A DIDÁTICA NO ENSINO DA QUÍMICA

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A DIDÁTICA NO ENSINO DA QUÍMICA
Alessandra Novais Bassetto Berton1- SOCIESC- CURITIBA
Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas
Agência Financiadora: não contou com financiamento
Resumo
Este trabalho mostra como o ensino da química pelo professor, e, ou, o aprendizado desta
ciência pelos alunos, que estuda a matéria e suas transformações pode se tornar a ambos uma
experiência muito prazerosa. Utilizando metodologias de aprendizagem muitas vezes simples,
mas com uma eficácia demonstrada nas avaliações e relatórios científicos destes. Pensando de
maneira geral a didática sendo uma contextualização teoria e prática, conforme nos mostra
Valente, 2009, na química esta contextualização tem que ser uma relação direta com o
cotidiano, demonstrando esta proximidade. Serão mostradas algumas propostas de técnicas
para serem praticadas nas aulas de química. O Objetivo do trabalho é demonstrar que através
de metodologias ativas de aprendizagem podem fazer o discente aprimorar-se e interessar-se
pelo estudo da química, experimentos feitos em sala de aula comprovaram que a forma lúdica
de ensinar um conceito complexo como ocorre na ciência química, é significativa na relação
ensino-aprendizagem, fazendo o discente adquirir a competência de entender e contextualizar
conceitos antes irreais ou abstratos em sua mente como, átomo, modelos atômicos, densidade,
entre outros agora tangíveis de compreensão por estes. Embasando o trabalho, referencia-se
aos seguintes autores: Valente (2009) explicando a didática, Menezes (2012) mostrando como
deve-se planejar as aulas, principalmente ao fato de que as turmas de alunos geralmente são
heterogêneas, Bruni (2012) e Usberco (2007) mostram que no ensino-aprendizagem, deve-se
sempre trazer o cotidiano para sala de aula. Priess, Souza, Veiga acreditam em diversas
técnicas de aprendizagem todas ativando e motivando o pensar dos alunos, como defende
Lucca, porém nem todas podem ser usadas no aprendizado da Química, algumas destas
técnicas, como, por exemplo, estudos de casos, pesquisa em artigos e posterior apresentações
de seminários tem se mostrado como técnicas que auxiliam muito o docente desta área,
provocando os alunos e estimulando-os a pensar e a debruçar sobre o estudo. Desta forma
aqueles alunos que iniciam uma disciplina de química, seja no ensino médio ou no superior
aprendem a não ter um preconceito com a Química, mudando o seu jeito de entender a
disciplina e seus conteúdos muito importantes para entender o cotidiano. Práticas
significativas que não consideram o decorar um bom processo, ajudam aos alunos que
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Doutora em Química pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Pós Graduada pela Unisociesc em
Educação com ênfase em Metodologia e Didática do Ensino. Professora titular da Faculdade Sociesc de Curitiba
- FSC - Mantenedoura Centro Universitário Sociedade Educacional de Santa Catarina – UNISOCIESC.
Coordenadora de curso de Engenharia Química, Tecnologia em Polímeros e Tecnologia em Processos Químicos.
E-mail: [email protected].
ISSN 2176-1396
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ingressam na faculdade e que tiveram problemas no entendimento dos conteúdos desta
disciplina a iniciarem um processo de aprendizado real.
Palavras – chave: Didática. Química. Ensinar. Aprendizado.
Introdução
Este trabalho visa demonstrar a importância da didática no ensino de Química,
principalmente no que se refere à assimilação dos conceitos e entendimento dos mesmos nos
diferentes contextos nos quais os estudantes se inserem. Nesse aspecto observa-se nos
ambientes profissionais e entre os professores de química uma tendência a se trabalhar a
disciplina de forma tradicional, com aulas expositivas, não muito atrativas para os estudantes,
que nada vê de interessante no decorar tabela periódica ou conceitos complexos demais para
seu entendimento. A didática, segundo os dicionários, vem da palavra grega didaktiké,
significando a arte de ensinar.
Segundo, Valente (2009) a Didática Geral é uma ciência teórica - prática que pesquisa,
experimenta e sugere formas de comportamentos a serem adotados no processo ensino
aprendizagem, resultando na eficiência e eficácia das aulas, sendo ferramenta cotidiana do
professor tendo uma contínua evolução, portanto o professor deve se aperfeiçoar e atualizar
seu conhecimento sobre novas técnicas que possam ser utilizadas em sala de aula.
