UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA GREGÓRIO ALMEIDA BORGES A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE MARKETING NAS EMPRESAS Feira de Santana Novembro de 2010 GREGÓRIO ALMEIDA BORGES A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE MARKETING NAS EMPRESAS Monografia apresentada à Universidade Estadual de Feira de Santana como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientador: Prof. Djalma Sousa Feira de Santana Novembro de 2010 Resumo O plano de marketing é um documento formal do planejamento estratégico utilizado para direcionar e coordenar o trabalho. Analisarei o plano de marketing desde sua utilidade para os diversos setores da empresa até a sua confecção, e os benefícios obtidos por implantar o plano de marketing. E os propósitos que o plano de marketing possui na organização. Palavras-chave: Marketing. Planejamento. Plano de Marketing. Abstract The marketing plan is a formal strategic planning document used to direct and coordinate the work. Examine the marketing plan from its usefulness to the various sectors of the company until his clothing, and the benefits achieved by implementing the marketing plan. And the purpose that the marketing plan has in the organization. Keywords: Marketing. Planning. Marketing Plan SUMÁRIO Introdução .................................................................................................................. 5 Capítulo 1 O plano de marketing nas empresas ......................................................................... 15 1.1. A importância do plano de marketing nas empresas .......................................... 15 1.2. O que é um plano de marketing? ....................................................................... 16 1.3. Benefícios do plano de marketing ...................................................................... 18 Capítulo 2 Construindo o plano de marketing............................................................................. 27 2.1. Como fazer o plano? .......................................................................................... 27 2.2. Desenvolvendo o plano ...................................................................................... 29 2.2.1. Análises ........................................................................................................... 30 2.2.2. Descrição da situação do mercado ................................................................. 32 2.2.3. Objetivos ......................................................................................................... 33 2.2.4. Estratégias ...................................................................................................... 34 2.2.5. Implementação ................................................................................................ 37 2.2.6. Resumos ......................................................................................................... 42 2.2.7. Paginas de apresentação ................................................................................ 43 Capítulo 3 Propósitos de um plano de marketing ....................................................................... 44 3.1. Plano de marketing como roteiro ........................................................................ 44 3.2. Plano de marketing como relatório ..................................................................... 46 3.3. Plano de marketing como ferramenta de persuasão .......................................... 49 Considerações finais .............................................................................................. 54 Referências .............................................................................................................. 56 5 INTRODUÇÃO A integração dos países já se tornou inevitável, a globalização é uma realidade e que as empresas lidam diariamente com clientes, fornecedores e até mesmo funcionários em diversas partes do mundo, tornando o planejamento algo fundamental para o bom andamento das atividades da empresa. A globalização força as empresas a negociarem com muitos países e aumenta a necessidade da definição de um mercado alvo, e quais serão as táticas e estratégias adotadas para a consolidação de seu posicionamento neste mercado definido. O Plano de Marketing surge como ferramenta para reger as atividades da empresa. Onde investir? Quem contratar? Qual posicionamento adotar no mercado? Como promover a organização? Quais parceiros escolher? Estas são algumas das perguntas que surgem na cabeça dos gestores de diversas empresas dos mais variados ramos. Visando atingir as metas avaliadas no inicio do planejamento, para assim atender aos anseios dos acionistas e dos CEOs das organizações em que trabalham. A indecisão causa muitos problemas aos gestores por retardar as respostas das empresas aos desafios advindos do ambiente externo. Neste ponto que a ciência da administração torna-se responsável por determinar a direção que uma organização vai seguir. Aplicando ferramentas gerenciais que irão possibilitar o planejamento da empresa. Assim houve uma ramificação da área de atuação da ciência da administração, gerando diversos segmentos que dividiriam a tarefa de gerenciar a empresa. Algumas dessas áreas são Administração: Financeira, Produção, Administração pública, Administração de materiais, Marketing, Gestão de pessoas, Administração de sistemas de informação. 6 O marketing, na perspectiva de função empresarial, quando bem gerenciada, por administradores que tomem as decisões necessárias com eficácia, integra o conjunto de funções desempenhadas na empresa, como produção, finanças, logística, recursos humanos, sistemas de informação, engenharia de produtos, pesquisa tecnológica, entre outras, que gerenciam recursos e geram resultados para agregar valor econômico ao processo empresarial como um todo. Portanto, a função de marketing engloba a tomada de decisões, a gestão de recursos, a coordenação de processos e a avaliação de resultados, como qualquer outra função empresarial. Neste estudo utilizaremos conceitos de marketing - a área de marketing é o principal elo de coordenação das relações da empresa com o mercado e com o cliente - para realizar uma análise do mercado e a eficiência da realização de um plano de marketing. Marketing é uma área que visualiza o mercado de forma holística, como um todo, sem menosprezar detalhes que podem passar despercebidos diante de algumas áreas da administração. Esta habilidade vem transformando o marketing em uma ferramenta cada vez mais ampla e de utilização em larga escala. Auxiliando gestores de todos os setores nas suas atividades e proporcionando um maior conhecimento mercadológico por parte da organização e seus colaboradores. A perspicácia proporcionada pelo marketing à organização e todos os envolvidos no processo, seja de caráter temporário ou duradouro, através de suas teorias e estudos de caso, advêm de um setor de marketing totalmente integrado com as necessidades da organização e com o ambiente em que ela esta inserida, ao contrário do senso comum que considera o marketing como uma mera ferramenta de auxílio ao departamento de vendas. O marketing, portanto, para alcançar êxito no processo de auxílio dos outros setores de uma organização, sobretudo, entender os reais desejos dos clientes através de pesquisas de satisfação, de projetos pilotos ou pré-testes, para satisfazêlos de forma plena e constante. Evitando o risco de propagar – por toda a empresa – análises falsas ou sem fundamento que prejudicarão todo o negócio. 7 O marketing lida com o consumidor e seus anseios, delineando o poder da empresa em atender as necessidades dos clientes, construindo a orientação do marketing para o cliente, conforme Kotler e Armstrong, 2003: “O marketing examina as necessidades do consumidor e a capacidade da empresa de satisfazê-la; esses mesmo fatores orientam a missão e os objetivos gerais da empresa.” (KOTLER e ARMSTRONG, 2003, p. 41) Mais que orientar a missão e os objetivos gerais da empresa, o marketing também desenvolve o plano de ação ou de execução dos negócios ou produtos da empresa – o plano de marketing – logo após os gestores decidirem quais os caminhos a seguir, os melhores negócios e os potenciais produtos, novamente de acordo com Kotler e Armstrong: “A empresa em primeiro lugar define sua proposta geral e missão [...] Depois, a administração decide o melhor portfólio de negócios e produtos para a empresa [...] Cada unidade de negócios e produtos, por sua vez, deve desenvolver planos de marketing e outros planos departamentais detalhados que apóiem o plano geral da empresa.” (KOTLER e ARMSTRONG, 2003, p. 33) É o conceito de administração de marketing que resume a função do marketing e é entendida como o processo de planejamento, execução e controle das estratégias e táticas de marketing, visando aperfeiçoar os resultados para os clientes e os stakeholders da empresa. Caracterizando uma capacidade de analisar o mercado e suas mudanças ao longo do tempo. Uma boa estratégia de marketing é capaz de criar uma diferenciação na empresa que pode se tornar uma vantagem competitiva, este é o principal motivo do marketing estar se expandindo pelo mundo dos negócios. A análise dos conceitos de um plano de marketing explicitará as formas que um plano de marketing poderá proporcionar uma vantagem estratégica para a empresa, mas antes deve ser identificadas as várias perspectivas demonstrada por um plano de marketing, durante a preparação e elaboração do plano, mostrando todas as áreas que o plano pode cobrir. Identificando as características que um bom plano de marketing e esclarecendo como administrar a redação e elaboração do plano, ficarão evidentes os benefícios que poderão ser obtidos com um plano de marketing. Analisando e 8 descrevendo os passos para a confecção do plano de marketing, que possibilitará o detalhamento do conteúdo e análise que ficará incluído em cada seção do plano de marketing. TEMA E PROBLEMA DA PESQUISA As organizações estão inseridas em ambientes competitivos, e precisam utilizar do marketing como ferramenta de defesa de sua posição em relação aos seus concorrentes, o plano de marketing é um dos fatores que determinam o sucesso do marketing. Para ter sucesso no marketing é necessário “Um plano de marketing que identifique estratégias e responsabilidades para implementar programas de ação a fim de conseguir os resultados almejados” (SKACEL, 1992,p.10). Ele é um documento formal que direciona e agrega todas as informações referentes às tomadas de decisões de marketing. Ele serve como um guia sendo um parâmetro do previsto com o realizado. As organizações, ao fazerem este plano, tentam trazer resultado para a empresa e agregar mais valor ao cliente. Fortalecendo a empresa em todas as áreas, pois a confecção dele proporcionará uma integração dos diversos setores da empresa em torno de objetivos em comum e a função que cada departamento deverá exercer para atingir as metas propostas. Ocorrendo a sinergia dos setores da empresa e de seus funcionários, o posicionamento estratégico da organização ficará mais claro e tenderá a se solidificar ao longo do tempo, trazendo inúmeros benefícios a empresa, benefícios que serão abordados a seguir e a forma convencional de alcançá-los. Assim é apresentado como tema: A importância do plano de marketing nas empresas 9 OBJETIVOS GERAIS: Identificar possíveis vantagens no uso de um plano de marketing nas empresas. OBJETIVOS ESPECIFICOS: 1. Descrever como as empresas podem realizar um plano de marketing. 2. Expor as fases do plano de marketing e descrever a sua execução. 