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ÉTICA: DA
ANTIGUIDADE À
MODERNIDADE
2ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO – COLÉGIO DRUMMOND 2017
PROF. DOUGLAS PHILIP
O OBJETO DE ESTUDO DA ÉTICA
Virtudes;
Normas e valores morais;
Conceitos de dever e lei;
Conceitos de liberdade e responsabilidade;
Fins e meios para a ação humana;
Formas desejáveis de convivência.
OS CONCEITOS DE
ÉTICA E MORAL
ÉTICA
MORAL
- ETHOS: O MODO DO SER,
CARÁTER
OS ROMANOS TRADUZIRAM O
TERMO ETHOS PARA MORES, QUE
SIFINIFICA COSTUME.
ÉTICA E MORAL: SINÔNIMOS?
ÉTICA E MORAL: SINÔNIMOS?
Ética é a área da filosofia responsável pelo estudo dos princípios que norteiam a
moral.
Faz parte dessa área, a busca pela definição de conceitos como: certo e errado,
bem e mal, justiça e injustiça, entre outros, que dizem respeito à conduta
individual e a atuação pública das pessoas.
A Moral é um objeto de estudo da ética, porque se caracteriza como um sistema
de conduta fundamentado em regras e normas sociais (dos diferentes grupos de
pessoas).
ÉTICA E MORAL: SINÔNIMOS?
“A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é,
que reflete e questiona sobre as regras morais. A reflexão ética pode
inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por
exemplo, como ultrapassadas ou simplesmente erradas do ponto de
vista pessoal” (VÍDEO1).
PRINCIPAIS DIFERENÇAS
ÉTICA
PRINCÍPIO
MORAL
CONDUTA
PERMANENTE
UNIVERSAL
REGRA
TEMPORAL
CULTURAL
CONDUTA DA REGRA
TEORIA
PRÁTICA
O MITO DO ANEL DE GIGES
O anel de Giges é um mito que integra A República de Platão, que inspirou
J.R.R. Tolkien no desenvolvimento da obra O Senhor dos Anéis.
O MITO DO ANEL DE GIGES
Giges era um pastor que servia na casa do que era então soberano da Lídia. Devido a
uma grande tempestade e tremor de terra, rasgou-se o solo e abriu-se uma fenda no
local onde ele apascentava o rebanho. Admirado ao ver tal coisa, desceu por lá e
contemplou, entre outras maravilhas, um cavalo de bronze, oco, com umas aberturas,
espreitando através das quais viu lá dentro um cadáver, aparentemente maior do que
um homem, e que não tinha mais nada senão um anel de ouro na mão. Arrancou-o e
saiu. Ora, como os pastores se tivessem reunido, da maneira habitual, a fim de
comunicarem ao rei, todos os meses, o que dizia respeito aos rebanhos, Giges foi lá
também, com o seu anel.
O MITO DO ANEL DE GIGES
Estando ele, pois, sentado no meio dos outros, deu por acaso uma volta ao engaste do
anel para dentro, em direção à parte interna da mão, e, ao fazer isso, tornou-se
invisível para os que estavam ao lado, os quais falavam dele como se tivesse ido
embora. Admirado, passou de novo a mão pelo anel e virou para fora o engaste. Assim
que o fez, tornou-se visível. Tendo observado estes fatos, experimentou, para ver se o
anel tinha aquele poder, e verificou que, se voltasse o engaste para dentro, se tornava
invisível; se o voltasse para fora, ficava visível. Assim senhor de si, logo fez com que
fosse um dos delegados que iam junto do rei. Uma vez lá chegando, seduziu a mulher
do soberano, e com o auxílio dela, atacou-o, e assim tomou o poder.
“MORAL, É AQUILO QUE VOCÊ NÃO
FARIA MESMO QUE ESTIVESSE
SOZINHO OU FOSSE INVISÍVEL”
CLÓVIS DE BARROS FILHO (VÍDEO 2).
EXEMPLO 1:
CAOS NO ESPÍRITO SANTO
EXEMPLO 2:
Rússia aprova lei que permite homem bater na
mulher uma vez por ano
O Congresso russo votou nesta semana uma lei que descriminaliza
agressões domésticas. Pelo texto, quem bater na mulher ou nos
filhos não será responsabilizado, a não ser que cause traumatismo
sério ou que a violência seja repetida.
