Serotonina Medicina

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14/11/2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE FARMACOLOGIA
Serotonina: funções e distribuição
Receptores centrais e periféricos
Neurotransmissor: neurônios no SNC e sistema nervoso
entérico
SEROTONINA
Hormônio intestinal: células enterocromafínicas no TGI (90%)
Plaquetas: agregação plaquetária
SNC: enxaqueca, náusea e vômito, sono, apetite, percepção
da dor, libido, humor, emoção e funções cognitivas
Profa. Sharlene Lopes Pereira
Síntese e metabolismo
da serotonina
Execreção de ácido 5hidroxi-indolacético →
testes de diagnóstico
Receptor
Local
Resposta
5-HT1A
Núcleos da rafe, hipocampo
Gi, ↓ AMPc
5-HT1B
Substância negra, globo pálido, gânglios da base
Gi, ↓ AMPc
5-HT1D
Cérebro
Gi, ↓ AMPc
Gi, ↓ AMPc
5-HT1E
Córtex
5-HT1F
Córtex, hipocampo
Gi, ↓ AMPc
5-HT1P
Sistema nervoso entérico
G0, despolarização lenta
5-HT2A
Plaquetas, músculo liso, córtex cerebral
Gq, PLC, IP3 e DAG
5-HT2B
Estômago
Gq, PLC, IP3 e DAG
↑5-HIAA: tumor carcinóide
5-HT2C
Hipocampo, substância negra
Gq, PLC, IP3 e DAG
↓5-HIAA: depressão
5-HT3
Centro emético, área postrema, nevos entéricos
e sensitivos
Canal iônico Na+ K+
Gs, ↑ AMPc
5-HT4
SNC, neurônios mioentéricos, músculo liso
5-HT5A/5B
Cérebro
Gi, ↓ AMPc
5-HT6/7
Cérebro
Gs, ↑ AMPc
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Neurotransmissão serotoninérgica
Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
SNC: núcleos da rafe → humor, emoção e cognição
Auto-receptores pré-sinápticos
Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
SNC: centro emético e área postrema
Ativação 5-HT3 → emese (induzida por quimioterapia)
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Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
Ativação 5-HT3 → fibras sensitivas aferentes: nocicepção e dor
Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
Plaquetas e vasos → agregação e vasoconstrição
Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
Ativação 5-HT3 → terminais vagais: aumento da liberação de
acetilcolina → broncoespasmo
Ativação 5-HT3 → terminais
vagais: aumento da liberação de
acetilcolina e bradicardia
Ativação 5-HT2A → efeito direto: broncoespasmo
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Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
Aumento do peristaltismo GI
Trato gastrointestinal
Local
Receptor
Resposta
Células
enterocromafínicas
Músculo liso intestinal
5-HT3
Liberação de
acetilcolina
Aumento do tônus e
peristaltismo
Ativação de
neurônios do plexo
mioentérico
5-HT2A
Neurônios aferentes
primários
5-HT3
Plexo mioentérico
5-HT4
Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
Liberação de
acetilcolina
Efeitos da serotonina nos tecidos e órgãos
Plexo
mioentérico
Neurônios aferentes primários
Células enterocromafínicas
Tumor carcinóide
Ativação 5-HT2A → músculo esquelético: contração muscular e
hipertermia
Síndrome da serotonina
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Tumor carcinóide
Fármacos serotoninérgicos
Receptor
Ação
Fármacos
5-HT1A
Agonista parcial
Buspirona
Ansiedade
5-HT1D
Agonista
Sumatriptan
Enxaqueca
5-HT2A/2C
Antagonista
Clozapina,
risperidona,
quetanserina
Esquizofrenia
5-HT3
Antagonista
Ondansetron
Emese
5-HT4
Agonista
Cisaprida
Distúrbios GI
SERT
(transportador de
5-HT)
Inibidor
Fluoxetina,
sertralina
Depressão,
distúrbios de
ansiedade
Carcinóide bronquial
Carcinóide intestinal
Uso clínico
Carcinóide gástrico
Tratamento da enxaqueca: agonistas 5-HT1D
Fisiopatologia da enxaqueca e mecanismo
de ação dos “triptans”
Sumatriptan, naratriptan, eletriptan, rizatriptan
Nervo trigêmio
1ª escolha para o tratamento da enxaqueca aguda
Enxaqueca clássica: náusea, vômito, alterações
visuais, anormalidades da fala. Seguida por cefaléia
unilateral (horas ou 1 a 2 dias)
Contra-indicações: doença coronariana (todos),
doença hepática ou renal grave e doença vascular
periférica (naratriptan e eletriptan)
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Tratamento da enxaqueca: agonistas 5-HT1D
Tratamento da enxaqueca: agonistas 5-HT1D
Farmacocinética
Efeitos adversos
Sumatriptan:
Tonteira
Biodisponibilidade:
Fraqueza muscular
Oral e nasal: 14-17%
Dor no pescoço
Subcutânea: 97%
Reações no local da injeção
Angina
Desvantagem: alguns agonistas têm duração de ação mais curta
do que a duração da cefaléia → várias doses diárias na crise
Meia-vida de eliminação: 1-2 h
Metabolizado pela MAO e metabólitos excretados na urina
Naratriptan:
Biodisponibilidade oral: 70%
Meia-vida de eliminação: 6 h
Tratamento da emese induzida por quimioterapia
Antagonistas 5-HT3
Antagonistas do receptor 5-HT3
Ondansetron, alosetron, dolasetron, granisetron
Efeito anti-emético: náusea induzida por fármacos
anti-câncer ou por estimulação vagal (cirurgias)
Efeito anti-emético: bloqueio de receptores 5-HT3
no centro emético e área postrema, e em nervos
intestinais aferentes
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Antagonistas 5-HT3
Antagonistas 5-HT3
Prevenção de náusea e vômito associados à quimioterapia do
câncer (iv: 30 min antes, oral: 1 h antes);
Alosetron:
Prevenção e tratamento de náusea e vômito após cirurgias;
Usado no tratamento da síndrome do intestino irritável com
Eficácia aumentada pela associação com glicocorticóides;
diarréia em mulheres (1 mg, 2 ou 3 vezes ao dia);
Efeito anti-emético persiste após a redução da concentração
plasmática;
Eficácia em homens ainda não foi estabelecida;
Administrados 1 vez ao dia (oral ou iv);
Bem absorvidos no TGI.
Ondansetron:
Metabolismo hepático e excreção renal dos metabólitos;
Maior afinidade pelo receptor e maior duração de ação;
Pode causar constipação e colite isquêmica → interromper o
tratamento.
Metabolismo hepático: oxidação por CYPs e conjugação com
sulfato ou ácido glicurônico;
Ajuste de doses em pacientes com doença hepática.
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