ALONGAMENTO X FORTALECIMENTO: POSSÍVEIS DIRETRIZES PARA A SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL Alunos: HUGO UBIRATÃ MEDEIROS AMARAL SOUZA E JORDAN RIBEIRO LOBATO Orientador: PROF. FERNANDO VAGNER RIBEIRO Curso: Fisioterapia, Cabo Frio Introdução A Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF) é um distúrbio que se apresenta através de dor insidiosa na região retropatelar, sendo agravada por agachamentos, subidas/descidas de escada e tempo prolongado na posição sentada. A patela é um osso sesamóide dentro do tendão do quadríceps. Ela articula-se com a fossa intercondilar da face anterior da porção distal do fêmur. Sua superfície articular é coberta com cartilagem hialina lisa. A patela fica embebida na porção anterior da cápsula articular e é conectada á tíbia pelo ligamento patelar. A principal função da patela é aumentar o braço de movimento de força do músculo quadríceps em sua função extensora do joelho. Ela também redireciona as forças exercidas pelo quadríceps e, à medida que o joelho é flexionado, a patela entra na fossa intercondilar com sua margem. A compressão patelar é um fator do surgimento da SDPF e o estudo usou mecanismos que levaram à minimização da sobrecarga patelar. Metodologia Participaram dois grupos de três pessoas, com idade entre 18 e 30 anos e de ambos os sexos. Como diagnóstico da SDPF foi utilizado o Teste de Raspagem: a patela foi movida medial e lateralmente enquanto fora pressionada. A dor indicou a SDPF. Foi usada uma escala de dor de 0 a 10, sendo 0 ausência de dor e 10 dor intensa, para o paciente definir o seu quadro. Foram excluídos do processo pacientes que estavam sob efeito de medicamentos que mascararam a dor. Os pacientes que participaram da pesquisa foram instruídos a evitar atividades físicas intensas. O tratamento foi baseado em alongamentos passivos do trato iliotibial, quadríceps e isquiotibiais para o grupo 1 e em fortalecimento de quadríceps para o grupo 2. O grupo 1 realizou 3 séries de 30 segundos de alongamento em cada agrupamento muscular, numa frequência de 3x por semana. No grupo 2, os pacientes realizaram agachamento com 30º de flexão e uma isometria de 7 segundos em 3 séries de 7 repetições. Resultados e Discussão Diante dos estudos realizados o método de alongamento é o que obteve melhor resultado no tratamento da SDPF. Todos os pacientes do grupo 1 tiveram uma rápida melhora no quadro álgico, apresentando já na segunda semana uma redução na escala de dor, ao passo que no grupo 2, já no meio da segunda semana de tratamento, os pacientes se queixaram de um aumento do quadro álgico e este aumento perdurou até o início da quarta semana. Nesta fase, todos os pacientes do grupo de fortalecimento apresentaram problemas em suas atividades da vida diária (AVD’s) e por consenso entre os pesquisadores foi decido pela interrupção do tratamento do grupo 2. Conclusão Diante dos estudos realizados conclui-se que o alongamento é o que obteve melhor resultado no tratamento da SDPF. Verificou-se que o tratamento do grupo 2 foi encerrado antes do tempo, pois as dores dos pacientes se intensificaram. Apesar da conclusão de que o alongamento é o mais eficaz, é importante o aumento dos grupos. Referências Magee,D.J.Avaliação Musculoesquelética.Barueri –SP: Manole, 2005. Teixeira M.; Análise sobre a atuação fisioterápica na anatomofisiopatologia da condromalácia patelar. Revista Revista Brasileira de Ortopedia, n.13,pp.170-82,Julho 2005. Burmann R.; Avaliação dos fatores predisponentes nas instabilidades femoropatelares. Revista Revista Brasileira de Ortopedia, n.19,pp.3740,Julho 2011.