Além disso, como neste estudo o foco é utilizar a didática, esta arte para ajudar o
alunado aprender a aprender a química e entender sua importância na sua vida pessoal e
profissional futura ou presente, o professor deve estar também atualizado no que ocorre nesta
ciência sempre em evolução.
Observa-se no ensino de química que as práticas dos professores ainda estão
fundamentadas nas formas de ensinar de seus professores e nas ciências exatas, como, por
exemplo, química, matemática, física, o professor tem que mostrar ao aluno como isso tudo
pode ser interessante aprender.
Observa - se que os docentes são muito técnicos ou ainda cobram que o aluno decore
conceitos nesta disciplina, esquecendo-se de contextualizar e trazer o cotidiano até os
discentes, além de mostrar como podem adquirir o conhecimento exigido, entendo os
conceitos sem a necessidade de decorá-los.
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O professor se pergunta neste momento “Como devo proceder para atender o
apreender dos discentes? Quais práticas didáticas devo usar? Como posso avaliar se os
discentes estão captando a mensagem? “
O Objetivo geral deste trabalho é demonstrar como os professores desta área podem
fazer para que a disciplina de química seja mais proveitosa e interessante aos discentes. Não
existe uma receita de bolo para isso cada professor pode inovar buscando técnicas
pedagógicas capazes de atender às necessidades dos estudantes, identificando, analisando
cada turma ou grupo de estudantes que atua com a disciplina de química, observando e
considerando a diversidade na sala de aula uma vez que há aqueles com mais ou menos
dificuldades de aprendizado.
Começamos o ano planejando o trabalho com cada turma, tendo por base a
expectativa média sobre maturidade, habilidades e conhecimentos anteriores dos
futuros estudantes. No entanto, o previsto será continuamente reformulado porque o
aluno médio é uma abstração que raras vezes corresponde à variedade encontrada
nas salas de aula. Por isso, é melhor nos prepararmos para turmas heterogêneas, em
lugar de as lamentarmos. Levar em conta sua diversidade é condição para poder
ensinar. (MENEZES, 2012)
Tendo em vista essa diversidade, o docente pode desenvolver atividades e práticas
diferenciadas que o ajudará a levar este conhecimento a todos os discentes de determinada
turma discentes de forma prazerosa. O docente quando percebe que os alunos estão
aprendendo, estão tendo interesse, inovando nos questionamentos sobre esta área, enfim
participando, fica imensamente feliz com o resultado.
O objetivo deste trabalho se justifica no intuito de ajudar os docentes a encontrarem
suas técnicas pedagógicas para esse ensino-aprendizagem da Química, demonstrando
exemplos já realizados pelo autor em disciplina de Química Geral e áreas afins, através de
relatos de metodologias ativas de aprendizagem possíveis de serem utilizadas, em sala de
aula.
A disciplina de Química e áreas afins
A disciplina de Química é importante para entendimento de conteúdos a serem
aprendidos pelos discentes durante o decorrer de praticamente quase todos os cursos de nível
técnico e superior que cursam para se tornarem profissionais mais capacitados. Mesmo em
cursos na área de humanas, por exemplo, Direito, este conhecimento é importante, para
entendimento de Direito Forense, analisando certas provas obtidas sobre os crimes que
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dependem de testes ou conhecimentos de química, assim resolvendo, ou melhor, defendendo
um crime (BRUNI, 2012).
A química, assim como outras ciências, exerce grande influência na vida cotidiana, e
seu estudo, portanto, não se limita aos estudos e pesquisas de laboratórios e de produção
industrial (USBERCO, 2007).
É importante que ao ensinar esta disciplina o professor contextualize em sua aula que a
química está presente na nossa vida de maneira que sem esta nada existiria. Nós, os objetos
que nos rodeiam, o nosso alimento, a possibilidade de respirarmos, de digerirmos o alimento
não existiriam e não seriam explicados, caso existissem (USBERCO, et al, 2007).
Uma das estratégias que deve sempre ser utilizada com os alunos logo que iniciam a
Disciplina de Química Geral é trazer um texto ou exemplos da Química no Cotidiano, e
estimular os alunos a debater em equipe, a buscar em suas vidas a química e depois exporem
suas ideias, geralmente ficam muito empolgados ao perceberem que o conceito ou preconceito
que tinham desvanece e entendem o motivo e o objetivo deste estudo. Além disso, aprendem
a conviver com os colegas.
