Vigilância sindrômica - II Vigilância Sindrômica • • • • • • Síndrome Febril indeterminada com manifestações íctero-hemorrágicas (aguda ou crônica) Síndrome Respiratória aguda Síndrome Neurológica Febril Síndrome da Insuficiência Renal Aguda Síndrome diarréica aguda Síndrome exantemática Síndrome Febril (Íctero-Hemorrágica Aguda) Vigilância Sindrômica na Amazônia Síndrome Febril (Íctero-Hemorrágica Aguda) Vigilância Sindrômica no Paraná • • Doença febril ictero-hemorrágica por vírus: Hepatites virais • Hepatites virais: 40.000 CASOS ANUAIS 1% 1% 2% 21% Vírus A Vírus B Vírus C 40% Vírus B + D Vírus B + C Ignorado 35% • Evolução temporal das hepatites no Brasil 30000 25000 20000 15000 Vírus A Vírus B 10000 5000 0 Vírus C Hepatite A (Picornaviridae): cerca de 6000 casos/ano BENIGNA Inexistência de cronicidade Raras formas atípicas: Fulminante Colestática – manifestação obstrutiva Manifestações extra-hepáticas – pancreatite Recorrente – retorno de manifestações clínicas após melhora Hepatite A – média de idade da notificação/infecção Fonte: SINAN Hepatite A soroprevalência no Brasil: 39,5% Região Norte: 58,3% Região Sudeste Hepatite A - endemicidade no Brasil Ximenes et al., 2014 Hepatite A – doença evitável Vacina (vírus inativado) 95 a 100% soroconversão Hepatite E (Caliciviridae) Transmissão fecal –oral Possibilidade de transmissão zoonótica - suínos Geralmente benigna Gestante 3º trimestre (Letalidade até 20%) Hepatite B (Hepadnaviridae): cerca de 15000 casos/ano Evolução Variável: Risco de cronicidade Alto (90% RN e 5-10% adultos) Cirrose e carcinoma Manif. extra-hepáticas (artrite, erupções cutâneas, GN, PAN) Hepatite B – caso confirmado Hepatite B – média de idade do diagnóstico Hepatite B: casos em < 15 anos x outras faixas etárias Hepatite B – distribuição por regiões do Brasil Hepatite B – soroprevalência no Brasil Anti-HBc - 10-69 anos 7,4% HBsAg - 10-69 anos 0,4% Hepatite B – endemicidade no Brasil Regiões anti-HBc HBsAg Norte 11% 0,6% Sul 9,6% 0,5% Nordeste 9% 0,4% Sudeste 6,3% 0,3% Centro-oeste 4,3% 0,3% Hepatite B – marcadores sorológicos Hepatite B – doença evitável Vacina de engenharia genética (Ag superfície – DNA recombinante ) 90 a 95% soroconversão Vacinação universal dos recém-nascidos nas primeiras 12 horas Adolescentes e adultos até 49 anos Hepatite D (Deltaviridae) Vírus defectivo, dependente do HBV caso confirmado Risco de cronicidade: Alto (80% superinfecção e 5% na co-infecção) Hepatite C (flaviviridae): cerca de Geralmente assintomático na fase aguda Risco de cronicidade: Alto (85%) Cirrose e carcinoma Frequente co-infecção HCV e HIV Hepatite C – caso confirmado Hepatite C – soroprevalência no Brasil: 1,4% Regiões Norte Centro-oeste Sul Sudeste Nordeste anti-HVC 2,1% 1,3% 1,2% 1,2% 0,6% Hepatite C – projeção da carga de doença Hepatite C – perspectivas de tratamento Notificar e investigar • • Doença febril icterohemorrágica por bactéria: Leptospirose Incidência 2014: 4705 casos M/F: 4:1 Faixa etária da leptospirose • • Zoonose de grande importância - elevada incidência em algumas áreas e letalidade (pode chegar a 40%) Agente etiológico: Leptospira Cerca de sete espécies (interrogans) • • • Principal reservatório: roedores sinantrópicos • • Vários sorovares (icterohemorragiae, copenhagen, canícola, ballum, pyrogenes, grippotyphosa,australis y autumnalis.) Ratazana de esgoto (L. interrogans icterohemorragiae) Transmissão: Contato com urina dos roedores (enchentes, ocupações relacionadas à limpeza). Imunidade: Sorovar-específica (conversão 7-10 dias) Critérios de caso: Caso suspeito Notificar e investigar Apresentações clínicas da leptospirose Síndrome febril inespecífica Anictérica Mialgias intensas DD dengue e outras síndromes febris Forma pulmonar grave Pneumonite hemorrágica Isolada ou com síndr. Weil SARA e hemorragia maciça. DD hantavirus e pneumonias atípicas Síndrome Weil Meningite Icterícia grave com pouca alteração função hepática. Isolada ou com outras apresentações Disfunção renal severa Líquor c/ pleocitose Hemorragias discretas Meningite ≈ asséptica Suspeita de leptospirose Sinais de alerta Doença febril ictero-hemorrágica por bactéria: Febre tifoide Quantos casos? Onde ocorrem os casos? Quadro clínico • Salmonella enterica, sorotipo Typhi (S. Typhi), bacilo gram-negativo da família Enterobacteriaceae. Diagnóstico Laboratorial • • • • • Hemocultura – apresenta maior positividade nas 2 semanas iniciais da doença (75%, aproximadamente), Coprocultura – a pesquisa da S. Typhi nas fezes é indicada a partir da 2ª até a 5ª semanas da doença, assim como na convalescença e na pesquisa de portadores. Urocultura – tem valor diagnóstico limitado; terceira semana de doença. Mielocultura – trata-se do exame mais sensível (90% de sensibilidade). Apresenta-se positiva mesmo na vigência de antibioticoterapia prévia. Reação de Widal – embora ainda muito utilizada no Brasil, é passível de inúmeras críticas quanto à sua padronização. Tratamento e vacina Em pacientes HIV+: Usar ciprofloxacina Salmonelose recorrente é critério de AIDS. Utilizam-se 2 tipos de vacina contra a febre tifoide, mas esta não é a principal forma para o controle. Portanto, não é recomendada em situações de surto e de calamidade • • • • • http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/vigilancia-de-a-a-z Universidade Federal de Pernambuco. Estudo de prevalência das hepatites A, B, C nas capitais do Brasil. 2010 Ministério da Saúde. Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais. Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais. 2015 Parise ER. 25 years of Hepatitis C. Arq Gastroenterol. 2015;52(1):1-3. Ferreira PRA et al. Disease burden of chronic hepatitis C in Brazil . Braz J Infect Dis . 2015;19(4):363–368