Dieta sem Glúten

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Qualidade de Vida
São Paulo, 03 de abril de 2014
Equipe Responsável:
Dieta sem glúten
Excluir o glúten da
alimentação é o
mais novo modismo
em matéria de dieta.
Dr. Rodolfo Milani Jr. - CRM 41.807
Consultora Renata Dubas Leal
Atualmente, o número de pessoas que
consomem uma dieta livre de glúten parece
fora de proporção em relação ao número
daquelas que têm algum tipo de intolerância ou
alergia ao glúten.
Existem estimativas de que 15-25% dos consumidores norte-americanos querem
alimentos livres de glúten. Esse agora é um “grande negócio” e a Reuters projeta um
extraordinário aumento nos lucros do mercado de alimentos livres de glúten nos
Estados Unidos até 2015.
O glúten é uma proteína vegetal, presente no trigo, na aveia, no centeio, na cevada, no
malte e em todos os produtos que utilizam um desses ingredientes em seu preparo, a
exemplo de bolos, pães, massas, pizzas e bebidas fermentadas como a cerveja.
Na dieta sem glúten, é necessário substituir os alimentos que contêm glúten por
produtos sem essa proteína, como arroz e seus derivados (farinha de arroz), milho e
seus derivados (farinha de milho, fubá e amido de milho), batata e seus derivados
(fécula de batata) e mandioca e seus derivados (farinha de mandioca e polvilho).
O Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) alerta que essa dieta só deve ser
seguida por pessoas com doença celíaca, na qual há intolerância do organismo ao
glúten com lesões na parede intestinal. A recomendação indiscriminada para restrição
ao consumo de glúten não encontra atualmente respaldo na ciência da nutrição e está
em desacordo com o Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar.
Doença celíaca e outras formas de sensibilidade ao glúten
A doença celíaca é uma inflamação crônica
do intestino delgado que afeta 1% da
população. A condição pode ser definida
como um estado de resposta imunológica
intensificada ao glúten ingerido (de trigo,
cevada e centeio) em indivíduos
geneticamente suscetíveis. Um crescente
problema encontrado na prática clínica é
o diagnóstico de pacientes que reclamam
de sintomas relacionados ao glúten na
ausência objetiva de doença. Esses
pacientes representam um dilema
diagnóstico para gastrenterologistas,
clínicos gerais e nutricionistas.
Qualidade de Vida
São Paulo, 03 de abril de 2014
Equipe Responsável:
Dieta sem glúten
Dr. Rodolfo Milani Jr. - CRM 41.807
Consultora Renata Dubas Leal
As evidências sugerem que, mesmo na ausência de doença celíaca, produtos à base de
glúten podem induzir sintomas abdominais que se apresentam como dor abdominal,
flatulência (excesso de gases), diarreia ou mesmo obstipação intestinal (prisão de ventre).
Caso você apresente alguns desses sintomas associados ao consumo de alimentos que
contêm glúten, converse com seu médico sobre a necessidade de restringir o glúten da
alimentação.
Dieta livre de glúten emagrece?
Atualmente, pessoas que não são portadoras da doença celíaca estão
excluindo o glúten da alimentação com a finalidade de emagrecimento.
É importante esclarecer que o glúten isoladamente não é responsável pelo
aumento de peso, e sim o consumo excessivo de alimentos que contêm essa
proteína (pães, biscoitos, pizzas e bolos). Sendo assim, nessas pessoas que
retiram o glúten da alimentação, a causa do eventual emagrecimento é a
diminuição do consumo de calorias.
Fonte:
Envie suas dúvidas e sugestões
sobre este tema para o e-mail
[email protected]
• Imran A, Hadjivassiliou M, Sanders DS. Sensibilidade ao glúten na ausência de doença
celíaca. BMJ Brasil, dez. 2013.
• Centro Regional de Nutricionistas. Parecer CRN-3. Restrição ao consumo de glúten.
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