3. Demonstrar como o plano de marketing pode auxiliar no atingimento das metas das organizações. JUSTIFICATIVA Na atual organização dos mercados e composição das indústrias de competição acirrada tem como uma das principais ferramentas para a organização e execução de um projeto são a realização de um plano de marketing focado nas necessidades da empresa, tal como os seus pontos fortes e pontos fracos através da analise de mercado para elaborar eficientes estratégias de marketing. Este plano apresenta os principais enfoques relacionados ao mercado pretendido pela empresa e às estratégias de marketing que devem ser adotadas no sentido de otimizar o desempenho organizacional. E também apresenta como o empreendedor pretende vender seu produto/serviço e conquistar seus clientes, mantendo seu interesse e, também, aumentando a demanda por sua oferta. Deve abordar seus métodos de comercialização, diferenciais do produto/serviço para o cliente, política de preços, projeção de vendas, canais de distribuição e estratégias de promoção/comunicação e publicidade. O sucesso de um plano de marketing está diretamente relacionado ao quanto o empreendedor conhece do mercado/setor em que irá atuar. Por isso, é muito 10 importante que as informações colhidas durante a análise de mercado fundamentem a estratégia do plano. A realização de um plano de marketing torna a empresa menos vulnerável às crises, pois estas podem ser previstas com antecedência. Também é possível superar os concorrentes planejando cuidadosamente produtos e serviços mais adequados as necessidades dos clientes, reduzindo os problemas na comercialização e planejamento dos produtos. O planejamento conduz, informa e determina o rumo a seguir. Soluções como falta de capital, falta de clientes e poucas vendas também podem surgir de um planejamento coerente e consistente. Ele minimiza os erros, aperfeiçoa os recursos e coloca a empresa à frente da concorrência, criando, identificando e desenvolvendo diferenciais competitivos que agregarão valor à marca, conquistando novos clientes e aumentando as vendas e a lucratividade. Assim o plano pode auxiliar as empresas a atingirem suas metas, tornando-as capaz de analisar o seu segmento de mercado, através da analise dos pontos fortes e das fraquezas internas do seu negocio podendo assim aproveitar as oportunidades e ameaças do mercado. A elaboração de um plano de marketing é essencial para a empresa, pois vai permitir analise da estrutura empresarial. Não apenas no momento de elaboração. Ele é uma ferramenta de gestão que deve ser sempre utilizada e atualizada, para permitir a analise do mercado e adaptação a suas constantes mudanças através da identificação das tendências. Por meio dele podem-se definir os resultados a serem alcançados e formular ações para atingir competitividade. Assim o conhecimento do mercado em que a empresa está inserida e traçar o perfil de seus consumidores para facilitar a tomada de decisão relacionando as informações obtidas com seus objetivos e metas, preço, distribuição, localização de seu ponto de venda, e produtos ou serviços adequados ao mercado para satisfazer o cliente e obter sucesso nos negócios. 11 Visando conhecer melhor as necessidades dos clientes por meio de um sistema de informação externo simples, o dirigente pode utilizar-se das informações coletadas para subsidiar a elaboração do plano de marketing, otimizando o processo de planejamento e melhorando a sua equação de valor. O plano deve incluir a análise de valor da empresa, pois proporciona o conhecimento dos pontos em que deve haver investimento e aqueles em que não se deve investir, o que é crucial para a obtenção da qualidade, para competir, para proporcionar comodidade quanto ao ponto, para comercializar e criar produtos que satisfaçam os clientes e para descobrir e eliminar deficiências tecnológicas. Ações que satisfazem os clientes, de um modo geral, geram vendas e lucros O desenvolvimento dele pode possibilitar a empresa estruturar-se e direcionar rumo a suas metas e objetivos, sustentando e solidificando as decisões mercadológicas que devem ser tomadas ao longo de um período de tempo. Minimizando riscos e contribuindo para a promoção de ações de suma importância para aumentar a participação no mercado, aumentando os lucros e conquistando vantagens sobre os concorrentes. Ele esclarece os objetivos da companhia na área de marketing e traça algumas estratégias para alcançar as suas metas e objetivos. Nela não se inclui todas as metas e objetivos quem compõem a estratégia da companhia. Haverá outros objetivos, como de produção, objetivos de recursos humanos e objetivos financeiros. Pois em um plano de marketing estes objetivos não podem ser traçados separadamente, para não gerar um conflito de metas e objetivos que será bastante nocivo para o andamento dos negócios da companhia. O plano de marketing da empresa será um sub-plano que será adicionado ao planejamento estratégico global da companhia, assim todos os planos gerais e individuais estarão em sintonia com os objetivos da organização. Será apenas uma parte do plano coorporativo e o planejamento de marketing deverá ser executado como parte do planejamento global da empresa. 12 A idéia é utilizar-se do plano como mapa, que norteará a empresa mostrandolhe como está indo, onde está indo e como irá chegar lá. Será um documento escrito formal que descreverá um plano de ação que deverá ser seguido. Irá identificar as oportunidades de negócios para as empresas, quais destas serão as mais promissoras e que serão rentáveis investir e esboçará como penetrar, conquistar e manter posições nos mercados identificados como altamente rentáveis. Será um plano de ação que conterá todos os elementos mercadológicos, assim como suas teorias, estudos e “cases” de sucesso e estabelecerá quem fará o quê, quando, onde e como, para atingir suas finalidades. Serão vários fatores que deverão ser discutidos e negociados com os gestores de todas as áreas funcionais da empresa e alinhado com a alta administração ligo ao inicio do processo de planejamento de marketing, afim de não deixar nenhuma das partes envolvidas de fora do processo decisório buscando uma cooperação mutua e sem restrição para a concretização do plano de forma mais simples, eficaz e barata. Este documento formulará um plano com a idealização de comercializar produtos ou serviços de forma em que os objetivos empresariais sejam alcançados da melhor forma, apesar do plano de marketing ser um documento formal, pode possuir uma estrutura bastante flexível caracterizando-se por um plano formal ou informal a depender do momento vivido pela empresa e suas necessidades estratégicas. Quando for elaborado de uma forma completa, modelo indicado por vários autores, ele estimará os recursos que serão utilizados para ser posto em pratica e também detalhará o impacto que ele poderá influenciar nos lucros ou prejuízos da empresa e algumas vezes a demonstração de resultados da empresa pode ser incluído no plano de marketing. Ele pode capacitar a empresa a direcionar os seus esforços no rumo certo em momentos altamente competitivos, canalizando as vendas através do marketing para retirar a empresa do momento de dificuldade. 13 Os princípios básicos do marketing se aplicam igualmente à comercialização de bens industriais e de consumo e aos serviços. O plano de marketing irá utilizar os recursos destinados ao departamento de marketing para atingir os seus objetivos, segmentará o mercado, irá prever o tamanho do mercado, identificará a posição de mercado e após conhecer estes pontos irá planejar uma participação de mercado viável dentro de cada segmento do mercado. A importância do plano de marketing nas empresas é estabelecer os objetivos de marketing e definir as estratégias que serão utilizadas para atingi-los. A constituição detalhada e completa deste plano torna-se uma vantagem competitiva para a empresa, visto que os seus concorrentes que não possuam um plano de marketing num mesmo nível de eficácia podem ficar perdidos com alguma mudança do mercado. Existe uma crescente importância do marketing dentro das empresas, de tal modo que por vezes toma conta dela, pelo que toda a empresa fica responsável e empenhada em fazer marketing. O marketing passa a fazer parte das decisões estratégicas a todos os níveis. Assim, é impensável lançar um produto sem uma estratégia de marketing adequada, que é muitas vezes mais decisiva para o sucesso do produto, do que propriamente a qualidade do mesmo, surgindo à necessidade de realizar um plano de marketing para o lançamento deste produto, proporcionando mais vigor e antecipando os fatos e reações que o publico possa ter a este produto, solucionando os problemas e realizando um lançamento de forma mais eficaz. As empresas não conseguem obter uma alta lucratividade de todos os clientes do mercado, existem aqueles que enxergam mais valor na empresa e outros que não possuem a mesma visão da empresa em termo de valor oferecido esta é outra forma de utilizar o plano de marketing como vantagem competitiva é a definição dos clientes de alta lucratividade, através da segmentação de mercado proposta no processo de criação de um plano de marketing. Os profissionais de marketing que devem determinar qual o segmento mais lucrativo que deve ser adotado pela empresa e o plano de marketing é a ferramenta que deve ser utilizada para elucidar quais são os clientes que reagem da mesma 14 forma e que trazem mais lucratividade para a empresa e onde deve ser mantida a maior parte dos esforços. Para se posicionar como vantagem competitiva ele não deve apenas preocupar-se com as necessidades e satisfação do mercado consumidor, mas também designar políticas de reação ou defesa as estratégias dos concorrentes, que podem possuir ou criar um plano visando atingir o mesmo nível da empresa. Ele também é uma excelente ferramenta gerencial para as empresas que querem realizar modificações no seu modo de agir e pensar, por estar prevendo uma situação de declínio em sua cadeia produtiva. E possibilitará as ferramentas necessárias para esta mudança, compilando os métodos e necessidades para utilizar um mix de marketing eficaz nos objetivos atuais da empresa. Possuindo uma boa taxa de aproveitamento em curto prazo também, demonstrando uma flexibilidade que permite a execução quase que imediata e proporcionando uma espécie de mapa ou bússola que norteará a empresa nos próximos passos para a consecução dos objetivos traçados. Em longo prazo constitui-se de uma consecução de sub-planos e de outros planejamentos que servirão para a concretização e execução do plano maior. Serão utilizados para a realização de cada objetivo do plano separadamente, a fim de facilitar o projeto e obter uma maior flexibilidade em cada ponto designado pelo plano. 15 1. O PLANO DE MARKETING NAS EMPRESAS 1.1. A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE MARKETING NAS EMPRESAS As empresas e organizações possuem diversos desafios de natureza econômica e estratégica, o plano de marketing possui diversas funções que ajudam no desenvolvimento da estratégia da empresa além de apoiar as atividades operacionais dos diversos setores. A utilização de um plano de marketing pode constitui-se numa vantagem estratégica, levando-se em consideração as várias perspectivas do ambiente externo que a empresa está inserida durante a preparação do plano, mostrando todo o espectro que o plano de marketing pode cobrir, desde as pequenas metas traçadas até as grandes diretrizes gerais em grandes matrizes multinacionais ou até mesmo no escritório do dono de uma pequena empresa. O plano de marketing pode desvendar as limitações e vantagens que uma empresa possui, salientando o que pode ser utilizado para roteiro de atividades. O plano de marketing como roteiro oferece às equipes de marketing objetivos e metas para serem atingidos e as diretrizes de como alcançá-los. O plano de marketing serve também para desempenhar uma função informativa. Pode ser utilizado para coordenar as atividades dos diversos departamentos da empresa, forçando-os a agir de forma sinérgica, informar os gerentes e demais integrantes da alta administração sobre o desempenho das atividades do departamento de marketing e, pode também, servir para manter um registro histórico para nutrir os arquivos da organização. O plano de marketing é também uma importante ferramenta de persuasão, pois ele possui uma característica descritiva minuciosa que ajuda o departamento de marketing a vender as suas idéias para os demais departamentos, com o objetivo de convencer as pessoas com recursos – recursos internos a organização ou externos – que podem auxiliar a organização a atingir os seus objetivos. 