UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO LINHAS DE CUIDADOS EM ENFERMAGEM DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS _______________________________________________________ JOISYANA FERNANDES IBIAPINA PROJETO DE INCENTIVO PARA ADESÃO DOS HOMENS AO PROGRAMA HIPERDIA EM UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO MARANHÃO 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA JOISYANA FERNANDES IBIAPINA PROJETO DE INCENTIVO PARA ADESÃO DOS HOMENS AO PROGRAMA HIPERDIA EM UM MUNICÍPIO DO ESTADO DO MARANHÃO Trabalho de conclusão do Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Doenças Crônicas Não Transmissíveis do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista. Orientadora: Profª Drª Célia Regina Rodrigues Gil 2014 FOLHA DE APROVAÇÃO O trabalho intitulado Projeto de incentivo para adesão dos homens ao programa Hiperdia em um município do Estado do Maranhão, de autoria da aluna enfermeira Joisyana Fernandes Ibiapina foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área Doenças Crônicas Não Transmissíveis. _____________________________________ Profª. Drª Célia Regina Rodrigues Gil Orientadora da Monografia _____________________________________ Profª. Drª Vânia Marli Schubert Backes Coordenadora do Curso _____________________________________ Profª. Drª Flávia Regina Souza Ramos Coordenadora de Monografia SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................... 05 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................... 08 3 OBJETIVOS.......................................................................................... 10 4 IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO .................................... 11 5 METODOLOGIA ............................................................................... 12 6 SISTEMA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO .................................. 13 7 RESULTADOS A SEREM GERADOS ............................................ 15 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................ 16 REFERÊNCIAS .................................................................................... 17 RESUMO Em 04 de março de 2002, foi criado o Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HIPERDIA), através da Portaria nº 371/GM, com o intuito de dar assistência aos portadores dessas patologias e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos usuários dos serviços de saúde e estabelecer metas e diretrizes para ampliar ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas doenças, mediante a reorganização do trabalho de atenção à saúde. Este trabalho tem como objetivo elaborar um plano de ação para o enfrentamento de um problema, na área de abrangência da unidade básica de saúde da zona urbana do município de Benedito Leite-Maranhão que é a baixa adesão e acompanhamento dos usuários do sexo masculino inscritos no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA). A metodologia proposta é o desenvolvimento de cursos ofertados pela Secretaria Municipal de Saúde de Benedito Leite para a equipe Saúde da Família (ESF) orientando algumas medidas mais adequadas para a captação precoce e melhor adesão dos usuários homens ao programa. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) realizarão visitação às famílias orientando sobre a importância do desenvolvimento e acompanhamento por parte destes usuários para redução da morbimortalidade e complicações adjacentes. Assim o plano de ação resultará no desenvolvimento de ações de educação em saúde para sensibilização dos usuários do sexo masculino inseridos no programa Hiperdia quanto à importância do acompanhamento e da atenção precoce realizada pelo programa, busca da motivação dos usuários e capacitação dos profissionais de saúde para o diagnóstico, acompanhamento e busca ativa dos homens faltosos o mais precocemente. Palavras-Chave: Hiperdia; Adesão; Saúde do Homem 5 1 INTRODUÇÃO As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira (SILVA et al, 2008) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) representam um dos principais fatores de risco para o agravamento desse cenário, por estarem relacionados ao surgimento de outras doenças crônicas não transmissíveis, que trazem repercussões negativas para a qualidade de vida (ROCHA, 2010). De acordo com (BRASIL, 2006) o número de pacientes portadores de HAS e DM tende a aumentar nos próximos anos, não somente devido ao envelhecimento da população e à crescente urbanização, mas, sobretudo, pelo estilo de vida pouco saudável. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença altamente presente na população adulta, cuja prevalência no Brasil oscila entre 22% e 44%. A HAS é uma doença que atinge aproximadamente 30 milhões de brasileiros e cerca de 50% destes não sabem que são hipertensos por serem muitas vezes assintomáticos, sendo considerado importante fator de risco para as doenças cardiovasculares ateroscleróticas, incluindo acidente vascular cerebral, doença coronariana, insuficiência vascular periférica e cardíaca. Mesmo a população portadora de hipertensão leve está sob o jugo do risco aumentado. Por constituir a principal causa de morbimortalidade na população brasileira e ser considerado importante agravo à Saúde Pública e ainda, pelo fato de 60% a 80% dos casos poderem ser tratados na rede básica, o governo federal, por meio do Ministério da Saúde implantou o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus, com o objetivo de atender o portador de tais patologias. A cronicidade dessas condições e o grande impacto no perfil de morbimortalidade na população brasileira trazem um desafio para o sistema público de saúde: a garantia de acompanhamento sistemático dos indivíduos identificados como portadores desses agravos, assim como o desenvolvimento de ações referentes à promoção de saúde e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis em especial para DM e HAS. Sabe-se que a HA é um problema de saúde comum que pode ter conseqüências devastadoras, freqüentemente permanecendo assintomática até uma fase tardia de sua evolução. Os efeitos prejudiciais da pressão arterial aumentam à medida que se eleva, não havendo um limite rígido definido para distinguir seus níveis. 6 O Diabetes Mellitus (DM) pode resultar de uma variedade de condições que resultam em hiperglicemia, a qual pode ser proveniente de transtornos heterogêneos tanto genéticos (insuficiência na produção de insulina) quanto clínicos (resistência a ação da insulina). Diante do exposto acima podemos observar que a adesão ao tratamento é uma questão complexa por envolver diversas variáveis, como sexo, idade, escolaridade, sintomatologia, efeitos indesejáveis dos medicamentos, esquemas de administração complexos que dificultam o entendimento do paciente para seu autocuidado, o não reconhecimento do agravo, a relação paciente e profissional de saúde, dentre outros. Ainda, nota-se que uma boa parte desses efeitos está ligada também, de certa forma, à baixa adesão dos usuários ao tratamento, principalmente os do gênero masculino, pois a forma como o sistema de saúde no Brasil tem-se organizando revela que a maior parte do atendimento de atenção básica privilegia grupos populacionais considerados mais vulneráveis, por meio de ações programáticas tradicionalmente voltadas para a saúde da mulher, da criança e do idoso, pouco favorecendo a atenção à saúde do homem. Para romper os obstáculos que impedem os homens de frequentar os serviços de saúde devemos ressaltar que, na maioria das vezes, os homens recorrem aos serviços de saúde apenas quando a doença está mais avançada. A não adesão às medidas de saúde integral por parte dos homens leva ao aumento da incidência de doenças, o agravamento das mesmas e até mesmo a mortalidade. Segundo o Ministério da Saúde, a cada três adultos que morrem no Brasil, dois são homens. Além disso, números do IBGE revelam que a expectativa devida dos homens se mantém 7,6 anos abaixo da média das mulheres. Desta forma o que tem se visto em alguns serviços de saúde é uma resistência por parte de alguns usuários do sexo masculino desfavorecendo assim o cuidar específico para o que preconiza do programa Hiperdia. (BRASIL, 2010) Um fator que se vincula a esta problemática é a consideração de que há dificuldade, neste grupo, em reconhecer suas próprias necessidades em saúde, cultivando o pensamento que rejeita a possibilidade de adoecer, mantendo até hoje a questão cultural da invulnerabilidade masculina, de seu papel social de provedor e de herói. Alia-se a isso a conformação do acesso aos serviços de atenção básica, historicamente estruturados para atender mulheres e crianças, e cujos horários de funcionamento coincidem com as jornadas dos trabalhadores. Esta situação dificulta o atendimento das pessoas do sexo masculino. Deve-se considerar, ainda, que, mesmo quando esses homens comparecem aos serviços de atenção básica, não significa que eles tenham suas necessidades