SEROTONINA E ENXAQUECA: RELAÇÃO NEUROTRANSMISSOR-DOENÇA Camila Freire de Vasconcellos, Elizabeth Moraes de Paula, Gabriele Borba, Isabela Borges de Miranda, Marcela Souza Cruz de Oliveira, Paula Tommaso de Carvalho, Élder Machado Sarmento. Introdução Enxaqueca é uma doença neurovascular que se caracteriza por crises repetidas de dor de cabeça que podem ocorrer com uma freqüência bastante variável: enquanto alguns pacientes apresentam poucas crises durante toda a vida, outros relatam diversos episódios a cada mês. Uma crise típica de enxaqueca é reconhecida pela dor que envolve metade da cabeça, piora com qualquer atividade física e está freqüentemente associada à náusea, vômitos e desconforto com a exposição à luz e sons altos, podendo durar até 72 horas. A patologia resulta da pressão exercida por vasos sanguíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento desta envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. A serotonina é um neurotransmissor, isto é, uma molécula envolvida na comunicação entre as células do cérebro (neurônios). Ela é quimicamente representada pela 5-hidroxitriptamina.Esta comunicação é fundamental para a percepção e avaliação do meio que rodeia o ser humano, e para a capacidade de resposta aos estímulos ambientais. Apesar de serem poucos os neurônios no nosso cérebro com capacidade para produzir e liberar serotonina, existe um grande número de células que detectam esse neurotransmissor. Assim, a serotonina desempenha um importante papel no funcionamento do nosso sistema nervoso e existem numerosas patologias relacionadas com alterações na atividade desse neurotransmissor, como a enxaqueca. Objetivo Demonstrar a relação da serotonina com a enxaqueca, esclarecendo o quadro da doença e como algumas drogas específicas que atuam como agonistas serotoninérgicos se envolvem no mecanismo da dor. Material e Métodos Além da orientação de um profissional especializado,consultou-se fontes bibliográficas e a revisão da literatura de alguns artigos científicos relacionados à ação do neurotransmissor em patologias e a fisiopatologia da enxaqueca. Resultados Pode-se haver crises leves de enxaqueca que geralmente respondem a medidas simples como repouso e sono. Já as crises moderadas e intensas devem receber tratamento medicamentoso. Com o desenvolvimento de novas drogas, mais eficazes e com efeitos colaterais de menor intensidade, estas passaram a ser escolhidas de acordo com a intensidade da dor, o grau de disfunção e os sintomas associados. Conclusão Concluiu-se que, se a serotonina permanece excessiva, o seu receptor torna-se resistente à sua ação. O tratamento da enxaqueca deve envolver uma ação conjunta de mudanças de hábito alimentar, de sono, equilíbrio hormonal, atividade física adequada e, por último, remédios preventivos e para crise. São estas ações, em conjunto que abaixam a serotonina das pessoas e, com o tempo, resultam na reativação natural dos receptores. Referências - http://www.enxaqueca.com.br/enxaqueca/enx_perg_serotonina.htm 10/2007 acessado em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X1998000500024&script=sci_arttext&tlng=pt acessado em 10/2007 - NOBRE, Maria Eduarda, Cefaléia em Salvas, 2ª edição, Lemos Editorial. - http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?181 acessado em 10/2007 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxaqueca, acessado em 10/2007 Informações bibliográficas: Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto científico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: VASCONCELLOS, Camila Freire de; PAULA, Elizabeth Moraes de; BORBA, Gabriele; MIRANDA, Isabela Borges de; OLIVEIRA, Marcela Souza Cruz de; CARVALHO, Paula Tommaso de; SARMENTO, Élder Machado.Serotonina e Enxaqueca: Relação Neurotransmissor-Doença. Cadernos UniFOA Números Especiais: VIII Jornada do Centro de Saúde - Evento Científico em Biofísica. Disponível em: <http://www.unifoa.edu.br/pesquisa/caderno/especiais/biofisica/09.pdf>