16 Assim não resta duvidas da eficácia do plano de marketing para direcionar os esforços e capacidade criativa de uma organização na obtenção de seus objetivos como diz Gracioso: “O plano fixa objetivos e metas bem definidos, que permitem a avaliação das pessoas (e de sua atuação) em bases mais objetivas e justas” (GRACIOSO, 1998, p.96). Atua demarcando as funções claramente de todos os funcionários do departamento de marketing, impedindo que tarefas cruciais deixem de ser realizadas por causa de conflitos de competências e sejam desempenhadas, como consta em Dias: “Um plano minucioso deve dizer as pessoas do departamento de marketing o que elas devem fazer, quando e com quais recursos. Se bem preparado, ele deve evitar a descoberta tardia de algo que foi esquecido ou deixado para a última hora. Ele deve garantir que todos conheçam as suas responsabilidades e que nada deixe de ser feito por que alguém pensou que outra pessoa fosse responsável por uma tarefa crucial” (DIAS, 2005, p.477) 1.2. O QUE É UM PLANO DE MARKETING? O plano de marketing é um documento estratégico que, quando é elaborado de forma satisfatória e com afinco, se constitui em uma valiosa ferramenta de marketing para a empresa. Quando redigido, o plano de marketing proporciona a equipe uma absorção e acompanhamento de todos os passos do processo de planejamento estratégico da empresa. O plano de marketing, depois de elaborado, torna-se uma das partes mais importantes do planejamento estratégico global da empresa e revela aos diretores e a toda alta administração os planos mais específicos e detalhados da empresa. O plano de marketing localiza-se em uma área intermediaria entre o objetivo amplo de um plano de negócios e o restrito a cada ferramenta de marketing. O plano de marketing é uma espécie de roteiro que diagrama e determina as ações do departamento de marketing e também uma justificativa dos investimentos necessários, reunindo todas as ferramentas e princípios de marketing utilizados pela 17 empresa. Trata-se de um documento formal que visa o estabelecimento das estratégias de marketing de acordo com o planejamento estratégico da organização. O plano de marketing irá nortear a os esforços do departamento de marketing para concretizar os objetivos da empresa, como diz Gracioso: “Este Plano (Plano Anual de Marketing) procura adaptar as diretrizes estratégicas (que nortearão a empresa por vários anos) ao espaço limitado pelo nosso exercício fiscal. Assim, os objetivos anuais de marketing refletem aqueles do plano estratégico. E as ações previstas em nosso plano anual são o desdobramento anual da “estratégia básica de competição” já definida naquele plano de longo prazo” (GRACIOSO, 1998, p.95) O plano de marketing, para Campomar (1977, p. 55), é, em geral, um documento que estabelece os objetivos de uma organização, referente a um período de atividades, e define programas de ação necessários para atingir esses objetivos. O autor resume as diferenças afirmando que “o plano é a consubstanciação do exercício do planejamento formal”, sendo o planejamento um processo helicoidal, e o plano, linear. Consoante com essa idéia, Leeflang e Mortanges (1996, p.76) defendem que os planos de marketing ou documentos são o resultado do processo de planejamento, e formalmente traduzem as decisões que devem ser executadas para alcance de objetivos específicos. Complementando, Abratt et al. (1994, p.204) afirmam que o plano de marketing é um dos resultados mais importantes do processo de administração de marketing e pode beneficiar qualquer organização, havendo uma relação positiva entre o processo de planejamento formal e o desempenho da empresa. Concluindo, Buttle (1992, p.211) aponta as falhas que existem na comunicação do conteúdo do plano de marketing. Para ele, um plano de marketing não deveria ser somente uma chamada para ação ou um benchmark pelo qual a eficiência e a efetividade das decisões são julgadas. O plano também deveria servir como um método para comunicar a estratégia de marketing para aqueles que devem implementá-la ou autorizá-la. Devido a estas particularidades, cada plano de marketing é único e exclusivo como diz Dias: “Não há dois planos de marketing exatamente iguais, mesmo que 18 eles sejam igualmente bons. Um plano de marketing que melhor serve às necessidades de uma empresa pode ser muito superficial para outra.” (DIAS, 2005, p.479) Justamente pela conexão do plano de marketing com o plano estratégico global da empresa, que modifica de indústria para indústria e de empresa para empresa, facilitando o desenvolvimento da empresa no mercado em que atua. Kotler (2000, p.37) afirma que um plano de marketing eficaz atende o mercado-alvo e a partir disso nota-se que a concorrência passa a ser mais acirrada e a competição tende a ter um nível mais profissional, o que também é bom para a sociedade. 1.3. BENEFÍCIOS DO PLANO DE MARKETING Um plano de marketing é uma espécie de documento estratégico corporativo, para servir o publico interno da organização, porém escrito como se fosse apresentado para pessoas que não pertencem à organização. Dentro da organização o plano de marketing será usado para direcionar o trabalho dos colaboradores do departamento de marketing, agindo de forma sinérgica com os outros departamentos. Oo plano de marketing irá coordenar o trabalho do departamento de marketing com os outros departamentos, para atingirem juntos os objetivos propostos, além de prestar contas a alta direção e convencê-la a liberar recursos para a execução do plano. Fora da organização o plano pode ser usado para convencer investidores a financiarem ou oferecerem fundos para a empresa, é usado também para convidar e convencer empresas a realizarem parcerias em projetos específicos. Uma empresa consciente da importância dessa relação social promove um plano de marketing. Ele “estabelece metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico geral da empresa. É toda a relação produto/ 19 mercado, que, em conjunto com os outros planos táticos, forma o estratégico” (Las Casas, 2006 p. 18). A partir desse conceito, prova-se de que a ciência marketing não se resume apenas em captação de clientes e otimização de lucros, mas participa da organização empresarial em curto e longo prazo. Isso porque o produto e/ou serviço de uma empresa deve ser pensado com detalhes antes de ser posto no mercado para não causar prejuízos de quaisquer espécies ao fornecedor. O plano de marketing é redigido para detalhar as ações que o departamento de marketing está proposta a seguir rumo à concretização dos objetivos empresariais da organização como um todo. Skacel diz que: “O plano de marketing é um documento escrito que detalha ações específicas de marketing dirigidas a objetivos específicos no âmbito de um certo ambiente de marketing.” (SKACEL, 1992,p.11) O plano de marketing vem a ser um documento escrito que deve conter os resultados do processo de planejamento de marketing. O plano de marketing pode se dizer que é uma declaração de forma escrita do que será realizado e de que maneira. (STEVENS ET AL, 2001, p. 176). Costa (2003, p. 183) define plano de marketing como “como um mapa, onde ele mostra à empresa como ela está indo, aonde ela deve ir e como chegar lá”. “O plano (produto do planejamento) é um curso de ação, onde se estabelece quem fará o que, onde, como e por que para atingir os objetivos. Todo e qualquer plano é retratado formalmente através de um documento”. (COSTA, 2003, p. 183). Westwood (1996, p. 239) enfatiza que “o plano escrito só deve conter as informações chaves que precisam ser comunicadas. Elas devem ser claras e concisas, sendo que detalhes irrelevantes ou excessivos precisam ser excluídos”. O plano de marketing define os objetivos de marketing e apresenta estratégias para alcançar estes objetivos. O plano de marketing vem a ser uma 20 ferramenta de comunicação que concilia todos os elementos do composto de marketing num plano de ação coordenada (COSTA, 2003, p.183). O plano de marketing possui uma importância fundamental no contexto do marketing empresarial, dentre os produtos de marketing ele tem função primordial, como diz Kotler: “O plano de marketing é um dos produtos mais importantes no processo de marketing.” (KOTLER, 1998, P.100). Assim é fundamental que as empresas no contexto globalizado assumam a responsabilidade da concepção de um plano de marketing para identificar boas alternativas e possibilidades para a organização, de acordo com Cobra: “Um plano de marketing identifica as oportunidades que podem gerar bons resultados para a organização, mostrando como penetrar com sucesso para obter as posições desejadas nos mercados.” (COBRA, 1992. p57). Semenik e Bamossy (1995, p.55) chamam a atenção na hora da escolha de um modelo de plano de marketing, pois, acreditam que, independente do formato adotado, é importante que um plano focalize os esforços de marketing da empresa num mercado-alvo bem definido e que considere os efeitos do ambiente externo. É uma ferramenta que traz vantagens em relação aos concorrentes e benefícios internos para a organização, no momento em que é bem executado. O plano irá trazer para a empresa benefícios visíveis, pois ele criará um ambiente mais criativo e fará o marketing e suas ferramentas agirem de forma sinérgica para a concepção os objetivos empresariais, como diz Flosi: “Um bom plano desenvolverá um caminho mais criativo e coordenará todas as ferramentas do marketing e ainda pode avaliar estratégias alternativas, inclusive em situações de crise, estabelecendo cronogramas com datas e prazos de inicio e fim.” (FLOSI, 2001, p.23). Os benefícios estão relacionados às motivações internas que fazem com que as organizações utilizem no seu cotidiano um plano de marketing. Entretanto, há também benfeitorias externas que a empresa pode obter com a adoção de um plano de marketing, como convencer investidores a fornecer fundos para a empresa, podendo assim, alavancar novos negócios, como as parcerias. 21 Para tal, o plano de marketing não deve ser visto como um documento que se limita a relatar fatos e sim como algo que fornece razões sólidas, justificativas convincentes e projeções de resultados desafiadores (Jones, 2005, p.86). As vantagens de possuir um plano de marketing estão explicita para todas as empresas, pois é uma ferramenta que expõe detalhes das funções gerenciais, de quais decisões tomarão, quais ações implementadas, quanto tempo necessário para a realização e os recursos que serão utilizados, visto que o plano, como diz Rocha e Christensen, “é o documento formal que descreve, em maior ou menor grau de detalhe, estas ações, seus tempos de realização e os recursos necessários” (ROCHA e CHRISTENSEN, 1992, p.318). Las Casas (2006, p.20) afirma que o plano de marketing é fundamental para uma empresa, sendo o plano o resultado do processo de planejamento. O planejamento passa a tomar forma no momento em que a empresa escreve o plano. “Por isso mesmo, diz – se que um bom plano não valida uma idéia de marketing, mais uma boa idéia de marketing é validada com um bom plano. Ele é usado para concretizar, a imaginação e inovação”. Ikeda (2005, p.86) destaca as vantagens de ter um plano de marketing de forma escrita ela aponta que: torna a comunicação e o entendimento pelos envolvidos de forma mais fácil, serve como um guia para controle e acompanhamento administrativo, possibilita a melhor visualização dos problemas e oportunidades e facilidade para instrução e orientação interna. Costa (2003, p. 184), nesta mesma linha de considerações, aponta também as vantagens de um plano de marketing: Um plano de marketing pode ajudar muito um administrador porque tem uma estrutura formal e assim, além de ser escrito, proporciona condições para uma análise cuidadosa, disciplina o pensamento, define claramente os objetivos, explicita responsabilidades de execução e enfatiza fatores – chaves para o sucesso. 22 Além dos aspectos mencionados pelos autores acima, Las Casas (2006, p. 20) identifica que o plano de marketing possui um aspecto motivacional. Ele defende o seguinte: “Quando a empresa envolve os funcionários em sua elaboração, há um senso de participação nos resultados, e cada um deles poderá ser mais responsável na implantação”. De acordo com Sarquis (2003, p. 100) “os componentes da estrutura de um plano de marketing podem variar de uma empresa para outra, porém o processo de planejamento e a estrutura básica do plano final geralmente não mudam muito”. Sarquis (2003, p.100) destaca ainda que uma pequena empresa não tenha a necessidade de possuir um plano de marketing tão complexo e detalhado como de uma empresa maior, um documento de duas a quatro páginas contento as informações necessárias, canais de venda e serviços, etc. A análise concorrencial da indústria em que a empresa está inserida é um ponto muito importante para a tomada de decisão. Informações sobre o pensamento, as metas e objetivos dos concorrentes, são de grande valia na tomada de decisão estratégica na empresa, podendo enxergar oportunidades não encontradas anteriormente e visualizar também os pontos fracos e ameaças antes de tornarem-se problemas para evitar cair em crises que afetem o desempenho de longo prazo da organização. Concordando com Flosi: “O plano tem como meta a análise da situação da sua concorrência, sabendo o que fazem os seus concorrentes e, com isso, visualizar em perspectiva um futuro potencial de seus serviços. Podemos identificar problemas antes que eles aconteçam e desviar-nos de obstáculos que por ventura venham a se colocar em nossos caminhos.” (FLOSI, 2001, p.22) O plano de marketing está inserido no planejamento estratégico da empresa, então, se deduz a importância que o plano de marketing tem em detalhar o negócio e as estratégias que serão utilizadas pela empresa, como diz Kotler: “O plano de marketing é um dos produtos mais importantes do processo de marketing”. (KOTLER, 1998, P.105). Além de participar ativamente da construção do processo de marketing nas organizações, o plano de marketing desenvolve um ambiente e uma capacidade para que as unidades de negocio consigam atingir as suas metas desde que sejam 23 implementados individualmente pelas unidades de negocio, como diz Kotler: “Cada nível de produto dentro de uma unidade de negocio deve desenvolver um plano de marketing para atingir suas metas.” (KOTLER, 1998, P.105). Assim quando o planejamento de marketing está pautado nas melhores estratégias vigentes para o marketing, e está armado com um bom plano de marketing como ferramenta, com todos os detalhes envolvendo o negocio, os produtos, as metas, os objetivos e a marca, infalivelmente atingirá os objetivos propostos pelos gestores no momento de concepção do planejamento geral da empresa, como