45 CABE À FILOSOFIA A ATUAÇÃO CLÍNICA?

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Revista Filosofia Capital
ISSN 1982 6613
Vol. 2, Edição 4, Ano 2007.
CABE À FILOSOFIA A ATUAÇÃO CLÍNICA?
Simone Villas Ferreira
[email protected]
Brasília-DF
2007
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Revista Filosofia Capital
ISSN 1982 6613
Vol. 2, Edição 4, Ano 2007.
CABE À FILOSOFIA A ATUAÇÃO CLÍNICA?
Simone Villas Ferreira1
[email protected]
Resumo
O presente artigo pretende questionar se à filosofia cabe a atuação clínica, ou seja,
pretendemos avaliar se a “filosofia clínica” tem autonomia argumentativa suficiente para o
seu exercício. Defendemos a aplicação da filosofia em todos os seguimentos, como um
instrumento que valida à estrutura lógica sobre quaisquer assuntos que ela irá abordar;
defendemos, portanto, sua acessibilidade. Tal acessibilidade pode resultar num efeito
“terapêutico”, isto é, de tratamento, via apresentação de idéias (des)construtivas que irão ao
encontro dos anseios existenciais de quem quer a que busque, porém ser “terapêutico” não
habilita a filosofia a atuação clínica, dada a diferença de especificidade conceitual e de
atuação profissional.
Palavras-Chave: Filosofia Clínica – Terapêutico – Clínica – Epistemologia – Acessibilidade
Coisa complicada é ser humano. E, complicado também é iniciar um provável artigo
filosófico tendo tanta coisa engasgada para desafogar. Então, vamos com calma. O que
pretendemos nestas linhas é fazer uma reflexão crítica sobre a capacidade ou não de a
filosofia poder atuar clinicamente.
A princípio, o que se pretende é resolver a seguinte questão: sendo a filosofia um
instrumental teórico, com conceitos próprios; e profissional de atuação crítica sobre os
argumentos, isto é, sendo a filosofia um conjunto de idéias desenvolvidas ao longo da sua
1
Mestra em Filosofia, Área: Estética, pela UFRJ. Professora do curso de Filosofia da UNIESCO, dos cursos de
pós-graduação do Instituto Educacional Multidisciplinar de Brasília – ÍMPAR, e dos cursos de pós-graduação do
Centro de Formação Profissional Filadélfia.
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história do pensamento, as quais, não obstante, se nos afiguram muitas vezes como
contraditórias, pode a filosofia atuar clinicamente?
Necessário se faz, para um desmembramento da questão, distinguir o “clínico” do
“terapêutico” porque, em se tratando de uma possível atuação clínica da filosofia, diz-se das
suas conseqüências terapêuticas. “Clínica2” lugar aonde os
doentes vão consultar um médico, receber tratamento, submeterse a exames clínicos, radiografias, etc.; hospital, geralmente
particular.
“Terapêutico3”
fomentação
de
novos
comportamentos que buscam a saúde e o bem-estar.
Sendo assim, fica clara a distinção da natureza das
tarefas que procuram “tratar” o ser humano, naquilo que lhe é
perene: a auto-incompreensão
e a percepção
sobre o
Figura 1 - ESCHER, Teoria do
deslocamento4 de si e do próprio mundo. A clínica prevê, para a Caos.
sua prática, uma formação específica (medicina, psicologia, psicopedagogia, aculputura, etc.),
ou seja, necessita de uma série de disciplinas que caracterizarão o fazer profissional clínico:
noções de anatomia (ao menos, pescoço, cabeça e nervos), de farmacologia, de teorias da
personalidade, de diagnose (de acordo com a área de formação), da prática clínica em si (nem
que seja no período correspondente a um “estágio acadêmico”).
Ao observarmos as concepções sobre a natureza e finalidade da “filosofia
clínica5”, vemos a seguinte descrição da sua atuação: Filosofia Clínica é a abordagem
filosófica brasileira para aliviar as angústias humanas, a exemplo da Filosofia Prática, ou
2
É a prática da medicina, a clientela de um médico.
