Brasil Maior Presidente Dilma lança pacote para desenvolvimento industrial Pronunciamento do deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder do Governo A presidente da República, Dilma Rousseff, lançou, nesta terça-feira o Plano Brasil Maior. Com o slogan "Inovar para Competir. Competir para Crescer", o plano é a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do governo federal. O conjunto de ações apresentado pelo Governo Federal é um projeto consistente, que visa fundamentalmente a proteção da indústria nacional, a desoneração da produção e investimentos pesados em inovação tecnológica. É, portanto, um plano necessário para proteger a indústria nacional das crises e turbulências que estão afetando a economia de países do mundo inteiro. O pacote apresentado irá colaborar para a recuperação do ritmo da indústria brasileira, que tem perdido força nos últimos meses. Nossa expectativa é de que, com esse ousado plano, a indústria brasileira se recupera e passa a ser a principal área geradora de empregos com carteira assinada. É sobretudo uma nova e consistente política industrial, que visa dar sustentabilidade ao crescimento da economia brasileira. Conforme explicitado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o plano foi idealizado para o período 2011-2014 e tem o objetivo de aumentar a competitividade dos produtos nacionais a partir do incentivo à inovação e à agregação de valor. Entre as muitas medidas anunciadas pelo governo, uma delas é destinada a dar estímulo a investimento e a inovação, com desoneração tributária do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de bens de investimento. Ou seja, uma extensão por mais 12 meses da redução do imposto sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves. Proferido em 2 de agosto de 2011 Outra medida de desoneração tributária prevê a redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PIS-Pasep/Cofins sobre bens de capital. Para o investimento, o plano prevê a extensão do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) até dezembro de 2012, com orçamento de R$ 75 bilhões. Foi mantido o foco em bens de capital, inovação, exportação e no programa Pró-Caminhoneiro. Foram incluídos novos setores como componentes e serviços técnicos especializados, equipamentos, tecnologia de informação e comunicação (informática), ônibus híbridos, PróEngenharia (programa para impulsionar a formação de novos engenheiros) e Linha Inovação Produção. São áreas consideradas prejudicadas pelo governo devido à concorrência de produtos estrangeiros. O plano concede estímulos ainda à ampliação do capital de giro para o Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren) com novas condições de crédito e prazo e a inclusão dos setores autopeças, móveis e artefatos. O orçamento chega a R$ 10,4 bilhões, a taxas de juro de 10% a 13% ao ano, com prazo de financiamento entre 24 e 36 meses. A vigência foi prorrogada até dezembro do ano que vem. O governo vai relançar o Programa BNDES Revitaliza, que terá novas condições de financiamento ao investimento. O orçamento previsto para a nova fase, que passa a incluir o setor autopeças, é R$ 6,7 bilhões, com taxa fixa de 9%, vigente, também, até dezembro de 2012. O objetivo do programa é financiar ações de revitalização das empresas que atuam nos setores de pedras ornamentais, beneficiamento de madeira, de couro, calçados, confecção, móveis de madeira, frutas (in natura ou processadas), cerâmicas, softwares e prestação de serviços de tecnologia da informação, priorizando a agregação de valor ao produto nacional e a adoção de métodos de produção mais eficientes. Além disso, será criado o Programa BNDES Qualificação, que dará apoio à expansão da capacidade de instituições privadas de ensino técnico e profissionalizante reguladas pelo Ministério da Educação (MEC), com orçamento de R$ 3,5 bilhões e taxa de juros máxima definida em 8,3% ao ano. Outro programa, segundo o MDIC, que será criado é o Fundo do Clima, cujos recursos serão destinados à inovação e ao financiamento de projetos que reduzam emissões de gases de efeito estufa. Proferido em 2 de agosto de 2011 Veja abaixo as medidas do pacote de estímulo à competitividade do governo federal: Desoneração tributária • Redução de IPI sobre bens de investimento: - Extensão por mais 12 meses da redução de IPI sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves. • Redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PISPasep/Cofins sobre bens de capital: -De 12 meses para apropriação imediata. Financiamento ao investimento • Extensão do PSI até dezembro de 2012 (BNDES): - Orçamento de R$ 75 bilhões - Mantidos focos em bens de capital, inovação, exportação, ProCaminhoneiro. - Novos setores/programas: componentes e serviços técnicos especializados; equipamentos TICs; ônibus híbridos; Proengenharia; Linha Inovação Produção. • Ampliação de capital de giro para MPMEs BNDES Progeren: Novas condições de crédito e prazo - Orçamento: de R$ 3,4 para R$ 10,4 bilhões - Taxa de juro: 10 a 13% a.a. - Prazo de financiamento: de 24 para 36 meses - Vigência prorrogada até dezembro de 2012 - Novos setores incluídos (para médias empresas): autopeças, móveis e artefatos • Relançamento do Programa BNDES Revitaliza: Novas condições de financiamento ao investimento - Orçamento: R$ 6,7 bilhões - Taxa fixa: 9% - Vigência até dezembro de 2012 - Novo setor incluído: autopeças • Criação do Programa BNDES Qualificação: - Orçamento de R$ 3,5 bilhões - Apoio à expansão da capacidade de instituições privadas de ensino técnico e profissionalizante reguladas pelo MEC - Taxa de juros máxima: 8,3% a.a. Proferido em 2 de agosto de 2011 • Criação de Programa para Fundo do Clima (MMA)/BNDES: - Recursos para financiar projetos que reduzam emissões de gases de efeito estufa. Financiamento à inovação • Novos recursos para a Finep: - Concessão de crédito de R$ 2 bilhões do BNDES para ampliar carteira de inovação em 2011. Taxa de 4% a 5% a.a. • BNDES: crédito pré-aprovado planos de inovação empresas - Inclusão de planos plurianuais nas linhas de inovação das empresas do BNDES Limite de Crédito Inovação. • BNDES: ampliação dos programas setoriais - Ampliação de orçamento e condições de acesso aos programas setoriais na renovação: Pro-P&G, Profarma, Prosoft, Pro-Aeronáutica e Proplástico, quando da sua renovação. • BNDES: Financiamento para redução de emissões - Apoio ao desenvolvimento tecnológico e à comercialização de bens de capital com selo de eficiência energética do Inmetro e para linhas de equipamentos dedicados à redução de emissões de gases de efeito estufa (Fundo Clima – MMA). Marco legal da inovação • Encomendas tecnológicas: - Permitir contratos com cláusulas de risco tecnológico previstas na Lei de Inovação. • Financiamento a ICTs privadas sem fins lucrativos: - Permitir inclusão de projetos de entidades de ciência e tecnologia privadas sem fins lucrativos na utilização dos incentivos da Lei do Bem. • Ampliar o atendimento das fundações de apoio às ICT: - Permitir que as fundações de apoio atendam mais de uma ICT. • Modernização do Marco Legal do Inmetro: - Ampliação no controle e fiscalização de produtos importados. - Ampliação do escopo de certificação do Inmetro. - Implementação da “Rede de Laboratórios Associados para Inovação e Competitividade”. - Maior facilidade em parcerias e mobilização de especialistas externos. Proferido em 2 de agosto de 2011 • Financiamento P&D (Lei nº 12.431): - Incentivo a investidores de títulos mobiliários de longo prazo e Fundos de Participação voltados para projetos de investimentos em PD&I (redução de alíquota do IR incidente sobre os rendimentos auferidos pelo aplicador). Desoneração das exportações • Instituição do Reintegro: - Devolução de créditos de PIS/COFINS até 3% do valor exportado de manufaturados acumulados na cadeia produtiva, que hoje não dão direito a crédito. • Ampliar o ressarcimento de créditos aos exportadores: - Mais agilidade aos pedidos de ressarcimento de R$ 13 bilhões dos 116 maiores exportadores. - Processamento automático dos pedidos de ressarcimento e pagamento em 60 dias a empresas com escrituração fiscal digital, a partir de outubro de 2011. - Escrituração fiscal digital obrigatória, a partir de março de 2012. Defesa comercial • Intensificação da defesa comercial: antidumping, salvaguardas e medidas compensatórias: - Redução de prazos: de 15 para 10 meses (investigação) e de 240 para 120 dias (aplicação de direito provisório). • Combate à circunvenção: - Extensão de direitos antidumping ou de medidas compensatórias a importações cujo objetivo seja reduzir a eficácia de medidas de defesa comercial em vigor. • Combate à falsa declaração de origem: - Indeferimento da licença de importação no caso de falsa declaração de origem, após investigação. • Combate a preços subfaturados: - Fortalecimento da fiscalização administrativa dos preços das importações, para identificação de casos de subfaturamento. • Aperfeiçoamento da estrutura tarifária do Imposto de Importação com foco na Política: - Apoiar, no âmbito do Mercosul, a proposta de criação de mecanismo para permitir aumento do imposto de importação. Proferido em 2 de agosto de 2011 • Aumento da exigência de certificação compulsória: - Instituição (ou ampliação) de tratamento administrativo para importações de produtos sujeitos à certificação compulsória e fortalecimento do controle aduaneiro desses produtos, mediante cooperação entre Inmetro, Secex e Receita Federal. • Fortalecimento do combate a importações ilegais: - Criação de grupo de inteligência/operações Polícia Federal – Sistema MDIC, para combater a violação de propriedade industrial e de certificação compulsória. • Suspensão de ex-tarifário para máquinas e equipamentos usados: - Revisão da Resolução CAMEX suspendendo a concessão de ex-tarifário para bens usados. • Quadruplicar o número de investigadores de defesa comercial: - Ampliar de 30 para 120 o número de investigadores de defesa comercial. Financiamento e garantia para exportações • Criação de Fundo de Financiamento à Exportação de MPME – Proex Financiamento: - Fundo de natureza privada criado no BB para empresas com faturamento de até R$ 60 milhões. - A União é o principal cotista (aporte inicial), mas outras instituições poderão fazer parte do fundo. - Alimentado com os retornos futuros do Proex Financiamento. - Aprovação na alçada do BB. - FGE: sistema informatizado para emissão de apólice on line BB. • Enquadramento automático Proex Equalização: - Definição de spreads de referência que terão aprovação automática nas exportações de