CRM: UM SISTEMA DE GESTÃO EMPRESARIAL OU UMA ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS? Alex Campos Saul Charles Vieira Fábio Resumo: Este artigo apresenta uma discussão sobre o conceito de CRM (Customer Relationship Management), que vem sendo amplamente citado no ambiente de negócios como uma forma de obtenção de vantagem competitiva. Vantagem essa que tem sido amplamente anunciada por empresas de consultoria e softwarehouses, enquanto desponta no meio acadêmico a preocupação se é o CRM uma “nova grande idéia”, agindo no mercado como uma forma oportunista para impulsionar vendas, ou se, realmente, o CRM tem respaldo acadêmico e possui um papel fundamental no ambiente de negócios (GRABNER-KRAEUTER; MOEDRITSCHER, 2002). Com esta perspectiva, é utilizado o método de Estudos de Casos Múltiplos para analisar duas empresas de grande porte do setor de telecomunicações, uma de telefonia fixa e outra de telefonia móvel. Como resultado principal deste estudo tem se que o CRM é uma estratégia empresarial, apoiada em dois marcos que são o Marketing de Relacionamento e a Tecnologia de Informação. Palavras-chave: CRM (Customer Relationship Management), Marketing de Relacionamento, Tecnologia de Informação. 1- Introdução Se por muito tempo as empresas foram essencialmente orientadas ao produto, tratando clientes meramente como números, o cenário hoje está diferente, e os valores de bom atendimento mostram-se essenciais. Com a crescente busca de novas formas de alcançar uma vantagem competitiva, muito se tem evoluído em teorias sobre o relacionamento com o cliente. O cliente possui hoje um papel especial e o CRM (Customer Relationship Management) tem sido apresentado como uma das formas de buscar esse novo posicionamento no mercado. Posicionamento esse que envolve a busca dos clientes de maior valor e a redução dos riscos de sua perda, aspectos que constituem os principais objetivos do CRM (RYALS, 2002b). Para tanto, é fundamental que a empresa identifique claramente os atributos do serviço que agregam valor ao cliente e que são capazes de gerar fidelidade. Hughes (2002) acrescenta como objetivo do CRM, construir e manter relacionamentos com prospectsii e com clientes baseado no conhecimento e em informações relevantes para eles e usar a informação advinda do cliente e do mercado para fazer a oferta certa, ao cliente certo, no tempo certo, a fim de aumentar as vendas e satisfazer o cliente. Essas vantagens, dentre outras, têm sido amplamente anunciadas por empresas de consultoria e softwarehouses. Mas, ao mesmo tempo, desponta no meio acadêmico a preocupação se é o CRM uma “nova grande idéia”, agindo no mercado como uma forma oportunista para impulsionar vendas, ou se, realmente, o CRM tem respaldo acadêmico e possui um papel fundamental no ambiente de negócios (GRABNERKRAEUTER; MOEDRITSCHER, 2002). Neste mesmo sentido, existe a preocupação, por parte de diversos autores (BROWN, 2001; DYCHE, 2003; GORDON, 2001b; HUGHES, 2002), em esclarecer o verdadeiro significado do CRM, que por muito tempo foi deixado apenas para a área comercial, não tendo o reconhecimento dos pesquisadores. A verdade é que muitas empresas têm investido ou planejam investir na implantação da estratégia de CRM (GREENBERG, 2001) que envolve, além das ferramentas de TI, recursos de trabalho, serviços de consultoria e treinamento, isto é, tempo e capital humano. Entretanto, muitos administradores ainda buscam o verdadeiro conceito de CRM e empenham-se em vislumbrar como o seu negócio irá reagir a ele. Desta forma, este artigo tem como objetivo principal discutir o conceito de CRM, analisar os propósitos explícitos e subjacentes contidos no planejamento e, sobretudo, em sua implantação. Assim, após a apresentação do arcabouço teórico dessa problemática, descreve-se detalhadamente o método utilizado no estudo empírico e logo após, são apresentados os estudos de caso em duas empresas de telecomunicações do RS. Finalmente, são expostas as conclusões deste estudo. 