Estoicismo e epicurismo na filosofia de Gilles Deleuze: uma

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Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência – 2º quadrimestre de 2015 – Vol. 8 – nº 2
Estoicismo e epicurismo na filosofia de Gilles Deleuze: uma “identidade discreta”
Paulo Domenech Oneto *
Resumo:
Ao comentar aquilo que seria a primeira etapa de sua obra, Gilles Deleuze utiliza uma
fórmula: afirma que se tratava de tender a uma “grande identidade Spinoza-Nietzsche”.
A convergência se explica desde Diferença e repetição (1968), na discussão encetada em
torno da tese da univocidade do ser como condição para a elaboração de uma filosofia da
diferença. No ano seguinte, em Lógica do sentido, Deleuze parece criar uma sequência.
Fala na importância, para o pensamento, de “conquistar a superfície” e convoca, em meio
a vários autores, duas escolas filosóficas gregas pós-socráticas (estoicismo e epicurismo)
que teriam abordado de modo original a questão-chave da causalidade. O objetivo deste
artigo é analisar os principais pontos da aproximação feita por Deleuze entre as escolas,
mostrando que eles se conjugam na produção de uma segunda “identidade”, discreta, mas
fundamental para a reafirmação da diferença na univocidade, ou seja, para a afirmação da
imanência.
Palavras-chave: estoicismo; epicurismo; causalidade; destino; clinamen.
* Doutor em filosofia pela Université de Nice. Professor adjunto na Escola de Comunicação da UFRJ, Rio
de Janeiro, RJ, Brasil. Contato: [email protected]
Revista Trágica: estudos de filosofia da imanência – 2º quadrimestre de 2015 – Vol. 8 – nº 2
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