bens e serviços. - Empresas com faturamento de R$ 60 a R$ 600 milhões continuarão com condições de financiamento equiparadas ao Proex Financiamento. • FGE limite rotativo instituições financeiras – países de maior risco: - Fundo de Garantia à Exportação com limite de US$ 50 milhões ao ano para exportação de bens manufaturados. Promoção comercial • Entrada em vigor do Ata-Carnet: - Facilitação da circulação dos bens em regime de admissão temporária (sem a incidência de tributos). Proferido em 2 de agosto de 2011 • Estratégia Nacional de Exportações: - Adoção de estratégia de promoção comercial por produtos/serviços prioritários em mercados selecionados e adoção dos Mapas de Comex por Estado. Desoneração da folha de pagamento Projeto piloto até 2012, terá medidas acompanhadas por um comitê tripartite formado por governo, sindicatos e setor privado. Setores intensivos em mão-de-obra: - Confecções - Calçados e artefatos - Móveis - Software Regime especial setorial Automotivo: criação de um novo regime - Incentivo tributário como contrapartida ao investimento, agregação de valor, emprego, inovação e eficiência. - Assegurado os regimes regionais e acordo do Mercosul. Compras governamentais Regulamentação da Lei 12.349/2010: - Institui margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam às normas técnicas brasileiras. - Foco nos setores: complexo de saúde, defesa, têxtil e confecção, calçados e tecnologia da informação e comunicação. - As margens serão definidas levando em consideração: geração de emprego e renda e desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país. Harmonização de políticas de financiamento Acordo entre bancos públicos para estabelecer condições de financiamento convergentes de incentivo à produção. Proferido em 2 de agosto de 2011 Plano de estímulo à indústria prevê desoneração de tributos e da folha G1 antecipou pacote anunciado nesta terça-feira pelo governo. Medidas buscam estimular competitividade nacional diante do dólar baixo. Alexandro Martello Do G1, em Brasília imprimir O governo federal confirmou nesta terça-feira (2), por meio da página do "Brasil Maior", as medidas do pacote de "bondades" para estimular a competitividade da indústria brasileira em um momento de dólar baixo, que torna as exportações mais caras e as importações mais baratas. Segundo o governo, este pacote é mais "abrangente" do que os anteriores. O plano visa compensar os efeitos da queda do dólar, que oscila ao redor de R$ 1,55 nos últimos dias, a menor cotação dos últimos 12 anos. A nova política será anunciada nesta terça-feira em cerimônia no Palácio do Planalto. Entre as medidas para fornecer melhores condições de competição para as empresas brasilerias, há desonerações de tributos, como a manutenção do IPI baixo sobre material de construção, bens de capital (máquinas e equipamentos para a produção), além de caminhões e veículos comerciais leves. Também haverá mais agilidade, segundo o governo, no ressarcimento de R$ 13 bilhões em créditos dos 116 maiores exportadores. saiba mais Para compensar dólar baixo, governo anuncia hoje pacote de 'bondades' Proferido em 2 de agosto de 2011 Também está sendo estabelecida uma recuperação mais rápida de créditos tributários das empresas e a desoneração da folha de pagamentos, mas somente para alguns setores. Entre os setores contemplados, estão o de confecções, além de calçados e artefatos, móveis. Estes são os setores que mais reclamam da perda de competitividade com o recuo do dólar. Além disso, também haverá desoneração da folha para os setores ligados à tecnologia da informação (softwares). Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, a alíquota da contribuição patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para estes quatro setores, que é de 20%, será zerada. Essa tributação, explicou ele, passará para o faturamento das empresas, com alíquota a partir de 1,5%, estabelecida de acordo com o setor. "A medida funcionará como um projeto piloto até dezembro de 2012 e seu impacto será acompanhado por uma comissão tripartite, formada por governo, setor produtivo e sociedade civil", informou o governo, acrescentando que eventuais perdas do INSS serão "cobertas" pela Secretaria do Tesouro Nacional. Perda de participação Levantamento da CNI mostra que, por conta do dólar baixo, 48% das empresas exportadoras perderam participação no mercado externo em 2010, ou deixaram de exportar no ano passado. "Diante de um novo cenário, no qual a moeda brasileira torna-se cada vez mais forte, ganhos de competitividade são fundamentais para a sustentação das exportações (...) É preciso retirar os entraves à competitividade industrial", avaliou a CNI nesta segunda-feira (1). O pacote do governo também contempla a manutenção do chamado Programa de Sustentação do Investimentos (PSI), operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), até dezembro de 2012, no valor de R$ 75 bilhões em crédito. Sem a prorrogação, o programa terminaria no fim deste ano. Por meio deste programa, o governo fornece linhas de crédito com juros subsidiados para o setor privado realizar investimentos. Além de estender o PSI por mais doze meses, o governo informou que novos itens serão passíveis de financiamentos. São eles: equipamentos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) produzidos