4. AMPLIFICADORES OPERACIONAIS O Amplificador

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4. AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
Fernando Gonçalves ©
Instituto Superior Técnico
Teoria dos Circuitos e Fundamentos de Electrónica - 2004/2005
O Amplificador Operacional
O amplificador operacional é um componente activo usado na
realização de operações aritméticas envolvendo sinais analógicos
Algumas das operações que se podem realizar com amplificadores
operacionais são:
• Integração
• Soma
• Logaritmo
• Diferença
Símbolo
+VCC e –VCC são as tensões de
alimentação do amplificador operacional
+VCC
V
VO
V
-VCC
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Alguns amplificadores operacionais também
podem ser alimentados com +VCC e 0V
A tensão de saída, VO, está limitada pelas tensões
de alimentação (neste caso, VO ∈ [−VCC, +VCC])
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1
O Amplificador Operacional
Tipicamente, um amplificador operacional é composto por
•
•
•
•
Um par diferencial, como andar de entrada do amplificador operacional
Blocos para aumentar o ganho de tensão ou corrente
Blocos para compensar as características não-ideais dos transístores
Andar de saída para fornecer elevadas correntes de saída
O amplificador operacional é normalmente realizado num circuito
integrado composto por cerca de 30 transístores
O funcionamento interno de um amplificador operacional é complexo,
mas a análise em termos das tensões e correntes aos seus terminais
é muito simples
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Características de um Amplificador Operacional
Os amplificadores operacionais amplificam a diferença de tensão
aplicada nas entradas V+ e V−
VO = A (V+ − V−)
onde A representa o ganho de tensão do amplificador operacional
O ganho pode atingir valores da ordem de 105 a 106
Os amplificadores operacionais apresentam uma resistência de
entrada elevada
A resistência de entrada, Ri, é tipicamente superior a 1 MΩ
Ω
A resistência de saída de um amplificador operacional é baixa
Normalmente, RO é inferior a 100 Ω
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Característica de Transferência
A diferença V+ − V− é
normalmente designada por VD
V
VD
VO
V
Zona de saturação positiva: VO ≈ +VCC
VO
+VCC
Zona linear: VO = A . VD
(declive = ganho de tensão, A)
Se +VCC = 10 V e A = 105, o
amplificador operacional atinge a
saturação quando VD = 10−4 V
VD
-VCC
Zona linear é muito estreita
Zona de saturação negativa: VO ≈ −VCC
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Amplificador Operacional Ideal
Para um amplificador operacional ideal considera-se que
Ri = ∞
correntes nulas nas entradas V+ e V−
RO = 0
tensão de saída, VO, não depende da carga
A=∞
zona linear quando VD = 0
V+ − V− =
VO
A
como A = ∞ resulta
ou V+ = V−
V+ − V− = 0
VO
+VCC
Na zona linear: −VCC ≤ VO ≤ +VCC
VD
Nas zonas de saturação verifica-se
VD > 0 ou V+ > V−
⇒ VO = +VCC
VD < 0
ou
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V+
<
V−
⇒
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VO = −VCC
-VCC
(sat. positiva)
(sat. negativa)
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Seguidor de Tensão (Característica real)
Num amplificador operacional verifica-se que
VOUT = A (V + − V − )
Para esta montagem obtém-se
VOUT = A (VIN − VOUT )
VOUT
VIN
⇒
VOUT =
A
VIN
A +1
Como A é muito elevado ⇒ VOUT ≈ VIN
Para que um amplificador operacional funcione na zona linear é
indispensável que esteja realimentado negativamente (VOUT ligado a
V−, directa ou indirectamente)
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Seguidor de Tensão (Característica ideal)
VOUT
VIN
Considerando que o amplificador operacional é ideal tem-se
V+ = V− na zona linear
Por análise do circuito verifica-se que V+ = VIN e V− = VOUT
resultando
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VOUT = VIN
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Montagem Inversora
I2
R2
V+ = 0
R1
VIN
VOUT
I1
e
V− = 0
I1 =
VIN − V − VIN
=
R1
R1
I2 =
VOUT − V − VOUT
=
R2
R2
Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional ideal
I1 + I2 = 0
podendo escrever-se
obtendo-se finalmente
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VIN VOUT
+
=0
R1
R2
VOUT
R
=− 2
VIN
R1
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Montagem Não Inversora
VIN
VOUT
R1
R2
Como não existe corrente na entrada
do amplificador operacional ideal,
obtém-se
R2
V− =
VOUT
R1 + R 2
Num amplificador operacional ideal
tem-se V + = V −
V − = V + = VIN =
resultando
VOUT R1 + R 2
=
VIN
R2
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ou
R2
VOUT
R1 + R 2
VOUT R 1
=
+1
VIN
R2
O ganho é
sempre > 1
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Montagem Somadora
V1
R1
I1
I3
I2
V2
V− = 0
V+ = 0
R3
R2
VOUT
Para as correntes I1, I2 e I3 obtém-se
I1 =
V1
R1
I2 =
V2
R2
I3 =
VOUT
R3
Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional
V1 V2 VOUT
+
+
=0
verifica-se que I1 + I2 + I3 = 0
ou
R1 R 2
R3

R
R
resultando
VOUT = − 3 V1 + 3 V2 
R
R
2

 1
VOUT = −(V1 + V2 )
Se R1 = R2 = R3, obtém-se
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Montagem de Diferença
R2
V1
V2
R1
VOUT
R3
Para determinar VOUT em função
de V1 e V2 é conveniente utilizar o
Teorema da Sobreposição
R4
R2
Fazendo V2 = 0
obtém-se uma
montagem inversora
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V1
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R1
1
VOUT
R3
R4
1
VOUT
=−
R2
V1
R1
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Montagem de Diferença
Fazendo V1 = 0 obtém-se uma montagem não-inversora
R2
R1
V2
2
VOUT
R3
R4
Como não existe corrente na entrada
do amplificador operacional ideal,
obtém-se
V+ =
R4
V2
R3 + R 4
e
Considerando um amplificador operacional ideal
resultando
2
VOUT
=
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V− =
R1
V2
R1 + R 2 OUT
V+ = V−
R4
R + R2
x 1
V2
R3 + R 4
R1
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Montagem de Diferença
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Agrupando as duas contribuições para VOUT ( VOUT = VOUT
)
+ V OUT
resulta
VOUT = −
R2
R4
R + R2
V1 +
V2
× 1
R1
R3 + R 4
R1
Se R1 = R2 e R3 = R4, obtém-se
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VOUT = V2 − V1
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Exemplo
Determinar VOUT como função das tensões V1 e V2
R3
V1
V2
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R1
VOUT
R2
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