COLÉGIO INTEGRADO JAÓ Professor: Kaká MODELOS ATÔMICOS Data: 23 / 06 / 2016 Aluno(a): MODELOS ATÔMICOS Modelo de Dalton (1808) Professor da universidade inglesa New College de Manchester, John Dalton foi o criador da primeira teoria atômica moderna na passagem do século XVIII para o século XIX. Em 1803, Dalton publicou o trabalho Absorption of Gases by Water and Other Liquids (Absorção de gases pela água e outros líquidos), neste delineou os princípios de seu modelo atômico. Segundo Dalton: Átomos de elementos diferentes possuem propriedades diferentes entre si. Átomos de um mesmo elemento possuem propriedades iguais e de peso invariável. Átomos são partículas maciças, indivisíveis e esféricas formadoras da matéria. Nas reações químicas, os átomos permanecem inalterados. Na formação dos compostos, os átomos entram em proporções numéricas fixas 1:1, 1:2, 1:3, 2:3, 2:5 etc. O peso total de um composto é igual à soma dos pesos dos átomos dos elementos que o constituem. Em 1808, Dalton propôs a teoria do modelo atômico, nela o átomo é uma minúscula esfera maciça, impenetrável, indestrutível, indivisível e sem carga. Todos os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos. Seu modelo atômico foi chamado de modelo atômico da bola de bilhar. Modelo de Dalton: A matéria é constituída de diminutas partículas amontoadas como laranjas. Modelo de Thomson (1897) Um dos experimentos mais importantes projetados para tentar explicar os fenômenos que envolvem a eletricidade foi a do físico inglês Willian Crookes, utilizando ampolas de vidro contendo gás em baixa pressão. Experiências de Crookes Utilizando uma ampola, Crookes fez vários experimentos. Introduziu um gás a uma pressão muito reduzida, aproximadamente 0,01 atm e provocou uma diferença de potencial – algo em torno de 10.000 volts – entre os eletrodos. A primeira observação feita a partir da ampola de Crookes nessas condições foi a de um fluxo luminoso – denominado raios catódicos – que partia do pólo negativo da ampola (denominado cátodo) em direção ao pólo positivo (denominado ânodo) e que apresentava as seguintes propriedades principais: Possuía massa: podia mover um pequeno moinho (ou uma pequena hélice) colocado dentro da ampola. Caminhava em linha reta: projetava na parede oposta da ampola a sobra de qualquer anteparo colocado em sua trajetória. Possuía carga negativa: quando submetido a um campo elétrico externo à ampola, sofria desvio em direção ao pólo positivo; quando submetido a um campo magnético externo, também sofria desvio. Mais tarde, 1897, o físico inglês Joseph John Thomson, trabalhando com raios catódicos, concluiu que eles eram parte integrante de toda espécie de matéria, uma vez que podia ser repetido com qualquer gás. Thomson passou a chamar os raios catódicos de elétrons. Em 1886, o físico Eugen Goldstein adaptou um cátodo perfurado à ampola de Crookes que continha gás a baixa pressão, provocou uma descarga elétrica no gás e observou um feixe de raios coloridos surgir atrás do cátodo. Golstein denominou-os raios anódicos ou raios canais. Posteriormente, eles passaram a ser chamados de raios positivos devido ao fato de movimentarem em sentido oposto aos raios catódicos. Além disso, quando submetidos a um campo elétrico externo à ampola, raios canais se desviavam em direção a placa negativa. A parte elementar dos raios canais, isto é, as menores partículas que os compunham, denominara-se próton. O Modelo atômico de Thomson, propunha, então que o átomo não fosse maciço (como havia afirmado John Dalton), mas sim um fluido com carga positiva (homogêneo e quase esférico), no qual estavam dispersos (de maneira homogênea) os elétrons. Podemos fazer a analogia desse modelo atômico com um "Panetone" ou com um pudim recheado de uvas passas, em que a massa do panetone seria positiva e as passas seriam as partículas negativas. Modelo de Rutherford (1911) Em 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford, utilizando os fenômenos radiativos no estudo da estrutura atômica, descobriu que o átomo não seria uma esfera maciça, mas sim formada por uma região central, chamada núcleo atômico, e uma região externa ao núcleo, chamada eletrosfera. No núcleo atômico, estariam as partículas positivas, os prótons e, na eletrosfera, as partículas negativas, os elétrons. Para chegar a essas conclusões, Rutherford e seus colaboradores bombardearam lâminas de ouro com partículas α (2 prótons e 2 nêutrons), utilizando a aparelhagem esquematizada acima. Rutherford observou que a grande maioria das partículas atravessava normalmente a lâmina de ouro que -5 apresentava aproximadamente 10 cm de espessura. Outras partículas sofriam pequenos desvios e outras, em número muito pequeno, batiam na lâmina e voltavam. O caminho seguido pelas partículas α podia ser detectado devido às cintilações que elas provocavam no anteparo de sulfeto de zinco. Comparando o número de partículas α lançadas com o número de partículas α que sofriam desvios, Rutherford calculou que o raio do átomo deveria ser 10.000 a 100.000 vezes maior do que o raio do núcleo, ou seja, o átomo seria formado por espaços vazios. Por esses espaços vazios, a grande maioria das partículas α atravessava a lâmina de ouro. Os desvios sofridos pelas partículas α eram devido às repulsões elétricas entre o núcleo (positivo) e as partículas α, também positivas, que a ele se dirigiam. O modelo de Rutherford (figura abaixo) ficou conhecido como "modelo planetário". Exemplos: 1 , 21 H , 31 H São isótopos (Os três apresentam 1 próton.) 