de saúde 7 atendidas, já que a lógica das ações programáticas não tem buscado historicamente contemplá-las, pois muitas vezes elas permanecem na lógica curativa e/ou de reabilitação. Para minimizar tais fragilidades do sistema, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem - PNAISH, cujos objetivos principais são: qualificar a assistência à saúde masculina na perspectiva de linhas de cuidado que resguardem a integralidade e qualificar a atenção primária para que ela não se restrinja somente à recuperação, garantindo, sobretudo, a promoção da saúde e a prevenção de doenças. Contudo, conhecer e entender o perfil masculino e suas fragilidades influenciará na conduta dos profissionais, visto que possibilitarão ações de saúde mais específicas e eficazes. Isso fará com que haja a adequação desses cuidados com as novas diretrizes preconizadas pelo MS. Essa evolução no acolhimento acabará por promover mudanças na postura desta população, que sendo atendia com mais especialidade se sentirá menos tensa ao lidar com questões envolvendo a saúde. Neste contexto, este trabalho busca conhecer como vem se dando a adesão dos homens ao programa Hiperdia de uma unidade de saúde situado no município de Benedito Leite no Estado do Maranhão, com o objetivo de desenvolver um programa de educação em saúde relacionado à captação e adesão precoce dos homens junto à Unidade Básica de Saúde no município em questão. 8 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA As transições demográfica e epidemiológica identificadas no século passado, foram determinantes de um perfil de risco para a saúde: a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis que geram grande impacto na morbimortalidade da população (FERREIRA,C.; FERREIRA, M.,2009). No Brasil, a HAS representa um grave problema de saúde pública, devido a sua alta prevalência. Sabe-se que esta morbidade, acomete entre 15% e 20% da população adulta, em plena fase produtiva e mais de 50% dos idosos. Quando associada ao tabagismo, ao DM e a dislipidemia, constitui decisivo fator de risco para as doenças cardiovasculares, as quais são responsáveis aproximadamente por 30% das mortes (CARVALHO FILHO; NOGUEIRA; VIANA, 2011). Vale pontuar que o DM configura-se hoje como uma epidemia mundial, e assim com a HAS, representa um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo (FERREIRA; FERREIRA, 2009). A HAS, além de ser uma patologia altamente prevalente, com custos sociais elevados ainda possui como um de seus desafios, a adesão ao tratamento por parte de seus portadores (MACHADO, 2008). Com o intuito de dar assistência aos portadores dessas patologias e consequentemente melhorar a sua qualidade de vida, foi criado o Programa de Hipertensão Arterial e Diabetes (HIPERDIA), através da Portaria nº 371/GM, em quatro de março de 2002, por um plano de reorganização da atenção à HAS e à DM, estabelecendo metas e diretrizes para ampliar ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e controle dessas doenças, mediante a reorganização do trabalho de atenção à saúde (GOMES; SILVA; SANTOS, 2010, ALVES; CALIXTO, 2012). Esse sistema permite o monitoramento dos pacientes cadastrados e gera informações acerca dos atendimentos realizados para cada um deles, incluindo a dispensação dos medicamentos do Programa. “Uma meta primordial no direcionamento das ações da equipe de saúde ao hipertenso e diabético é garantir a adesão do indivíduo ao tratamento” (GOMES; SILVA; SANTOS, 2010, p 134). No entanto, mesmo com o monitoramento desses pacientes, as taxas de abandono do tratamento ou recusa das prescrições médicas são elevadas, especialmente quando se trata da população idosa (SILVEIRA; RIBEIRO, 2005). Carvalho et al. (2012) acrescentam que a não adesão ao tratamento medicamentoso apresenta-se como a principal responsável pelas falhas no tratamento, pelo uso irracional de medicamentos e por agravos no processo 9 patológico, o que gera, como conseqüência, maiores custos à saúde pública do país devido ao aumento no número de casos de intoxicações e internações hospitalares. Gomes, Silva e Santos (2010, p. 133), revelam que “falta de adesão ao tratamento de HAS e DM é um grave problema de saúde pública, pois resultam na morte de 400 mil brasileiros hipertensos e 36 mil diabéticos por ano”. E acrescentam que dentre as dificuldades encontradas pelos pacientes em aderir ao tratamento, encontra-se no fato dos mesmos não entenderem por que precisam fazer o uso diariamente de diversos medicamentos e sofrer