Segundo a revista britânica The Economist, o motivo da decisão da
Duma (equivalente à Câmara dos Deputados) é que é preciso
respeitar a TRADIÇÃO DO POVO RUSSO.
(Pg. 7)
ÉTICA: DA
ANTIGUIDADE À
MODERNIDADE
2ªSÉRIE DO ENSINO MÉDIO – COLÉGIO DRUMMOND 2017
PROF. DOUGLAS PHILIP
A ÉTICA SOCRÁTICA
Sócrates (469 – 399 a.C.), viveu em
Atenas que era uma cidade de
grande importância. Nesse período
de expansão urbana da Grécia, tinha
como preocupação central a seguinte
questão: como devo viver? Ou seja,
se dedicou as questões éticas.
“Conhece-te a ti
mesmo!”.
SÓCRATES VS SOFISTAS
Os Sofistas surgiram no momento da passagem
da tirania e da oligarquia (poder exercício por um
pequeno grupo de pessoas), para a democracia.
Eram mestres de retórica e oratória, que
percorriam as pólis fornecendo os seus
ensinamentos, sua técnica, suas habilidades aos
governantes , “políticos” e aos cidadãos
interessados em participar da vida pública.
Eles eram chamados de sofistas, termo que
originalmente significaria “sábios”, mas que
adquiriu o sentido de desonestidade intelectual,
principalmente por conta das definições de
Aristóteles e Platão.
SÓCRATES VS SOFISTAS
Para eles, os sofistas ensinavam a argumentação
a respeito de qualquer tema, mesmo que os
argumentos não fossem válidos, ou seja, não
estavam interessados pela procura da verdade e
sim pelo refinamento da arte de vencer
discussões, pois para eles a verdade é RELATIVA
de acordo com o lugar e o tempo em que o
homem está inserido.
“O homem é a medida de todas as coisas, das
coisas que são, enquanto são, das coisas que
não são, enquanto não são”
Protágoras.
A ÉTICA SOCRÁTICA
Julgava que o ser humano era dotado de uma
natureza racional, e, portanto, voltada para o
bem. Assim, afirmava que ele deveria agir
conforme duas capacidades essenciais, as
quais denominava virtudes.
Acreditava que para sermos justos, precisamos
compreender a ideia de justiça, e para sermos
bons, precisamos compreender a ideia de bem.
“Existe apenas um bem, o saber,
e apenas um mal, a ignorância”.
A ÉTICA SOCRÁTICA
Platão (428 – 348 a. C.) discípulo de Sócrates, seguiu a mesma linha de
pensamento:
“Quem não for capaz de definir com as palavras a ideia de
bem, separando-a de todas as outras, e como se estivesse
numa batalha, exaurindo todas as refutações, esforçando-se
por dar provas, não através do que parece, mas do que é,
avançar através de todas estas objeções com um raciocínio
infalível, não dirás que uma pessoa nestas condições conhece
bem em si, nem qualquer outro bem...”
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. 8. ed.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.
A ALMA DIVIDIDA
EM TRÊS PARTES
De acordo com a valorização socrática da razão, Platão divida a alma em
três partes:
1.CONCUPSÍVEL: Responsável pelos desejos do corpo, visando a
nutrição dele;
2.IRASCÍVEL: Responsável pelas habilidades de defesa para a auto
conservação humana.
3.RACIONAL: Considerada superior às outras
responsável pelo controle das atividades de ambas.
duas
partes
e
A ALMA DIVIDIDA
EM TRÊS PARTES
No Mito do Cocheiro, no diálogo Fedro, Platão compara a alma a uma
carruagem puxada por dois cavalos, um branco (irascível) e um negro
(concupiscível).
O corpo humano é a carruagem, e o cocheiro (Razão) conduz através das
rédeas (pensamentos) os cavalos (sentimentos). Cabe ao homem através de
seus pensamentos saber conduzir seus sentimentos, pois somente assim ele
poderá se guiar no caminho do bem e da verdade.
Platão afirma, que não podemos ser felizes quando somos dominados pela
concupiscência e pela cólera, isso porque as paixões sempre nos conduzem
por caminhos perigosos e contraditórios e fazem com que os desejos e
impulsos violentos de nosso corpo tirem nosso bom senso. Já dizia Sócrates
que todo vicio é ignorância. Não há nada mais deprimente do que uma pessoa
que age por impulsos e é dominada pelas paixões (Pg. 8 e 9).
É preciso bem
pensar para bem
viver!
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