Enzimas – revisões k1 + E vo = S k2 k3 ES + E P Vmax [S] Km + [S] Equação de Michaelis-Menten Vmax é o valor para o qual tende a velocidade à medida que se aumenta a concentração de substrato; corresponde ao ponto em que todos os centros activos das moléculas de enzima estão saturados de substrato. V Km é o valor de [S] para o qual vo= max 2 e é uma medida da afinidade do enzima por um determinado substrato. k1 + E S k2 k3 ES + P E - Significado de Vmax Vmax= k3 [E] O que quer dizer que é constante para uma determinada reacção, condições reaccionais e concentração de enzima. Vmax k = cat [E] medida da “eficiência” do enzima: µmoles de produto produzido por minuto por molécula de enzima k1 + E - Significado de Km S k2 k3 ES + E P É uma medida da afinidade de um substrato para se ligar a um determinado enzima: S1: maior afinidade S2: menor afinidade Km1 Km2 ↑↑ afinidade ⇒ menor dificuldade de ligação de E a S ⇒ ↓↓ Km ⇒ aproximação mais rápida a Vmax ↓↓afinidade ⇒ maior dificuldade de ligação de E a S ⇒ ↑↑Km ⇒ aproximação mais lenta a Vmax Regulação da actividade enzimática Regulação da actividade enzimática 1. pH, [S], concentrações de iões e/ou coenzimas no microambiente celular 2. Modificação covalente reversível enzimas reguladoras de vias metabólicas 3. Alosteria 4. Zimogénios 5. Repressão/desrepressão genética - via metabólica ramificada - importante: regulação de enzimas situados em pontos-chave das vias metabólicas ( ) ex: na primeira reacção da glicólise Glucose + ATP hexocinase Glucose 6-P + ADP hexocinase inibida pela Glucose 6-P e activada pelo Pi Vias metabólicas A E1 E2 B C E3 D E4 E - vias metabólicas normalmente irreversíveis (direccionalidade) (ver - reacção fortemente irreversível no início da via metabólica termodinâmica!!!) - vias catabólicas e metabólicas diferentes (melhor controlo): A E1 E4 B D E2 C E3 Compartimentação: diferentes vias em diferentes compartimentos celulares Organelo Função Citosol glicólise, via das pentoses fosfato, síntese de ácidos gordos, muitas reacções da gluconeogénese Mitocôndrias ciclo de Krebs, fosforilação oxidativa, oxidação dos ácidos gordos, degradação de aminoácidos Lisossomas digestão enzimática de componentes celulares e matérias ingeridas Núcleo replicação e transcrição do DNA, processamento do RNA Aparelho de Golgi processamento pós-translaccional de proteínas secretoras e membranares; formação de membrana plasmática e vesículas secretoras Retículo endoplásmico rugoso síntese de proteínas secretoras e proteínas ligadas à membrana Retículo endoplásmico liso biossíntese de lípidos e de esteróides Peroxissomas (glioxissomas nas plantas) reacções oxidativas catalisadas por aminoácido oxidases e catalase; ciclo do glioxilato nas plantas Modificação covalente reversível - mudança de actividade do enzima devido à ligação (ou libertação) de um grupo a uma ou mais cadeias laterais de aminoácidos: E-tyr-OH E-ser-OH ATP ATP ADP PPi E-ser-O-PO32- (Glucose)n + Pi R O E-glu-C = OCH3 E-tyr-O-AMP fosforilação Ex: E-glu-COOR-CH3 carboximetilação adenilação glicogénio fosforilase (Glucose)n-1 + glucose-1-fosfato glicogénio fosforilase cinase E CH2OH glicogénio fosforilase B (menos activa) + fosfato CH2OPO32- E - fosfato glicogénio fosforilase fosfatase glicogénio fosforilase A (mais activa) Associação-dissociação - muitas vezes desencadeada por modificação covalente ligação não covalente de um ligando dissociação dissociação + associação oligómero activo menos activos ou inactivos + associação geralmente inactivos novamente o mesmo enzima: glicogénio fosforilase fosfatase 2- 4H2O CH2OPO32- (PO32 -) OH2C E E E E 4Pi HOH2C (PO3 ) OH2C CH2OPO32- glicogénio fosforilase A (mais activa) E E CH2OH 4ATP 4ADP glicogénio fosforilase cinase glicogénio fosforilase B (menos activa) por sua vez: glicogénio fosforilase cinase fosfatase 4H2O 4Pi glicogénio fosforilase glicogénio fosforilase cinase cinase-PO324ATP 4ADP (forma inactiva) (forma activa) glicogénio fosforilase cinase cinase ⇒“cascata” de activação: ATP “mensagem”: necessária energia (ATP) degradação aeróbia adrenalina AMPc glicogénio fosforilase cinase (inactiva) glucose 1-P + glicogénio (+ curto) glicogénio fosforilase cinase cinase (glicogénio fosforilase cinase fosfatase) (glucose)n-1 + Pi glicogénio fosforilase cinase-P (activa) glicogénio fosforilase (inactiva) E E + E E glicogénio fosforilase fosfatase glicogénio fosforilase-P (activa) P P P E E E E P glicogénio (glucose)n + Pi Enzimas alostéricas (“allo-”, outro + “-sterismo”, conformação espacial) - constituídas por várias subunidades - regulação das actividade por efectores, metabolitos específicos que se ligam a um sítio da proteína enzimática diferente do centro activo, alterando-lhe a conformação activadores (+) efectores inibidores (-) - activação pelo substrato inicial: - inibição