Técnicas didáticas de ensino
Existem muitas maneiras de ensinar e muitas estratégias de ensino podem ser
utilizadas pelos docentes: aula expositiva e dialogada, dramatização, estudo de textos e ou
artigos, resolução de exercícios, seminário, pesquisas, estudo de casos, tempestade cerebral,
júri simulado, entre outras (PRIESS, 2012).
Destas estratégias algumas podem ser utilizadas para o ensino da química, outras não,
mas o docente pode inovar novas técnicas de ensino.
Por exemplo, na matemática, e na física, e em outras disciplinas em áreas afins... a
resolução de problemas é um método eficaz para desenvolver o raciocínio e para motivar os
alunos para o estudo...O processo ensino e aprendizagem podem ser desenvolvidos através de
desafios com problemas interessantes que possam ser explorados e não apenas resolvidos ( DE
SOUSA, 2005).
Técnicas didáticas no ensino da química
Neste caso esta estratégia de resolver problemas e desafios para o ensino da química
também é muito válida e incentiva os discentes a trabalhar em consonância com os
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conhecimentos aprendidos e com a pesquisa para aprimorar os conhecimentos adquiridos em
sala de aula.
As estratégias de ensino também devem aprimorar: o aprender a conhecer, o aprender
a fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser (PRIESS, 2012). Primeiro o professor de
química pode expor os conteúdos da Química, de maneira expositiva, mas de forma a
incentivar os discentes a aprender a conhecer sem que se preocupem em decorar conceitos e
sim e entender a essência do conceito que está sendo ensinado. No ensino da Química é muito
importante trazer para dentro da sala de aula ou fazer experimentações em laboratórios
específicos, proporcionando ao alunado a aprender a fazer. Com tudo isso os discentes
aprendem a conviver, pois entendem também como estudar em equipe e se entusiasmam com
esta ciência, e ao final têm-se profissionais que aprenderam a ser.
O Aprender a Ser no ensino da Química no Cotidiano o Professor pode explorar os
conceitos que relacionam a Química com Meio Ambiente, conteúdos sobre Tratamentos de
Efluentes, de Resíduos, Reciclagem de Materiais, enfim a preocupação com o meio ambiente
e a ética profissional, nossos alunos, podem trabalhar em indústrias, em pesquisa e
desenvolvimento nas mais diversas áreas e cm estes conceitos tornam-se profissionais que
respeitam o meio ambiente e se preocupam em manter as normas como ISO 17025 e 14000
(DERISIO, 2007).
Os docentes então devem perguntar a si próprios “Como devem proceder para atender
o apreender dos discentes? ” Cada docente desta área deve programar estratégias as suas
práticas docentes que deixem este apreender mais interessante aos alunos. E se perguntam
“Quais práticas didáticas devem usar e como perceber que os alunos captaram o que foi
ensinado? ”
A química tem que se tornar ao aluno uma disciplina que realmente este julgue
importante ao seu aprendizado, porém sem deixa-lo com medo. Esta disciplina em outras
épocas e como quando muitos de nós professores atualmente fizemos nosso antigo Colegial
ou Ensino Superior foi ministrada com estratégias de ensino que fizeram muitos temer a
simples menção do nome Química.
Em outras épocas o professor utilizava da decoreba de conceitos e até mesmo de
tabelas, por exemplo, a Tabela Periódica, que se foram feitas, foram para auxiliar no estudo da
química não para decorar. Então até hoje há profissionais docentes que ainda usam desta
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estratégia retrógrada para ensinar, apenas utilizam como exemplo, professores que tiveram no
passado.
Contudo, hoje o professor de Ciências em geral, tem muita tecnologia para conseguir
explicar, contextualizar e fazer a diferença nesta disciplina. Portanto Práticas como debates,
estudos de casos, demonstrações da química no dia-a-dia, estudos de artigos científicos sobre
os diversos assuntos abordados nos conteúdos essenciais da química, vídeos educativos e até
engraçados que faz com que o alunado entenda a essência do seu estudo. A internet hoje em
dia nos ajuda muito a incentivar a participação mais ativa dos alunos, por exemplo, quando
comentamos um conceito, eles procuram um texto um vídeo na internet e comentam e assim o
ensino-aprendizagem fica mais dinâmico.
