Influência do Ângulo do Sulco na Inclinação Lateral e no Deslocamento Lateral Patelar durante Exercícios em Cadeia Cinética Aberta 1 1 1 1 Luiza Auricchio Dias , Lilian Ramiro Felicio , Augusto do Prado Baffa , Marcelo Camargo Saad , 1 1 1 Rogério Ferreira Liporaci , Antônio Carlos dos Santos , Débora Bevilaqua-Grossi 1 Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto– USP Apoio: FAPESP e CNPq 1. Objetivos 3. Resultados e Discussão O estudo da cinemática da articulação femoropatelar em diferentes situações 1 dinâmicas pode fornecer subsídios para o aperfeiçoamento de programas de reabilitação para indivíduos com disfunções nesta articulação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação entre o ângulo do sulco (AS), ângulo de tilt patelar (ATP) e biosect offset (BO) durante exercícios em Cadeia Cinética Aberta (CCA). Foi observada uma leve correlação entre os AS, ATP e BO em CCA, apenas com o joelho posicionado a 30º (tabela 1). De acordo com estes dados, pode-se observar que com o aumento do AS, ou seja, quando a tróclea femoral encontra-se mais rasa, a patela tende a aumentar sua inclinação lateral (ATP) e aumentar o deslocamento lateral (BO). Estes dados concordam com observados por 1 Powers et al . 2. Material e Métodos Foram avaliadas 15 mulheres sedentárias, clinicamente saudáveis, com média de idade 20,5±4,3 anos. As aquisições das imagens foram realizadas no plano axial com o joelho fletido a 15º, 30º e 45º, através do equipamento Magnetom Vision 1,5T-Siemens, com TR de 15 mseg, TE de 6 mseg e cortes com espessura de 7 mm. As análises dos ângulos foram realizadas pelo software e-film medical. As imagens selecionadas para a análise dos ângulos foram aquelas que 2 possuíssem o maior diâmetro lateral-medial A correlação entre as medidas foi realizada 3 pelo modelo proposto por Bland e Altman . Tabela 1: Correlação entre os AS, ATP e BO durante exercício em CCA com o joelho a 15º, 30º e 45º de flexão. ASxATP ASxBO ATPxBO 15º -0,12 -0,36 -0,49 30º 0,53* 0,44* 0,05 45º 0,10 0,23 -0,22 * p 0,05 4. Conclusões De acordo com os dados acima expostos, pode-se concluir que o aumento do AS predispõe ao aumento da inclinação lateral da patela e do deslocamento lateral durante exercício em CCA com o joelho posicionado a 30º. 5. Referências A B C Figura 1: A – ÂS formado entre as facetas lateral e medial da tróclea femoral, B-AC obtido entre a bissetriz do AS e outra reta formada pelo ápice da patela e pela porção média do sulco troclear, CBO, porcentagem da porção da patela que se encontra lateral (AO), tendo como referência uma reta perpendicular à reta tangente aos côndilos femorais posteriores e a porção mais profunda do sulco troclear femoral [1]Powers CM, Patellar kinematic, part II: The influence of the depth of the trochlear groove in subjects with and without patellofemoral pain. Phys Ther, 80, 10 (2000). [2]Powers CM et al, Patellofemoral Kinematics During Weight-Bearing and Non- WeightBearing Knee Extension in Persons with Lateral Subluxation of the Patella: A Preliminary Study, JOSPT.33, 11 (2003). [3] Bland JM et al, Calculationg correlation coefficients with repeated observations: Part 2-correlation between subjects, British Medical Journal 310, (1995). PDF Creator: PDF4U Pro DEMO Version. If you want to remove this line, please purchase the full version