diz Kotler: “O planejamento de marketing implica em escolher as estratégias de marketing que ajudarão a empresa a atingir seus objetivos estratégicos gerais. É necessário um plano de marketing detalhado para cada negócio, produto e marca.” (KOTLER e ARMSTRONG, 2003, p. 49). Kotler (2005, p. 45) analisou no decorrer da sua vida, vários planos de marketing, e argumenta que os profissionais que o confeccionam cometem muitos erros, uma vez que os objetivos e os orçamentos são impraticáveis além dos planos estarem repletos de cifras do passado com controles inadequados. Vale destacar também uma observação feita por Campomar (1977, p. 55) que sugere que os objetivos devem ser específicos, mensuráveis, realísticos, desafiadores, harmoniosos e estabelecidos de comum acordo entre a administração e os responsáveis por seus atingimentos. A pesquisa (KOTLER, 2005, p. 45) mostrou que um número pequeno de empresas inclui no plano os programas de ação para o marketing mix ou faz a previsão das estratégias de seus competidores. Percebeu também que não há uma integração entre o conteúdo do plano e os seus benefícios. A função primordial do plano de marketing é demonstrar a empresa as melhores formas possíveis de estar inserida no contexto do mercado e fornecer as melhores maneiras para competir, buscando criar novas ferramentas e estratégias, evitando cair no erro de preocupar-se apenas com o aporte financeiro, analisando conforme Gracioso: 24 “O plano existe apenas para ajudar-nos a encontrar a melhor maneira possível de competir no mercado. Em si mesmo, deve ser considerado como uma oportunidade de criarmos algo novo (no caso uma nova maneira de competir), e não uma mera coletânea de fatos e cifras sem sentido e sem vida” (GRACIOSO, 1998, p.96) Escolher redigir um plano de marketing é determinar a direção que será tomada pela organização, é buscar evitar que mudanças no ambiente externo façam com que a empresa seja levada para caminhos que não sejam propícios para o desenvolvimento e realização de seus objetivos. Dias deixa bem claro: “Uma razão para escrever um plano de marketing é escolher a direção que se pretende seguir, em vez de ser levado pela corrente”. (DIAS, 2005, p.480). Os planos irão desempenhar um diagnóstico detalhado sobre a situação da empresa, onde serão realizados estudos sobre o comportamento do ambiente organizacional em que a empresa está inserida fornecendo ações detalhadas para a realização das metas e objetivos concisos, deduzindo os fatos e as analises para descrever afirmações congruentes que impulsione a empresa, novamente Dias: “Os melhores planos de marketing fornecerão análises profundas como base de conclusões sólidas. Dessa base solida, o plano de marketing fornece objetivos e ações detalhados. Os argumentos devem ser racionais e razoáveis, baseados em fatos e análises. O plano deve mostrar a lógica que leva uma questão de mercado particular a uma ação prática e a um objetivo lucrativo.” (DIAS, 2005, p.479) Apesar de um plano de marketing auxiliar as empresas a lidar melhor com o aumento na turbulência no ambiente, com a concorrência mais intensa e com o aumento de mudanças tecnológicas, existem muitas complexidades envolvidas no processo de sua elaboração e implementação. A proposta geral do planejamento de marketing, e também seu foco principal é a identificação e a criação de uma vantagem competitiva (MCDONALD, 1992b, p.85). Independentemente do tamanho da empresa, a contribuição do marketing para o sucesso reside na análise das oportunidades futuras de forma a satisfazer necessidades bem definidas. Isso significa que produtos e serviços precisam fornecer os benefícios buscados pelos clientes de um modo superior ao da concorrência. O planejamento de marketing é simplesmente uma série de atividades em uma seqüência lógica que leva ao estabelecimento dos objetivos de marketing e à 25 formulação de planos para alcançá-los. As empresas em geral atravessam algum tipo de processo gerencial ao desenvolverem seus planos de marketing. Em empresas pequenas e não diversificadas esse processo é em geral informal, enquanto que em empresas maiores e mais diversificadas, ele é formalmente sistematizado. Além de auxiliar a organização a lidar com o aumento da turbulência e da complexidade no ambiente, com as pressões mais intensas da concorrência e com as rápidas mudanças tecnológicas, um plano de marketing é geralmente aceito como sendo útil para a empresa para desempenhar as seguintes atividades: auxiliar a identificar a fonte de vantagem competitiva, instaurar uma abordagem organizada ao desenvolvimento do negócio, desenvolver especificidades, clarificar os papéis e melhorar a coordenação, assegurar relacionamentos consistentes, informar, fornecer um contexto para suas contribuições, monitorar o progresso, obter recursos, estabelecer objetivos e estratégicas, conseguir comprometimento (MCDONALD, 1992, p. 215). Um plano de marketing eficaz irá servir como base para o planejamento estratégico do ano posterior, pois irá mostrar todos os fatos, ações e projetos que deram certo e também os que não deram certo, avaliando os seus procedimentos e avaliações estratégicas, buscando o aumento da competitividade através da manutenção das boas praticas e reforma das políticas que deram errado, como diz Dias: “O plano de marketing pode direcionar o planejamento do ano seguinte. Ele fornece um padrão de referencia por meio do qual se pode reavaliar e revisar o marketing da empresa, que poderá, então, estar sempre atual e competitivo, consolidando o que funcionou bem e mudando as estratégias que apresentaram desempenho insatisfatório.” (DIAS, 2005, p.477) Sempre buscando evitar o erro estratégico, como retaliações indevidas a movimentos ameaçadores. Estando atentas aos sinais de mercado captados, construindo uma forma genérica que possa ser seguida num contexto previsível, como esclarece Dias: “Um plano de marketing deve evitar respostas indevidas às ações dos concorrentes. Deve fornecer um direcionamento que possa ser seguido sempre com confiança, com exceção das circunstâncias mais radicais e imprevisíveis’. (DIAS, 2005, p.477) 26 O plano de trabalho que pode ser retirado de um plano de marketing pode ser tornar uma ferramenta altamente eficaz se bem utilizada, pois norteará as ações especificas de marketing de acordo com os objetivos empresarias adotados nos diversos planejamentos realizados pelos gestores. Assim, de acordo com Skacel: “O maior valor do plano de marketing bem concebido seja de equipar você com um plano de trabalho que aponte os resultados específicos e determine como eles podem ser obtidos.”. (SKACEL, 1992, p.11). Os benefícios do planejamento de marketing estão bem documentados, conforme mostrado anteriormente, levando a melhores práticas de marketing, tais como: servir os melhores clientes-alvo, vencer a concorrência, conhecer o desenvolvimento do mercado, maximizar os retornos, usar os recursos para obter vantagens, minimizar as ameaças, reconhecer as forças e as fraquezas da organização (Simkin, 1996, p.135). 27 2. CONSTRUINDO O PLANO DE MARKETING 2.1. COMO FAZER O PLANO? A construção de um plano de marketing não é feita de forma linear, não existe uma receita pronta como se fosse um bolo a ser preparado, porém o plano de marketing deve atentar a algumas recomendações gerais para ser bem executado. O marketing possui interseções com diversas áreas da organização, pois possui uma capacidade de adaptar os seus objetivos aos objetivos da empresa facilmente, neste contexto que podemos enxergar o plano de marketing como um produto estratégico, pois um bom plano de marketing quando é desenvolvido expõe varias informações que podem ser úteis para o planejamento da empresa, influenciando as decisões tomadas na estratégia de marketing da empresa. Conforme exposto por Dias: “O plano de marketing é um produto estratégico. A sua elaboração constitui uma contribuição valiosa para a estratégia de marketing de uma empresa. [...] É por meio dessa atividade que diversos fatores são considerados e sintetizados, alternativas são avaliadas e decisões são tomadas” (DIAS, 2005, p.476). Os responsáveis pelo planejamento são influenciados pelo plano de marketing a concretizarem suas idéias, conclusões e fatos encontrados de modo que fique formalizado de uma forma objetiva que possa ser aplicado pelos outros funcionários responsáveis pela consolidação do plano de marketing, que se mostra como alicerce do planejamento estratégico da empresa devido a sua capacidade de absorção das informações disponíveis no mercado e analisando toda a sua cadeia produtiva de bem ou serviço para adequar com as necessidades do mercado, consta em Cobra: “O plano de marketing disciplina o planejador a colocar suas idéias, fatos e conclusões de uma maneira lógica que pode ser seguidos por outros. O plano de marketing é à base do plano estratégico, pois determina, através de estudos de mercado, até mesmo o que, como e quando será produzido um bem, serviço ou idéia para a posterior venda a indivíduos ou grupos.” (COBRA, 1992. p58). Na construção do plano estratégico global da empresa o plano de marketing exerce uma forte influencia, pois ele municia os gestores com informações e “planos 28 mais específicos e detalhados” posicionando-se como um intermediário entre os objetivos traçados no planejamento estratégico global da empresa e as funções das ferramentas de marketing, consta em Dias: “O plano de marketing é uma parte crucial do plano de negócios global da empresa e fornece à diretoria planos mais específicos e detalhados, como publicidade e compra de espaço em meios de comunicação. O escopo do plano de marketing ocupa uma posição intermediaria entre o objetivo amplo de um plano de negócios e o restrito de cada ferramenta de marketing.” (DIAS, 2005, p.476) A redação de um plano de marketing é construir um documento que possua a capacidade de criar um mapa para proporcionar a empresa formulas de sucesso para seus produtos e serviços, contornado problemas e criando alternativas aos desafios propostos pelo mercado competitivo. Sempre em sintonia com o com planejamento global, de acordo com Las Casas: “o plano de marketing estabelece objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico geral da empresa”. (LAS CASAS, 2001, p. 18). O plano de marketing é um fragmento do plano de marketing global da empresa, a soma de vários pequenos planos de marketing setoriais, de produtos, de marcas ou de serviços se aglutinará para formar o planejamento de marketing global da empresa e alem disso irá tornar-se parte crucial do planejamento estratégico empresarial global, como diz Westwood: “Um plano de marketing é um documento que formula um plano para comercializar produtos e/ou serviços. O plano de marketing global da companhia pode ser composto a partir de uma série de planos de marketing menores para produtos ou áreas individuais.”. (WESTWOOD, 1996, p. 19) O sucesso em marketing é algo almejado por todas as empresas que possuem um investimento na área de marketing. Para isso, existem vários fatores que colaboram para o sucesso da área de marketing de uma empresa, o plano de marketing é um desses fatores que se bem implementados tornar-se-ão um conceito chave para o êxito do processo de marketing da empresa, pois o plano de marketing tem a capacidade de nortear os esforços da organização, sobretudo do setor de marketing. 29 Conforme salienta Skacel “Um plano de marketing que identifique estratégias e responsabilidades para implementar programas de ação a fim de conseguir os resultados almejados é um dos ingredientes fundamentais para o sucesso em marketing”. (SAKEL, 1992 p.08) 2.2. DESENVOLVENDO O PLANO Um plano de marketing deve ser bem desenvolvido e completo. Às vezes é necessária a verificação do plano após cada etapa concluída do processo de confecção do plano. Antes de passar para uma etapa seguinte deve ser revisada a etapa anterior a fim de não permitir a passagem de informações incorretas, que maculariam o plano de marketing como um todo. Este processo repetitivo garante que o plano de marketing tenha um papel importante e seja composto de processos valiosos que contribuirão para o desenvolvimento da estratégia da empresa. Isto ajuda o plano de marketing a se tornar mais sólido e conciso, por estar sempre analisando a veracidade e utilidade das informações apresentadas. Como consta em Dias: “O desenvolvimento de uma parte do plano de marketing pode levantar questões que requeiram a revisão de seções precedentes do plano, o que pode parecer um retrocesso, mas apenas se pensarmos que um plano de marketing deve ser um processo linear. Na preparação do plano de marketing cada parte é bem desenvolvida, razoável e coordenada com as outras partes do plano” (DIAS, 2005, p.481) O plano de marketing não são todos iguais. Cada plano de marketing é único e possuem finalidades distintas, porém todos devem possuir algumas seções básicas que tratem de sete pontos específicos: 1. Páginas de apresentação; 2. Descrição da situação atual do mercado de uma forma generalizada; 30 3. Objetivos; 4. Estratégias; 5. Implementação; 6. Análises; 7. Resumos. Um plano costuma ser desenvolvido em uma ordem inversa ao que é apresentado. A forma que ele é escrito não é composta linearmente como o sumário costuma apresentar. Por exemplo apresenta Dias: “Apesar de os apêndices serem apresentados ao final, neles estão os dados e analises que devem ser utilizados no inicio do processo. O resumo executivo é apresentado em primeiro lugar, mas reúne detalhes que só podem ser conhecidos depois que o plano inteiro tiver sido preparado. Assim, apesar de as paginas de apresentação serem o primeiro item que compõe o plano de marketing, elas serão vistas por ultimo. Do mesmo modo, as analises serão a primeira seção a ser vista, em vez da penúltima.” (DIAS, 2005, p.482) Portanto pode-se utilizar um passo a passo para facilitar a confecção do plano de marketing. Todavia o plano não é uma receita de bolo, que sempre que for seguida criará um plano de marketing bem sucedido, pois cada organização é única, com seus problemas e dificuldades, além de vantagens competitivas que variam de organização para organização. Por isso este é um roteiro adaptável. 