É tratamento; linha teórico/prática que busca opções convencionais ou não para desenvolver e potencializar o
“doente” à sua independência ou cura.
4
Refere-se à “mundaneidade” de Heidegger, i.e., à capacidade de ser-no-mundo, de encontrar-se
existencialmente no espaço e no tempo. Deslocado, o sujeito perde-se enquanto ser-presença e ser de
historicidade.
5
In: www.filosofiaclinica.com.br, consulta em: 21/06/2007.
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Filosofia do Aconselhamento, que surgiu na Alemanha, em 1981. A corrente brasileira data
de fins da década de 80, criada pelo psicanalista e filósofo Lúcio Packter, no Rio Grande do
Sul (RS). Há mais diferenças metodológicas que teóricas entre a Filosofia Clínica e a
Filosofia do Aconselhamento. Packter ensina, em cursos de pós-graduação lato sensu, que a
ciência brasileira...
(...) direciona e elabora, a partir da metodologia filosófica, procedimentos de
diagnose e tratamento endereçados a questões existenciais encontradas em
hospitais, clínicas, escolas e ambulatórios. Técnicas que diferem dos
métodos e fundamentos da Psicologia, da Psiquiatria e da Psicanálise: não
existe o conceito de normalidade, de patologia; não existem concepções a
priori como ‘o homem é um ser social’, ‘o homem busca a felicidade’. Tudo
parte da historicidade da pessoa atendida, percorrendo-se desde o logicismo
formal até a epistemologia nas questões focadas no diagnóstico dos
problemas. A fundamentação das questões consta da Filosofia acadêmica,
inteiramente, com seus escritos e autores. Está baseada no Logicismo, na
Epistemologia, na Fenomenologia, na Historicidade, no Estruturalismo e na
Analítica da Linguagem, entre outras abordagens. 6
A teoria, porém, não isenta a Filosofia Clínica de severas críticas de psiquiatras e
psicólogos, sob os seguintes argumentos: os primeiros exigem que estes tenham uma
formação que lhes permita evidenciar disfunções orgânicas que originam males existenciais
(deficiências que provoquem depressões ou desordem mental); os segundos acreditam ser
errônea a racionalização de questões que certamente pertencem ao campo das emoções.
Entretanto, nos restringiremos neste presente artigo, às críticas pertinentes a desadequação de
formação profissional e à natureza das interpretações de conceitos fundamentais ao fazer
filosófico e ao fazer clínico. O nosso sistema cultural tende a colocar a filosofia em uma
dimensão bastante distante daquela em que acontece a nossa vida quotidiana. Os problemas e
as reflexões dos chamados 'filósofos' parecem complexos, às vezes difíceis, interesse
6
Revista Psique - Editora Escala, nº1, pág. 66, 2005.
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exclusivo de poucos especialistas, normalmente fechados dentro de algum departamento
universitário.
Trata-se de uma colocação decisivamente
errada. A grande maioria das questões de que a filosofia
se ocupa não são mais do que o desenvolvimento de
interrogações à base da experiência mental de qualquer
ser humano. Atrás das mais altas temáticas da história do
pensamento existem as mesmas dúvidas, os mesmos
Figura 2 – ESCHER, Bond.
medos, as mesmas necessidades presentes em cada homem. As diferenças entre a reflexão do
maior pensador da história e aquele de um homem comum são fundamentalmente de natureza
quantitativa e lingüística. O primeiro dedica mais tempo às próprias perguntas, e as suas
respostas são lingüisticamente elaboradas.
Mas também o segundo possui pontos de vista sobre temáticas como a vida e a
morte, a liberdade e o destino, os outros, a natureza, o comportamento certo e o errado, o
Estado ideal, o significado da própria existência, o belo e o feio. Algumas dessas idéias
derivam dos ambientes sociais nos quais nos formamos, outras foram adquiridas através da
experiência e da reflexão pessoal.
