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Dor Patelofemoral

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Dor Patelofemoral
Prof. Alex Arruda
Definição
 A dor patelofemoral (DPF) é caracterizada como queixa
dolorosa na região anterior do joelho, de início insidioso, mais
comumente na face lateral da patela, embora ocorra em
outras localidades da patela.
Dor Patelofemoral
 A DPF é reproduzida em atividades que aumentam as forças
compressivas na articulação patelofemoral, tais como:
• Correr
• Subir e descer escadas
• Caminhar em uma superfície inclinada
• Saltar
• Agachar
• Ficar sentado por tempo prolongado
Dor Patelofemoral
 Autolimitante, frequentemente persistente e pode durar anos,
com picos de melhora e piora, ocasionando diminuição da
participação
laborais
em
atividades
esportivas,
recreacionais
e
Etiologia
 A etiologia da DPF não é bem definida na literatura
 Assume-se que o principal fator de desenvolvimento é o
deslocamento anormal de patela, aumentando a carga
compressiva entre a face lateral da patela e o côndilo lateral
Etiologia
 Pacientes com DPF apresentam uma menor área de contato
patelofemoral
Epidemiologia
 É comum em adultos jovens
 Incidência em mulheres 2,2 vezes maior do que homens
 Representa de 20 a 40% de todos os pacientes com queixas
de dor no joelho
Anatomia e Biomecânica
 O côndilo femoral lateral é maior
e estende-se mais anteriormente
do que o medial, fornecendo
maior
estabilidade
contra
luxação lateral do joelho durante
o movimento
Anatomia e Biomecânica
 Na patela a faceta
lateral
é
maior
e
levemente côncava e
encaixa-se
no
sulco
intercondilar lateral; a
faceta
medial
articula-se com o sulco
intercondilar medial
Anatomia e Biomecânica
 Tendão quadriciptal
 Ligamento patelar
 Ligamento
patelofemoral
medial
 Ligamento
patelo
femoral lateral
 Retináculo lateral e
medial
Anatomia e Biomecânica
Anatomia e Biomecânica
 Na extensão completa a patela não esta em contato com o sulco
intercondilar, mas sim com o tecido adiposo suprapatelar, por isso é
possível mobilizar.
 O reduzido contato entre as superfícies articulares da patela e do
fêmur próximo da extensão (0-30) justifica a maior frequência de
luxações patelares nessa posição
Anatomia e Biomecânica
 Ocorre uma carga compressiva patelofemoral de 1,3 vezes o peso
corporal durante a marcha
 De 2,6 vezes durante elevação da perna com o joelho estendido
 De 3,3 vezes durante subida de escada
 De até 7,8 vezes durante agachamento
 De 10 vezes durante corrida
Avaliação
 O diagnóstico é clínico
 Teste de Clarke possui baixa sensibilidade e especificidade
para DPF
 Exames de imagem possuem baixo valor para diagnostico de
DPF
Queixa
principal
História
clínica
Critérios de Diagnóstico
 Local da dor= região anterior do joelho
 Início dos sintomas= ausência de mecanismos traumáticos
 Atividades que exacerbam a sintomatologia
 Ausência de outras patologias no joelho
Fator Distal
Hiperpronação
 A pronação excessiva aumenta a eversão do calcâneo,
levando a rotação lateral do tálus e da tíbia
 Levando a uma rotação medial do fêmur, aumentando a
força de contato do côndilo lateral com a face lateral da
patela
Fatores Locais
 A força e/ou a ativação alterada do músculo vasto medial Oblíquo
(VMO) em relação ao vasto lateral (VL)
 As fibras obliquas do vasto medial se inserem nas faces superior e lateral
da patela, sendo o principal estabilizador dinâmico do deslocamento
excessivo lateral da patela
 OBS: Estudos recentes não demonstraram diferença significativa para
fortalecimento seletivo do VMO em comparação a fortalecimento geral
do quadríceps para DPF
Fator proximal
 A fraqueza dos músculos abdutores, extensores e rotadores laterais do
quadril tem sido consistentemente encontrado em pacientes com DPF
• 12 - 27% abdutores
• 7-52% extensores
• 5-36 rotadores laterais
 OBS: Fortalecimento da musculatura de quadril tem forte evidência
para tratamento de DPF
Valgo dinâmico de joelho (VDJ)
 É caracterizado como medialização do joelho em relação ao quadril e ao
tornozelo em atividades de CCF.
 Inclinação do tronco para o lado homolateral ao apoio
 Queda da pelve para o lado contralateral
 Adução e rotação interna excessiva do quadril
 Medialização do joelho
 Hiperpronação do pé
Single Leg Squat Test
 Realizar um agachamento unipodal até alcançar a amplitude
entre 60° e 90° de flexão de joelho
Tratamento fisioterapêutico
Fortalecimento
 No início do tratamento enfatizar exercícios para fortalecimento
de quadríceps
• Ângulo de proteção patelofemoral CCA: 90° a45° de flexão de
joelho
• Ângulo de proteção patelofemoral CCF: 0° a 45°
Fortalecimento
 Na execução dos exercícios em CCF, orienta-se fortemente
para os cuidados em relação ao VDJ e à anteriorização
excessiva da tíbia
 Esses 2 movimentos aumentam as cargas compressivas na
articulação patelofemoral e aumentarão a sintomatologia do
paciente
Fortalecimento quadril
 Usar exercícios que inibam a ativação do tensor da fáscia
lata, pois é um importante rotador interno
 Priorizar fortalecimento de glúteo médio e glúteo máximo
Alongamento
 Isquiotibiais
 Quadríceps
 Tensor da fáscia lata
 Trato iliotibial
Caso Clínico
 Paciente, gênero masculino, advogado, 27 anos, pratica futebol de forma
recreacional 3 vezes por semana. Procurou o Fisioterapeuta por dor na região
anterior do joelho, não relata trauma associado, mas a dor piora ao descer
escada e quando salto no futebol. No exame não sentiu dor à palpação do
ligamento patelar e do tendão patelar
 Na avaliação fisioterapêutica apresentou importante VDJ no lado sintomático,
ausência de déficit de força de quadril e limitação da dorsiflexão. Não foi
possível avaliar força de quadríceps, pois apresentou sintomatologia durante o
teste
Lição de casa
 Artigo sobre a escala para dor anterior do joelho (EDAJ-AKPS)
 Realizar uma resenha de como funciona a escala
Obrigado
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