no país, além de ônibus híbridos, entre outros. Proferido em 2 de agosto de 2011 ‘É imperativo defender os nossos empregos’, diz Dilma Presidente lançou nesta terça-feira (2) o Plano Brasil Maior. Plano traz série de estímulos à competitividade da indústria. Sandro Lima Do G1, em Brasília imprimir A presidente Dilma Rousseff discursa na solenidade de lançamento do Plano Brasil Maior (Foto: Roberto Stuckert / Presidência) A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (2),durante o lançamento do Plano Brasil Maior, que "é imperativo defender os nossos empregos”. “É preciso proteger a nossa economia, as nossas forças produtivas, o nosso emprego”, afirmou a presidente. “A indústria nacional tem em mim uma aliada." O plano traz uma série de estímulos à competitividade da indústria brasileira tais como desonerações de tributos, manutenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) baixo sobre material de construção e máquinas e equipamentos para a produção, além de caminhões e veículos comerciais leves. “Tenho certeza que esse conjunto de medidas constitui um passo inicial que o governo irá desenvolver com trabalhadores e empresários”, disse. Proferido em 2 de agosto de 2011 saiba mais Plano de estímulo à indústria prevê desoneração de tributos e da folha Brasil virou alvo de cobiça do mundo inteiro, diz Pimentel A respeito do plano, Dilma afirmou que “é urgente garantir condições tributárias, de financiamento e de geração de emprego”, sem “abrir mão da arrecadação necessária” e sem “desrespeitar os direitos trabalhistas”. A presidente disse que o lançamento do Plano Brasil Maior ocorre em um momento “de turbulência em que há excesso de liquidez que gera desequilíbrio cambial”. Segundo Dilma, “o Brasil tem condições de enfrentar essa crise prolongada, mas não pode se declarar imune a seus efeitos”. No discurso, Dilma afirmou que o programa vai fortalecer a indústria nacional contra a concorrência “predatória” de produtos importados, muitos deles, segundo a presidente, de baixa qualidade. “Queremos a nossa indústria sólida, geradora de renda e emprego”, disse. O Plano Brasil Maior, de acordo com a presidente, não é um programa para a indústria, mas para todo o Brasil. “Não podemos nos desenvolver sem uma indústria forte”, afirmou. Brasil virou alvo de cobiça do mundo inteiro, diz Pimentel Por isso, explicou ele, governo decidiu fazer plano para a indústria nacional. Destacou o Reintegra, que devolve 3% das exportações de manufaturados. Alexandro Martello Do G1, em Brasília imprimir saiba mais Crise externa não melhora nos próximos 2 ou 3 anos, diz Mantega Proferido em 2 de agosto de 2011 Plano de estímulo à indústria prevê desoneração de tributos e da folha O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, avaliou nesta terça-feira (2), durante o lançamento do programa de estímulo à competitividade das empresas, o "Brasil Maior", que contém medidas de desoneração de tributos e da folha de pagamento, além de estímulos à inovação, entre outros, que o mercado de consumo brasileiro virou alvo de "cobiça" do mundo todo. "O Brasil virou alvo de cobiça do mundo inteiro tamanho o sucesso e a pujança da nossa economia. Vamos proteger com afinco a nossa produção local e o nosso mercado interno. Aquillo que, ao longo do século passado, a sociedade e os trabalhadores construíram. Está ameaçado pela competição predatória que está instalada no mundo inteiro. O país desenvolvido é país que tem indústria e vamos defender a nossa", declarou Pimentel. O ministro do Desenvolvimento destacou a medida do pacote chamada de "Reintegro" que, segundo ele, vai devolver aos produtores 3% de todas as exportações de produtos manufaturados (industrializados). "É devolução imediata. Não é crédito tributário. Estamos dando capital de giro para os exportadores que estão sendo prejudicados pela desvalorização da nossa moeda", explicou ele. Pimentel também destacou as medidas de defesa comercial que integram o pacote de estímulo do governo federal. Entre elas, a intensificação de medidas "antidumping", salvaguardas e medidas compensatórias, como a redução do prazo de 15 para 10 meses do período de investigação e de 240 dias para 120 dias na aplicação de direito provisório. "Também estamos quadruplicando o departamento de defesa comercial. Haverá tolerância zero com toda importação fraudulenta, pirataria e triangulação de importações", disse ele. Renúncia do plano é de R$ 25 bi em dois anos, diz Desenvolvimento Segundo secretário, impacto é de R$ 20 bilhões até o fim de 2012. Proferido em 2 de agosto de 2011 Governo anunciou hoje plano para estimular a competitividade da indústria. Alexandro Martello Do G1, em Brasília imprimir O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, revelou nesta terça-feira (2) que o plano de estímulo à competitividade das empresas, o "Brasil Maior", resultará em uma renúncia de arrecadação, por conta principamente das desonerações de tributos anunciadas, de R$ 20 bilhões até o fim de 2012. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o impacto do programa, em dois anos, ou seja, até meados de 2013, será de R$ 25 bilhões. A estimativa do secretário é de que o governo abdique de cerca de um terço deste valor, cerca de R$ 6,5 bilhões, ainda em 2011. Segundo Teixeira, as principais medidas que gerarão renúncias de receitas para o governo são o Reintegra, programa que, segundo o governo, devolverá aos produtores 3% das exportações imediatamente. Dilma discursa no lançamento do Plano Brasil Maior (Foto: Roberto Stuckert / Presidência) Além disso, outra medida de impacto nas contas públicas, de acordo com o secretário, é a devolução imediata de créditos do PIS e Pasep sobre bens de capital (máquinas e equipamentos para produção). Pela regra anterior, essa devolução seria feita em até 12 meses. Também haverá mais "agilidade" na concessão de pedidos de ressarcimento de R$ 13 bilhões dos 116 maiores exportadores - o que também terá efeito nos cofres públicos. Proferido em 2 de agosto de 2011 saiba mais Plano de estímulo à indústria prevê desoneração de tributos e da folha ‘É imperativo defender os nossos empregos’, diz Dilma Brasil virou alvo de cobiça do mundo inteiro, diz Pimentel Outras medidas com impacto nas contas públicas são a manutenção, por mais 12 meses, da redução de IPI sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves, além da desoneração da folha de pagamentos de quatro setores (confecções, além de calçados e artefatos, móveis e softawares). Neste caso, a tributação passará para o faturamento das empresas, com alíquota a partir de 1,5%, estabelecida de acordo com o setor. O pacote do governo também contempla a manutenção do chamado Programa de Sustentação do Investimentos (PSI), operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), até dezembro de 2012, no valor de R$ 75 bilhões em crédito. Sem a prorrogação, o programa terminaria no fim deste ano. Por meio deste programa, o governo fornece linhas de crédito com juros subsidiados (custo do Tesouro Nacional) para o setor privado realizar investimentos. Durante o lançamento do plano, a presidente Dilma Rousseff afirmou que "é imperativo defender os nossos empregos”. “É preciso proteger a nossa economia, as nossas forças produtivas, o nosso emprego”, afirmou a presidente. “A indústria nacional tem em mim uma aliada." Segundo Pimentel, o mercado de consumo brasileiro virou alvo de "cobiça" do mundo todo. "O Brasil virou alvo de cobiça do mundo inteiro tamanho o sucesso e a pujança da nossa economia. Vamos proteger com afinco a nossa produção local e o nosso mercado interno. Aquillo que, ao longo do século passado, a sociedade e os trabalhadores construíram. Está ameaçado pela competição predatória que está instalada no mundo inteiro. O país desenvolvido é país que tem indústria e vamos defender a nossa", declarou. O plano visa compensar os efeitos da queda do dólar, que oscila ao redor de R$ 1,55 nos últimos dias, a menor cotação dos últimos 12 anos. Confira aqui todas as medidas do pacote de estímulo à competitividade. Proferido em 2 de agosto de 2011 Governo reduz custos da indústria em R$ 25 bi Maurício Savarese, do UOL Notícias* Em Brasília Comentários [21] LEIA MAIS Medidas servem para proteger indústria contra "concorrência predatória", diz Mantega Conheça as principais medidas do pacote industrial Indústria mostra mais fraqueza que o esperado em junho Política industrial inclui fundo de R$ 60 milhões a pequenas empresas Centrais sindicais prometem fazer "pente fino" em plano industrial O governo lançou nesta terça-feira (2) um pacote de incentivos para a indústria, Brasil Maior, que vai desonerar a produção em R$ 25 bilhões no próximos dois anos. As medidas incluem a redução para da alíquota de 20% do INSS de setores afetados pela queda do dólar, como confecções, calçados, móveis e softwares. Como contrapartida, as empresas pagarão uma contribuição sobre o faturamento. A alíquota, discutida pela presidente Dilma Rousseff com membros dos setores afetados, partirá de 1,5%. o Tesouro Nacional arcará com a diferença para cobrir eventuais perdas de arrecadação da Previdência, informou o governo. O plano inclui devolução de impostos como PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para exportadores de manufaturados. Além disso, os 116 maiores exportadores do país terão atendimento acelerado dos pedidos de ressarcimento. Esse montante chega a R$ 13 bi. Outras mudanças são a criação de um fundo de financiamento à exportação, um projeto piloto para desonerar a folha de pagamentos em setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário especial para o setor automotivo. Proferido em 2 de agosto de 2011 O governo também pretende elevar a taxa de investimento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 18,4% em 2010 para 22,4% ao final do plano de política industrial. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que quer reduzir o deficit de manufaturados na balança comercial a 1,3% do PIB, também até 2014. Queda do dólar é ruim para quem exporta Quando o dólar está baixo, os produtos brasileiros ficam mais caros no exterior, e as exportações caem. Por outro lado, as importações aumentam, e os produtos brasileiros sofrem forte concorrência. Isso prejudica as indústrias, o que pode causar demissões e até fechamento de fábricas. A alta dos preços dos produtos brasileiros no exterior dificulta as exportações. Os estrangeiros têm de desembolsar mais dólares para comprar o mesmo produto. Por exemplo, um carro de R$ 30 mil pode custar mais ou menos dólares conforme o câmbio. Se o dólar valer R$ 1,55, esse carro sai por US$ 19.355. Se o dólar estiver em R$ 2,50, o mesmo carro sai por US$ 12 mil. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada na segunda-feira (1º) mostrou que quase metade das indústrias exportadoras perdeu participação no mercado externo em 2010 e, entre elas, um terço deixou de exportar. A sondagem foi feita com 1.569 empresas, entre 31 de março a 14 de abril. Dólar baixo é bom para o consumidor brasileiro Apesar de os empresários reclamarem do dólar baixo, também há lados positivos com a situação. Os consumidores podem comprar no Brasil produtos importados mais em conta. Também fica mais barato viajar para fora do país. Medidas servem para proteger indústria contra "concorrência predatória", diz Mantega Proferido em 2 de agosto de 2011 Do UOL Economia, em Redação Comentário [1] LEIA MAIS Governo desonera produção industrial em R$ 25 bi Veja principais medidas de plano industrial Com política industrial, Brasil tenta compensar câmbio Política industrial inclui fundo de R$ 60 milhões a pequenas empresas Indústria mostra mais fraqueza que o esperado em junho O governo anunciou nesta terça-feira (2) um pacote de incentivos para a indústria, chamado de "Brasil Maior", que deve reduzir custos da produção em R$ 25 bilhões nos próximos dois anos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que o país deve tomar medidas que beneficiem a indústria brasileira e não “os que vêm de fora”. “Nós estamos num cenário de concorrência predatória no mundo. Nosso mercado está sendo apropriado pelos produtos importados. O mercado da América Latina tem que ser para os latino-americanos”, disse. Mantega criticou também a desvalorização do dólar pelo governo dos Estados Unidos. "Os EUA estão baixando a cotação do dólar e estão conseguindo aumentar as exportações. Nós temos combatido essas políticas cambiais evitando que o real seja muito valorizado. O ministro disse que a crise econômica internacional pode durar até mais três anos e que o Brasil tem de se proteger com uma política para o setor. Ele disse também que, se o governo não tivesse tomado medidas de contenção na semana passada, o valor do dólar teria caído abaixo de R$ 1,50. As medidas anunciadas nesta terça para incentivar a indústria incluem a isenção da alíquota do INSS de setores afetados pela queda do dólar, como confecções, calçados, móveis e softwares. Hoje, a alíquota é de 20%. O plano inclui aceleração da devolução de impostos como PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para exportadores de manufaturados. Outras mudanças são a criação de um fundo de financiamento à exportação, um projeto-piloto para desonerar a folha de pagamentos em setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário especial para o setor automotivo. Proferido em 2 de agosto de 2011 O governo também pretende elevar a taxa de investimento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 18,4% em 2010 para 22,4% ao final do plano de política industrial. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que quer reduzir o deficit de manufaturados na balança comercial a 1,3% do PIB, também até 2014. Veja principais medidas de plano industrial Comentário [1] LEIA MAIS Governo desonera produção industrial em R$ 25 bi Com política industrial, Brasil tenta compensar câmbio Política industrial inclui fundo de R$ 60 milhões a pequenas empresas Indústria mostra mais fraqueza que o esperado em junho SÃO PAULO, (Reuters) - O governo federal anunciou nesta terça-feira (2) os principais pontos da nova política industrial. O plano inclui devolução de PIS/Cofins para exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento à exportação, um projeto piloto para desonerar a folha de pagamento em setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário especial para o setor automotivo. Veja a seguir as principais medidas do plano, chamado "Brasil Maior": Comércio Exterior: - Instituição do Reintegro: devolução de créditos de PIS/COFINS até 4% do valor exportado de manufaturados acumulados na cadeia produtiva, que hoje não dão direito a crédito. Proferido em 2 de agosto de 2011 - Redução de prazos em defesa comercial (antidumping, salvaguardas e medidas compensatórias): de 15 para 10 meses (investigação) e de 240 para 120 dias (aplicação de direito provisório). - Suspensão de ex-tarifário para máquinas e equipamentos usados. - Criação de Fundo de Financiamento à Exportação de MPME - Proex Financiamento: fundo de natureza privada criado no Banco do Brasil (BBAS3) para micro, pequenas e médias empresas com faturamento de até R$ 60 milhões. Indústria e mercado interno: - Projeto piloto até 2012 para desoneração da folha de pagamento terá medidas acompanhadas por um comitê tripartite formado por governo, sindicatos e setor privado. Projeto envolve setores intensivos em mão-deobra: confecções, calçados e artefatos, móveis e software. - Criação de regime especial para setor automotivo, com incentivo tributário como contrapartida ao investimento, agregação de valor, emprego, inovação e eficiência. - Regulamentação da Lei 12.349/2010 sobre compras governamentais, que institui margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para produtos manufaturados e serviços nacionais. Foco