De qualquer forma, pelo fato de serem pontos de vista em torno das questões da
filosofia, trata-se plenamente de concepções filosóficas. Naturalmente, também entram nessa
categoria todas as posições de agnosticismo, de ausência de soluções ou de afastamento do
problema. Não necessariamente, por ser filosófico, um ponto de vista deve afirmar alguma
coisa: uma resposta filosófica à questão se existe ou não o destino, por exemplo, pode muito
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bem ser uma não-resposta, uma suspensão do julgamento7. Cada homem, enquanto homem é
um filósofo. Não se pode não fazer filosofia.
Tudo isso, porém, naturalmente, não significa que todas as respostas às perguntas
acima referidas tenham o mesmo peso. As diferenças de natureza quantitativa e lingüística
não são pequenas diferenças. Sobre o mesmo problema do sentido da vida, por exemplo,
podemos ter teorias refinadíssimas, fruto de um longo e sofrido trabalho analítico, ou então
conclusões superficiais, alcançadas de modo mecânico ou casual. Às vezes, uma boa parte da
'constituição filosófica' (o conjunto das teorias e dos pontos de vista em torno das questões
filosóficas mais importantes) de um homem pode encontrar-se sob o nível de sua consciência:
as perguntas e respostas existem, mas nunca são conscientemente tomadas em exame ou
discutidas.
Ora, por quanto ingênuas, inautênticas e inconscientes, as nossas teorias
fundamentais (aquelas da quotidianeidade) têm uma influência determinante sobre nossa
experiência de vida, sobre nossa dimensão relacional, sobre nossos estados de espírito
quotidianos. As dimensões, emocional e corpórea são profundamente condicionadas à nossa
'dimensão filosófica'. Grande parte dos nossos comportamentos, interesses e atividades são
baseados no modo em que nos posicionamos a respeito das mais importantes questões da
filosofia. Uma boa qualidade de vida parece, então, estreitamente conectada a uma boa
qualidade das nossas idéias mais profundas sobre o homem e sobre a realidade.
Freqüentemente, de fato, alguns dos nossos pontos de vista filosóficos, que talvez
consideramos indiscutíveis, produzem algumas conseqüências negativas sobre a nossa
existência. A nossa incapacidade ou a nossa recusa a responder a algumas perguntas, a
ausência de solução para alguma dúvida radical podem determinar incerteza e angústia. Por
7
Aqui, entendemos por usos da não-razão, quando há a compreensão lógica e articulada de qualquer problema
sem a necessidade da atuação do cogito; pode ser por vias da sensibilidade, por exemplo.
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outro lado, um enriquecimento, uma crítica ou uma reafirmação de algumas de nossas idéias
fundamentais, têm um reflexo positivo sobre o nosso quotidiano.
Uma organização e um melhoramento da nossa 'filosofia' pessoal podem acontecer
através de um diálogo e um confronto das nossas teses pessoais com as reflexões dos grandes
pensadores ocidentais e orientais. Saber que coisa exatamente diz Sócrates ou o Budha sobre
questões as quais não conseguimos responder de algum modo, "discutir" com Nietzsche,
escutar o que diria Santo Agostinho sobre nossa pergunta mais urgente, poderia nos mostrar
novas perspectivas para analisar o nosso quotidiano, desbloquear situações relacionais
estáticas, oferecer novos estímulos e idéias nos campos profissional e artístico.