2- Referencial teórico O relacionamento com o cliente é uma das principais vantagens competitivas sustentáveis possíveis de se construir por uma empresa (MCKENNA, 1992). Um relacionamento duradouro, com elementos como fidelidade e confiança, é um recurso difícil de ser construído e mantido. É justamente esse o pressuposto da estratégia de CRM, basear-se no conhecimento, para fidelizar o cliente, permitindo que a empresa mantenha com ele um relacionamento de longo prazo. Para tanto, faz-se necessário, além de formular a estratégia, saber lidar com as competências e capacidades internas da organização. As empresas que alcançam tal patamar são consideradas como “feixes de recursos” (WERNERFELT, 1984) ou como conjuntos de competências e capacidades (PRAHALAD, 1997). Estes recursos e capacidades são vistos como elementos raros de imitação e substituição difícil e custosa no quadro de uma organização particular. A idéia de recursos inclui não apenas os físicos e financeiros, mas também aqueles intangíveis ou invisíveis. Esse, que pode ser definido como todas as atividades de marketing direcionadas a estabelecer, desenvolver, e manter trocas relacionais de sucesso (MORGAN; HUNT, 1994), fundamenta-se em atrair novos clientes, mas, principalmente, em manter e melhorar os relacionamentos com os clientes existentes (BERRY, 2002). Ao combinar pessoas, processos e sistemas (NORRIS et al., 2001), o CRM envolve toda a estratégia do negócio. Assim, objetiva, através dos relacionamentos existentes, gerar crescimento futuro, oferecer serviços de excelência através do uso das informações integradas e manter canais de relacionamento consistentes com o cliente (KALAKOTA; ROBINSON, 2001). Um dos elementos alavancadores da vantagem competitiva são os atributos que podem influenciar a qualidade dos relacionamentos, afinal, percebe-se a mudança do foco do mercado das características tangíveis de produto, para um foco de serviços e, finalmente, para um foco na qualidade do relacionamento. Os padrões éticos com os quais os relacionamentos são conduzidos representam um incremento importante para os consumidores e o benefício aparece quando a empresa é capaz de usar esse posicionamento como um recurso para vantagem competitiva (PALMER, 2002). Day (2003) afirma que uma empresa que trabalha com CRM tem melhor desempenho quando integra três componentes: - orientação organizacional, que torna prioridade a retenção dos clientes e propicia os meios para os funcionários atenderem às suas necessidades; - informação sobre relacionamentos, incluindo a qualidade de dados pertinentes sobre o cliente e os sistemas de compartilhamento dessas informações dentro da empresa; - configuração, o alinhamento da organização no sentido de criar os relacionamentos com os clientes, conseguidos por meio de incentivos, medidas, estrutura e comprometimento da organização. 3. Tecnologia de Informação: o marco tecnológico do CRM Do ponto de vista tecnológico, CRM envolve: [...] capturar os dados do cliente ao longo de toda a empresa, consolidar todos os dados capturados interna e externamente em um banco de dados central, analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com o cliente através de qualquer ponto de contato com a empresa (GARTNER GROUP apud PEPPERS AND ROGERS GROUP, 2000, p. 35). Sob essa visão, Hughes (2002) afirma que a idéia básica do CRM é coletar uma grande quantidade de informações dos clientes, produtos, promoções e outros dados, e colocálos num único banco de dados. A evolução de sistemas automatizados (INFORmação + autoMÁTICA = informática) tem evidenciado o valor da informação. As rápidas transformações na área de tecnologia, com custos decrescentes de hardware e software, cada vez mais sofisticadas, mas simultaneamente com interfaces mais amigáveis, têm possibilitado a utilização de TI em diversos níveis organizacionais (MEIRELLES, 1994, p.3). Neste contexto, é importante esclarecer como o CRM está posicionado, uma vez que visto como ferramenta é responsável por prover a empresa de formas integradas para atender o cliente em tempo real (BRETZKE, 2000). Para Norris et al. (2001, p.94) um sistema CRM “[...] enfatiza o front-office da empresa, focalizando vendas, marketing e atendimento ao cliente”. Entretanto, para que o CRM seja realmente bemsucedido, deverá ser visto mais como uma “[...] combinação de pessoas, processo e sistemas, do que como uma aplicação