nos setores: complexo de saúde, defesa, têxtil e confecção, calçados e tecnologia da informação e comunicação. Investimento e inovação - Extensão por mais 12 meses da redução de IPI sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves. - Redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PISPasep/Cofins sobre bens de capital. - Extensão do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) do BNDES até dezembro de 2012, com orçamento de R$ 75 bilhões, com foco em bens de capital, inovação, exportação, Pro-Caminhoneiro. - Ampliação de capital de giro para pequenas e médias empresas por meio do BNDES, com aumento do orçamento de R$ 3,4 bilhões para R$ 10,4 bilhões. Proferido em 2 de agosto de 2011 Política industrial inclui fundo de R$ 60 milhões a pequenas empresas Seja o primeiro a comentar LEIA MAIS Governo desonera produção industrial em R$ 25 bi Veja principais medidas de plano industrial Indústria mostra mais fraqueza que o esperado em junho SÃO PAULO - O governo vai criar um fundo de financiamento à exportação para micro e pequenas empresas cujo faturamento anual não ultrapasse R$ 60 milhões. Essa é mais uma das medidas inclusas na nova política industrial brasileira, batizado de "Plano Brasil Maior", apresentada nesta terça-feira (2), em Brasília. De acordo com o governo, o fundo terá aportes orçamentários da União e será gerido pelo Banco do Brasil e terá as mesmas regras do Programa de Financiamento às Exportações (Proex). A principal novidade é que o instrumento oferece garantia às micro e pequenas empresas, principal barreira para inseri-las no comércio exterior. O plano também prevê ações de promoção comercial de empresas brasileiras no exterior, para estimular as exportações do país. Atual situação econômica exige ousadia e coragem, diz Dilma 02 de agosto de 2011 • 13h00 • atualizado 14h22 Proferido em 2 de agosto de 2011 comentarios A. Noticia 1. Reducir 2. Normal 3. Aumentar Imprimir Claudia Andrade Direto de Brasília A presidente da República, Dilma Rousseff, discursou nesta terça-feira, durante ao lançamento do Plano Brasil Maior de política industrial fazendo uma crítica às "ambições regionais ou corporativas" de alguns países e ressaltando que o Brasil precisa de "ousadia" para enfrentar a turbulência internacional. Para a presidente, o Brasil está preparado para enfrentar a crise, mas não pode se declarar "imune" aos seus efeitos. "Tudo indica que o Congresso americano aprovará hoje um pacote de medidas que amplia a capacidade de endividamento dos Estados Unidos. Isso evitará o pior, mas o mundo viverá um longo período de tensão econômica resultado dramático da insensatez, da incapacidade política e da supremacia de ambições regionais ou corporativas de alguns países sobre as necessidades globais", iniciou a presidente. "Sabemos que vivemos um período de turbulência em que o excesso de liquidez imposto pelos países ricos em direção aos emergentes resulta em opressivo desequilíbrio cambial. A insensatez pode ter sido evitada, mas a instabilidade produzida lá fora vai continuar". Para Dilma, o Brasil "tem condições de enfrentar essa crise prolongada, mas não pode se declarar imune aos seus efeitos". "Temos hoje 60% mais reservas do que tínhamos em 2008, quando a primeira fase da crise atingiu o mundo. Fomos, naquela época, o primeiro país a superar aquele período difícil e temos condições de fazê-lo de novo. Mas, assim como em 2008, o momento hoje exige coragem e ousadia. É preciso proteger nossa economia, nossas forças produtivas, nosso mercado consumidor, nosso emprego". "Aos que pensam que num momento de incerteza internacional como o que vivemos o mais prudente é não agir e esperar a onda passar, eu contraargumento, amparada na experiência que tivemos no período de 2008 e 2009: é justamente numa situação de tensões no mundo que devemos mostrar, além do indispensável bom senso, uma boa dose de ousadia", destacou. Proferido em 2 de agosto de 2011 País precisa se defender de concorrência "predatória" A presidente Dilma Rousseff classificou de "desleal" e "predatória" a concorrência que os produtos nacionais enfrentam com os importados. Em seu discurso, a presidente também ressaltou a necessidade de defesa da indústria, dos empregos e do mercado consumidor nacional. "Estamos iniciando uma cruzada em defesa da indústria brasileira diante de um mercado internacional com uma competição na grande maioria das vezes desleal e predatória", disse, sobre o plano. A presidente lembrou aos empresários que é preciso diálogo com o governo: "se a concorrência com os importados baratos e nem sempre de boa qualidade tem sido uma luta injusta, com a crise nos países desenvolvidos e a consequente retração de seus mercados internos, a concorrência pode se tornar ainda mais difícil para a indústria brasileira. Por isso temos de manter um diálogo sistemático". "Hoje, mais do que nunca, é imperativo defender a indústria brasileira e nossos empregos da guerra cambial que reduz nossas exportações e, mais grave ainda, tenta reduzir nosso mercado interno, que construímos com grande esforço e muita dedicação", destacou. As medidas de defesa devem ser implantadas, segundo Dilma, sem que se recorra ao "protecionismo ilegal que tanto nos prejudica e que tanto criticamos". E também sem ameaçar a