O problema é, porém, aquele ilustrado inicialmente: a cultura em que vivemos nos
afasta a
filosofia,
no-la apresenta com uma
linguagem complexa, nos conduz a acreditar que ela
não tenha muito a ver com as nossas problemáticas
de todo dia. Freqüentemente nem mesmo sabemos o
quanto nos poderia ser útil um raciocínio de Platão
ou de Heidegger e, se o intuímos, nos deixamos
desencorajar pelas dificuldades que somos levados a
Figura 3 - MUNCH, Melancolia.
atribuir aos discursos de tais personagens. Mas, daí a considerar a possibilidade de a filosofia
atuar clinicamente é outra história. Defendemos a acessibilidade da filosofia ao maior número
de pessoas sedentas pelo saber, tanto como defendemos a impossibilidade de essa
acessibilidade se dar, corretamente, pelo atendimento clínico. Por suas instigantes e
inquietantes propostas de desconstrução, a filosofia se nos apresenta, não raro, como
terapêutica, mesmo que esta seja de forma negativa, que faça ruir os alicerces da casa
existencial de quem quer que tenha coragem para enfrentar seus embates. Quem já está há
onze anos à frente de uma sala de aula de filosofia, como a autora deste artigo, sabe das
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espontâneas terapias que volta e meia ocorrem neste ambiente... A “clínica” envolve outros
aspectos de sua atuação profissional, como já fora explicitado na compreensão do verbete, e,
principalmente, demanda “cura”, ou seja, sanar os males dos mais urgentes aos mais
profundos, sanar dores, ou pelo menos, remediar. A palavra cura já existia em latim com o
sentido primitivo de ‘cuidado’, ‘atenção’, ‘diligência’, ‘zelo’. Havia também o verbo curo,
curare, de largo emprego, com o significado de 'cuidar de', 'olhar por', 'dar atenção a', 'tratar’.
Como termo médico, cura foi primeiramente usado na acepção de ‘tratamento’, conforme se
lê em Celsus (séc. I DC) em seu livro III. 9.1: In hoc casu medici cura esse debet, ut morbum
mutet (Neste caso o cuidado médico [ou do médico] é indicado para mudar o curso da
doença). A evolução semântica da palavra cura, tanto em latim, como nas línguas românicas,
operou-se em várias direções, sempre em torno da idéia de ‘cuidar de’, ‘exercer ação sobre’,
‘tratar’. Vejamos alguns exemplos: Cura. Pároco; cuida espiritualmente de seus paroquianos.
Curador. Pessoa que cuida dos interesses de outrem ou de alguma instituição (donde
‘curador de menores’, ‘curador de família’, ‘curador de massa falida’, ‘conselho de curadores’
etc.) Curado (queijo, peixe). Que recebeu um tratamento especial; o queijo, exposto ao ar
seco durante algum tempo; o peixe, exposto ao calor e à fumaça. Curativo. Limpeza e
tratamento tópico de um ferimento. Como termo de medicina a mudança de significado
decorreu do fato de que a cura, no sentido de tratamento, na maioria das vezes, modifica o
curso da doença e restabelece a saúde do enfermo. Deu-se, então, a metonímia, na modalidade
em que a mesma palavra passa a expressar tanto a ação (no caso os cuidados médicos) como o
resultado da ação (a recuperação da saúde). A metonímia é um fenômeno comum de
linguagem. Assim, cura passou a significar também o restabelecimento da saúde, à volta ao
estado hígido, e esta nova acepção sobrepôs-se à primitiva no entendimento geral e no próprio
vocabulário médico. Em razão dessa evolução semântica, curar pode ser empregado tanto no
sentido de tratar, cuidar de, como no sentido de debelar uma enfermidade, de restituir a saúde,
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de sarar. Sarar deriva do verbo latino sanare, que se conservou intacto em italiano, e evoluiu
para sanar em espanhol e sarar em português. A substituição de n por r que se operou na
língua portuguesa é explicada pela seguinte seqüência na passagem do latim vulgar para o
português arcaico: sanare > saar > sar > sarar. Sarar é ‘ficar são', ‘recuperar a saúde’. Tanto
pode ser empregado como verbo intransitivo (o doente sarou), como transitivo direto (o
médico sarou-a daquela doença) ou ainda na forma pronominal
(sarou-se do resfriado).8
Então, mesmo que seja, por exemplo, com orientação
filosófica epicurista, desconhecemos a possibilidade de alguém
conseguir levar às últimas conseqüências uma integral e constante
ataraxia das atitudes, e, na verdade, nem sabemos se é válido e
Figura 4 – Epicuro de
prudente o comedimento de Epicuro ao longo de nossas vidas. Epicuro Samus
entrou neste texto como um simples e despreocupado exemplo de filósofo dos menos
“problemáticos” em termos de discussões sobre ética ou sobre política. Porém, quando
adentramos para outras propostas filosóficas mais “dramáticas”, vemos que essas estão longe
de serem sugestões de cura para quaisquer dos males que nos afligem.