pelo produto final (“feedback” ou retroinibição) Enzimas éricas Alost Enzimas Alosté Alostéricas NÃO OBEDECEM À CINÉ CINÉTICA DE MICHAELISMICHAELIS-MENTEN 1. A molécula de enzima é formada por subunidades 2. A ligação do substrato a um local activo afecta as propriedades de ligação do outro local activo na mesma molécula de enzima 3. A interacção entre as subunidades torna a ligação E-S uma ligaç ligação cooperativa (homoalosteria) ⇓ A curva de saturação da enzima pelo substrato é uma SIGMÓIDE 4. A actividade de uma enzima alostérica pode ser modificada por molé moléculas reguladoras (heteroalosteria), que se ligam a locais diferentes dos locais catalíticos ⇓ Inibidores/Activadores alosté alostéricos Enzimas alostéricas vo vo [S] cinética de Michaelis-Menten (hiperbólica) [S] cinética alostérica (sigmóide) ⇒ em presença de efectores: vo - Enzimas com várias subunidades - em pontos-chave de vias metabólicas, sujeitos a regulação por acção de efectores + activador + inibidor activadores: efectores (+) inibidores: efectores (-) - efectores (+) e (-) alteram Km mas não alteram Vmax ↑↑[activador]:↓↓Km Km(+) Km ↑↑[inibidor]: ↑↑ Km Km(-) Animação sobre alosteria: http://bcs.whfreeman.com/thelifewire/content/chp06/0602002.html Interconversão entre forma inactiva (T) e activa (R) das enzimas alosté alostéricas Dois modelos explicam a interacção cooperativa (curva sigmóide): 1. Modelo simé simétrico - Existe equilíbrio entre a conformação R e T na presença de S - Todas as subunidades estão na mesma conformação (T ou R) • T Modelo sequencial (Baixa ligação) R (Alta ligação) - Existe equilíbrio entre a conformação R e T na presença de S - A transição de conformação T→ → R é induzida pela ligação de S - A alteração da conformação T→ → R em diferentes subunidades da molécula de enzima é sequencial (espécies híbridas RT são proeminentes) - As subunidades podem interagir mesmo que estejam em diferentes estadios conformacionais T R Efeito Efeitoda daligação ligaçãode deum umsubstrato substratocooperativo cooperativona nacinética cinética enzimática enzimática Os inibidores alostérios desviam para a forma T Os activadores alostéricos desviam para a forma R Glucose - piruvato cinase, enzima reguladora do metabolismo energético: (2 reacções) Frutose 6-fosfato Fosfofrutocinase Frutose 1.6-bisfosfato Frutose 1.6-bisfosfato (5 reacções) (+) Fosfoenolpiruvato (PEP) + ADP piruvato cinase Piruvato cinase Piruvato + ATP (-) (-) (gluconeogénese) (gluconeogénese) Alanina Acetil-CoA alanina Oxaloacetato Oxaloacetato O Fig. 1. Reacção catalisada pela piruvato cinase (adaptado de Taber et al., 1998) Ciclo de Krebs ATP Zimogénios mecanismo activador + (modificação estrutural) ZIMOGÉNIO (pro-enzima) ENZIMA ACTIVA oligopéptido Exemplo 1: proteases pepsinogénio sintetizado no estômago tripsinogénio quimotripsinogénio sintetizados no pâncreas procarboxipeptidase (a) no estômago: pepsinogénio H+ pepsina + 42 aa da ext. N (b) no intestino delgado: tripsinogénio enterocinase enterocinase segregada em pequenas quantidades pela mucosa intestinal tripsina + 6 aa quimotripsinogénio tripsina quimotripsina + aa procarboxipeptidase tripsina carboxipeptidase + aa grânulos de zimogénio em células do pâncreas libertação dos zimogénios para o lúmen intestinal grânulo de zimogénio duodeno ducto pancreático ducto biliar abertura dos ductos pancreático e biliar complexo de Golgi ribossomas ligados ao retículo endoplásmico - no lúmen intestinal: (resto da sequência de aminoácidos) Tripsinogénio (resto da sequência de aminoácidos) Tripsina o centro activo, que estava bloqueado por esta interacção, fica livre para a actividade catalítica - e ainda: Quimotripsinogénio (inactivo) tripsina Quimotripsina π (activa) quimotripsina Quimotripsina α (activa) cadeia A cadeia B cadeia C ligadas entre si por pontes S-S passa a ser possível esta interacção indispensável à actividade catalítica Exemplo 2: coagulação do sangue protrombina (inactiva) fibrinogénio Ca2+ várias proteínas trombina trombina + aa (activa) fibrina + fibrinopéptidos A e B (solúvel) tendência para agregação coágulo de fibrina entrecruzada Exemplo 3: hormonas proinsulina arg 63 gly 64 N S S S S S tripsina insulina + aa arg 63 84 C S 31 arg 30 ala 31 arg N S N 84 aa, inactiva S C S S S S C 51 aa, hormona activa Repressão/desrepressão genética ex: curva de crescimento de Escherichia coli num meio com glucose e lactose crescimento 1. outras fontes de energia: a proteína repressora está ligada e não deixa o gene “fabricar” β-galactosidase 2. lactose presente: a proteína repressora está inactiva e o gene “fabrica” β-galactosidase 1. outras fontes de energia: a proteína repressora está ligada e não deixa o gene “fabricar” β-galactosidase 2. lactose presente: a proteína repressora está inactiva e o gene “fabrica” β-galactosidase