1H 40 e 40 São isóbaros (Os dois apresentam o número 18Ar 20Ca de massa 40.) 3 4 São isótonos (os dois apresentam 2 nêutrons) 1H 2 He Partículas elementares A experiência de Rutherford mostrou que, no núcleo atômico, além do próton deveria existir uma outra partícula. Esta foi descoberta em 1932 pelo cientista inglês James Chadwick e recebeu o nome de nêutron. Prótons, elétrons e nêutrons são as principais partículas presentes num átomo. Elas são chamadas partículas elementares ou subatômicas e suas principais características são: Observe que as partículas presentes no núcleo atômico apresentam a mesma massa e que essa é praticamente 2.000 vezes maior do que a massa do elétron. A massa de um átomo está praticamente concentrada numa região extremamente pequena do átomo: o núcleo atômico. A quantidade atômica de prótons e elétrons presentes num átomo é a mesma, o que faz com que ele seja eletricamente neutro. Íons - São átomos ou grupos de átomos que apresentam carga elétrica. Cátion - Apresenta carga elétrica positiva, em função de ter perdido elétrons (np > ne ). Ânion - Apresenta carga elétrica negativa, em função de ter ganhado elétrons (np < ne ). Modelo Bohr (1913) Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr, ao estudar espectros de emissão de certas substâncias, modificou o modelo de Rutherford. No início do século XX, era fato conhecido que a luz branca (luz solar, por exemplo) podia ser decomposta em diversas cores. Isso é conseguido fazendo com que a luz passe por um prisma. No caso da decomposição da luz solar, obtém-se um espectro chamado espectro contínuo. Este é formado por ondas eletromagnéticas visíveis e invisíveis (radiação ultravioleta e infravermelho). Na parte visível desse espectro, não ocorre distinção entre as diferentes cores, mas uma gradual passagem de uma para outra. O arcoíris é um exemplo de espectro contínuo, onde a luz solar é decomposta pelas gotas de água presentes na atmosfera. Como a cada onda eletromagnética está associada certa quantidade de energia, a decomposição da luz branca produz ondas eletromagnéticas com toda e qualquer quantidade de energia. Número atômico (Z) Corresponde ao número de prótons que um átomo apresenta em seu núcleo. O número atômico é o que caracteriza um elemento químico. Número de massa (A) Corresponde à soma do número de prótons e nêutrons que um átomo apresenta em seu núcleo. A=Z+N Isótopos: Conjunto de átomos do mesmo elemento que apresentam número de massa diferente. Isóbaros: Conjunto de átomos de elemento diferentes que apresenta número atômico diferente e igual número de massa. Isótonos: Conjunto de átomos de elementos químicos diferentes que apresentam número de massa diferente, número atômico diferente e número de nêutrons igual. No entanto, se a luz que atravessar o prisma for de uma substância como hidrogênio, sódio, neônio etc. será obtido um espectro descontínuo. Este é caracterizado por apresentar linhas coloridas separadas. Em outras palavras, somente alguns tipos de radiações luminosas são emitidas, isto é, somente radiações com valores determinados de energia são emitidas. Baseado nessas observações experimentais, Bohr elaborou um novo modelo atômico cujos postulados são: Na eletrosfera, os elétrons não se encontram em qualquer posição. Eles giram ao redor do núcleo em órbitas fixas e com energia definida. As órbitas são chamadas camadas eletrônicas, representadas pelas letras K, L, M, N, O, P e Q a partir do núcleo, ou níveis de energia representados pelos números 1, 2, 3, 4... Os elétrons, ao se movimentarem numa camada eletrônica, não absorvem nem emitem energia. Os elétrons de um átomo tendem a ocupar as camadas eletrônicas mais próximas do núcleo, isto é, as que apresentam menor quantidade de energia. Um átomo está no estado fundamental quando seus elétrons ocupam as camadas menos energéticas. Quando um átomo recebe energia térmica ou elétrica (1 quantum E = hf ), o elétron pode saltar para uma camada mais externa (mais energética). Nessas condições, o átomo se torna instável. Dizemos que o átomo se encontra num estado excitado. Os elétrons de um átomo excitado tendem a voltar para as camadas de origem. Quando isso ocorre, ele devolve, sob a forma de onda eletromagnética (fótons), a energia que foi recebida na forma de calor ou eletricidade. Esses postulados permitem explicar a existência dos espectros de emissão descontínuos: como o elétron só pode ocupar determinadas órbitas, as transições eletrônicas (ida e volta do elétron) ocorrem em número restrito, o que produz somente alguns tipos de radiação eletromagnética e não todas como no espectro contínuo. O modelo atômico de Bohr foi elaborado para o átomo de hidrogênio, mas aplica-se com boa aproximação a todos os outros átomos.