspectivista é o terreiro, a roça, a roda, um lugar feito para dançar, para consagrações imanentes, um plano onde as entidades emergem, baixam e os movimentos d’angola3 se encontram. O planômeno afroperspectivista se assemelha mais à roda do que à bandeja, sua peculiaridade está assentada desterritorializações em e ritmos que emanam reterritorializações de de territorializações, consistências africanas, africanizantes e africanizadas. Na criação de conceitos o “essencial são os intercessores. A criação são os intercessores” (DELEUZE, 1988: 156). Conforme Deleuze, só é possível pensar se nos deslocamos da passividade, do marasmo, se abandonamos a imobilidade. Os intercessores são responsáveis por colocar o pensamento em movimento. “Pensar é romper com a passividade, é sofrer a ação de forças externas” (VASCONCELLOS, 2005: 1220) que mobilizem o pensamento. A nossa intercessão 3 Movimentos d’ angola dizem respeito, tanto ao jogo da capoeira angola, do candomblé angola e da galinha d’ angola – animal símbolo da filosofia afroperspectivista. 43 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 é a literatura, Deleuze e Guattari explicitam que a arte se assenta num plano de composição, ocupado por figuras estéticas e povoado por perceptos e afectos. A filosofia afroperspectivista tem muitos intercessores, a literatura de Agualusa, especialmente, o romance O dia que Zumbi tomou o Rio de Janeiro é uma bela interseção. Não se trata de buscar a estrutura do romance em foco; mas, podemos abordá-lo de um modo afroperspectivista, buscando suas potências negras, as forças pretas capazes de denegrir a vida, isto é, amplificar a potência e os valores de matrizes africanas. O personagem conceitual e, ao mesmo tempo, figura estética Francisco Palmares é muito adequado para fazer circular conceitos afroperspectivistas. No romance de Agualusa, leitoras e leitores encontram uma rica trama, o cenário é o Rio de Janeiro, o protagonista foi Ministro da Segurança de Estado de Angola e agora prepara uma invasão aos barros da elite carioca. Jorge Velho é seu antônimo, seu rival, Secretário de Segurança do Rio de Janeiro que no decorrer do romance vai se modificando e começa a incorporar os ideais de Zumbi (Francisco Palmares). Numa leitura filosófica afroperspectivista, Zumbi é um personagem conceitual melanodérmico. Um personagem conceitual que aponta para conceitos que articulam potências negras. Vale dizer que denegrir é um conceito filosófico afroperspectivista que significa enegrecer, assumir versões e perspectivas que não são hegemônicas, considerar a relevância das matrizes africanas para o pensamento filosófico, investigar em bases epistêmicas negroafricanas, dialogar, apresentar e comentar trabalhos filosóficos africanos, abordar filosoficamente temáticas como: relações étnico-raciais, epistemicídio dos saberes de matriz negro-africana, racismo antinegro, branquitude e hegemonia dos parâmetros ocidentais no âmbito político, religioso, estético etc. Francisco palmares não é herói, menos, ainda anti-herói; mas, é uma personagem conceitual que trás movimentos e inspira acontecimentos. Se pudermos considerá-lo herói, tal como Zumbi dos Palmares – personagem histórico – é dentro de um registro completamente distinto dos que circulam 44 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 hegemonicamente. O lugar comum registra que todo Heroísmo está ligado a sujeitos que são dotados de algum atributo excepcional e diante de problemas, resolvem esses problemas de modo extraordinário. Zumbi não quer ser herói, ele é uma linha de fuga dentro dos jogos de forças que fizeram das favelas cariocas territórios periféricos. No romance, o morro da Barriga é um sentido do território afroperspectivista. Um sentido afroperspectivista porque reinventa e agrega outros significados e sentidos aos territórios negros e marginalizados, periféricos que produziram as favelas. O morro da Barriga emerge no romance, na esteira de Foucault como uma heterotopia. No lugar de pensar uma linha reta que levaria ao progresso, ao desenvolvimento que faça dos horizontes utópicos as propostas