Amplificadores Operacionais

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AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
Fernando Gonçalves ©
Teoria dos Circuitos e Fundamentos de Electrónica - 2013/2014
O Amplificador Operacional
O amplificador operacional é um componente activo usado na
realização de operações aritméticas envolvendo sinais analógicos
Algumas das operações que se podem realizar com amplificadores
operacionais são:
Soma e Diferença
Integração e Derivação
Logaritmo e Exponencial
Símbolo
+VCC e –VCC são as tensões de
alimentação do amplificador operacional
+VCC
v+
vO
v−
−VCC
Alguns amplificadores operacionais também
podem ser alimentados com +VCC e 0V
A tensão de saída, vO, está limitada pelas tensões
de alimentação (neste caso, vO ∈ ]−VCC, +VCC[)
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O Amplificador Operacional
Tipicamente, um amplificador operacional é composto por
Um par diferencial, como andar de entrada do amplificador operacional
Blocos para aumentar o ganho de tensão ou corrente
Blocos para compensar as características não-ideais dos transístores
Andar de saída para fornecer elevadas correntes de saída
O amplificador operacional é realizado num
circuito integrado composto por algumas
dezenas de transístores
O funcionamento interno de um amplificador operacional é complexo,
mas a análise em termos das tensões e correntes aos seus terminais
é muito simples
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O Amplificador Operacional 741
+VCC
v+
v–
vO
–VCC
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2
Características de um Amplificador Operacional
Os amplificadores operacionais amplificam a diferença de tensão
aplicada nas entradas v+ e v−
vO = A (v+ − v−)
onde A representa o ganho de tensão do amplificador operacional
O ganho pode atingir valores da ordem de 105 a 106
Os amplificadores operacionais apresentam uma resistência de
entrada elevada
A resistência de entrada, Ri, é tipicamente superior a 1 MΩ
Ω
A resistência de saída de um amplificador operacional é baixa
Normalmente, RO é inferior a 100 Ω
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Característica de Transferência
A diferença v+ − v− é
normalmente designada por vD
Zona de saturação positiva: vO ≈ +VCC
vO
+VCC
Zona linear: vO = A x vD
(declive = ganho de tensão, A)
vD
-VCC
Se +VCC = 10 V e A = 105, o
amplificador operacional atinge a
saturação quando vD = 10−4 V
Zona linear é muito estreita
Zona de saturação negativa: vO ≈ −VCC
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Amplificador Operacional Ideal
Para um amplificador operacional ideal considera-se que
Ri = ∞
correntes nulas nas entradas v+ e v−
RO = 0
tensão de saída, vO, não depende da carga
A=∞
zona linear quando vD = 0
v+ − v− =
ou v+ = v−
vO
como A = ∞ resulta v + − v − = 0
A
vO
+VCC
Na zona linear: −VCC ≤ vO ≤ +VCC
vD
Nas zonas de saturação verifica-se
vO = +VCC
vD > 0 ou v+ > v−
vD < 0
ou
v+ < v−
vO = −VCC
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-VCC
(sat. positiva)
(sat. negativa)
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Seguidor de Tensão com Ganho Finito
Num amplificador operacional verifica-se que
v OUT = A (v + − v − )
Para esta montagem obtém-se
v OUT = A (v IN − v OUT )
v OUT =
A
v IN
A +1
Como A é muito elevado
vOUT ≈ vIN
Para que um amplificador operacional funcione na zona linear é
indispensável que esteja realimentado negativamente (vOUT ligado a
v−, directa ou indirectamente)
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Seguidor de Tensão com Ganho Infinito
Considerando que o amplificador operacional é ideal tem-se
v+ = v− na zona linear
Por análise do circuito verifica-se que v+ = vIN e v− = vOUT
v OUT = v IN
resultando
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Montagem Inversora
v+ = 0
e
v− = 0
i1 =
vIN − v − vIN
=
R1
R1
i2 =
v OUT − v − v OUT
=
R2
R2
Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional ideal
i1 + i2 = 0
podendo escrever-se
obtendo-se finalmente
v IN v OUT
+
=0
R1
R2
v OUT
R
=− 2
v IN
R1
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Montagem Não Inversora
Como não existe corrente na entrada
do amplificador operacional ideal,
obtém-se
R
v− =
2
R1 + R2
v OUT
Num amplificador operacional ideal
tem-se v+ = v–
v − = v + = vIN =
resultando
v OUT R1 + R 2
=
v IN
R2
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R2
v
R1 + R2 OUT
v OUT R1
=
+1
v IN
R2
ou
O ganho é
sempre > 1
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Montagem Somadora
v+ = 0
v− = 0
Para as correntes i1, i2 e i3 obtém-se
i1 =
v1
R1
i2 =
v2
R2
i3 =
v OUT
R3
Como não existe corrente na entrada do amplificador operacional
verifica-se que i1 + i2 + i3 = 0
resultando
ou
v1 v 2 v OUT
+
+
=0
R1 R 2
R3
R