Para o físico e professor da USP (Universidade de São Paulo) Menezes (2012), o
desafio se amplia, quando se tem mais de 40 estudantes em cada uma de suas várias classes,
ele não tem como prestar um atendimento individual. Se o docente estiver na dúvida se
apenas passará conteúdos ou se contribuirá para o desenvolvimento de cada um, a sugestão é
ter um critério divertido: “sempre que for possível se imaginar substituído por uma palestra
gravada e supervisionada por um vigia, seu trabalho não valorizará a diversidade humana”. A
expectativa do docente não é apenas que os discentes apenas ouçam, copiem, entreguem
lições individuais e façam provas, assim o resultado serão notas, isto é, números. Um bom
educador não pretende apenas que os discentes tirem nota, isto pode ser uma consequência do
bom aprendizado, mas principalmente que aprendam.
Segundo, Veiga (2012) as diferentes tecnologias usadas para o ensino da Química
proporcionam aos discentes e docentes desde pesquisas a simulações, e que é possível, que a
partir destas sejam confeccionar instrumentos de baixo custo que tornem o ensinoaprendizagem na química mais interessante.
São descritas a seguir como foram realizadas algumas estratégias que já mostraram
eficácia com turmas variadas de Tecnologia em Polímeros, Tecnologia em Processos
Químicos, Tecnologia em Fabricação Mecânica, Engenharia de Produção e Engenharia
Química, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação.
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Ensinou-se as Propriedades Periódicas dos Elementos, sem fazer os alunos
decorarem como é o crescimento da eletronegatividade e sim trabalhar o conteúdo
anterior de distribuição eletrônica para mostrar através de desenhos do modelo de
Bohr este crescimento. Assim eles entenderam, e não esqueceram. Quando se
decora, até pode-se ter um bom resultado na avaliação, porém o conteúdo não fica
registrado posteriormente.
Utilizou-se de uma rede e bolinhas de gude ou feijões para demonstrar o
experimento de Rutherford que gerou o Modelo atômico deste cientista. Desta forma
os discentes conseguiram imaginar o modelo de forma macro, pois muitas vezes
nesta parte do conteúdo como não se pode pegar um átomo e suas partículas e
mostrar a ele, este fica com muitas dúvidas, assim inovando como numa brincadeira
motivou-se o entendimento.
Realizou-se uma gincana entre equipes de alunos com perguntas sobre os conceitos
ensinados, mas sempre incentivando ambas, e claro como professor você pode dar
dicas, assim os discentes relembraram os conceitos estudados ou ensinados em aulas
anteriores. Isto foi feito na véspera de avaliações, fazendo com que estes alunos
ficassem mais calmos e assim a química ficou mais divertida.
Para estudar as propriedades periódicas em seu conceito pediu-se para que equipes
representassem uma determinada propriedade (Energia de Ionização,
Eletronegatividade, Raio Atômico, ou Afinidade Eletrônica) e dramatizassem – na e
a outra equipe tentou adivinhar qual propriedade se referia, assim também houve um
incentivo a relembrar os conceitos ensinados anteriormente de forma divertida.
Para estudar as ligações químicas fez-se um teatro com os alunos usando da técnica
de mímica, alguns representaram elétrons (doados, recebidos ou compartilhados) e
outros o átomo com suas camadas, ou o núcleo, exemplificando de forma lúdica as
ligações iônicas e covalentes.
Com turmas com muitos alunos (turmas de Engenharias de diversas áreas), foram
feitos experimentos: de misturas miscíveis e imiscíveis, trabalhando conceitos de
densidade e polaridade, sempre com substâncias inócuas.
Em todas as aulas mesmo que teóricas foram levados materiais do dia-a-dia para
verificação e visualização das propriedades mecânicas, químicas ou físicas destes.
Existem diversos tipos de polímeros em forma de plásticos mais rígidos ou mais
flexíveis isto foi demonstrado em sala de aula com copos descartáveis, sacolas
plásticas e vasilhas para micro-ondas. Em outra ocasião mostrou que o plástico não
absorve água e o papel sim, mostrando o conceito de polaridade existente na
molécula da celulose (pela fórmula química) não no polietileno, influencia na
atração com a molécula de água. Desta forma o docente mostra aos discentes como a
química e às propriedades das substâncias se relaciona ao cotidiano e ao setor
profissional escolhido pelos educandos.
Foram propostas práticas sobre os conceitos estudados. O conceito de densidade, foi
demonstrado apenas com copos de água e materiais ou substâncias do cotidiano com
pesos diferentes (bolinhas de gude, bolinhas de borracha, dados, óleo de cozinha,
álcool, glicerina). A visualização do discente do que foi aprendido na teoria fica
evidenciada na prática.