de tecnologia da informação de definição limitada”. A Tecnologia de Informação, em suas diversas modalidades, pode auxiliar muito o alcance deste tipo de relação. Os aplicativos de CRM são exemplos de ferramentas importantes, que criam novas dimensões para obter informações sobre os consumidores. A quase totalidade dos projetos de CRM envolve somente a automação de aspectos operacionais da empresa; importantes, sem dúvida, mas CRM envolve uma gama de outros processos. O Meta Group apud Peppers and Rogers (2000) propõe três tipos de estratégias de CRM, a saber: CRM Colaborativo, CRM Operacional e CRM Analítico. Nesta visão, o CRM Colaborativo engloba todos os pontos de interação entre o cliente e a empresa, e a preocupação está em preparar os canais de contato para garantir o fluxo adequado dos dados resultantes deste contato para o resto da organização. O CRM Operacional trata dos aspectos operacionais da relação com o cliente, melhorando a eficiência do relacionamento entre ele e a empresa; esta subdivisão do CRM engloba todos os sistemas de informação da empresa (ERP, sistemas legados, Call Center, Sistemas de Automação de Vendas, Sistemas de comercio eletrônico, etc). Por fim, o CRM Analítico, que é considerado pelos autores como sendo a “inteligência do processo”, responsável por toda a estratégia de diferenciação de clientes, bem como sua segmentação. Ou seja, são as fontes de informação para a busca de vantagem competitiva. São consideradas aplicações analíticas o Data Mining e o Data Warehouse. São eles os responsáveis por gerar a inteligência necessária para uma efetiva comunicação com os clientes, o que é capaz de resultar em melhores campanhas de vendas, custos mais baixos de execução dessas campanhas, taxas de respostas mais altas, e melhor mensurar o ROR (Retorno sobre o Relacionamento) e o ROI (Retorno sobre o Investimento) (BAYER, 2002). 3- Método de Pesquisa A pesquisa é de cunho qualitativo e o método utilizado é o de Estudo de Casos Múltiplos (Yin, 2001). As empresas pesquisadas, aqui denominadas Alfa e Beta, pertencem ao setor de Telecomunicações, sendo uma empresa de telefonia fixa e outra de telefonia móvel. O setor de telecomunicações é um dos principais segmentos atingidos pelas mudanças do mercado ocorridas recentemente no Brasil, e tem descoberto no CRM “[...] uma importante ferramenta para fidelizar os clientes” (FONSECA, 2001, p. 18). As operadoras começam a buscar na estratégia de CRM uma forma para identificar o perfil dos clientes e diferenciar seus serviços em busca da fidelização. Na empresa Beta foram acessados dados provenientes do web site da empresa. Foram também acessadas bibliografias sobre as empresas pesquisadas, seja interna da empresa (jornais informativos e revistas) como também reportagens da mídia brasileira. Na empresa Alfa foram realizadas visitas à sede da empresa, em Porto Alegre/RS, onde pode-se observar pessoalmente o dia-a-dia dos consultores de vendas e dos gerentes entrevistados. Na empresa Beta foi realizada uma visita a uma das lojas da empresa, onde se pode observar a forma de organização da loja e o relacionamento dos atendentes com os clientes. Os dados foram coletados no período de Junho a Novembro de 2003. Foram gerados relatórios para as empresas pesquisadas, o relatório foi submetido a um contato-chave em cada empresa, que examinou o mesmo, validando os dados transcritos e autorizando a divulgação destes. 4- Descrição e Análise dos Casos Empresa Alfa A empresa Alfa atua no segmento de telefonia fixa. Apesar de terem filiais em outros Estados brasileiros, o estudo de caso ocorreu no estado do Rio Grande do Sul. O CRM na organização é trabalhado sob duas frentes: uma que seria a estratégia de “Criar Relacionamentos Melhores com os Clientes”, na qual são trabalhados junto aos colaboradores todos os valores de um bom relacionamento; a segunda refere-se à ferramenta de Tecnologia de Informação, chamada CRM, que permite a operacionalização de um bom relacionamento com os clientes da empresa. A correta motivação inicial do projeto é uma das características apontadas para o sucesso do CRM em uma organização. Quando questionados sobre isso, um dos gerentes falou que, assim