Discurso proferido pelo Deputado Sandes Júnior (PP

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Discurso proferido pelo Deputado Sandes
Júnior
(PP-GO),
durante
Sessão
da
Câmara dos Deputados no dia 07 de
agosto de 2012, onde ENFATIZA A AÇÃO
DO
GOVERNO
FEDERAL
EM
LANÇAR
CAMPANHA SOBRE HEPATITE.
Senhor Presidente, Senhoras Deputadas E Senhores Deputados
Uma doença silenciosa tem feito cada vez mais vítimas
entre os brasileiros de todas as idades. Não falo aqui da
hipertensão. Trato, sim, da Hepatite, uma doença que pode
inclusive levar a morte de seu portador. E contra esta terrível
doença temos feito alguns grande avanções na área da
pesquisas farmacológica e na produção de novos medicamentos.
No entanto, devido a custos, muitos destes modernos remédios
estão ainda distantes dos portadores da doença.
Mas agora o governo federal teve uma grande iniciativa
para auxiliar os brasileiros e brasileiroas acometidos deste mal a
terem acesso à farmacologia mais avançada. Mais modernos e
eficazes, o Telaprevir e o Boceprevir devem beneficiar mais de
cino milhões de pessoas, todos portadores de cirrose e fibrose
avançada, que fazem parte do grupo de maior risco de
progressão da doença.
Os remédios são antivirais de ação direta e ambos
possuem taxa de eficácia de 80%, o dobro do sucesso obtido
com a estratégia convencional utilizada atualmente, que associa
dois medicamentos, o Interferon Peguilato, administrado por via
injetável
e
a
Ribavirina,
este
por
via
oral.
Os
novos
medicamentos são administrados por via oral e têm efeito de
até 48 horas.
No Brasil há hoje, segundo os dados mais recentes do
Ministério da Saúde, cerca de um milhão e meio de pessoas
infectadas pela hepatite C, que é responsável por 70% das
hepatites crônicas, 40% dos casos de cirrose e 60% dos casos
de câncer primário de fígado.
Buscando sensibilizar a população para os riscos desta
doença e como saber se a pessoa é portadora do mal, o
Ministério da Saúde lançou no final do mês passado uma
campanha nacional contra hepatites virais, com o tema “As
hepatites podem estar onde você menos espera”.
O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais foi
comemorado no dia vinte e oito de julho e foram realizadas
centenas de ações por todo o país no sentido de se realizar
diagnóstico e prevenção, entre as quais, a ampliação de testes
rápidos de diagnóstico.
Os dois públicos prioritários desta campanha coordenada
pelo governo federal através do ministério da área são pessoas
de até 29 anos, que serão incentivadas a tomar as três doses da
vacina contra hepatite B; e acima de 45 anos, que deverão fazer
o teste rápido de diagnóstico das hepatites B e C.
Já estão disponíveis mais de dois milhões e trezentas mil
unidades do teste rápido de diagnóstico das hepatites B e C no
SUS para serem distribuídas de agosto de 2012 até agosto de
2013, conforme a demanda dos estados. No ano passado, foram
distribuídos 30 mil testes rápidos. E só no primeiro semestre
deste
ano,
mais
de
400
mil
testes
rápidos
foram
disponibilizados.
A hepatite viral é a inflamação do fígado causada por
vírus. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam
sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre,
mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos
amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas
pelos vírus A, B e C. Existem ainda os vírus D e E, mais
frequentes na África e na Ásia. Segundo o Ministério da Saúde,
milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e
não sabem. Elas correm o risco de que as doenças evoluam e se
tornem crônicas, causando danos mais graves ao fígado.
Segundo dados do Ministério da Saúde a hepatite B
apresentou o maior número de casos entre todos os outros tipos
nos últimos 14 anos. Foram 120,3 mil notificações de 1999 até
2011. A região Sudeste concentra o maior número: 36,3% do
total, seguida da Sul, com 31,6% das notificações. A via sexual
é a forma predominante de transmissão da hepatite B e a
doença atinge principalmente a faixa etária entre 20 e 39 anos.
Em relação à hepatite C, de 1999 a 2011, houve 82 mil
casos no Brasil. A maior parte dos infectados, cerca de noventa
por centos estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul, com
destaque para São Paulo e Rio Grande do Sul.
Já a taxa de incidência de hepatite A vem caindo
consideravelmente, ano a ano, desde 2006, no Brasil. Enquanto
em 2005, quando ocorreu o ápice da incidência, o número foi de
11,7 por cada 100 mil habitantes, em 2011 a taxa ficou em 3,6.
Neste caso, a região Norte é a campeã, registrando 15,6 em
2011. No Sudeste a taxa foi de 1,5. A faixa etária mais
acometida são crianças de 5 a 9 anos, que compreendem
36,8% dos casos notificados no país de 1999 a 2011.
Queremos, com este breve histórico sobre esta terrível
doença, saudar a feliz iniciativa do executivo federal em realizar
esta ação específica na área da saúde. Com certeza, a partir
desta iniciativa poderemos reduzir o número de brasileiros
infectados, reduzindo também o número de mortes e os custos
dos tratamentos para o sistema publico de saúde.
Era o que tinha a dizer, Senhor Presidente.
Muito obrigado.
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