2.2.1. ANÁLISES É o primeiro passo a ser realizado no plano de marketing. Deve-se fazer a análise do ultimo plano de marketing que foi confeccionado, realizar uma revisão do plano de marketing anterior e responder, como encontramos em Dias, se: “A equipe de marketing atingiu os objetivos definidos no plano? Por quê? A estratégia básica ainda é adequada ou precisa ser ajustada às condições 31 de mercado atuais ou aos recursos da companhia? O plano foi verdadeiramente seguido? Por quê? Quais foram os fatores que contribuíram para o fracasso?” (DIAS, 2005, p.482) A revisão do plano não é garantia de obtenção de todas estas respostas. Por isso é primordial, realizar o plano atual respondendo de acordo com a situação atual. A coleta de dados históricos da época do plano anterior e a também coleta de dados da situação atual, devem ser realizadas e analisadas para que haja uma compreensão e entendimento da situação atual do mercado e o posicionamento da empresa no mesmo mercado. O histórico da empresa e do produto, quando analisadas, mostra as dificuldades que já foram enfrentadas pela empresa e pelos produtos, facilitando a compreensão da formação atual e de interpretação mais fiel a possíveis vícios, dificuldades ou problemas enfrentados pela empresa. “Apesar de haver muitas ferramentas e assuntos que podem ser considerados, todos os planos de marketing devem, pelo menos, considerar o produto e a empresa, a concorrência e os consumidores.” (DIAS, 2005, p.482) Assim temos o entendimento de que além de mostrar dados e os seus significados, e análise “significa tornar úteis as informações disponíveis.” (DIAS, 2005, p.482) Não apenas coletando e relatando informações, é desejável que haja uma reflexão sobre as informações e que seja revelado o significado destes dados para a empresa. A análise não é responsável para apenas mostrar e apresentar fatos e dados, mas sim explicar por que e em que eles são importantes. Assim consta em Dias: “As informações reunidas e as análises que as tornam úteis devem ser incluídas nos apêndices do plano de marketing. A inclusão dessas informações no apêndice não significa que elas não são importantes; na verdade, elas formam a base para o plano inteiro. As análises são as justificativas racionais para todas as decisões de marketing subseqüentes.” (DIAS, 2005, p.482-483) 32 Por isso o fato de realizar as análises logo quando se começa a construir o plano de marketing é fundamental, pois irá facilitar o andamento da construção do plano de marketing por fornecer muitos dados importantes e demonstrar como a organização deve agir. 2.2.2. DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO DO MERCADO Após inserir as analises e os dados do mercado, são importantes também a inclusão das “Questões-chave são também resumidas na seção do relatório que trata da situação atual do mercado” (DIAS, 2005, p.482) As informações da situação atual do mercado devem constar no apêndice, para fornecer os dados para aqueles que possuam maior interesse ou um tempo maior para analisá-los. Porém para a maioria dos leitores do plano de marketing será necessário apenas um resumo geral da situação. Deve ser um texto resumido e consiso, escrito de uma maneira bastante clara para que não haja a necessidade de o leitor consultar o apêndice em busca de entender a situação do mercado. Assim é essencial a uma visão resumida da analise do mercado, para fornecer uma visão holística da situação atual do mercado incluindo detalhes sobre as questões prioritárias para a empresa. Encontramos em Dias: “A redução de todos os dados coletados e das análises em apenas uma seção requer a capacidade de focalizar, sintetizar e estabelecer prioridades. Esta é a razão pela qual este é um processo valioso. Uma coisa é coletar e analisar informações isoladas, mas o ato de sumarizá-las numa unidade coesa obriga a equipe de marketing a aprofundar sua analise geral.” (DIAS, 2005, p.483) Além de tomar todos os cuidados com a exposição dos dados, a equipe de marketing deve ter o pleno cuidado na hora de descrever a situação atual do mercado, pois é nesta fase que começa o trabalho de persuasão do plano de marketing. As estratégias e os objetivos devem emergir da situação atual do 33 mercado, então deve encontrar a fundamentação lógica neste resumo que justifique a adoção destas estratégias e objetivos. Esta seção fornece a base em que o resto do plano será lido, a partir da leitura da situação atual de mercado é que será avaliado o plano de marketing, sabendo-se as dificuldades que serão encontradas para a sua implementação e o apoio dos outros setores da empresa. 2.2.3. OBJETIVOS Após realizar a análise e descrição da situação do mercado, a equipe de marketing deverá decidir-se de como irá reagir a ela. Assim nesta etapa serão desenvolvidos os objetivos do plano de marketing. Os objetivos do plano de marketing devem ser sempre relacionados aos lucros da organização, exceto nas organizações não governamentais ou públicas. Mas deve-se sempre focar a lucratividade, pois para a implementação do plano de marketing o setor de marketing deve persuadir a alta gerencia e os acionistas, então tratando-se do lucro, por meio dos objetivos do plano de marketing. A elaboração de objetivos claros e concisos, irá aumentar o grau de persuasão do plano de marketing, pois ficará bastante explicito os retornos que o plano de marketing irá proporcionar para as empresas, tornando o plano de marketing mais confiável passando segurança para a alta gerencia e para os acionistas. No plano de marketing, os objetivos, irão mostrar a maneira que o marketing contribuirá com o resultado da empresa, expondo ao leitor a participação do marketing nos lucros da organização. Temos como exemplo de objetivos de marketing, como podemos ver em Dias: “O aumento da participação de mercado, a redução de despesas, o aumento de vendas, ou ainda mais especificamente, a atração de novos consumidores de um segmento especifico de mercado, o aumento da 34 experimentação do produto, o aumento da lembrança da marca, entre outros” (DIAS, 2005, p.484) Os melhores objetivos que podem ser escolhidos pela equipe de marketing, são os objetivos que podem ser mensurados e que são específicos, como “aumento de 15% das vendas” do que “aumentar as vendas”, “crescimento de 15% no mercado alvo” do que “crescer na participação no mercado alvo”. Assim os objetivos estarão sempre focados nos resultados, isso é essencial, pois quando os objetivos focam nos processos, existe o risco de não atingir as metas propostas pela falta de foco nos resultados, portanto é essencial que os objetivos estejam focalizados nos resultados e não nos processos, evitando, conforme Dias: “Aumentar a lembrança da marca em 50%” é bem melhor do que “45 comerciais de televisão no horário nobre”. Encontramos ainda em Dias: “Os objetivos podem ter de ser revisados e reescritos muitas vezes no processo de elaboração de um plano de marketing. Objetivos que pareciam razoáveis hipoteticamente podem ter de ser revisados quando as limitações de orçamento são consideradas. Ou, ainda melhor, as estratégias podem ser tão fortes que os objetivos iniciais parecem fáceis e podem ser revisados para aumentar o desafio. Em qualquer um dos casos, apenas escrever os objetivos não quer dizer que essa seção do plano de marketing esteja concluída” (DIAS, 2005, p.485) O plano de marketing é um processo que é revisado e até mesmo refeito varias vezes, antes de ser concluído, com a seção dos objetivos, isso também é muito importante por que os objetivos podem precisar ser escritos e reescritos a medida que o restante do plano é desenvolvido. 2.2.4. ESTRATÉGIAS As estratégias estão bem próximas dos objetivos do plano de marketing. Na seção “estratégias” a equipe de marketing vai tratar das formas de alcançar e atingir os objetivos do plano, analisando todas as maneiras disponíveis, aliando ao estudo do custo de todas as variáveis estratégicas. 35 As estratégias é uma forma de a empresa fazer escolhas, de uma forma quase que ilimitada de possibilidades, optando sempre pela estratégia que será mais eficaz para a empresa, realizando a analise de custo-benefício, no momento em que o plano é realizado e concluído. Da mesma forma que os objetivos, as estratégias podem ser revisadas e reescritas várias e várias vezes enquanto o plano de marketing é construído. Na formulação das estratégias devem ser verificados os custos e os benefícios. Lembrando que cada mudança no plano de marketing desencadeará mudanças em outras partes do plano. “A equipe de marketing pode até ter de voltar aos dados e as análises iniciais para determinar qual combinação estratégica é adequada para atingir os objetivos desejados.” (DIAS, 2005, p. 485) Em outro ponto resume Dias: “É importante não ter pressa na elaboração da estratégia do plano de marketing, mas utilizar esse processo para desenvolver situações criativas e avaliar alternativas. As melhores estratégias, provavelmente, não serão as primeiras colocadas no papel. As que formarão a estrutura do plano final serão aquelas que destacarem as forças do produto, enfrentarem efetivamente a concorrência, atenderam às necessidades do público-alvo e derem lucro para a empresa, com um investimento razoável de dinheiro e esforço. O desenvolvimento de estratégias que fazem tudo isso exige muita reflexão e imaginação criativa. ” (DIAS, 2005, p.485) Utilizando-se das varias ferramentas de marketing disponíveis, realizando análises e traçando metas e planos de ação para alcançar os objetivos propostos e construir um plano de marketing sólido e eficiente. Os esforços do departamento de marketing devem ser dirigidos de acordo com as estratégias e objetivos gerais da empresa para que aja uma sintonia entre as ações da empresa e um entrosamento dos departamentos, isto pode ser proporcionado pelo plano de marketing, que proporciona fragmentos discursivos e coerentes com os detalhes das responsabilidades de marketing, conforme Dias: “O plano de marketing possui partes dedicadas aos objetivos e às estratégias gerais que podem guiar os esforços de marketing. Isso fornece à equipe um sentido lógico e racional para as suas atividades. O plano de marketing também contém detalhes específicos para cada uma das principais responsabilidades de marketing: produto, preço, [ponto de] distribuição e promoção (também conhecidos como os 4 Ps)” (DIAS, 2005, p.477) 36 O produto é o bem físico ou o serviço que vendemos, o conceito de produto é algo mais amplo que um objeto em si (a embalagem ou empacotamento, os serviços pós-venda, etc). Para alguns produtos isto é muito mais importante que o produto em si por mais paradoxal que pareça: no mercado dos perfumes, a embalagem e a marca têm muito mais importância que o perfume. O produto é uma série de serviços reunidos dentro de um nome que se identifica como produto. O preço é o custo ao público ou preço de venda. O preço é um dos fatores chaves para a venda de um produto, porém não é o único e não é o determinante na maioria dos casos. Embora, isto pareça uma contradição com o sentido comum, comprovamos com muitos produtos e serviços de diferentes ramos. E para comprová-lo só há que olhar as estatísticas de produtos mais vendidos: quase nunca aparece como mais vendido o menos custoso. A promoção é a publicidade que façamos para vender o produto. O ponto de distribuição (ou praça) é o lugar onde vendemos o produto. Muitas vezes, e é recomendável, antes de abrir uma empresa fazer um estudo de mercado da zona onde se pretende abrir o negócio. Além disso as estratégias relacionam-se com os canais por meio dos quais a posse dos produtos é transferida do produtor para o consumidor e, em muitos casos, os meios pelos quais as mercadorias são transportadas de onde são fabricadas ao local onde são compradas pelo consumidor final. Já Promoção