como em outras empresas no país, o CRM está sendo muito mais uma ferramenta (um software) do que uma estratégia de fidelização de clientes, pois não existe uma base teórica sólida. Percebeu-se a preocupação de fazer a distinção entre o “Projeto de Implantação de CRM” e o “Processo de Criar Relacionamentos Melhores”, isto porque, o projeto tem início/meio/fim e o outro faz parte de um sistema com feedback constante para incorporar melhorias. Day (2003) aponta que muitos projetos de implantação de CRM estão tornando piores os relacionamentos com os clientes devido a toda dificuldade de migrar para o novo sistema e nas falhas no treinamento. Na Alfa, segundo a visão de responsáveis pela implantação da estratégia, isso não parece muito diferente. Inúmeros são os problemas neste momento de implantação da ferramenta de CRM. Empresa Beta A empresa Beta, que atua no segmento de telefonia móvel, estava no momento da presente pesquisa passando por uma fase de transição (característica do setor de telecomunicações). Por isso, a coleta de dados se deteve à realidade vivida pela filial do Rio Grande do Sul. A implantação da estratégia de CRM na empresa Beta aconteceu ao mesmo tempo de sua concepção e instalação no Estado, isso porque foi a forma encontrada de estar focada no cliente, preocupação inicial da empresa. Além disso, a empresa que sempre teve foco em tecnologias inovadoras e excelência em atendimento, percebeu imediatamente a necessidade de buscar um relacionamento individualizado com seu cliente e, por isso, acabou sendo umas das pioneiras, entre as operadoras de telefonia móvel no país, no lançamento de um programa de relacionamento com o cliente. Apesar de os entrevistados acreditarem que a empresa já tenha nascido com a concepção de CRM bem definida em sua base, foi necessário, segundo a gerente de marketing, implantar a política de CRM, trabalhar com profundidade seus conceitos – principalmente nos setores de marketing, Call Center e nos pontos de venda (lojas). Ela lembra que, naquela época, em meados de 1999, esta estratégia era novidade no mercado e se buscava de forma exploratória como trabalhar com ela, qual era exatamente seu significado, seus objetivos, como operacionalizá-la, no que se podia melhorar e no quê ela realmente iria agregar valor. A empresa possui um programa de relacionamento que tem como objetivo estreitar o vínculo entre o cliente e a empresa, demonstrando que tão importante quanto adquirir novos clientes é mantê-los. Paralelamente a este programa, a empresa Beta implantou a ferramenta chamada CRM, que integrando a área de marketing e de TI teve como objetivo prover a empresa com meios eficazes e integrados para atender, reconhecer e cuidar do cliente, afinando o relacionamento com ele. A gerente de CRM relata que, no momento da implantação, a equipe formada por pessoas do setor de RH e da Comunicação percorreram toda a organização, dando treinamento necessário para que todos conhecessem o novo sistema e como esse traria benefícios à organização. Apesar disso, ela comenta que existiu resistência e grande foi o esforço para mudar o paradigma de trabalho. A empresa enfrenta hoje uma segunda onda de implantação de CRM. Isso porque agora precisa implantar a estratégia nas demais regionais (novas empresas) que compõem a Beta. Também, porque a mesma começa a oferecer uma nova tecnologia aos seus clientes e para tanto, precisa de atualizações no sistema. A nova proposta, dentro de outras características, vai atender as lojas, especialmente porque vai oferecer ao cliente que entra na loja uma senha e esse, obrigatoriamente, terá que ter uma entrada no sistema. Isso vai trazer uma integração automática entre os processos das lojas e o sistema de CRM, não permitindo que algum cliente entre na loja sem ser “mapeado” pelo sistema, conta a gerente de lojas da Beta. A empresa já está convencida da importância de ter o relacionamento com o cliente como um diferencial estratégico, é isso que permite que ela alcance seus indicadores e metas estratégicas. Em todas as entrevistas realizadas pôde-se evidenciar a existência da Consciência de se buscar o cliente através de uma estratégia de relacionamento com ele, chamada