R
v OUT = − 3 v1 + 3 v 2 
R
R
2
 1

Se R1 = R2 = R3, obtém-se
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v OUT = −(v 1 + v 2 )
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Montagem de Diferença
Para determinar vOUT em função
de v1 e v2 é conveniente utilizar o
Teorema da Sobreposição
Fazendo v2 = 0
obtém-se uma
montagem inversora
v 1OUT = −
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R2
v1
R1
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Montagem de Diferença
Fazendo v1 = 0 obtém-se uma montagem não-inversora
Como não existe corrente na entrada
do amplificador operacional ideal,
obtém-se
v+ =
R4
v
R3 + R 4 2
Considerando um amplificador operacional ideal
resultando
v 2OUT =
e v− =
R1
v2
R1 + R2 OUT
v+ = v−
R4
R + R2
x 1
v2
R3 + R 4
R1
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Montagem de Diferença
Agrupando as duas contribuições
resulta
v OUT = −
2
v OUT = v 1OUT + v OUT
R2
R4
R + R2
v1 +
× 1
v2
R1
R3 + R 4
R1
Se R1 = R2 e R3 = R4, obtém-se
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v OUT = v 2 − v 1
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Exemplo
Determinar vOUT como função das tensões v1 e v2
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Circuito Integrador
v+ = 0
iR =
v− = 0
v IN
R
iC = C
dv C
dv
= C OUT
dt
dt
Pela lei dos nós:
iR + iC = 0
dv
v IN
+ C OUT = 0
R
dt
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v OUT = −
1
RC
∫
v IN dt
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Circuito Diferenciador
v+ = 0
iR =
v− = 0
v OUT
R
iC = C
dv IN
dt
Pela lei dos nós:
iR + iC = 0
v OUT
dv
+ C IN = 0
R
dt
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v OUT = −RC
dv IN
dt
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Amplificador Logarítmico
v+ = 0
iR =
v− = 0
v IN
R
vD
iD = IS e n VT
−
Como v D = 0 − v OUT
iD = IS e
então
v OUT
n VT
Pela lei dos nós:
v OUT
iR = iD
v 
v OUT = −n VT ln IN 
 R IS 
−
vIN
= IS e n VT
R
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Amplificador Exponencial
v+ = 0
iR =
v− = 0
0 − v OUT
R
iD = IS e
v IN
n VT
Pela lei dos nós:
vIN
iR = iD
−
v OUT
= IS e n VT
R
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vIN
v OUT = −R IS e n VT
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Comparador
Característica
vOUT
+VCC
Como não há realimentação,
funciona sempre na
saturação positiva (+VCC) ou
negativa (–VCC)
vD
-VCC
v D = v1 − v 2
Exemplo ilustrativo para o caso em
que v2 é uma tensão de referência,
VREF
Se v1 > VREF
sat. positiva (+VCC)
Se v1 < VREF
sat. negativa (–VCC)
vOUT é um sinal “digital”
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Comparador Schmitt Trigger
Devido à realimentação
positiva, o ampop está
sempre na saturação:
Característica
vOUT
+VCC
vOUT = +VCC
R2
VTH =
V
R1 + R2 CC
R2
VTL =
( − VCC )
R1 + R2
Se vOUT = +VCC
ou
V+ = VTH
VCC
vIN
vOUT
vIN
VTH
t
V+ = VTL
VTL
vOUT muda de estado (– VCC → +VCC)
para vIN < VTL
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VTH
-VCC
vOUT muda de estado (+VCC → –VCC)
para vIN > VTH
Se vOUT = –VCC
VTL
vOUT = –VCC
-VCC
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Rectificador de Meia-Onda de Precisão
Característica
v O = A (vIN − v OUT )
Enquanto o díodo estiver ON
v OUT = vIN
e
Enquanto o díodo estiver OFF
v O = VON + v OUT
Díodo passa de OFF para
ON quando vD = VON, mas
v OUT = 0
v D = v O − v OUT
Se díodo ideal (VON=0)
V
v OUT = 0
logo vIN min = ON ou ampop ideal (A=¶)
A
vIN min = 0
v O = A (vIN − 0)
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Filtro Passa-baixo de 1ª Ordem
Generalização da montagem inversora
para o regime forçado sinusoidal
VOUT
Z
=− 2
VIN
Z1
Como
Z1 = R1
R2
Z 2 = R2 / /ZC =
1 + jω CR2
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VOUT
R
1
=− 2
VIN
R1 1 + jω CR2
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Filtro Passa-baixo de 2ª Ordem de Sallen & Key
iC1
R1
vIN
R2
X
iR1
iR2
C1
Montagem seguidora de
tensão, logo vOUT = v– = v+
0
C2
1. Aplicando a lei dos nós em X
IR1 + IR2 + IC1 = 0
e convertendo correntes em tensões
VIN − VX VOUT − VX ( VOUT − VX )
+
+
=0
1
R1
R2
jω C1
vOUT
2. Aplicando o divisor de tensão em v+
ZC2
1
VOUT =
V =
V
R2 + ZC2 X 1 + jω C2R2 X
3. Juntando as equações anteriores
VOUT
1
=
2
VIN
j
ω
C
C
R
R
+
( ) 1 2 1 2 jω C2 (R1 + R2 ) + 1
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