são as estratégias necessárias para se combinar métodos individuais, como publicidade, venda pessoal e promoção de vendas em uma campanha coordenada. Além disso, as estratégias promocionais devem ser ajustadas quando um produto se move dos estágios iniciais de vida para os finais. As decisões estratégicas também devem ser tomadas com relação a cada método individual de promoção. Finalizando encontramos em Dias: “As estratégias podem precisar ser trabalhadas e retrabalhadas. Cada uma afetará as outras; então, elas devem ser coordenadas para serem mais efetivas. Elas devem também se ocupar da situação de mercado atual e responder às descobertas realizadas nas pesquisas. As opções devem ser 37 avaliadas utilizando cenários otimistas e pessimistas, considerando condições de mercado distintas e as reações dos concorrentes.” (DIAS, 2005, p.486) 2.2.5. IMPLEMENTAÇÃO “A seção de implementação de um plano de marketing serve como um roteiro de ação no plano terminado e como um “teste de realidade” no processo.” (DIAS, 2005, p.486) A equipe de marketing poderá saber quem são os responsáveis pelos objetivos, os responsáveis pelas estratégias, será um guia de ação que mostrará os responsáveis, os prazos e os recursos disponíveis. Quando é escrita uma seção no plano chamada de “teste de realidade”, é responsável por esclarecer os problemas das estratégias. Como definir um prazo para as estratégias que serão seguidas, detalhar um orçamento para a execução das atividades propostas pela estratégia, analisando se haverá a necessidade de reduzir ou excluir as atividades designadas na estratégia. A parte responsável pela implementação deve possuir uma seção tratando do orçamento e outra seção referente aos recursos humanos utilizados. “A parte do orçamento deve apresentar os custos e benefícios em termos financeiros. Cada atividade deve estar ligada ao seu custo estimado.” (DIAS, 2005, p. 487) Assim nessa seção deve constar o custo estimado e uma previsão de vendas geral, mostrando a analise do ponto de equilíbrio, para os cenários otimistas e pessimistas, associando com a projeção para lucros ou perdas. Analisando os recursos humanos na seção de implementação do plano, “a seção do plano que trata da implementação deve identificar pessoas ou departamentos que serão responsáveis por atuar nas estratégias e alcançar os objetivos” (DIAS, 2005, p.487) Esta seção, deve ser designadas através de datas, que produzirá um cronograma que orientará aos colaboradores em que prazo deve concluir as atividades. “O fundamental é que cada estratégia do plano seja 38 desmembrada em atividades e que cada atividade tenha um orçamento, profissional responsável e um prazo.” (DIAS, 2005, p.487) “Os planos de marketing não produzirão um tostão enquanto não forem implementados” (KOTLER, 2003, p176). É de fundamental importância a real implementação do plano de marketing, não apenas o seu desenvolvimento, o fato de realizar um plano de marketing pode até ser benéfico por analisar o contexto empresarial que a organização está inserida, porém o mesmo precisa sair do papel para que possa obter os retornos desejados, e após a implementação ele deve ser seguido diariamente até o finado prazo estabelecido no plano, e não apenas por alguns meses como pode ocorrer com algumas empresas. Como explana novamente Kotler e Armstrong (2007, p.49), “A implementação de marketing é o processo que transforma os planos de marketing em ações, para que os objetivos estratégicos sejam atingidos. Ela envolve atividades diárias e mensais que efetivamente colocam o plano de marketing para funcionar.” Apesar de um plano de marketing auxiliar as empresas a lidar com o aumento na turbulência, com a complexidade ambiental, com a concorrência mais intensa e com o aumento de mudanças tecnológicas, ele está sujeito a muitas complexidades durante o processo de elaboração e implementação. Em geral, os textos prescritivos sobre o planejamento de marketing descrevem o processo em termos de análises ambientais, estabelecimento de objetivos, e assim em diante, com poucos pensamentos dados para as questões contextuais que afetam o processo. Para McDonald (1992b), as abordagens simplistas de muitos autores, que não abordam adequadamente as questões contextuais (como cultura da empresa, internacionalização, diversidade, taxa de crescimento do mercado, mudanças tecnológicas), fazem com que muito poucas empresas façam planejamento de marketing, e menos empresas ainda o façam bem. Walker, Boyd e Larréché (1996, p.144) acreditam que quatro conjuntos de variáveis internas afetam a habilidade de um negócio em implementar suas estratégias, a saber: o ajuste entre as estratégias de marketing perseguidas em 39 determinados mercados e as estratégias corporativas da empresa, os relacionamentos administrativos entre as unidades de negócio e as matrizes da corporação, a estrutura organizacional das unidades de negócio e seus mecanismos de coordenação, e o conteúdo do plano de marketing para cada mercado. Para David (2002, p. 208), a principal ameaça para a implementação bem sucedida de uma estratégia é a resistência à mudança. A resistência pode surgir na forma de sabotagem de máquinas, faltas ao trabalho e falta de vontade de cooperar. As pessoas geralmente resistem à implementação da estratégia por não compreenderem o motivo das mudanças. Neste caso, a comunicação interna mais adequada poderia resolver o problema. McDonald (1992b, p.86) apresenta dez principais razões para as falhas na implementação de planos de marketing: confusão entre táticas e estratégias de marketing, isolamento da função de marketing das operações, confusão entre a função de marketing e o conceito de marketing, barreiras organizacionais, falta de análises aprofundadas, confusão entre processo e resultado do processo, falta de conhecimento e habilidades, falta de uma abordagem sistemática para o planejamento de marketing, dificuldade em priorizar objetivos e presença de culturas organizacionais hostis. McDonald (1992b, p.85) acredita que a preocupação em preparar um plano detalhado para um ano é típica para muitas empresas que confundem previsão de vendas e orçamento com planejamento estratégico de marketing. Para esse autor, a regra a ser seguida para melhorar um plano de marketing é simples: desenvolver primeiro o plano estratégico de marketing, colocando ênfase na avaliação do ambiente externo, identificando as oportunidades que emanam dele, e desenvolver respostas estratégicas apropriadas, envolvendo todos os níveis gerenciais no processo. Dessa forma, um plano estratégico deveria cobrir um período entre três e cinco anos, e apenas após o seu desenvolvimento um plano de marketing operacional de um ano seria elaborado. Uma das causas mais comuns da falha do planejamento de marketing é a crença de que o marketing é algo que as pessoas fazem em seus escritórios, 40 quando, na verdade, as atividades de marketing podem estar dispersas na organização (MCDONALD, 1992b, p. 86). Essa situação tem uma forte relação com a falta de compreensão sobre o que o marketing realmente faz. Em relação às barreiras organizacionais que dificultam a implementação de planos de marketing, McDonald (1992b, p. 87) ressalta que a organização típica é aquela baseada em funções corporativas, como recursos humanos, finanças, produção, distribuição, operações e marketing. Enquanto as razões tradicionais para se ter este tipo de organização são claras, pode ser muito difícil fazer as pessoas na empresa a subjugar suas próprias metas para buscar uma meta mais ampla de satisfazer o cliente. Esse é o papel da alta gerência, muito relacionado com a cultura corporativa. Para esse autor, a empresa deveria ser organizada em torno de grupos de clientes, em vez de atividades funcionais; e o planejamento de marketing deveria ser feito para cada uma dessas unidades de clientes. Com respeito à falta de análises aprofundadas, até mesmo nas empresas mais respeitadas existe uma reclamação quanto ao fato de faltarem informações adequadas para a realização de análises. Porém, o caso pode justamente ser o contrário: excesso de informação. Para McDonald (1992b, p. 86), o que falta é uma análise mais adequada das informações disponíveis. Retomando a questão dos problemas na implementação dos planos de marketing, a falta de conhecimento e habilidades é mencionada por McDonald (1992b, p.87). O autor destaca que quando um profissional elabora um plano de marketing sem compreender ao menos alguns dos conceitos e das ferramentas básicas de marketing, a chance de resultar em estratégias baseadas em vantagem competitiva é muito pequena. Além disso, habilidades de comunicação e interpessoais são também pré-requisitos para o sucesso do planejamento de marketing, pois planos excelentes de marketing serão ineficazes a não ser que os responsáveis por sua implementação os compreendam e estejam motivados para a sua concretização. 41 A falta de uma abordagem sistemática para o planejamento de marketing é mais uma barreira à implementação de planos de marketing. De acordo com McDonald (1992b, p.85), as empresas necessitam de diferentes tipos de sistemas de planejamento; desde sistemas informais até sistemas altamente formalizados, com o grau de autonomia no topo ou na base, dependendo do tamanho da organização e do estágio no desenvolvimento. Com exceção de empresas muito pequenas e pouco diversificadas, um sistema de planejamento de marketing é essencial para assegurar que os resultados serão os previstos, devendo haver ao menos alguns padrões básicos para seguir. Por isso, McDonald (1992b, p.88) sugere que é essencial desenvolver um conjunto de procedimentos escritos e um formato bem aceito para o planejamento de marketing, buscando assegurar que todas as questões relevantes sejam sistematicamente consideradas. Segundo McDonald (1992b, p.88), uma outra barreira à implementação de planos é a presença de culturas organizacionais hostis, pois a aceitação de um plano de marketing é fortemente condicionada ao estágio de desenvolvimento de uma organização e de sua cultura corporativa. Portanto, diferentes formas de planejamento podem ser mais apropriadas em diferentes fases da vida de uma empresa. Planejamentos padronizados e formalizados não deveriam ser impostos a organizações sem que haja apoio e participação dos líderes culturais. Essa participação envolve fazer um feedback sobre os resultados dos esforços daqueles que participaram do processo. Para Simkin (2002, p. 103), é preciso que as organizações reconheçam a necessidade de melhorar a comunicação e a coordenação de seus negócios, de forma a assegurar um ajuste melhor entre os planos corporativos e de marketing. Além disso, é preciso que os principais executivos tenham consciência das ferramentas, do processo e dos benefícios do planejamento para poderem fornecer o suporte necessário na tarefa de planejamento. Outro aspecto é a perspectiva de longo prazo que deve permear a elaboração do plano, pois uma posição atual bem sucedida não deve impedir o planejamento para o futuro. 42 O plano de marketing é o documento escrito para guiar a implementação e o controle das atividades de marketing de uma organização (DIBB, 2002, p. 156), ou seja, é o resultado do processo de planejamento. Cobra (1991, p.45) acredita que o plano de marketing é um conjunto de ações táticas de marketing que devem estar atreladas ao planejamento estratégico da empresa. Mais do que um documento estático, ele deve constituir-se em um roteiro dinâmico de procedimentos coerentes com os objetivos estratégicos. Para Campomar (1983, p. 177), o plano de marketing estabelece os objetivos de uma organização para o próximo período de atividades, definindo programas de ação necessários para ao atingimento desses objetivos. Dessa forma, o plano é a consubstanciação do exercício do planejamento formal. 2.2.6. RESUMOS “Os resumos são descrições sintetizadas do plano de marketing que fornecem as informações mais importantes numa seção breve e fácil de ler.” (DIAS, 2995, p 488) Esta seção é feita para que o leitor finalize a leitura em pouco tempo. Se o leitor dispuser de cinco minutos pra lê-la, então o leitor vai conseguir ler o resumo e conhecer o básico do plano de marketing. No resumo que ficará claro a efetividade do plano, eles devem ser bastante completos e de fácil compreensão sem a necessidade de explicações adicionais, pois são frequentemente usados para avaliar ou filtrar o restante do plano, assim se agradar o leitor, ele poderá buscar detalhes referente ao plano. Explica Dias: “Já que a avaliação inicial pode determinar se o restante do plano será lido, é critico que os resumos sejam redigidos para serem coerentes e persuasivos. Devem fornecer os objetivos e as estratégias básicas do plano com os argumentos mais sólidos que os sustentam, os quais devem estar relacionados com os resultados de pesquisa e analises de situação de mercado e explicar por que esse plano vai funcionar nessas condições. Os resumos devem destacar os resultados positivos e lucrativos que são esperados desse plano.” (DIAS, 2005, p.488) 43 Praticamente a última parte do plano de marketing a ser construído é o resumo, pois no resumo todo o trabalho apresentado ao longo do plano de marketing é refinado e concentrado, sendo compreensível para que qualquer pessoa leia e constando de argumentos fortes e deve ser redigido focalizando os resultados positivos. 