Cada uma destas práticas didáticas citadas acima, fizeram o alunado em sua maioria
aplicarem em avaliações, e descreverem em questões para demonstrar o seu aprendizado
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experimentos feitos pelo autor em sala de aula que demonstraram de forma lúdica as teorias
sobre a química, antes decoradas e não realmente aprendidas por estes discentes.
Avaliação para consolidação do ensino da química
No quesito avaliativo as provas devem ser contextualizadas e a cobrança deve ser a
Essência e não a Decoreba dos conceitos. Contudo muitas outras formas o professor deve
usar para avaliar os alunos:
Atualmente, para muitas escolas, o maior valor da educação é ensinar o aluno a
pensar. Quase não existe mais espaço para aquela didática voltada à matéria
decorada, à pedagogia da imposição das ideias. A abordagem é reflexiva, induz o
estudante a desenvolver pensamentos coerentes e o senso analítico. A boa escola
acompanha os problemas mundiais e éticos de maneira mais ampla. (LUCCA, 2008)
Para ilustrar os comentários anteriores sobre a DECOREBA observe a tirinha a seguir
que mostra justamente o que acontece quando o discente apenas decora sem entender o
conceito ensinado.
Figura 1- Ilustração sobre como fica o discente que somente sabe decorar
Fonte: http://educacaodareligiosidade.blogspot.com
O professor de química e de outras ciências exatas deve procurar no decorrer do
ensino da disciplina resolver exercícios para fixação da essência dos conteúdos. Problemas e
estudos de casos que gerem desafios são sempre formas de identificar o aprendizado. O aluno
individual ou em equipe pode pesquisar sobre um conteúdo ministrado e trazer como
seminário aplicações deste. Quando houver aulas experimentais o docente deve mostrar como
fazer e requisitar um relatório da prática com introdução teórica, parte experimental descritiva
e interpretar e discutir resultados.
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Percebe-se que o docente desta área deve buscar em seu conhecimento e no querer
ensinar estratégias avaliativas que demonstrem que o aluno realmente aprendeu, mas isto
pode ser feito acompanhando a evolução deste passo-a passo.
Considerações Finais
Conclui-se com o presente trabalho que é possível fazer com que o ensino da Química
seja mais eficaz, mas ao mesmo tempo prazeroso para Docente e Discente. Os discentes antes
com preconceito desta disciplina podem além de entender e adquirir conhecimentos
importantes de Química para sua área de atuação profissional, podem também ter nesse
estudo direcionado apreender como a Química pode ser interessante e divertida. As formas
avaliativas também devem buscar entender o que aluno aprendeu e o que ainda tem dúvidas
para que no decorrer do ensino da química, estas possam ser sanadas pelo docente.
Existem muitas estratégias de ensino aprendizagem viáveis para ensinar Química,
como: aula expositiva e dialogada, dramatização (mímicas, dinâmicas e jogos), estudo de
textos e ou artigos, resolução de exercícios, seminário, pesquisas, estudo de casos, então
somente é necessário o docente inovar suas aulas ( usando estas técnicas e qualquer outra
metodologia ativa, como mostrar materiais típicos do dia – a dia para entendimento de
conceitos da estrutura química dos compostos ), fazendo com que o discente sinta vontade de
aprender esta ciência tão importante no seu cotidiano familiar, pessoal e em seu trabalho em
indústria, quando se trata de um profissional, por exemplo, de automação, mecânica, civil,
elétrica, que antes não entendia a importância deste aprendizado. Aprendendo porque os
materiais possuem suas diferentes características, devido a suas estruturas químicas, mesmo
se o trabalho for no comércio ou administrativo, aprenderá que é necessário ter
conhecimentos químicos na área de gestão ambiental e logística reversa de seus produtos ou
insumos.
Assim, neste relato de algumas técnicas didáticas realizadas pelo o autor é
demonstrado que a forma lúdica de ensinar é significativa no ensino-aprendizagem da
química, esta deixa de ser uma vilã aos estudantes e passa a ser uma aliada para todas as áreas
de trabalho, isto demonstrado em avaliações realizadas ao longo de um semestre em disciplina
de química ou afins.
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REFERÊNCIAS
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LUCCA, R. de, Sem Decoreba: A didática contemporânea enterrou as aulas automatas nas
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VEIGA, M. S. M.; QUENENHENN, A.; CARGNIN C., O ENSINO DE QUÍMICA: algumas
reflexões, I JORNADA DE DIDÁTICA - O ENSINO COMO FOCO - I FÓRUM DE
PROFESSORES DE DIDÁTICA DO ESTADO DO PARANÁ, UTFPR, 2012.
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