com efeitos colaterais para controlar um problema que ainda não manifestou seus sintomas. Além de que podemos observar com maior ênfase que a participação, adesão e acompanhamento por parte dos usuários do sexo masculino é bem menor que a sexo feminino, tendo em vista que a associação entre ser provedor e ser homem ainda se encontra muito presente no imaginário social. Segundo estudo realizado com uma amostra de dois mil indivíduos maiores de 18 anos, em 24 estados brasileiros, verificou-se uma forte associação da função de provedor à figura masculina. Isso é tão significativo a ponto de a coparticipação da mulher na provisão das famílias, encabeçadas por homem, não ter ainda uma visibilidade social, dificultando cada vez mais o processo de cuidar em saúde para essa parte da clientela. Todos esses fatores citados anteriormente demonstram a importância que tem a aceitação dos pacientes ao seu diagnóstico, bem como a adequada adesão à terapia medicamentosa e mudanças no seu estilo de vida instituída. Foi dentro deste contexto que surgiu interesse no desenvolvimento e realização deste plano de ação. . 10 3 OBJETIVOS Objetivo Geral Elaborar um plano de ação para o enfrentamento de um problema considerado pertinente, na área de abrangência da unidade básica de saúde da zona urbana do município de Benedito Leite (MA) que é a baixa adesão e acompanhamento dos usuários do sexo masculino inscritos no Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA) em relação ao tratamento instituído. Objetivos Específicos Desenvolver um programa de educação em saúde relacionada à captação precoce dos homens junto à Unidade Básica de Saúde do município de Benedito Leite-MA. Esclarecer aos homens a importância da adesão contínua do acompanhamento e a eficácia do tratamento quando é realizado com efetividade. Estimular a procura à UBS para início do acompanhamento e para o desenvolvimento de práticas de prevenção da morbimortalidade masculina, além da prevenção das complicações cardiovasculares oriundas da HAS e DM. 11 4 IDENTIFICAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO TÍTULO Projeto de incentivo para a adesão dos homens ao programa Hiperdia no município de Benedito Leite-MA. EQUIPE EXECUTORA Joisyana Fernandes Ibiapina– Enfermeira Maria do Socorro-ACS Welton Ferreira-ACS Rita Ferreira-ACS Lúcia Helena Alves-ACS Maria dos Anjos Guedes-ACS Ivana Maria Araújo-ACS Gecilene Sá-ACS Cleciane Maciel-ACS Mariela Pontes-Téc. De Enfermagem Maria das Dores Pereira-Téc. De Enfermagem PARCERIA INSTITUCIONAL Secretaria Municipal de Saúde do Município de Benedito Leite – MA PÚBICO ALVO Homens que estão inseridos do programa Hiperdia do município de Benedito Leite –‘’ 12 5 METODOLOGIA A cidade de Benedito Leite, município localizado ao sul do estado do Maranhão, tem a população estimada de 5.469 habitantes. O município encontra-se às margens do rio Parnaíba que divide os estados do Maranhão e do Piauí e a aproximadamente 522 km de São Luís. (IBGE, 2010). Na história, originalmente foi criado em 1919 e logo depois o município foi extinto em 1931 e anexado ao município de Nova Iorque- MA, figurando como distrito. Em 1935 o município de Benedito Leite foi recriado. O município possui uma variada fauna e flora e, atualmente, como todos os municípios do sul do Estado, possui sua atividade de renda centrada na agricultura familiar. Quanto ao atendimento de saúde, Benedito Leite comporta duas Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo uma na zona urbana e a outra na zona rural , oferecendo os serviços orientados pela Estratégias de Saúde da Família (ESF) para aproximadamente 70% da população. As UBS atendem aproximadamente 150 a 750 famílias/UBS, incluindo zona rural e urbana, apresentando infraestrutura razoável para a realização de suas atividades diárias. O município conta, ainda, com um hospital municipal “Raimundo Nonato Barros “que encontra-se em fase de inicialização mas com fragilidades no atendimento aos usuários devido a não disponibilização de recursos suficientes para sua manutenção, embora sua estrutura física seja adequada. O plano de ação proposto para esta ação será desenvolvido em etapas específicas: Capacitação da equipe executora – esta etapa é necessária para que haja uma calibração das ações a serem executadas. Será desenvolvido um curso ofertado pela Secretaria Municipal de Saúde de Benedito Leite-MA, para a equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF), no qual serão ensinadas maneiras adequadas