A que se destina, profissionalmente, a filosofia, então? Ao trabalho acadêmico de
pesquisa e de docência; ao assessoramento aos projetos governamentais, nas mais variadas
abordagens e temas; aos conselhos de ética (hospitalar, publicitário, jornalístico, empresarial,
8
Temos aí um eficiente e resumido quadro sobre as possíveis soluções aos males que todos carregamos:
Classificação dos desejos segundo Epicuro
Desejos naturais
Necessários
Para a
felicidade
(ataraxia)
Para a
tranqüilidade do
corpo (proteção)
Para a vida
(nutrição,
sono)
Desejos frívolos
Simplesmente
naturais
Artificiais
Irrealizáveis
Variações de
prazeres, busca do
agradável
Exemplo:
riqueza,
glória
Exemplo: Desejo
de imortalidade
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universitário, etc.). Ser filósofo é uma habilitação ampla e das mais requisitadas hoje em dia,
porque vai ao encontro do que o “mercado” privilegia: formação humana, ampla capacidade
de compreensão dos mais variados temas de cultura geral, capacidade de análise e distinção
de problemas, interdisciplinaridade. É a nova República platônica!
Ademais, a filosofia, e os filósofos! Não pode
deixar de considerar...
- que uma reflexão sistemática sobre as
próprias teorias e posições fundamentais, a sua
discussão e seu confronto com outras experiências e
Figura 5 - ESCHER, Forms
tradições de pensamento, possam ser de profundo aproveitamento à existência de um homem.
- que tal reflexão e confronto sejam possíveis: é possível tirar da filosofia a aura de
esoterismo com a qual é atualmente apresentada no imaginário de muitos. Pode-se 'reconduzir
a filosofia até a terra', coligá-la às perguntas quotidianas mais recorrentes, às problemáticas
mais elementares.
- que tal operação, útil em nível individual, seja necessária e urgente em nível global.
A reflexão e o debate sobre as temáticas mais importantes da história do pensamento, uma
maior difusão do ponto de vista de grandes sábios do passado, e uma presença mais forte da
filosofia dentro dos nossos sistemas culturais, podem constituir uma contribuição importante
para a solução dos dramáticos problemas e interrogações do mundo atual.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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70, 1988.
FOUCAULT, Michel. O nascimento da clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1994.
HEIDEGGER, Martin. Que é isto a filosofia? Identidade e diferença. São Paulo: Duas
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WHITEHEAD, A.N. A função da razão. Brasília, UNB, 1988, 2a ed.
WEBGRAFIA
Figura 1 - ESCHER, M.C. Teoria do Caos. In: www.iac.es.
Figura 2 - ESCHER, M.C. Bond. In: www.iac.es.
Figura 3 - MUNCH, E. Melancolia. In: www.new-york-art.com.
Figura 4 - Filósofo grego, de Samos 341-271 a.C.. Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro_de_Samos, consulta feita em 24/06/2007, às 20h48min.
Figura 5 - ESCHER, M.C. Forms. In: www.iac.es.
WHITEHEAD, A.N. A função da razão. http://www.filosofiaclinica.com.br, consultas feitas
em: 21 e 24/06/2007, às 20h48min.
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