Doenças Crônicas Não Transmissíveis O mundo vive hoje uma epidemia de doenças crônicas não transmissíveis. Nesse rol incluem-se obesidade, diabetes, hipertensão e dislipidemias. São doenças que não tem cura, apenas controle. Além do aumento alarmante no número de casos dessas doenças, obsevamos também alteração no perfil dos acometidos. Antes conhecidas como doenças de idosos, hoje já são comuns em crianças e adolescentes. No Brasil não é diferente. Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar 2008/2009, 33% das crianças e adolescentes brasileiros está acima do peso. Essa transição epidemiológica está relacionada com a mudança nos hábitos de vida, com destaque para alimentação e atividade física. Aumenta-se o consumo de alimentos industrializados, ricos em sal, açúcar, gorduras e aditivos químicos, em detrimento de alimentos naturais, fontes de vitaminas, minerais e fibras, como frutas e verduras. Ao mesmo tempo reduz-se a prática de exercícios físicos. O resultado dessa equação é o adoecimento do corpo. A própria obesidade é uma doença crônica e está associada ao aparecimento das outras comorbidades. A hipertensão, ou pressão alta está associada à ingestão elevada de sódio, encontrada no sal de adição e também nos alimentos industrializados, para aumentar a vida de prateleira. O diabetes é agravado pelo alto consumo de açúcar, presente em quantidades exageradas também em achocolatados, refrigerantes, sucos de caixa e doces em geral. A dislipidemia, ou desordens do colesterol, tem sua relação com o alto teor de gordura, contida principalmente nos embutidos, frituras e salgadinhos de pacote. Com o aparecimento precoce dessas doenças, a previsão é que essa geração seja a primeira com expectativa de vida menor do que a de seus pais. Para saber mais sobre o tema, uma dica excelente é o documentário “Muito Além do Peso” da diretora Estella Renner lançado em 2012. O filme está disponível na íntegra no site oficial www.muitoalemdopeso.com.br. Assistam! Tatiana Medeiros Mota – Nutricionista (CRN5 3566)