estabilidade macroeconômica do País, sem abrir mão da arrecadação "necessária para atender às demandas indispensáveis da população" e sem desrespeitar os direitos dos trabalhadores. Governo isentará 4 setores de contribuição para Previdência 02 de agosto de 2011 • 11h48 • atualizado 13h02 comentarios A. Noticia 1. Reducir Proferido em 2 de agosto de 2011 2. Normal 3. Aumentar Imprimir Luciana Cobucci Direto de Brasília O governo vai zerar a contribuição patronal para o INSS sobre a folha de pagamento de quatro setores da indústria: confecções, calçados e artefatos, software e móveis. Nesses setores, a alíquota de contribuição para a Previdência é de 20%. A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, durante o lançamento do plano Brasil Maior, com a nova política industrial brasileira. Os quatro setores são os mais sensíveis às mudanças do câmbio, à concorrência com produtos internacionais e com mais mão de obra disponível. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em contrapartida, as empresas pagarão uma alíquota entre 1,5% e 2,5% sobre o faturamento, dependendo do setor. "As empresas terão um ganho com isso, pagando menos do que pagavam com a contribuição do INSS. Desonerar a folha de pagamento é muito importante para estimular o emprego e o combate à informalidade. Essa medida estimula a formalização dos trabalhadores e terá impacto neutro na Previdência. O que ela arrecadar será compensado com uma dotação do Tesouro. Desta forma, está garantida a sustentabilidade das contas do INSS", disse. A compensação de eventuais perdas de arrecadação da Previdência será feita por medida provisória que a presidente Dilma Rousseff deve mandar, nos próximos dias, ao Congresso Nacional. Esse modelo de desoneração é um projeto piloto que ficará em vigor até dezembro de 2012. O impacto das medidas serão avaliadas por uma comissão formada por membros do governo, da indústria e da sociedade civil. Para estimular as exportações e o investimento, o governo vai prorrogar até o fim do ano que vem a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para caminhões e materiais de construção (o benefício vigoraria até dezembro deste ano). Outra medida provisória será encaminhada ao Congresso criando o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra). O programa vai devolver ao exportador de bens industrializados 0,5% da receita da exportação, nos mesmos moldes da restituição do Imposto de Renda. Por meio de decreto presidencial, esse Proferido em 2 de agosto de 2011 percentual pode ser elevado para até 4%. O valor em espécie será depositado na conta do exportador, mas quem desejar também poderá usar os recursos para quitar débitos existentes junto à Receita Federal. Confira quais as principais medidas do plano industrial de Dilma 02 de agosto de 2011 • 10h48 • atualizado 11h46 comentarios A. Noticia 1. Reducir 2. Normal 3. Aumentar Imprimir O governo federal anunciou nesta terça-feira os principais pontos da nova política industrial. O plano inclui devolução de PIS/Cofins para exportadores de manufaturados, a criação de um fundo de financiamento à exportação, um projeto piloto para desonerar a folha de pagamento em setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário especial para o setor automotivo. Veja a seguir as principais medidas do plano, chamado "Brasil Maior". Comércio Exterior Instituição do Reintegro: devolução de créditos de PIS/COFINS até 4% do valor exportado de manufaturados acumulados na cadeia produtiva, que hoje não dão direito a crédito. Redução de prazos em defesa comercial (antidumping, salvaguardas e medidas compensatórias): de 15 para 10 meses (investigação) e de 240 para 120 dias (aplicação de direito provisório). Proferido em 2 de agosto de 2011 Suspensão de ex-tarifário para máquinas e equipamentos usados e criação de Fundo de Financiamento à Exportação de MPME - Proex Financiamento: fundo de natureza privada criado no Banco do Brasil para micro, pequenas e médias empresas com faturamento de até R$ 60 milhões. Indústria e mercado interno Projeto piloto até 2012 para desoneração da folha de pagamento terá medidas acompanhadas por um comitê tripartite formado por governo, sindicatos e setor privado. Projeto envolve setores intensivos em mão-deobra: confecções, calçados e artefatos, móveis e software. Criação de regime especial para setor automotivo, com incentivo tributário como contrapartida ao investimento, agregação de valor, emprego, inovação e eficiência. Regulamentação da Lei 12.349/2010 sobre compras governamentais, que institui margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para produtos manufaturados e serviços nacionais. Foco nos setores: complexo de saúde, defesa, têxtil e confecção, calçados e tecnologia da informação e comunicação. Investimento e inovação Extensão por mais 12 meses da redução de IPI sobre bens de capital, materiais de construção, caminhões e veículos comerciais leves. Redução gradual do prazo para devolução dos créditos do PISPasep/Cofins sobre bens de capital e extensão do PSI (Programa de Sustentação do Investimento) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até dezembro de 2012, com orçamento de R$ 75 bilhões, com foco em bens de capital, inovação, exportação, ProCaminhoneiro. Proferido em 2 de agosto de 2011