2.2.7. PÁGINAS DE APRESENTAÇÃO “As páginas de apresentação não fornecem sobre a situação ou estratégia de marketing, mas informações sobre o relatório em si.” (DIAS, 2005, p. 489) As páginas de apresentação fazem parte da seção do plano de marketing que traz informações sobre o relatório em si, ajudando o leitor a entender o conteúdo do plano de marketing e a encontrar o que deseja. Consta de uma folha de rosto e de uma introdução. A folha de rosto será a primeira pagina depois da capa do plano de marketing, e será a primeira coisa que o leitor verá no plano de marketing. A introdução é a primeira seção no corpo do relatório, com o objetivo de especificar o que é ou não abordado nele, fornecer o contexto e explicar ao leitor como o relatório está organizado. “A introdução, a folha de rosto e o índice fornece o objetivo, o contexto e a organização, preparando o leitor para o restante do relatório e ajudando-o a utilizá-lo de maneira eficiente”. (DIAS, 2005, p. 490) 44 3. PROPÓSITOS DE UM PLANO DE MARKETING 3.1. PLANO DE MARKETING COMO ROTEIRO O plano de marketing pode possuir diversas funções. Porém a função mais fundamental para o plano de marketing é quando ele é tratado como roteiro. O plano irá designar para a equipe de marketing e para as outras equipes e envolvidas quais serão os objetivos específicos do marketing durante o período de tempo determinado e as estratégias para alcançá-las. Garantindo a responsabilidade de cada estratégia para cada integrante da equipe de marketing, para que cada um saiba o que deve fazer e que nada deixe de ser feito por causa de alguma crise de responsabilidade (não saber quem deve fazer ou não fazer pensando que outra pessoa seria a responsável por fazer) Dias (2005) expõe que um plano de marketing deve evitar respostas indevidas às ações dos concorrentes, fornecendo um direcionamento que possa ser seguido confiantemente, excetuando-se as situações mais radicais e imprevisíveis. E deve fornecer algumas formas de reagir a acontecimentos inesperados mais cogitados. Encontramos em Dias: “O plano de marketing tem diversas outras funções, por ser estruturado como um roteiro. Uma delas é a transferência de responsabilidades; com um plano escrito, novos funcionários e dirigentes podem rapidamente desempenhar, de maneira satisfatória, suas funções no departamento.” (DIAS, 2005, p. 477) Outra função do plano de marketing estruturado como roteiro é poder direcionar o planejamento do ano seguinte, registrando as estratégias para identificar o que está funcionando ou funcionou e o que deve ser melhorado. Oferecendo um padrão de excelência que irá reavaliar e revisar o marketing da empresa, consolidando o que está bom e mudando as estratégias que apresentaram um desempenho insatisfatório. 45 O plano de marketing pode exercer a função de roteiro para as mais diversas atividades tanto do departamento de marketing como dos outros departamentos que possam ser influenciados por alguma meta ou objetivo do plano, como encontramos em Dias: “A função do roteiro corresponde ao uso mais fundamental do plano de marketing. O plano fornece à equipe de marketing objetivos específicos para serem atingidos e diretrizes de como alcançá-los” (DIAS, 2005, p.477) Além disso, o plano pode fornecer ferramentas de análise de mercado que facilitarão o controle sobre orçamentos e desempenhará uma influencia nos projetos da organização, como diz Dias: “Fornece ferramentas de controle para a utilização de recursos como orçamento, prazos e lista de projetos e responsabilidades. Finalmente, os melhores planos tem critérios específicos para medir o progresso e o sucesso dos projetos. Com base nesses fatores, os membros da equipe de marketing possuem um roteiro para a realização de suas tarefas especificas.” (DIAS, 2005, p.477) Todos os orçamentos das variáveis de marketing que trazem custos, tais como as ações ligadas à análise de mercados e do consumidor a produtos, a comunicações, a distribuição e força de vendas devem ser colocados para que se tenha um orçamento completo para o Plano de Marketing, visando atingir os objetivos colocados. Verificar a compatibilidade deste plano de marketing com as outras áreas da organização, tais como a produção, a área administrativo/financeira e recursos humanos. Não podem ser propostas metas em marketing que outras áreas da empresa não possam atingir. Encontramos em Churchill & Peter: “O plano de marketing é alvo de críticas e problemas nas empresas. Vale notar que a falta de um plano de marketing prévio torna complexo a identificação da origem de determinados erros e problemas na empresa. A investigação em busca da origem do problema irá demandar tempo deste profissional e de sua equipe, causando maiores transtornos do que se tivesse realizado anteriormente um bom plano de marketing” (Churchill & Peter, 2000, p.100). Como, às vezes, o plano de marketing trata-se de um roteiro ele possui a capacidade de delegar responsabilidades, facilitando a integração de novos 46 funcionários, diretores ou gestores, pois no plano ficará exposta claramente a real função de cada funcionário aumentando a velocidade que os novatos se aclimatam organização e desempenham a suas funções de forma eficaz, conforme Dias: “O plano de marketing têm diversas outras funções, por ser estruturado como um roteiro. Uma delas é a transferência de responsabilidades; com um plano escrito, novos funcionários e dirigentes podem rapidamente desempenhar, de maneira satisfatória, usas funções no departamento.” (DIAS, 2005, p.477) O roteiro deixa claro quais são os caminhos que a empresa deve seguir e chama a atenção da organização quando alguma das metas são deixadas de lado. Como encontramos em Dias: “Outra função de roteiro é uma espécie de alarme para identificar algum desvio na ação da empresa. Se a equipe perceber que está trabalhando constantemente fora do plano de marketing, ela deve reavaliá-lo, juntamente com as premissas em que ele foi baseado, ou deve buscar trabalhar com mais disciplina para evitar pequenas crises que dispersem suas energias” (DIAS, 2005, p.477) O plano de marketing também faz às vezes de relatório que inspeciona o andamento do departamento de marketing e busca estar fornecendo sempre alternativas, principalmente nos momentos que ocorrem acontecimentos inesperados. Assim o plano de marketing, de acordo com Dias: “deve fornecer até algumas alternativas para responder a acontecimentos inesperados, mas cogitados” (DIAS, 2005, p.477) 3.2. PLANO DE MARKETING COMO RELATÓRIO Por desempenhar uma função informativa, o plano de marketing pode ser visto também como um relatório, exercendo uma função informativa que coordenará os diversos setores da empresa, informando a gerencia sobre as ações do departamento de marketing e para manter um registro histórico. Mantendo a integração da área de marketing com as outras áreas da empresa, facilitando a troca de informações necessárias e fornecendo um feedback entre os setores visando atingir uma maior eficiência e eficácia. “Nenhum 47 departamento de uma empresa funciona de maneira isolada em relação ao resto da companhia” (DIAS, 2005, p. 478) O plano de marketing fornecerá a certeza para a gerência e para a diretoria que suas estratégias estão sendo cumpridas pelo departamento de marketing. “O plano de marketing pode manter toda a organização informada, de tal maneira que os conflitos sejam prontamente identificados e resolvidos, antes que investimentos caros sejam feitos.” (DIAS, 2005, p. 487) Citando Dias: “O plano de marketing é mantido como um registro histórico. A manutenção desse documento permite à empresa traçar tendências e verificar como as ações de marketing afetaram o comportamento do consumidor. Ele relembrará à equipe de marketing suas estratégias e os objetivos anteriores, o que ela atingiu e em que ela falhou. Esse registro também oferece uma perspectiva geral para orientar novos gerentes e funcionários.” (DIAS, 2005, p. 478) Campomar (1983, p. 177) explica que o plano de marketing é uma comunicação organizada, documentada e formal com as seguintes finalidades: explicar a situação da organização, especificar as oportunidades e os problemas que a organização tem possibilidade de encontrar, estabelecer objetivos específicos e realísticos a serem atingidos, especificar as estratégias de marketing e os programas de ação necessários ao atingimento dos objetivos, indicar com exatidão os responsáveis pela execução dos programas, estabelecer prazos para a execução dos programas e os respectivos controles, e apresentar metas e programas devidamente quantificados (previsões e orçamentos). Para ser eficaz, o plano de marketing precisa explicar as análises efetuadas durante o processo de planejamento antes de especificar todos os aspectos da estratégia de marketing proposta e dos programas de marketing e vendas (DIBB, 2002, p.156). Os elementos requisitados para a estratégia de marketing devem incluir detalhes dos segmentos alvejados, explicações sobre a base de competição e uma identificação das estratégias de posicionamento de produtos e marcas. Os programas de marketing e vendas precisam considerar aspectos do produto, preço, táticas promocionais, métodos de distribuição e planejamento da 48 força de vendas. As recomendações do plano de marketing devem alcançar os objetivos propostos e ser baseadas na análise do mercado, clientes, concorrentes e ambiente. Para Campomar (1983, p.176), a formalização das atividades leva aos seguintes benefícios: as condições da organização são analisadas com maior minunciosidade; os objetivos são especificados com maior clareza; os programas são estudados com mais atenção; as responsabilidades pelo atingimento dos objetivos são atribuídas mais explicitamente; aumenta a possibilidade dos diversos departamentos se orientarem para o mesmo objetivo; as oportunidades e os problemas são estudados em conjunto, possibilitando a descoberta de interrelações; ficam claras as bases que sustentam os planos; os fatores-chave de sucesso são destacados; os resultados podem ser melhor mensurados; e voltam-se as atenções para a satisfação das necessidades dos clientes. Sempre sendo revisto, a avaliação do andamento do plano não pode ser negligenciada sob pena de ocorrerem simultâneas e conseqüentes falhas que possam causar erros irreversíveis, pois o traçado do plano de marketing poderá estar maculado de defeitos e erros que não poderão ser corrigidos. Como encontramos em Dias: “O plano deve guiar as atividades de maneira coerente e deve ser revisto com regularidade. Deve ser evocado freqüentemente para direcionar o diaa-dia das atividades de marketing. Também deve ser utilizado como base para verificações regulares ou avaliação de progresso.” (DIAS, 2005, p.480) Os gestores do departamento de marketing devem descrever pessoalmente os pontos principais do plano de marketing desenvolvido, visando saber se o plano está atendendo a todas as demandas que lhe foram propostas e evitando que o plano seja refeito, inclusive em meio a sua aplicação. Conforme Kotler: “O formato do plano exige que os gestores descrevam os pontos principais que compõem o plano de marketing. Se o plano se o plano não responder a algumas perguntas tem que ser devolvido e modificado. Ao longo do tempo, maior parte dos planos atenderá aos critérios e precisará de menos modificações” (KOTLER, 2003, p.225). Deve-se também verificar constantemente a veracidade das informações que servem como base para os planos de marketing, não se pode esquecer que se 49 houverem falhas nas informações a eficácia do plano de marketing estará comprometida, por que informação é algo vital para a construção de um bom plano de marketing. Concordando com Dias: “Como toda ferramenta de negócios, o plano de marketing só será um bom produto se as informações e analises que ele estiver baseado forem boas.” (DIAS, 2005, p.476). 3.3. PLANO DE MARKETING COMO FERRAMENTA DE PERSUASÃO O plano de marketing deverá funcionar como uma excelente ferramenta de vendas. Para vender as idéias do departamento de marketing para pessoas com recursos que podem auxiliar a atingir os objetivos corporativos. Como encontramos em Dias: “O plano de marketing é utilizado, juntamente com o plano de negócios, para atrair investidores para a empresa, para persuadir empresários importantes a se tornarem parceiros da empresa e para que o departamento de marketing consiga os recursos financeiros e pessoais necessários para alcançar os seus objetivos.” (DIAS, 2005, p. 478) O gerente de marketing também utiliza o plano de marketing de forma persuasiva, ele busca usar o plano de marketing como ferramenta que permita a cooperação e comprometimento da equipe de marketing com os objetivos da alta gerencia, mesmo que no ideal todos os membros da equipe de marketing participem da criação do plano. Como os planos de marketing servem também de ferramenta de comunicação eles devem ser bastante persuasivos, para consegui vender as suas idéias, os melhores planos de marketing não se atêm apenas a relatar os fatos, eles buscam se utilizar de diversas ferramentas persuasivas, através de argumentos convincentes, justificativas sólidas e projeções de resultados arrojados. Passando uma sensação para o leitor do plano de que as idéias expostas são verdadeiras e que podem ser atingidas, transformando o leitor em um aliado. 