para os movimentos e acontecimentos. Nada mais afroperspectivista do que a negação da utopia. No lugar da utopia. Nos termos de Foucault: Existem igualmente, e provavelmente em qualquer cultura, em qualquer civilização, lugares reais, lugares efetivos [...] e que são espécies de contra-lugares, espécies de utopias efetivamente realizadas nas quais os lugares reais, todos os outros lugares reais que se podem encontrar no seio da cultura são ao mesmo tempo representados, contestados e inversos, espécies de lugares que são fora de todos os lugares embora eles, no entanto, sejam localizáveis. Estes lugares [...] eu os chamo, em oposição às utopias, de heterotopias (1984: 46-9). O morro da Barriga é um contra-lugar na cidade partida. Zuenir Ventura nos fala de uma cidade partida, dividida entre a elite, a classe média e os pobres; entre os negros e os brancos. Os negros e brancos pobres que moram na favela colocados e fixados por sentidos que transformam suas cidadanias em cidadanias de terceira classe. Dentro desses jogos de força, Francisco Palmares trás uma possibilidade, lidera um movimento onde o contra-lugar é alforriado e se torna horizonte. A luta é pela liberdade, pela independência, contra os processos modernos de escravização. A luta se insere na cidade partida, uma luta quilombola; os favelados e as faveladas são os quilombolas contemporâneos. Francisco Palmares é seu líder. O contra-lugar existe, não se trata de uma possibilidade e miríade de sonhos e devaneios, mas, de uma imanência. Conforme Foucault, a heterotopia 45 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 é o desaparecimento do sentido ordinário de um território concreto. Pensar a favela, o morro da Barriga como heterotopia é uma possibilidade de leitura filosófico-literária afroperspectivista favorável à assunção da cidade partida. Mas, assumi-la no seu desconforto, nos seus esvaziamentos em prol de uma reivindicação imanente pela afirmação das experiências, da revitalização dos espaços. Os projetos hegemônicos de representação da realidade a partir do legado do iluminismo se cruzam e constituem o problema em jogo. Dito em poucas palavras, o problema são as idéias que um tipo de filosofia “ajudou a engendrar e que permitiram inventar o ser negro como negatividade” (SANTOS, 2002: 167). A heterotopia é justamente a refavelização dos espaços, a experiência negra. Experiência negra aqui significa uma experiência privilegiada, positiva, propositiva e capaz de afirmar o presente, escapando das imagens utópicas e das experiências seletivas e acachapantes da manutenção do status quo. Considerações finais Este texto é uma abertura, uma entrada, uma afroperspectiva e, portanto, uma maneira de abrir possibilidades dentro dos caminhos sinuosos do pensamento. Zumbi como personagem histórico encontra ecos no personagem ficcional de Agualusa, principalmente porque são espelhamentos; não uma representação. Mas, uma linha de fuga que compartilha as mesmas potências negras e forças pretas, um devir afroperspectivista. O que um personagem conceitual pode propor? Por exemplo, na filosofia afroperspectivista, especificamente dentro da roda da afroperspectividade circula o personagem conceitual: cavalo de santo. Esta personagem conceitual recebe uma entidade, é rodante, fala sempre por meios que, em certo registro, não lhe pertencem. Não se trata, simplesmente, de uma intermediação; porém, de uma desfiguração, um “não-eu” que se manifesta através do que é, sem cristalização, ou qualquer tipo de individualização. Mas, sobretudo, através de uma contínua reinvenção de si a partir de outrem que não deixa de ser ele mesmo. O cavalo de santo tem traços páticos, porque é um personagem conceitual que faz muitos agenciamentos, alianças e conexões contínuas por 46 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 redes múltiplas. O cavalo de santo de Zé Pilintra transita bem nas ruas, conhece os escaninhos da madrugada, sabe viver na boemia, sabe beber, fumar, cortejar, seduzir e amar uma mulher. Zé Pilintra sabe e gosta de jogar; mas, as suas apostas não dizem respeito aos jogos de azar, nem