para a adesão precoce dos homens no programa Hiperdia e também sensibilizar os profissionais da equipe quanto à importância da humanização no atendimento a esse grupo, facilitar a procura o mais precoce possível para a realização do atendimento nas unidades básicas de saúde. Abordagem familiar – nesta etapa, os ACS realizarão uma visitação familiar para orientar as famílias, abordando a importância da adesão precoce dos homens, mostrando que quanto mais precoce e contínuo seja realizada a sua inserção no acompanhamento do programa melhor será sua evolução no seu tratamento e a melhora no seu quadro clínico e, assim, reduzir a 13 morbimortalidade masculina causada pelas conseqüências em decorrência da não adesão ao tratamento. Com isso, visa-se à construção do vínculo com a equipe profissional, fazendo com que os homens se dirijam o mais precocemente possível às unidades básicas de saúde para realização do atendimento e acompanhamento efetivo. A criação de vínculo da equipe de saúde da família com a população expressa a humanização da relação e, construí-lo, exige a definição das responsabilidades de cada membro da equipe pelas tarefas necessárias ao atendimento nas situações de rotina ou imprevistas. O vínculo resulta do acolhimento e principalmente da qualidade da resposta oferecida ao usuário quando esse necessita (BRASIL.2014). Desenvolvimento de práticas de educação em saúde – serão agendados junto aos homens, encontros com a equipe nas dependências das Unidades Básicas de Saúde. Os encontros com os grupos ocorrerão uma vez na semana e o desenvolvimento desta etapa ocorrerá no prazo de um mês. No dia da consulta de retorno, antes da assistência, serão realizadas as seguintes atividades: palestras educativas, discussões, dinâmicas de grupo e trocas de experiências. Também serão fornecidas orientações sobre temas como autocuidado, práticas educativas, avaliação nutricional entre outros temas que deveram ser abordados conforme a escuta de cada grupo. 6 SISTEMA DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Para o controle e avaliação das ações, serão desenvolvidos relatórios parciais de acompanhamento das atividades e reuniões entre a equipe executora do projeto. Ao final do projeto, será elaborado um relatório final de ações, contendo as atividades executadas, quantitativo de pessoas atingidas e dificuldades encontradas, que será entregue à Secretaria Municipal de Saúde de Benedito Leite – MA. 14 CRONOGRAMA ATIVIDADES 2014 1º SEM. 2º SEM. Capacitação da equipe executora X Abordagem familiar X X Desenvolvimento de práticas de educação em saúde X X X X Reunião da equipe executora e desenvolvimento de relatórios parciais de acompanhamento das atividades Elaboração do relatório final das ações X 15 7 RESULTADOS A SEREM GERADOS Busca ativa dos homens o mais precocemente possível; Redução de complicações durante o acompanhamento; Redução da mortalidade; Desenvolvimento na atenção básica de projetos em educação em saúde para sensibilização dos homens quanto à importância da adesão e do acompanhamento do tratamento junto ás doenças crônicas não transmissíveis. 16 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Estados e municípios necessitam organizar cada vez mais as redes de serviços para assistência à saúde do homem, porque por mais que os sistemas de saúde ofertem assistência a essa fatia do sistema, ainda encontram-se barreiras quanto à captação precoce, adesão, tratamento e ao acompanhamento e preconizado pelo Ministério da Saúde. Com a realização do acompanhamento dos homens no programa Hiperdia, quanto mais cedo possível, menor os riscos de complicações cardiovasculares reduzidos, assim, a mortalidade masculina independentemente da faixa etária de idade. Entretanto, diante dos fatores que influenciam os homens a iniciar e acompanhar os cuidados que a equipe de saúde oferta através do programa é importante ressaltar o desenvolvimento de ações de educação em saúde para sensibilização dos mesmos quanto à importância da realização da adesão ao tratamento, da motivação e da capacitação dos profissionais de saúde quanto ao diagnóstico precoce das doenças crônicas não transmissíveis com HAS e DM e a importância da busca ativa dos homens faltosos o mais precocemente possível. 17 REFERÊNCIAS ALVES, B. A.; CALIXTO, A. A. T. F. Aspectos determinantes da adesão ao tratamento de hipertensão e diabetes em uma Unidade Básica de Saúde do interior paulista. J. Health Sci. 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