50 A atração de investimentos externos também pode ser descrita como uma função do departamento de marketing, caindo sob sua responsabilidade à captação de recursos para financiar o processo de conseguir os objetivos. Como diz Dias: “O plano de marketing é utilizado, juntamente com o plano de negócios, para atrair investidores para a empresa e para que o departamento de marketing consiga os recursos financeiros e pessoais necessários para alcançar os seus objetivos.” (DIAS, 2005, p.478) O foco estratégico de uma empresa deve ser voltado para as áreas em que existe a maior taxa de retorno bem como agregam maior valor a organização. O marketing deve analisar o segmento de mercado em que a empresa está inserida e suas peculiaridades, através do plano de marketing a empresa examina o seu mercado alvo, segmentando as áreas que possuem o melhor retorno, de acordo com Dias: “O comum a todos os bons planos de marketing é que eles identificam e analisam as condições de mercado básicas que afetam o setor em que a empresa atua, focalizam claramente seus esforços em prioridades que agregam valor à companhia e fornecem detalhes suficientes para poderem ser implementados e avaliados.” (DIAS, 2005, p.480) O plano de marketing tem que antecipar o resultado dos esforços de marketing agindo de forma avaliadora, mas também deve avaliar a si mesmo esclarecendo o que está dando certo e o que pode melhorar. Segundo Dias: “O plano deve ser utilizado como juiz e ele mesmo deve ser julgado. Ele deve julgar se os esforços de marketing estão seguindo as diretrizes do plano. Deve ser julgado para definir se deve ser seguido” (DIAS, 2005, p.480) O plano de marketing proporciona a empresa uma nova forma de enxergar o mercado em que está inserida, esta nova forma de visão adapta a organização a visualizar varias oportunidades que antes passavam despercebidas, como também estar ciente dos movimentos de seus concorrentes pelos mercados em que a empresa está inserida, concordando com Flosi: “Descobriremos oportunidades ocultas e procurando e achando soluções eficazes para as metas a serem cumpridas, com isso fixando aquelas prioridades corretamente e que certamente nos conduzirão a objetivos bem mais perto da realidade.” (FLOSI, 2001, p.22) 51 No contexto competitivo, o plano de marketing tem como principal função a execução da estratégia de negócio da organização, o plano é um roteiro do que deve ser feito para atingir os objetivos da melhor forma possível, alem de exemplificar como ficará o contexto empresarial após a conclusão do plano, como forma de avaliação se o plano de marketing está sendo posto em pratica de forma eficaz ou se o plano de marketing foi bem desenvolvido e redigido, como diz Gracioso: “O plano existe em função da estratégia de negócios (ou de competição) sugerida. Tudo o mais é acessório e secundário. Ora, não existe roteiro prefixado que seja capaz de “bolar” uma estratégia competitiva. A função do roteiro, ou metodologia de analise, consiste, portanto em guiar a atenção e o raciocínio do planejador, de uma forma lógica e seqüencial, que imita – na medida do possível – as reações naturais de um empresário experimentado, no processo de avaliar um problema, propor soluções alternativas e decidir-se finalmente pela que lhe parece melhor” (GRACIOSO, 1998, p.98) Um dos maiores benefícios do plano de marketing é que a empresa criará uma cultura de planejamento, fazendo que o ato de planejar torne-se uma rotina administrativa no contexto empresarial, deixando a organização mais fiel ao planejamento por que o plano de marketing, como diz Flosi, “plantará bases solidas de planejamento, o que vai facilitar organizar as formas de raciocínio. Descobrirá os pontos fracos e fortes de sua empresa.” (FLOSI, 2001, p.22) Desta forma a organização busca construir planos de marketing que possuam uma estreita relação com os planos estratégicos globais da empresa, para que todos os setores trabalhem de forma sinérgica e em prol de atingir os objetivos da empresa, assim como Kotler e Armstrong, deixaram claro: “A empresa desenvolve planos estratégicos gerais e, em seguida traduz esses planos em planos de marketing e outros planos.” (KOTLER e ARMSTRONG, 2003, p. 48) Assim o plano de marketing expõe os benefícios por toda a organização identificando as estratégias que tem que ser implementadas para que a empresa consiga atingir os objetivos que são designados no planejamento anual da empresa, o plano de marketing, como consta em Flosi (2001), “fará a empresa identificar estratégias e responsabilidades para agendar e implantar programas de ações 52 planejados que irão conseguir os tão almejados resultados finais.” (FLOSI, 2001, p.22) Ter a melhor estratégia de comunicação é considerar um amadurecimento da empresa em relação ao plano de marketing dela e boa adequação no ambiente competitivo. Isso porque, a comunicação serve para formar a imagem empresarial – seja de uma marca, produto ou serviço. De acordo com Borges (2002, p. 122), a comunicação de uma empresa deve ser exercida de uma forma na qual haja envolvimento com as pessoas e a comunidade delas, visto que aumenta o ponto de contato com o consumidor. O autor observa, no entanto, através de um estudo em agências de publicidade, que as empresas não conseguem analisar seus principais problemas mercadológicos e operacionais. Muitas delas não têm planejamento e não realizam pesquisas para detectar os males da organização. Com a maior competição nos mercados e o cenário de oferta superior à demanda, cada vez mais as empresas lutam para melhorar sua posição relativa de mercado e diferenciar sua oferta de seus concorrentes. Nessas situações, o plano de marketing passa a ter uma importante função na definição e implementação de estratégias para as empresas, definindo os caminhos que deverão ser seguidos no longo prazo, bem como as atividades operacionais que garantam a execução das estratégias. Já o plano de marketing tem como objetivo manifestar com clareza, as opções escolhidas pela empresas na elaboração de sua estratégia de marketing de forma assegurar o seu desenvolvimento no médio e longo prazo, traduzindo as decisões originadas da análise em ações, o plano de marketing operacionaliza e implementa as atividades que visam atingir os objetivos estratégicos previamente definidos, o plano de marketing geralmente é redigido para atender a uma demanda interna, direcionando os funcionários em suas atividades diárias, informando a alta direção os fatos ocorridos corriqueiramente, e integrando vários departamentos das empresas, consta em Dias: 53 “O plano de marketing é um documento estratégico corporativo. O seu publico é principalmente interno, mas ele também pode ser lido por pessoas que não pertencem à organização. Dentro da empresa, o plano de marketing será utilizado para direcionar o trabalho das pessoas do departamento, para coordená-lo com o trabalho dos outros departamentos, para prestar contas à alta direção e para convencer a direção a prover os recursos necessários para a execução do plano. Fora da organização, o plano de marketing pode ser utilizado para convencer os investidores a fornecerem fundos para a empresa, para incentivar parceiros a participarem de projetos específicos ou para convidar outras empresas a estabelecer relações de parceria. Ainda que essas negociações externas não sejam especificamente sobre marketing, este é tão fundamental para o sucesso do negocio que o plano de marketing pode garantir um acordo ou cancelá-lo.” (DIAS, 2005, p. 476) O departamento de marketing também necessita de formas de promoção que possa mostrar os seus projetos por toda a organização e que possa convencer os financiadores de que possam dar o retorno esperado, o plano de marketing também é útil para captação de recursos para o setor do marketing, conforme Dias: “O plano de marketing é uma importante ferramenta de vendas – ele vende as idéias do departamento de marketing para as pessoas com recursos que podem auxiliar a atingir os objetivos corporativos.” (DIAS, 2005, p.478) Além de convencer os investidores o plano de marketing também possui uma alta persuasão sobre os integrantes do departamento de marketing, tanto que esse plano é usado para este propósito pelos gestores de marketing, como diz Dias: “Ele é também utilizado pelo gerente de marketing para conseguir cooperação e comprometimento da equipe de marketing (apesar de que o ideal é que os membros de sua equipe participarem da criação do plano)” (DIAS, 2005, p.478) 54 CONSIDERAÇÕES FINAIS O plano de marketing é um documento estratégico, que impulsiona a empresa para uma direção, debatida previamente, e mostra as ferramentas que devem ser utilizadas e qual o caminho que deve ser percorrido pela empresa. Ele não é uma solução para todos os problemas de uma empresa. Entretanto, ele auxilia na antecipação dos estados futuros desejados, direcionando o caminho a ser trilhado. Um dos maiores benefícios da adoção de um plano em uma empresa é alinhar a estratégia da empresa, favorecendo uma maior integração entre as áreas da organização e uma das principais barreiras à implantação do plano é a visão de curto prazo que muitos executivos possuem, não dando a devida importância à confecção do plano. Os objetivos específicos do plano devem ser desenvolvidos para cada empresa de acordo com o contexto qual pertence, o plano de marketing deve estar conciso e sincronizado com todos os anseios da organização. Então as empresas devem decidir pelos seus próprios objetivos e pelos focos que se darão ao plano de marketing. Não existe um conteúdo padrão para os planos de marketing, cada empresa possui um plano com características e anseios próprios, às vezes possuindo uma nomenclatura diferente, porém na maioria de suas vezes eles obedecem ao limite de um ano para a concepção de objetivos. Então constatamos que não existem dois planos de marketing exatamente iguais, até quando é utilizada alguma forma conceituada e pré-confeccionada de plano como modelo, no final do processo as alterações realizadas já constituem um novo plano totalmente diferente do modelo utilizado, pois eles são tão únicos quanto às peculiaridades das empresas que os confeccionam. O plano de marketing não irá evitar que a empresa passe por problemas e dificuldades, porém o plano deve ser confeccionado para que ajude as empresas a 55 se livrarem de crises e adversidades. E ele não irá prever quando ocorrerá uma crise, nem se a empresa é capaz de superar tal crise, mas ajudará a empresa a enxergar as variações do mercado que podem ocasionar uma crise, e talvez explicitar as ferramentas que irão proporcionar uma situação mais confortável para a empresa quando for superar as crises, internas e externas. Proporcionando a empresa uma visão geral de todos os departamentos e esclarecendo as ações que cada um deve tomar, alinhando os objetivos da empresa com as atividades diárias dos departamentos, proporcionando ao departamento de marketing reger as atividades gerais da empresa de acordo com os objetivos de mercado. Assim uma empresa quando determinar uma estratégia e delimitar os objetivos visando alcançar os resultados propostos não irá ocorrer choques de estratégias, nenhuma ação de nenhum departamento atrapalhará nos resultados globais da empresa nem nos resultados individuais dos departamentos. Construindo uma harmonia sistêmica de toda a organização através de um plano de marketing bem construído e definido em conjunto pela alta gerência e o departamento de marketing, levando em consideração os objetivos estratégicos de cada setor, concretizando um ambiente sinérgico por toda a organização. 56 REFERÊNCIAS ABRATT, R.; BEFFON, M. e FORD, J. 1994. Relationship between marketing planning and annual budgeting. Marketing Intelligence & Planning, 12(1):22-28. BORGES, Admir. O Executivo de Contas Publicitárias. Belo Horizonte-MG: FUMEC, 2002 BUTTLE, F. 1992. The marketing-strategy worksheet: a practical tool. Cornell Hotel and Restaurant Administration Quarterly, 33(3):55-67. CAMPOMAR, M. O plano de marketing. Revista Marketing, São Paulo: 1983 CAMPOMAR, M. C. Revisando um modelo de plano de marketing. Revista Marketing, São Paulo, n. 121, 1983. CAMPOMAR, M. Revisando um Modelo de Plano de Marketing. Revista Marketing, n. 121, 1983. CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. 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