têm como alvo ganhar alguma coisa que não se tem, o desejo é permanecer em jogo, jogando dados, porrinha ou bilhar. O cavalo de santo de Pomba Gira sabe se defender e circular nas ruas, ela defende o que pode ser nomeado como um devir mulher, reinventa gêneros fora do sexismo, revitaliza a sexualidade em eixos que não dizem respeito às vontades masculinas cristalizadas e marcadas por cifras pornográficas. Nesse caso, o traço pático afroperspectivista tem um aspecto muito interessante, a personagem conceitual não recorda o que disse. Não porque tenha esquecido; mas, porque estava em si e sem apego ao “eu” deixa de falar, apenas, por si mesma. Não se trata de uma experiência inconsciente; mas, de um autêntico transe que multiplica as consciências. Ou ainda, “aquilo de que ele se distingue não se distingue dele. O relâmpago, por exemplo, distingue-se do céu negro, mas deve acompanhá-lo, como se ele se distinguisse daquilo que não se distingue” (DELEUZE, 2006: 55). O cavalo de santo de Zé Pilintra não se distingue da entidade Zé Pilintra, ainda que não sejam os mesmos. Os traços relacionais remetem às personagens conceituais como o: “eles(as) são unha e carne”, uma dupla em que um se diz pelo outro, tal como o tipo psicossocial; mas, sem se confundir com ela, cada uma pode escolher um par de sapatos para a outra, um relógio, um batom ou um sanduíche. A tiazinha – uma linda mulher, negra, 1,60m, 80 kg, 50 anos – diz: “Fulana e Sicrana são unha e carne e se conhecem muito bem, elas têm o mesmo gosto”. O conceito de gosto aqui não tem uma relação necessária com a crítica kantiana, talvez, tenha sentidos transversais. O gosto não passa pela discussão, nem pela opinião; porém, pela relação que se estabelece consigo. Ou ainda, se denomina “gosto esta faculdade de co-adaptação, e que regra a criação de conceitos” (DELEUZE; GUATTARI, 1992: 101). 47 II Colóquio Filosofia e Literatura: fronteiras de 18 a 21 de outubro de 2010 Zumbi é um personagem conceitual. Sua heterotopia é simples, fazer do Morro da Barriga a pura imanência da vida que se afirma e coloca dentro de um quadro que não precisa da permissão ou do consentimento da outra “cidade”, nem precisa do outro para lhe dizer afirmar ou propor a liberdade. Porque a liberdade está e permanece presente. A maior liberdade da heterotopia do morro da Barriga e da personagem conceitual de Agualusa não é uma essencialização ou uma reinvindicação pautada em ambivalências; mas, uma linha de fuga assentada no terreiro próprio dos acontecimentos que a vida da favela (quilombo) torna possível. Referências bibliográficas AGUALUSA, José Eduardo. O ano em que Zumbi tomou o Rio. Lisboa: Ed. Dom Quixote, 2002. ______ . O Brasil é colônia. Época, set. 2004. BRUNET, Roger et al. Les mots de la Géographie. Dictionnaire critique. Montpellier: Paris: Reclus/La Documentation Française, 1992. DELEUZE, Gilles. Conversações, 1972 -1990. Tradução Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Editora 34, 1996. _______________. Diferença e repetição. 2ª Edição. Tradução Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio de Janeiro: Editora Graal, 2006. _______________. «L’ immanence: une vie». In Philosophie no. 47, Paris: Éd. Minuit, set.1995, pp.3-7. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é a filosofia? Tradução Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992. DUTRA, M. A. Robson Lacerda. O Dia em que um angolano viu o Rio. Unigranrio, Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades, v. 4, n. 16, jan./mar. 2006. FOUCAULT, Michel. «Des espaces autres». Architecture, Mouvements, Continuité, n. 5, p.46-49, out. 1984. HOUAISS, Antonio. Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000. SANTIL, Juliana. “Hotel XXI”. Lusotopie, p. 153-159, 2003. SCHMIDT, Simone Pereira. “Navegando no Atlântico pardo ou a lusofonia reinventada”. Crítica Cultural, v. 1, n. 2, jul./dez. 2006. VALLADARES, Lícia do Prado; MEDEIROS, Lídia. Pensando as favelas do Rio de Janeiro 1906-2000. Rio de Janeiro: FAPERJ: Reluma Dumará, 2003. VENTURA, Zuenir. Cidade partida. São Paulo: Companhia das Letras, 1974. 48