CRM. Além disso, as entrevistadas esclarecem sobre a existência do software de CRM para dar suporte a todos os processos da empresa. “É por causa da estratégia de CRM que existe o software”, afirma a gerente de Tecnologia de Informação da empresa. Isso indica a correta motivação e entendimento inicial da estratégia de CRM, o que é considerado primordial para o bom desempenho dessa (DYCHE, 2003). A empresa, inicialmente, contava com um sistema de atendimento ao consumidor. Com o tempo percebeu-se que era necessária uma ferramenta mais robusta e então buscou-se o software de CRM, relata a gerente de CRM. 5- Comparação Quadro 1: Características das Bases Conceituais do CRM Com a análise dos casos e o embasamento teórico, entende-se que a estratégia de CRM oferece a possibilidade de a empresa ser efetivamente orientada para o cliente. Apoiada pelo uso da TI, para a tomada de decisão tática e estratégica, a empresa possui maior conhecimento dos clientes, do mercado, da infra-estrutura da indústria, dos fornecedores e dos concorrentes, podendo conquistar, com isso, uma vantagem competitiva (BRETZKE, 2000). Percebe-se a ênfase demasiada dada as ferramentas tecnológicas que envolvem o CRM. Porém, fica evidente que o CRM não começa pela tecnologia e sim por uma visão estratégica que permitirá aos administradores cultivar relacionamentos. CRM, então, não pode ser visto como uma “nova grande idéia”, advinda apenas de empresas de consultoria e softwarehouses, mas sim como uma estratégia embasada em dois marcos – Marketing de Relacionamento e Tecnologia de Informação – capaz de trazer vantagem competitiva às empresas que trabalharem dentro do seu verdadeiro conceito de fidelização de clientes e da busca pelo aumento do valor do cliente ao longo do tempo. 6- Conclusões Os relacionamentos constituem o principal diferencial buscado por muitas organizações na atualidade, uma vez que a tecnologia é vista como uma commodity e a qualidade dos produtos e serviços não é mais vista com destaque em diversos setores da economia. As pessoas demonstram gostarem de manter relacionamentos positivos com seus fornecedores. Isso resulta em uma maior fidelidade e, freqüentemente, culmina na indicação do produto ou serviço para um amigo ou colega. Cabe então, aos empreendedores, compreender os clientes, os sistemas de informação, lidar com a restrição de tempo e de recursos, trabalhar a mudança cultural e entender como melhor valer-se das oportunidades para gerir uma organização na atualidade. Apesar das empresas estudadas pertencerem a segmentos distintos dentro do setor de telecomunicações, pode-se traçar um paralelo relacionando o significado do CRM para cada uma dessas organizações. Foi possível perceber na Alfa que a estratégia é trabalhada paralelamente ao uso da ferramenta, e que muitas vezes as pessoas não fazem a ligação entre as duas. Já a segunda empresa estudada, Beta, apresenta uma situação muito diferente. A regional do RS está focada no cliente desde o início de suas atividades, possuindo programas de relacionamento e ferramentas de TI para isso. Essa regional hoje passa sua experiência às demais empresas do grupo Beta. Certamente, a Beta vive hoje outra etapa na estratégia de CRM, podendo mensurar suas ações de relacionamento, colhendo frutos da estratégia, mas sempre preocupada em melhorar seus processos de negócio. O ponto comum, neste momento, entre as empresas é a busca pela unificação das culturas. A base conceitual do CRM é considerada uma das principais características que guiará o papel da estratégia de CRM na empresa. Referências Bibliográficas BAYER, Judy A. Show me the ROI. Plan, Deliver and Measure Serious Returns on Serious CRM. White Paper Teradata. 2002. BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BERRY, Leonard L. Relationship Marketing of Services – Perspectives from 1983 and 2000. Journal of Relationship Marketing. jan. 2002. BRETZKE, Miriam. Marketing de Relacionamento e Competição em Tempo Real. São Paulo: Atlas, 2000. BROWN, Stanley A. CRM – Customer Relationship Management: Uma Ferramenta Estratégica para o Mundo E-Business. São Paulo: Makron Books, 2001. 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